terça-feira, abril 30, 2013

Blogue da Semana (#84)

segunda-feira, abril 29, 2013

Fen()menal

domingo, abril 28, 2013

Zuckerberg vs Ross and Chandler

Do Ross and Chandler have psychic powers? In 2003, a year before Mark Zuckerberg created The Facebook, the show "Friends" had Ross and Chandler using a site just like it. As redditors have pointed out, Myspace and Friendster were both popular at the time, but "Friends" specifically talks about a social networking site revolving around college alumni. The episode, called "The One With The Memorial Service" is from season 9. It opens with Ross on his laptop, saying to Chandler: "Have you seen this? It's our new alumni website for college. It's cool! You can post messages for people, let everyone know what you're up to.." To which Chandler sarcastically replies: "Oh great, a faster way to tell people that I'm unemployed and childless". Little did "Friends" writers know that so many of us were going to deal with that online sharing dilemma just a few years later.

sábado, abril 27, 2013

Quase a sair do coma induzido...

sexta-feira, abril 26, 2013

Eu trocava a Rachel pela Six!

quinta-feira, abril 25, 2013

Jagten (2012)

A viver uma fase complicada da sua vida, Lucas parece estar finalmente a recuperar do divórcio que o afastou do filho, arranjando um novo emprego num jardim de infância, uma namorada uns anos mais nova do que ele e um local para viver em descanso com a sua cadela, sem grandes responsabilidades nem preocupações. Mas do céu vai passar rapidamente ao inferno quando uma mentira de uma criança da creche - curiosamente, a filha do seu melhor amigo - o coloca sobre sérias acusações de abuso sexual de menores, provocando a desconfiança e a ira de todos aqueles que vivem na pequena vila dinamarquesa. Tudo porque a rapariga ouviu os amigos do irmão mais velho a falarem de um "pau duro" enquanto viam pornografia e decidiu dizer o mesmo do professor, aquando de uma birra como tantas outras. Depois disso, não havia volta a dar: qualquer tentativa para explicar que tinha dito uma estupidez era considerada pelos adultos como uma reacção de bloqueio ao trauma.

Magistralmente bem construído por Thomas Vinterberg - um dos fundadores do movimento Dogma 95 -, "Jagten" ostenta uma vernaculidade narrativa rara e corajosa: entrega logo à partida toda e qualquer hipótese de uma reviravolta inesperada, sendo o seu mais valioso twist o facto de conseguir inquietar-nos durante duas horas com uma situação assustadora e catastrófica a nível pessoal que podia acontecer a qualquer um de nós. E é essa serenidade angustiante que transmite, aliada a uma fotografia tão interessante quanto misteriosa e a uma interpretação fenomenal de Mads Mikkelsen - merecedora de uma estatueta em Cannes e que abre o apetite para o seu Hannibal televisivo recentemente estreado - que fazem de "The Hunt - A Caçada" uma das mais competentes estreias do ano, sob a premissa de que uma mentira pode ser muito mais forte do que a verdade. Porque a dúvida é uma doença que corrói a mente e a cena final é a prova disso mesmo: afinal de contas, há feridas que o tempo não consegue sarar.

quarta-feira, abril 24, 2013

Capitão Falcão vai dar filme!


terça-feira, abril 23, 2013

segunda-feira, abril 22, 2013

CCOP - Top de Março de 2013


Com vinte e sete filmes a estrearem comercialmente nas salas de cinema portuguesas no mês de Março, apenas onze deles não obtiveram amostragem suficiente para figurar no top. A liderança do mês é bastante europeia, com a presença de duas produções dinamarquesas no primeiro e terceiro lugar do pódio: A Caça, de Thomas Vinterberg, com nota média de 8,20 e Um Caso Real, de Nikolaj Arcel (e nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro 2013), com nota de 7,50. O espanhol Branca de Neve (candidato de Espanha ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro 2013), de Pablo Berger, ocupa a segunda posição, com nota média de 8 em 10. Cinco dos filmes do mês de Março receberam entrada directa para o top de melhores filmes de 2013, com A Caça como novo líder. Irmã, de Ursula Meier (candidato suíço ao Óscar 2013) e Ferrugem e Osso, de Jacques Audiard, ocupam agora os oitavo e nono lugares, respectivamente, na lista dos melhores do ano.

