
Está na altura de alguém fazer justiça e premiar o pernão da Kelly Lynch no final dos anos oitenta, início dos noventa, com uma estrela da fama nos passadiços de Hollywood. Mickey Rourke pré-desgraça, a Amanda punk tresloucada da saga Saw quando ainda era uma namoradinha de secundário, o tio Frank do Kevin McCallister com um balázio no peito, o David Morse pré-fama a fazer de bandido e o Anthony Hopkins sete anos mais novo que o Brad Pitt hoje em dia, mas já com ar de quem já precisava de se levantar várias vezes durante a noite com problemas de bexiga. Alguém se lembra, assim de cabeça, sem pesquisar, de um filme do Anthony Hopkins em que ele não fosse já entradote? Realização segura de Cimino - eu diria até inspirada em muitos dos seus momentos ao "ar livre", com belissímos cenários naturais -, que entretanto viu desaparecer mais de meia hora de fita nas mãos de De Laurentiis. Nota-se (e muito, infelizmente) lá para o fim o corte e costura, mas depois do que havia acontecido com o seu "controlo artístico" no "Heaven's Gate", Cimino não podia nem piar. Os desenvolvimentos narrativos pós-invasão domiciliária têm a coerência e a lógica de uma batata, mas há quem goste de puré. Já falei do pernão da Kelly Lynch?
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