segunda-feira, junho 30, 2014

The Last Ship

"The Last Ship" estreou esta semana no TNT, batendo recordes de audiência em 2014 no cabo norte-americano. Produzida por Michael Bay, a série começa sem grande brilho - "Last Resort", há dois anos, tinha um episódio piloto muito mais cativante e complexo - mas constrói narrativamente tudo o que necessita para tornar-se muito interessante nos próximos capítulos - ao contrário da submarino da ABC, que afundou-se sem dó nem piedade ao fim de meia dúzia de episódios. Rhona Mitra e Adam Baldwin não parecem muito confortáveis nos seus papéis mas Eric Dane e uma mão-cheia de efeitos visuais de topo compensam qualquer coisinha. Por enquanto.

domingo, junho 29, 2014

Depois da Benjamina Buttona...

sábado, junho 28, 2014

Empire Portugal (2011-2014)

"Esta será a última Empire Portugal a chegar às bancas. Infelizmente, não foi possível resistir mais à erosão do mercado e do investimento comercial. A todos os nossos leitores e parceiros, o nosso profundo obrigado por todo o apoio e pelo carinho e respeito que sempre nos direcionaram, e acreditem que todos lamentamos esta triste notícia (...)"

Independentemente das escolhas editoriais da Empire Portugal - quem compra a edição inglesa como eu, não ganhava muito em apostar também na nacional - , não deixa de ser uma notícia triste. Depois da rambóia das quatro revistas físicas dedicadas ao cinema num mesmo quiosque (Empire, Total Film, Premiere e Magazine HD), voltamos a nova travessia no deserto. Por quanto tempo? Cheira-me que pouco. Para não variar, os tubarões do costume vão arranjar maneira de deixar a "metrópole" e passar umas férias na terrinha. E, verdade seja dita, mais vale mal acompanhado do que só.

sexta-feira, junho 27, 2014

Eli Wallach (1915-2014)

quinta-feira, junho 26, 2014

A revista Paraíso barrada nas portas do Inferno

"Nada melhor do que celebrar o Campeonato do Mundo com uma edição exclusivamente dedicada à relação entre o futebol e a Sétima Arte. Esta revista digital (portuguesíssima) apresenta 150 páginas de louvor à união entre estas indústrias. Um número absolutamente imperdível para qualquer leitor do PLAY, mais do que habilitado a analisar um jogo do Mundial e a sorver a perícia de um thriller hitchcockiano. Carlos Reis, editor deste excelente projeto, afirma que os dois universos nasceram para co-existir. Quem me lê sabe que eu não podia estar mais de acordo. Atentem bem: há Pablo Escobar e Mané Garrincha, Eusébio e António Silva, Tostão e Colin Firth. E mais, muito mais, tudo assente em análises bem redigidas e obviamente embeiçadas, no bom sentido, por duas das minhas maiores paixões. Para aceder a este verdadeiro paraíso (creio que sem acesso a 72 virgens virtuais) basta consultar este link: www.take.com.pt. Imagine um projetor e um relvado, uma sala escura e bancadas cheias. Aproveite tudo, boa viagem!"

Obrigado Pedro Jorge da Cunha por tão simpáticas palavras sobre uma edição que, modéstia à parte, não teve a cobertura que merecia nos media nacionais, amadores e profissionais. Em altura de Mundial de Futebol, esta obra única sobre a relação problemática (ou nem tanto) entre futebol e cinema merecia chegar a mais "hooligans cinéfilos" do que àqueles que chegou, os fenomenais suspeitos do costume que nos seguem nas redes sociais. E exactamente o mesmo se aplica à excelente rubrica do Pedro, Play, espaço semanal de opinião no Maisfutebol, onde o futebol é espelhado no cinema, na música e na literatura de forma preciosa.

terça-feira, junho 24, 2014

It's a Mad, Mad, Mad, Mad World (1963)

Primeira incursão na comédia de um realizador habituado a pesados dramas históricos e sociais como "Judgement at Nuremberg" ou "Guess Who's Coming to Dinner", "O Mundo Louco" tornou-se um sucesso entre a crítica e o público em 1963, criando o seu próprio sub-género (o das comédias pela estrada fora à busca de um tesouro) e merecendo, inclusive, várias nomeações técnicas aos Óscares, apesar da edição severa da United Artists ter sido alvo de críticas duras por parte de Stanley Kramer, que queixou-se que quase uma hora de fita teria ficado fora da versão exibida no cinema. Destaque final para a original abertura animada de créditos, obra do imortal Saul Bass.

