
"
The OA" é um mimo televisivo algures entre a audácia criativa da também netflixiana "
Stranger Things" e a estranheza transcendental de "
Lost". Oito episódios realizados e escritos pelo norte-americano Zal Batmanglij - responsável pelos também peculiares "
The East" e "
Sound of my Voice" - em que somos levados, inteligentemente, numa direcção - a de uma realidade alternativa dada a entender por pormenores tão simples como uma nota de despedida que o pai não conhece ou o "prato do costume" no restaurante que nada lhe diz -, apenas para de repente percebermos que afinal estamos perante um objecto muito mais misterioso, original e alucinado, que mistura todas estas vertentes num cocktail delicioso de ficção-científica e fantasia. Vários momentos absolutamente espantosos, de uma beleza rara, numa experiência única de televisão. Destaque obrigatório para Brit Marling e Jason Isaacs, estandartes de uma mitologia que irá deslumbrar ainda mais - ou espetar-se à séria - numa segunda temporada repleta de perguntas por responder. Terão sido os livros plantados pelo FBI? Estará Prairie a mentir? Como é que ela sabe o que Hap estava a fazer quando não estava com ele? Todo um mundo por desbravar!
Vi os oito episódios em dois dias. Durante muito tempo, The OA ficou nos meus pensamentos. Ainda hoje, dou por mim a pensar no que vi.
ResponderEliminarComo escrevi o mais fascinante na série de Zal Batmanglij e Brit Marling é a abordagem à Fé, sem nunca entrar em detalhes religiosos. É uma história maravilhosa e filmada de forma sublime.