Van Damme em início de carreira, sem carisma e com nome de guitarra eléctrica, não tem sorte nenhuma com as mulheres, como mostram os flashbacks da sua versão do passado com uma peruca e rabo de cavalo. O neozelandês Vincent Klyn, mau como as cobras, também com nome de guitarra elétrica, a razão do seu azar. Típico pós-apocalíptico da década de oitenta com meio milhão de orçamento, a tentar explorar, na sombra, o sucesso da saga "
Mad Max". Mas desenganem-se: não há aqui nada que se aproveite. Edição desastrosa, história enfadonha, pancadaria sem classe - tal era a descoordenação que Van Damme chegou a cegar um dos piratas -, gritaria parva sem uma única palavra na batalha final, enfim, todo um conjunto de artimanhas mal amanhadas de Albert Pyun que levaram a Cannon à inevitável bancarrota. Nem o mais acérrimo defensor dos "Músculos de Bruxelas", como eu, conseguem desculpar esta catástrofe.