segunda-feira, junho 23, 2014

5 vs 300

domingo, junho 22, 2014

Criterion apenas em Dual Format

"Last week, we announced that in November, Criterion will begin releasing dual-format editions, including both DVD and Blu-ray discs in one package. The response was overwhelmingly positive, but we knew there would be questions. The most common by far were: “Will the package be Blu-ray or DVD size?” (Answer: Blu-ray size, except the Zatoichi box, which will be Blu-ray height in one dimension, DVD height in the other.) “Will it take up more space on my shelf?” (Not if we can help it.) And “Is this going to be true forever?”(Nothing is forever, but as long as it works we’ll keep doing it.)

Those were the easy questions, but we knew there was another, tougher set of questions, because they were the same ones we had wrestled with as we arrived at our decision: “Aren’t you just making DVD customers buy discs they can’t use and Blu-ray customers buy discs they don’t want? Doesn’t this mean lots of waste? Aren’t DVD customers worse off, because they’ll pay more? Why are you doing this? And why now?”
"

sábado, junho 21, 2014

Sounds of Suits

Não bastavam personagens riquíssimas e cativantes como Harvey, Jessica, Donna ou Mike, referências cinematográficas constantes ("Winter is Coming", várias citações de "Jerry Maguire", etc. etc. apenas no episódio piloto desta quarta temporada) e um Louis Litt singular, "Suits" é ainda um fenómeno na selecção musical que faz para cada episódio. Neste recomeço, "Love me again" de John Newman dilui-se na perfeição durante uma das cenas iniciais, permitindo um começo de pé direito a uma temporada que, tendo em conta o share que obteve - a pior de todas as premieres da série de Aaron Korsh - pode muito bem ser a última - ou penúltima, se a USA tiver a gentileza de permitir um encerramento bem planeado. Deixo-vos um blogue onde podem acompanhar, episódio a episódio, as músicas da série e uma playlist das primeiras temporadas.

sexta-feira, junho 20, 2014

Duvall & Downey Jr.

quinta-feira, junho 19, 2014

Um Emmy especial

O fanático da televisiva "Veronica Mars" que durante anos andou por estas bandas atrás de qualquer notícia relacionada com o "impossível" regresso da série, ganhou um Emmy. Podem saber mais aqui. Parabéns marshmallow, um abraço.

quarta-feira, junho 18, 2014

Días de fútbol (2003)

António, nos seus trintas, acaba de sair da prisão e, devido a algumas sessões de terapia de grupo, está convencido que a psiquiatria é o seu futuro. Sem um curso que lhe abra portas a esse sonho recente e sem dinheiro para estudar, acaba por ter que se render à oportunidade de ser taxista e conseguir deste modo juntar alguns trocos. Infeliz da vida, António julga ainda assim que os seus quatro grandes amigos de infância estão ainda pior do que ele. Jorge foi abandonado pela mulher, Miguel passa a vida a fazer o que a esposa manda, Charlie finge ser um actor de sucesso para impressionar meio mundo e Ramon tem chatos lá em baixo por se ter aventurado com uma prostituta. Decidido a ajudar os amigos a ganharem um novo ânimo - qual psiquiatra de elite -, António reúne a pandilha e convoca-os a participar num campeonato de futebol de sete, defendendo que uma vitória em campo seria a chave para um novo começo nas suas vidas. Decididos a ajudar o pobre António a adaptar-se à sociedade após o enclausuramento de que foi alvo, os quatro amigos alinham na ideia. Ou seja, no fundo ninguém queria jogar mas todos o fizeram a pensar que estavam a ajudar o próximo. Vencedor de um Goya para Actor Revelação (Fernando Tejero), "Días de fútbol" tem alguns momentos divertidos e interessantes na sua narrativa, mas perde a sua credibilidade através de sucessivos gags que revelam uma necessidade incompreensível de fazer rir o espectador através da estupidez e do surreal (pioneses no rabo ou telemóvel à cintura durante os jogos, por exemplo). Ainda assim, um elenco equilibrado e competente e um retrato de grupo coeso e engraçado justificam uma oportunidade.

