Muito difícil não gostar deste "
Palm Springs", comédia romântica pincelada num conceito sci-fi bem conhecido (e admirado) pela cinefilia: o timeloop sem escapatória que ninguém dá conta à excepção de uma - ou talvez duas ou três, logo descobrem - personagem. Coração cheio numa paixão improvável que rebenta entre traições descobertas ao longo de inúmeras repetições do mesmo dia, química inegável entre o pateta Samberg e a estranhamente desconcertante Milioti, um smart-funny com charme e dedicação, qual homenagem ao "
Feitiço do Tempo" da melhor maneira possível: encontrando a sua própria identidade e alma. O final escolhido - um dos muitos que foi filmado segundo Samberg - pode não agradar a todos, mas não prejudica em nada as várias certezas e dúvidas - assim mesmo, nesta curiosa ambiguidade - que nos deixa sobre relações de longo prazo e a forma como deixamos o tempo passar por nós.
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