Top de Março de 2013

1. A Caça, de Thomas Vinterberg | 8,20
2. Branca de Neve, de Pablo Berger | 8,00
3. Um Caso Real, de Nikolaj Arcel | 7,50
4. Irmã, de Ursula Meier | 7,33
5. Ferrugem e Osso, de Jacques Audiard | 7,29
6. Efeitos Secundários, de Steven Soderbergh | 7,00
7. Sete Psicopatas, de Martin McDonagh | 6,89
8. Terra Prometida, de Gus Van Sant | 6,63
9. Robô e Frank, de Jake Schreier | 6,33
10. Os Croods, de Chris Sanders e Krik DeMicco | 6,25
11. Mamã, de Andrès Muschietti | 6,00
12. O Profundo Mar Azul, de Terence Davies | 5,86
13. The Tall Man - O Homem das Sombras, de Pascal Laugier | 5,20
14. Comboio Noturno Para Lisboa, de Bille August | 4,75
15. Oz: O Grande e Poderoso, de Sam Raimi | 4,67
16. Um Refúgio Para a Vida, de Lasse Halström | 3,25

domingo, abril 21, 2013

24.351,99 €

Vinte e quatro mil trezentos e cinquenta e um euros e noventa e nove cêntimos. Cum camandro! Eis quanto me custou, até ao momento, a minha colecção de DVDS. Depois de anos e anos de intenções, finalmente tirei uns dias para catalogar tudo o que está lá em cima no sótão, com um programa fantástico que recomendo vivamente: Invelos DVD Profiler. Não é caro, funciona por sincronização em múltiplas plataformas (PC, iPad, iPhone etc. etc.) e faz o trabalhinho quase todo por nós. Entre etiquetas ainda presentes em caixas por abrir e PVPs que o programa vai buscar automaticamente a portais de venda online, os 1423 filmes e séries de televisão cá de casa já me custaram um Audi A4 descapotável em segunda mão. Não sei se hei-de ficar contente ou deprimido. Apenas sei que a minha mulher não pode descobrir este valor; senão, lá vou ter que lhe oferecer o Audi como recompensa.

sábado, abril 20, 2013

Roger Ebert - A Despedida (X/X)

"Thank you. Forty-six years ago on April 3, 1967, I became the film critic for the Chicago Sun-Times. Some of you have read my reviews and columns and even written to me since that time. Others were introduced to my film criticism through the television show, my books, the website, the film festival, or the Ebert Club and newsletter. However you came to know me, I'm glad you did and thank you for being the best readers any film critic could ask for. (...) So on this day of reflection I say again, thank you for going on this journey with me. I'll see you at the movies."

Assim começou e assim acabou a última entrada de Ebert no seu blogue pessoal. Com "A Leave of Presence", o crítico sabia que enfrentava um novo cancro e que o ritmo alucinante da sua vida profissional ia ter que abrandar. Uma despedida involuntária, que seria acompanhada posteriomente pela sua última análise escrita, publicada já após a sua morte: "To the Wonder", curiosamente o mais recente trabalho de um dos seus realizadores favoritos, Terrence Mallick. E nesta, como sempre, mostrou a sua visão única enquanto crítico: ""Well," I asked myself, "why not?" Why must a film explain everything? Why must every motivation be spelled out? Aren't many films fundamentally the same film, with only the specifics changed? Aren't many of them telling the same story? Seeking perfection, we see what our dreams and hopes might look like. We realize they come as a gift through no power of our own, and if we lose them, isn't that almost worse than never having had them in the first place?". Até sempre Roger Ebert. I'll see you at the movies, someday.

sexta-feira, abril 19, 2013

Roger Ebert - Life Itself (IX/X)

"I know it is coming, and I do not fear it, because I believe there is nothing on the other side of death to fear. I hope to be spared as much pain as possible on the approach path. I was perfectly content before I was born, and I think of death as the same state. I am grateful for the gifts of intelligence, love, wonder and laughter. You can’t say it wasn’t interesting. My lifetime’s memories are what I have brought home from the trip. I will require them for eternity no more than that little souvenir of the Eiffel Tower I brought home from Paris."

