quinta-feira, maio 31, 2018

In Search of the Last Great Video Store

"I think about the problems of how we watch movies now and “dead media” every day — and I have a house full of vinyl, VHS tapes, and Nintendo 64 games to prove it. I’ve been blessed (and cursed) by the collector gene — part of my drive to collect stems from an aesthetic appreciation, but there’s another more practical reason for my collecting too. Whether it’s a twenty-five year old cassette of a WOXY radio broadcast or a permanently out-of-print Stephen King collection, I hold onto these physical objects because I know one day they just won’t be available elsewhere. Given the extremely fickle nature of online availability, I’m the rare person who’s doubled-down on physical media in the last few years: I sleep better at night knowing that my out-of-print DVD of GAS FOOD LODGING is tucked away on a shelf. (...) 

Netflix’s current streaming catalogue of 3,686 films seems paltry when compared to even the most average Blockbuster, which stocked in the neighborhood of 10,000 titles. Amazon Prime’s streaming library is three times the size of Netflix’s, with 14,214 films now streaming — Amazon also offers an additional 20,265 titles via their rental service for an additional fee. Hulu has less than half as many movies as Netflix with 1,448 titles now streaming. On HBO NOW, that number falls to only 727 films." [The Black List Blog]

terça-feira, maio 29, 2018

The Joel McHale Show with Joel McHale (S1/2018)

Comediante e actor reconhecido pelo grande público pelo seu papel em "Community", Joel McHale e a Netflix criaram um formato onde pegam nos clips mais estranhos que passaram na televisão norte-americana nessa semana, bem como em vídeos cómicos do resto do planeta encontrados por essa internet fora, para oferecer aos assinantes da plataforma de streaming um produto de fácil e rápido consumo que, ainda assim, vê-se refém do que acontece entre episódios para triunfar ou não. Porque os sketches cómicos de McHale, tanto em estúdio como em fita, raramente funcionam e só a "vida real" acaba por trazer algumas gargalhadas reais a gente que, como eu, cresceu a ver vídeos caseiros de trambolhões e acidentes inesperados nas tardes da televisão pública.

sexta-feira, maio 25, 2018

Perdidos (2017)

Remake completamente desnecessário, mal interpretado e desinspirado naquilo que traz de novo de "Open Water 2: Adrift" - sequela essa que até era ligeiramente mais interessante que o original pelo simples facto da salvação estar ali tão perto e tão inacessível ao mesmo tempo, sem necessidade do vilão marinho de dentes afiados tão útil nestas alturas -, "Perdidos" foi ainda assim um dos filmes portugueses mais vistos do ano passado, sinal claro de que o público luso que se desloca aos cinemas não quer saber de prémios nem galardões internacionais mas sim de uma simples promessa de entretenimento, por mais raso que este possa parecer. No elenco, quase todos em papéis completamente desadequados aos seus perfis, com especial destaque para Afonso Pimentel e Dalila Carmo. Fica para a próxima, Sérgio Graciano.

segunda-feira, maio 21, 2018

Singularity (2017)

Efeitos especiais que parecem feitos com telemóvel, uma narrativa previsível que dói e um John Cusack com trejeitos de actor amador num qualquer teatro de bairro - ele que foi introduzido em pós-produção vários anos após as filmagens originais (2013), num projecto então chamado "Aurora". Realizado por um miúdo suíço (Robert Kouba) de apenas vinte e um anos, "Singularity" é como que uma mistura incoerente de vários blockbusters sci-fi das últimas duas décadas que, sabe-se lá como, chegou aos cinemas, ao Netflix norte-americano e ao caderno de encargos do outrora respeitável Cusack de clássicos como "Say Anything" e "High Fidelity". Voltemos a Kouba quando tiver barba; pode ser que se aproveite qualquer coisa.

segunda-feira, maio 14, 2018

Film Jukebox

"One of the UK's last video rental stores now has an innovative new use - after being turned into the country's smallest cinema. The shop, 20th Century Flicks, has kept going despite the rise of streaming services such as Netflix. But times have been tough, and last year it turned a profit of just £160. Owner David Taylor now reckons he's found a new way of boosting business by creating a micro-cinema using his amateur carpentry skills. David has a tiny 11-seat Kino cinema a larger 18-seat Videodrome. The 38-year-old says his shop in the heart of Bristol has around 20,000 films stacked on the shelves. He describes the cinema - which has space for 18 people - as “like a jukebox” with punters browsing the shelves to choose what they want to screen." [Mirror]

quinta-feira, maio 10, 2018

John Dies at the End (2012)

Todos sabemos que Don Coscarelli criou o seu próprio sub-género de culto como realizador e guionista, com dimensões alternativas repletas de situações atípicas, personagens maradas e objectos/criaturas invulgares. "John Dies at the End", a última aventura cinematográfica de Coscarelli, não foge à regra, arranca em grande estilo com meia dúzia de cenas deliciosas capazes de arrancar um sorriso ao mais sisudo dos cinéfilos, mas rapidamente perde-se na explosão descontrolada de ideias loucas da mente labiríntica por detrás do criador da saga "Phantasm". Uma comédia de terror sobrenatural com CGI de algibeira - o que, no fundo, faz parte do seu charme - onde Chase Williamson e Rob Mayes nunca parecem estar na mesma nota, num universo sem regras que acaba por sofrer disso mesmo; a certa altura, tudo parece demasiado aleatório para construir algo minimamente coerente ou, no mínimo, consistente. Ficam as homenagens a Sam Raimi e uma maçaneta de forma fálica. E não, John não morre no final.

domingo, maio 06, 2018

Wild Wild Country (S1/2018)

Uma história bizarra sobre um culto religioso de origem indiana que montou a sua base numa pequena cidade no interior dos Estados Unidos da América e acabou por ser responsável por um dos mais graves ataques bioterroristas da história do país, esquemas de fraude em votações políticas e no acolhimento de milhares de sem-abrigos espalhados por todos os estados. Uma utopia de vida com vínculos fortemente sexuais, numa narrativa muito pouco convencional orquestrada e pensada de forma brilhante pelos irmãos Chapman e Maclain Way, que a dividem em seis segmentos de uma hora que misturam de forma muito homogénea e equilibrada imagens de arquivo com entrevistas recentes de pessoas-chave da seita - a mais importante, sem dúvida alguma, Sheela. Tudo montado de forma a criar uma gestão muito complicada de expectativas e opiniões por parte da audiência, na luta do bem contra o mal, da liberdade versus a opressão, da força da razão contra o tumulto do coração. Uma série documental altamente viciante, repleta de reviravoltas, sobre um episódio tão fascinante quanto desconhecido da história recente norte-americana.

quinta-feira, maio 03, 2018

Streaming killed the Cinema Star

"As salas de cinema portuguesas perderam quase um milhão de espectadores até Abril deste ano, comparando com o mesmo período de 2017, segundo dados estatísticos do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) divulgados esta quarta-feira." [JN]