terça-feira, junho 17, 2014

The Wrestler meets Broadway

segunda-feira, junho 16, 2014

CCOP - Top de Maio de 2014

O pódio do mês de Maio no Círculo de Críticos Online Portugueses é ocupado por três produções internacionais e modestas, que conseguiram de certa forma surpreender. Capital Humano foi o filme com maior classificação de Maio deste ano, com a nota média de 8,20, ainda que obtida através de uma amostragem relativamente reduzida. A produção italiana deu ainda entrada no sétimo lugar do top do ano, ocupando a posição anterior de também outro filme italiano (A Grande Beleza, com 8,14). Já na segunda posição da tabela encontra-se uma das sensações do ano e um dos raros filmes indianos a estrear nas salas de cinema portuguesas: A Lancheira foi classificada com nota de 7,83. A finalizar o pódio está Ruína Azul (vencedor do prémio FIPRESCI da Quinzena dos Realizadores 2013) e com a nota de 7,63. Grace de Mónaco, filme de abertura do Festival de Cannes 2014, foi o filme com a pior classificação do mês. Com a nota média de 4,50 em 10, o filme recebe ainda o título de filme mais controverso (diferença de seis pontos entre a nota máxima e a nota mínima), assim como o filme com a menor nota individual.

Top de Maio de 2014

1. Capital Humano, de Paolo Virzì | 8,20
2. A Lancheira, de Ritesh Batra | 7,83
3. Ruína Azul, de Jeremy Saulnier | 7,63
4. Debaixo da Pele, de Jonathan Glazer | 7,29
5. Depois de Maio, de Olivier Assayas | 7,00
6. O Duplo, de Richard Ayoade | 6,88
7. Joe, de David Gordon Green | 6,83
8. X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, de Bryan Singer | 6,45
9. Sacro GRA, de Gianfranco Rosi | 6,25
10. No Limite do Amanhã, de Doug Liman | 6,17
11. Má Vizinhança, de Nicholas Stoller | 6,00
12. Godzilla, de Gareth Edwards | 5,90
13. Matraquilhos, de Juan José Campanella | 5,60
14. Transcendence - A Nova Inteligência, de Wally Pfister | 5,57
15. Grace de Mónaco, de Olivier Dahan | 4,50

domingo, junho 15, 2014

É uma pena continuar a ser PG13...

sábado, junho 14, 2014

sexta-feira, junho 13, 2014

Cass (2008)

Esta é a história verídica de como um bebé órfão jamaicano adoptado por um casal típico britânico se tornou, numa zona dominada por brancos e com graves problemas associados ao racismo e ao xenofobismo nas suas camadas sociais mais profundas, num dos homens mais respeitados e temidos do submundo londrino. Carol "Cass" Pennant passou de jovem oprimido pela sua cor de pele a líder dos ICF (Inter-City Firm), claque de futebol do West Ham United, um dos grupos organizados de hooligans mais violentos de Inglaterra. E acaba mesmo por ser nesta dualidade de interesses - o ser negro numa altura em que era díficil sê-lo vs a violência sem limites dos hooligans - que o realizador/guionista Jon Baird se perde, não sabendo bem em qual das vertentes se focar. Há uma fase inicial em que parece que o que lhe interessa é o conflito de relevância racial, mas rapidamente deixa-se levar pelo lado de influência social dos hooligans em gerações de adolescentes, baseando grande parte da narrativa em actos insensatos e desmesurados das claques. E, nesse capítulo, não traz nada de novo ao cinema e, no meio de tanto palavrão, acaba por ser uma repetição quase desnecessária de vários outros títulos britânicos recentes dedicados ao hooliganismo. Interpretações sem grande relevo - o vilão interpretado por Nonso Anozie acaba quase por ser demasiado simpático para ser credível enquanto alguém que racha cabeças por passatempo - fazem deste "Cass" uma biografia cinematográfica cujo potencial individual desvairou-se no colectivo.

quinta-feira, junho 12, 2014

Sherlock dá voz a Cristiano Ronaldo

quarta-feira, junho 11, 2014

terça-feira, junho 10, 2014

Take 35 - Futebol


BOLA AO POSTE

As duas grandes paixões do nosso tempo combinam pouco e mal. Pronto, está dito. Um começo certamente decepcionante para uma edição que deveria tentar convencer o leitor do contrário. Que futebol e cinema, cinema e futebol, dois fenómenos contemporâneos com capacidade para nos fazer sonhar e apaixonar, sorrir e chorar, criar autênticos ídolos de multidões e heróis de gerações, nasceram para co-existir. Mas calma, nem tudo está perdido. Escondidos no fundo dos túneis de acesso ao relvado, alguns remates certeiros provam que a vitória, por mais improvável que seja perante desportos técnica e artisticamente dominados como o boxe ou as corridas de automóveis é possível. Nesta edição, tentámos falar de todos: dos penaltis que acabam com a bola fora do estádio, dos que batem no poste e saem pela linha de fundo e, até, de um ou outro golo de meio-campo, completamente inesperado.

