domingo, outubro 24, 2004

Casablanca (1942)

Antes de tudo, aqui fica a explicação para as minhas mais recentes criticas serem a filmes mais antigos que ficaram na minha memória: Estou completamente viciado na segunda temporada da série 24 e não tenho feito outra coisa no meu tempo livre que não ver a mesma. E se continuar assim, o mais provável é começar logo a ver a terceira temporada mal terminar a segunda. Agora vamos falar de Casablanca.De entre as obras vencedoras do Óscar para melhor filme, Casablanca é a mais amada. Este melodrama romântico que decorre durante a 2ª Guerra Mundial, apresenta como mais nenhum outro na história da sétima arte, desempenhos de culto, falas inesquecíveis, clichés instantâneos e insolência hollywoodesca a rodos. Num misto de bar e casino e ao som de uma melodia inesquecível ("As Time Goes By"), Rick (Humprey Bogart) e Ilsa (Ingrid Bergman) recordam como era simples a vida em Paris, antes de a guerra tudo ter amargado. E sobre o enredo e o argumento mais não digo. Não quero estragar esta pérola do cinema a alguém que ainda não a tenha visto. Casablanca, de 1942, é filmado com tanta confiança e tão pouco espalhafato, que tudo parece fluído, sem remendos ou suturas. E, no entanto, diz-se que o roteiro era reescrito diariamente, de tal modo que a própria Bergman, antes da rodagem da cena final, ignorava o que iria fazer na mesma. O estatuto de culto da obra deriva, entre outras coisas, do sentido de incompletude que veicula. Casablanca ousa deixar as suas personagens - literalmente - ora no ar, ora no meio do deserto, cabendo, assim, aos espectadores, que ao longo dos anos têm assistido à película, imaginar o futuro de Rick, Ilsa, Victor ou Renault durante os últimos e turbulentos anos da 2ª Guerra Mundial. Imperdível.

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