Quase todos os livros de Roger Ebert focavam-se no cinema ou em determinados filmes. Mas, como este excerto demonstra, em "Life Itself", lançado em 2011, Ebert quis relembrar a sua vida, as suas aventuras, as suas opiniões e a sua luta contra o cancro, deixando todas essas memórias registadas para quem quisesse as descobrir. Aqui passamos a saber qual o primeiro filme que viu, quais as suas influências enquanto escritor, como acabou por ser crítico de cinema, qual aquela que considera ser a sua última grande entrevista etc. etc. E, como acontece com qualquer biografia de relevo, já foi anunciada uma adaptação cinematográfica de "Life Itself", produzida pelo seu amigo Martin Scorsese e realizada pelo responsável de um dos seus filmes favoritos: Steve James, autor de "Hoop Dreams". Só falta mesmo saber a quem caberá o papel principal. Sugestões?

quinta-feira, abril 18, 2013

Roger Ebert - Citações para a História (VIII/X)


"I am utterly bored by celebrity interviews. Most celebrities are devoid of interest."

"I know it is coming, and I do not fear it, because I believe there is nothing on the other side of death to fear. I hope to be spared as much pain as possible on the approach path. I was perfectly content before I was born, and I think of death as the same state. I am grateful for the gifts of intelligence, love, wonder and laughter. You can't say it wasn't interesting. My lifetime's memories are what I have brought home from the trip. I will require them for eternity no more than that little souvenir of the Eiffel Tower I brought home from Paris."

"No good movie is too long and no bad movie is short enough."

"Film theory has nothing to do with film. Students presumably hope to find out something about film, and all they will find out is an occult and arcane language designed only for the purpose of excluding those who have not mastered it and giving academic rewards to those who have. No one with any literacy, taste or intelligence would want to teach these courses, so the bona fide definition of people teaching them are people who are incapable of teaching anything else."

"I lost faith in the Oscars the first year I was a movie critic — the year that Bonnie and Clyde didn't win."

"Kindness covers all of my political beliefs. No need to spell them out. I believe that if, at the end, according to our abilities, we have done something to make others a little happier, and something to make ourselves a little happier, that is about the best we can do. To make others less happy is a crime. To make ourselves unhappy is where all crime starts. We must try to contribute joy to the world. That is true no matter what our problems, our health, our circumstances. We must try. I didn't always know this and am happy I lived long enough to find it out."

"We live in a box of space and time. Movies are windows in its walls."

"Old theatres are irreplaceable. They could never be duplicated at today's costs - but more importantly, their spirit could not be duplicated because they remind us of a day when going to the show was a more glorious and escapist experience. I think a town's old theatres are the sanctuary of its dreams."

"When a movie character is really working, we become that character."

"Every great film should seem new every time you see it."

quarta-feira, abril 17, 2013

Roger Ebert - No Outro Lado da Barricada (VII/X)


Em 1995, Roger Ebert juntamente com o seu companheiro de muitas aventuras televisivas Gene Siskel, teve uma participação especial num episódio da série animada "The Critic", que parodiava o filme "Sleepless in Seattle". No ano seguinte, Ebert colaborou no documentário canadiano "Pitch", uma aventura de dois jovens realizadores sobre um guião à procura de uma oportunidade em Hollywood. Em 1997 apareceu durante alguns segundos na série "Early Edition" - participação que recordámos aqui - e em 2003 recitou um monólogo de "Citizen Kane" no filme "Abby Singer". Entre os seus contributos a nível de comentários para extras de DVDs, destaque para edições de filmes como "Casablanca", "Citizen Kane" ou "Dark City". Por fim, Roger foi ainda guionista de "Up!", "Ultravixens" e, talvez o mais mediático, "Beyond the Valley of the Dolls", uma sequela série B de 1970 com lesbianismo, armas e muito rock à mistura.

