
É um thriller muito mais cru, "realista" e violento do que era habitual, com laivos de genialidade na realização e na montagem de um jovem que representava então uma "nova Hollywood": William Friedkin. Tudo certo, e ainda dou de barato que há algum encanto inexplicável no Popeye de Hackman e na malevolência cínica do espanhol Fernando Rey, aqui cabecilha mafioso francês. Mas caramba, daí a isto ganhar o Óscar de Melhor Filme - fora os restantes - e ser considerado um filme de culto, vai uma grande distância, uma que não justifica ser percorrida nem através das perseguições a mil à hora entre carros e metros de superfície nem dissimilada nos muitos momentos à paisana que "enchem" a primeira metade do filme. Realização enérgica, história banal, final vazio.
Sem comentários:
Enviar um comentário