Das mulheres em campo aos Busby Babes, de Eusébio a Pelé, de Maradona a Zidane, de Garrincha a Tostão, de Cantona a Cruyff, dos hooligans aos árbitros, esta Take dedicada à relação entre o cinema e o futebol, com enfoque óbvio no Mundial que este ano se realiza no Brasil, descobriu e analisou exemplares cinematográficos para todos os gostos e clubismos. E para quem julga que apreciar e vibrar com algo tão "banal" quanto o futebol é um sinal social de falta de cultura, esta edição é um autêntico cabrito que resultará num belíssimo golo de trivela.

http://www.take.com.pt/

http://www.facebook.com/take.com.pt

segunda-feira, junho 09, 2014

Force for Change

domingo, junho 08, 2014

Shaft (1971)

Com uma banda sonora inesquecível da autoria de Isaac Hayes que se tornou no primeiro álbum de música Soul a liderar as tabelas das mais ouvidas nos EUA - e logo por umas incríveis sessenta semanas -, "Shaft" transformou-se num clássico instantâneo da Blaxpoitation, uma lenda cinematográfica do combate ao crime entre o carisma funky da personagem de Richard Roundtree e a realização destemida do conceituado fotógrafo da revista Time, Gordon Parks. Como curiosidade, "Shaft" rendeu à MGM cerca de vinte e seis vezes o seu orçamento de produção, salvando o estúdio de uma bancarrota certa em 1971. Duas sequelas sem grande impacto, um remake com Samuel L. Jackson como herói e uma série de televisão depois, o "Shaft" original continua intacto.

sábado, junho 07, 2014

Guilty pleasure televisivo

sexta-feira, junho 06, 2014

E vão 30 anos

quinta-feira, junho 05, 2014

FIFA, Wesley Snipes & Dr. Strangelove

quarta-feira, junho 04, 2014

terça-feira, junho 03, 2014

The Night of the Iguana (1964)

Lawrence Shannon é um padre em desgraça: depois de um rumor sobre uma relação sexual proibida o ter afastado da igreja contra a sua vontade, Shannon é agora um guia turístico com problemas com o álcool na costa oeste mexicana. Naquela que poderia ser muito bem outra excursão sem história com um grupo de professoras reformadas norte-americanas, Shannon vai ser assediado por uma adolescente e, mesmo resistindo ao pecado, acabará envolvido numa espiral de ataques à sua credibilidade que podem muito bem colocar em risco o seu novo emprego.

Adaptação da peça da Broadway de um dos mais premiados dramaturgos do século passado (Tennessee Williams), "A Noite da Iguana" é um ensaio filosoficamente poderoso sobre a tentação e o pecado, sobre a fragilidade do espírito humano em ambientes adversos, onde as fantasias proibidas de um homem sexualmente subjugado são colocadas à prova num contexto tão freudiano quanto paradisíaco. Filme que pôs a vila mexicana de Puerto Vallarta no mapa turístico de milhões de norte-americanos no último meio-século, "The Night of the Iguana" é, enquanto produto cinematográfico, tão fascinante em alguns aspectos quanto monótono e até entediante em certas partes da sua narrativa. Com um elenco de luxo - Richard Burton, Ava Gardner e Deborah Kerr eram algumas das mais bem pagas estrelas da época - e uma realização improvável - o grande John Huston estava acostumado a outras andanças mais mexidas -, a obra que reutiliza a Lolita Sue Lyon como mulher irresistível teve uma das mais badaladas produções de sempre, com ciúmes, armas e caprichos de vedeta à mistura, o que em parte também explica o porquê de Houston não ter conseguido uma transposição para a grande tela do carácter alegórico e intelectualmente subterrâneo do material teatral que tinha em mãos.

segunda-feira, junho 02, 2014

Ora aqui está uma bela comPILAção!

domingo, junho 01, 2014

The Crawling Dead

Doze (12!) temporadas pensadas e planeadas pelos produtores de "The Walking Dead", haja audiências que os permitam continuar a trabalhar. Os zombies vão ficar de rastos.