terça-feira, abril 16, 2013

Roger Ebert - Os Melhores e os Piores (VI/X)

O seu filme favorito era "La Dolce Vita", de Federico Fellini, mas considerava "Citizen Kane", de Orson Welles, a obra mais importante da história do cinema. Mesmo detestando a elaboração de listas cinematográficas, em 2012 contribuiu para uma votação da conceituada Sight and Sound com oito outros filmes no seu top 10 vitalício: "2001: A Space Odyssey"; "Aguirre, the Wrath of God"; "Apocalypse Now"; "The General"; "Raging Bull"; "Tokyo Story"; "The Tree of Life"; e "Vertigo". O seu actor preferido era Robert Mitchum e a sua musa Ingrid Bergman. Desde dos finais dos anos sessenta que elegeu para o Chicago Sun Times aquele que considerava ser o melhor do ano; eis a lista completa:

1967: Bonnie and Clyde | 1968: The Battle of Algiers | 1969: Z | 1970: Five Easy Pieces | 1971: The Last Picture Show | 1972: The Godfather | 1973: Cries and Whispers | 1974: Scenes from a Marriage | 1975: Nashville | 1976: Small Change | 1977: 3 Women | 1978: An Unmarried Woman | 1979: Apocalypse Now | 1980: The Black Stallion | 1981: My Dinner with Andre | 1982: Sophie's Choice | 1983: The Right Stuff | 1984: Amadeus | 1985: The Color Purple | 1986: Platoon | 1987: House of Games | 1988: Mississippi Burning | 1989: Do the Right Thing | 1990: Goodfellas | 1991: JFK | 1992: Malcolm X | 1993: Schindler's List | 1994: Hoop Dreams | 1995: Leaving Las Vegas | 1996: Fargo | 1997: Eve's Bayou | 1998: Dark City | 1999: Being John Malkovich | 2000: Almost Famous | 2001: Monster's Ball | 2002: Minority Report | 2003: Monster | 2004: Million Dollar Baby | 2005: Crash | 2006: Pan's Labyrinth | 2007: Juno | 2008: Synecdoche, New York | 2009: The Hurt Locker | 2010: The Social Network | 2011: A Separation | 2012: Argo.

Os piores? Bem, a lista seria incontável. Ebert tinha uma facilidade enorme em destruir de forma muitas vezes hilariante qualquer filme que detestasse. À custa desse talento, lançou três livros especialmente dedicados a críticas de zero e uma estrelas: "I Hated, Hated, Hated This Movie", "Your Movie Sucks" e "A Horrible Experience of Unbearable Length: More Movies That Suck", basicamente colectâneas de algumas das suas mais ácidas análises cinematográficas aos longo dos anos. Escolher um ou outro título seria relativo, pelo que vos deixo uma lista no seu próprio blogue com alguns deles. E sim, viram bem, "The Usual Suspects" e "The Village" estão por lá.

segunda-feira, abril 15, 2013

Roger Ebert - A Paixão pelos Cartoons (V/X)


Há alguns anos atrás, Roger Ebert confessou no seu blogue pessoal que já se tinha candidatado cerca de duzentas e cinquenta vezes ao concurso semanal de cartoons da conceituada revista "The New Yorker", sendo um dos grandes desgostos da sua vida nunca ter conseguido com que um dos seus desenhos fosse publicado na quase centenária publicação. Esta confissão revelou então uma paixão desconhecida por muitos do crítico, aguçando a curiosidade dos fãs para o talento escondido de Ebert. E eis que, em 2011, duzentos e oitenta e um cartoons depois, com este exemplar que ilustra o artigo, Roger conseguiu os seus quinze rabiscos de fama na revista norte-americana. Pela internet conseguimos encontrar mais meia dúzia de desenhos de Ebert - sendo este claramente o meu favorito -, mas espera-se agora que, após a sua morte, alguém consiga os direitos e publique um livro com todos os seus trabalhos gráficos. Eu comprava. Num ápice.

domingo, abril 14, 2013

Roger Ebert - Questions for the Movie Answer Man (IV/X)

O que estava dentro da famosa mala em "Pulp Fiction"? Porque é que nos filmes ninguém usa cintos de segurança? Foi "Fargo" realmente baseado numa história verídica? Eis apenas algumas das perguntas dos seus fiéis leitores que Roger Ebert responde de forma única, informada e quase sempre divertida. Sabedoria, experiência e humor em prol de uma resolução para centenas de questões sobre a Sétima Arte.

Originalmente publicado em Junho de 1997, "Questions for the Movie Answer Man" é, provavelmente e injustamente, o mais subvalorizado livro de Ebert. Colecção das melhores cartas que recebeu durante mais de vinte anos no Chicago Sun Times, o livro com cerca de trezentas páginas está hoje em dia obviamente datado - sendo a sua publicação anterior ao lançamento do primeiro DVD no mercado, muitas das perguntas não fazem obviamente muito sentido nos dias que correm, principalmente as relacionadas com VHS e outras tecnologias hoje fora de moda - mas, ainda assim, continua a ser uma obra fundamental para descobrir e aprofundar conhecimento na personalidade e escrita descontraída do crítico norte-americano. O indíce está mal organizado, é verdade, mas as pequenas histórias e curiosidades que Ebert nos apresenta mesmo quando uma simples resposta afirmativa ou negativa seria suficiente fazem deste livro uma recomendação obrigatória para qualquer movie bluff. Porque este dificilmente encontrará melhor leitura casual - de casa-de-banho, se preferirem - que esta e porque perguntas como "porque é que os trailers muitas vezes nada têm a ver com os filmes" ou "devo pedir autógrafos a actores quando os encontro num restaurante" são intemporais. E a forma como Ebert a elas responde, imperdíveis.

sábado, abril 13, 2013

Roger Ebert - Nas Palavras dos Outros (III/X)


"Deve-se consideração aos vivos; aos mortos apenas se deve a verdade."

Detestado por alguns, amado por outros mas respeitado por todos, mesmo aqueles que várias vezes criticou nas suas análises ao longo de uma vida, a frase de Voltaire apenas realça a consideração de toda uma indústria e de uma sociedade para com Roger Ebert. As reacções à sua morte surgiram um pouco de todo o lado e, algumas, vindas de amigos pessoais do crítico, são uma forma de conhecer um pouco melhor a sua influência nas mais variadas gerações de cinéfilos e não-cinéfilos.

Barack Obama: "Michelle and I are saddened to hear about the passing of Roger Ebert. For a generation of Americans — and especially Chicagoans — Roger was the movies. When he didn’t like a film, he was honest; when he did, he was effusive — capturing the unique power of the movies to take us somewhere magical. Even amidst his own battles with cancer, Roger was as productive as he was resilient — continuing to share his passion and perspective with the world. The movies won’t be the same without Roger, and our thoughts and prayers are with Chaz and the rest of the Ebert family."

Robert Redford: "One of the great champions of freedom of artistic expression. His personal passion for cinema was boundless, and that is sure to be his legacy for generations to come."

Helen Mirren: "A great friend to the art and the commerce of film. He loved and understood the medium better than anyone. Many of us, including me owe him a great deal. We will all miss him very much."

Oprah Winfrey: "The end of an era."

Steven Spielberg: "Reviews went far deeper than simply thumbs up or thumbs down. He wrote with passion through a real knowledge of film and film history, and in doing so, helped many movies find their audiences. He put television criticism on the map."

Werner Herzog: "I always loved Roger for being the good soldier, not only the good soldier of cinema, but he was a wounded soldier who for years in his affliction held out and plowed on and soldiered on and held the outpost that was given up by almost everyone: The monumental shift now is that intelligent, deep discourse about cinema has been something that has been vanishing over the last maybe two decades. And it has been systematically replaced by celebrity news. It is what it is, and we have to stand the tide. I try to hold out and keep up what Roger was after."

Jimmy Kimmel: "Roger Ebert was an excellent writer, a gifted artist, and as nice a guy as you'll ever meet. Sad he's gone."

Michael Moore: "Roger Ebert. Millions of thumbs up for you."

Morgan Freeman: "He was one of the really great critics. Also an accomplished in depth interviewer for the Chicago Sun-Times. He took me under his wing early in my movie career and was always supportive. I’ll miss him."

sexta-feira, abril 12, 2013

Roger Ebert - A Grande Entrevista (II/X)




Hora e meia de uma entrevista que passou despercebida a quase todos, mesmo na hora de relembrar Roger Ebert aquando do seu falecimento. A culpa deve-se, certamente, aos links no YouTube não aparecerem a partir de uma simples pesquisa no motor de busca do site, estando apenas disponíveis a quem os acede directamente. Conduzida em Novembro de 2005 por Gary Rutkowski, a entrevista mostra Ebert no seu estado natural - antes da operação que lhe retirou o maxilar inferior e obrigou-o a ter uma voz computorizada - a falar sobre a sua vida enquanto crítico de cinema nas suas demais variantes. Da sua entrada no jornalismo à sua parceria vitalícia de amor e ódio com Gene Siskel, Ebert explica ainda como surgiram os famosos "thumbs up" and "thumbs down" e como gostaria de ser relembrado após a sua morte. Noventa minutos obrigatórios para qualquer admirador do crítico.

quinta-feira, abril 11, 2013

Roger Ebert - O Crítico com Alma de Poeta (I/X)


O título não é meu, mas sim uma adaptação daquele que foi usado pelo norte-americano Chicago Tribune para anunciar a morte do crítico de cinema mais conceituado de sempre. Falamos, obviamente, de Roger Ebert, o primeiro na sua arte a conquistar o mais respeitado prémio jornalístico do planeta - os prémios Pulitzer - e aquele que impulsionou como nenhum outro a democratização e credibilização da crítica de cinema entre gerações, segmentos sociais diversos e, acima de tudo, dentro da própria indústria cinematográfica. Nascido em Urbana a 18 de Junho de 1942, Roger Joseph Ebert massificou a sua escrita e a sua forma de ver cinema, ao longo de mais de quarenta e cinco anos de colaboração com o Chicago Sun Times, com uma abordagem tão artística e informada quanto acessível a qualquer público e, muitas vezes, divertida e criativa - em forma de canção, carta aberta ou conversa com alguém imaginário. Com uma postura contrária à da maioria daqueles que fazem e fizeram da crítica de cinema o seu ganha pão, Ebert sempre fugiu ao rótulo de intelectual, defendendo que qualquer análise a um filme deve ser relativa e nunca absoluta. Ou seja, o agora falecido Ebert criticava cada filme de acordo com o impacto que sentia que este ia ter no seu público-alvo, deixando apenas uma pequena parte da apreciação para o seu valor enquanto obra-de-arte. Assim mesmo explicou um dia a um dos seus leitores, indignado com a classificação atribuída por Ebert a um blockbuster de acção: "Quando perguntas a um amigo se ele achou o Hellboy alguma coisa de jeito, não lhe estás a pedir para o comparar ao Mystic River, mas sim em relação ao The Punisher, por exemplo. A minha classificação tem sempre isso em conta".

Mas não foi apenas a crítica impressa que o tornou no crítico mais aclamado e respeitado dos Estados Unidos da América. A culpa, aí, deve-se também a três décadas de aparições semanais na televisão norte-americana, em programas influentes e inovadores para a altura em que foram feitos, com recordes de audiências, que abordavam pela primeira vez as estreias em sala de forma crítica e não apenas propagandista. Foi aliás daqui que surgiram os famosos "thumbs up" ou "thumbs down", na sua parceria de vinte anos com Gene Siskel, crítico da concorrência nos jornais, mas compincha de muitas batalhas, desentendimentos e gargalhadas na televisão durante vinte anos. Dos jornais e revistas à televisão, dos livros publicados às suas palestras na Universidade de Chicago, Ebert conquistou uma legião de fiéis seguidores, mais tarde recompensada com um acompanhamento praticamente diário no seu blogue pessoal (rogerebert.com) e nas diversas redes sociais em que participava. Sempre a par das mais recentes tecnologias - foi um dos primeiros investidores da Google quando esta era apenas um projecto de dois miúdos, o que acabou por lhe render vários milhões de dólares -, Ebert abandonou este mundo, no entanto, pouco convencido com o reaparecimento da tecnologia 3D no cinema, catalogando esta como distractiva e pouco realista.

Rico e famoso neste novo milénio, desengane-se, no entanto, quem julga que a vida de Ebert sempre foi um mar de rosas. No seu blogue e, posteriormente, na sua biografia - Life Itself, da qual falarei numa próxima entrada -, confessou ter tido problemas graves com o álcool durante os anos setenta, que lhe levaram inclusivamente a recorrer a várias sessões de terapia entre alcoólicos anónimos. Da paixoneta não correspondida por Oprah - a quem recomendou que tentasse ter o seu próprio programa de televisão no início dos anos oitenta - a uma estrela inédita no Passeio da Fama de Hollywood, o assumidamente democrata e agnóstico Roger Ebert tornou-se no mais influente crítico da história dessa forma de arte tão obscura quanto ingrata que é a crítica de cinema. Por isso, durante os próximos dias, o Cinema Notebook presta-lhe homenagem recordando alguns dos factos e curiosidades que marcaram a sua vida e carreira. Segue a ordem de trabalhos, para os mais curiosos:

Roger Ebert - O Crítico com Alma de Poeta (I/X)
Roger Ebert - A Grande Entrevista (II/X)
Roger Ebert - Nas Palavras dos Outros (III/X)
Roger Ebert - Questions for the Movie Answer Man (IV/X)
Roger Ebert - A Paixão pelos Cartoons (V/X)
Roger Ebert - Os Melhores e os Piores (VI/X)
Roger Ebert - No Outro Lado da Barricada (VII/X)
Roger Ebert - Citações para a História (VIII/X)
Roger Ebert - Life Itself (IX/X)
Roger Ebert - A Despedida (X/X)

quarta-feira, abril 10, 2013

Se for metade do Senna, estou dentro!

terça-feira, abril 09, 2013

The Croods (2013)

Em tempos longínquos de cavernas e animais jurássicos, os Croods são uma família confortável com a sua vida restrita a um local tão inóspito quanto seguro e longe de ameaças externas. Excepção, claro, a Eep, a filha mais velha do patriarca Grug que sonha em explorar o mundo e enfrentar todos os perigos que o pai teme. E quando a caverna da família é destruída devido a uma catástrofe natural, lá vão os Croods ter que se aventurar pelo desconhecido. E, como se não bastasse, Grug ainda vai ter que aturar a sogra e um possível genro o caminho todo.

Filme de animação infantil/familiar da Dreamworks, "The Croods" revela-se um registo competente algures entre o planeta solitário de "Ice Age" e o fértil universo criativo dos "Flinstones". Ainda que previsível e idealisticamente pouco arriscado, a fita de Kirk deMicco ("Space Chimps") e de Chris Sanders ("How to Train Your Dragon") consegue não aborrecer o espectador adulto através de uma linha gráfica agradável e fluida, uma narrativa simpática e educacional sobre conflitos geracionais, mudanças inevitáveis, progresso e relações familiares e, por fim, através da utilização eficaz de algum humor slapstick, adaptado na perfeição à invencibilidade característica de qualquer Coyote ou Tom, sendo aqui o Road Runner e o Jerry dos Croods o "novo mundo", aquele que está constantemente a ser desbravado por Nicolas Cage, Emma Stone, Ryan Reynolds e companhia. Em suma, a jornada de um herói comum, através de arquétipos tradicionais e de uma caracterização feliz, sem muito brilho mas também sem falhas graves.

segunda-feira, abril 08, 2013

House is now Jazz

domingo, abril 07, 2013

Drive 2 - Vingança em Banguecoque

sábado, abril 06, 2013

Arquitectura televisiva

Friends, Dexter, The Big Bang Theory, How I Met Your Mother, Frasier e The Simpsons, entre muitos outros, também disponíveis para os mais curiosos graças ao tumblr de Iñaki Aliste Lizarralde.

sexta-feira, abril 05, 2013

Side Effects (2013)

Depois de passar alguns anos na prisão por fraude fiscal, Martin (Channing Tatum) volta para casa onde encontra a sua mulher Emily (Rooney Mara) em depressão. Depois de tentar suicidar-se num acidente automóvel propositado, Emily procura a ajuda do conceituado Dr. Banks (Jude Law), um psiquiatra inglês que lhe receita, enquanto consultor pago do mesmo, um medicamento experimental que acabará por ser a justificação óbvia em tribunal para um acto hediondo que Emily cometerá. Efeitos secundários da medicação - ou não - que transformarão a vida de todos os envolvidos no processo num verdadeiro pesadelo jurídico, pessoal e profissional.

Supostamente o último filme do tarefeiro Steven Soderbergh antes de uma longa paragem, "Side Effects" é a mais interessante obra do realizador norte-americano nos últimos dez anos - e não foram poucas as suas incursões cinematográficas na última década. Thriller repleto de reviravoltas e de armadilhas narrativas, Soderbergh brinca astutamente com as nossas expectativas sob o pretexto de um objecto formatado em tom de denúncia aos interesses farmacêuticos e a todo o dinheiro e influências que estes movimentam. Com um elenco idóneo e capaz, onde se destacam com naturalidade a hipnotizante Mara e o inexorável Law - muitas vezes subvalorizado pela crítica -, é no entanto a realização irrepreensível daquele que foi o primeiro e único cineasta até hoje a ser nomeado duas vezes para Melhor Realizador pela Academia... no mesmo ano, que nos agarra a uma tela cinzenta - não há cores fortes nem dias solarengos -, a uma história repleta de diálogos tão rápidos quanto ricos e a uma conspiração cujo feitiço está quase sempre na iminência de se virar contra o feiticeiro, cena após cena. O final do enigma é tão gratificante quanto implausível, algo que se torna ainda assim quase irrelevante perante um produto tão fresco e engenhoso como este. Destaque ainda para a sonoplastia simples e instrumental de "Efeitos Secundários", que concede outra profundidade aos momentos chave do argumento.

quinta-feira, abril 04, 2013

Roger Ebert (1943-2013)

Morreu aquele que inspirou milhares de cinéfilos de todo o planeta, de várias gerações, a escrever sobre cinema. Com o passar dos anos, aprendi a adorar a sua forma de analisar um filme, de abordar um tema, de falar sobre um assunto. Dos seus dezassete livros publicados, tenho nove em casa, sendo que por dois deles a própria Amazon já me contactou a oferecer quase o dobro do que paguei para recompra. Obviamente, recusei. A sua obra será eterna e de valor incalculável, ou não tivesse sido ele o responsável pelo grande e definitivo salto da crítica de cinema na imprensa escrita. E porque um post não chega para homenagear a influência que este Homem sempre teve neste meu hobby de tantos anos, fica desde já prometido e agendado um ciclo de dez dias exclusivamente dedicados a Roger Ebert neste blogue. De 11 a 20 de Abril, Roger Ebert a tempo inteiro no Cinema Notebook. Os filmes, os livros, os vídeos, os amores, os segredos, as citações, as curiosidades, a inteligência e o humor de Ebert, para redescobrir em breve.

quarta-feira, abril 03, 2013

Blogue da Semana (#83)

terça-feira, abril 02, 2013

Last Resort > Revolution

Hoje decidi dar oportunidade a um novo produto televisivo para acompanhar durante as minhas próximas noitadas de biberão em punho. Aqui guardados no meio de tanto filme, dois episódios-piloto com premissas interessantes abriam alas a uma competição renhida pela minha preferência. De um lado, um planeta sem electricidade, do dia para a noite; do outro, um submarino de guerra contra o mundo inteiro. Vistos os dois, e para não variar, tinha logo que me "apaixonar" pela série que já foi cancelada. Que sina a minha...

segunda-feira, abril 01, 2013

2004-2013