quarta-feira, agosto 13, 2025

The Last of Us - The Price (S02E06)

Já dizia o grande Miguel Esteves Cardoso que "o mal do amor dos filhos é que, quando corre mal, passa-nos como uma lâmina pelo coração e fá-lo em bifinhos. Quando corre bem faz-nos o coração em bifinhos também. A diferença está apenas no tempero". Para compreender os pais, ainda que adoptivos como o Joel, é preciso ter filhos. É preciso sentir aquela dor, aquela angústia, aquele amor superlativo que coloca a sobrevivência destes acima da sobrevivência do planeta. Porque são eles o nosso mundo e, sem eles, o mundo não faz sentido existir. Uma hora de televisão de luxo, numa temporada amena.

terça-feira, agosto 12, 2025

Law & Bateman

segunda-feira, agosto 11, 2025

Chip ’n Dale: Rescue Rangers (2022)

Vale pelos incontáveis "cameos" animados, do Sonic horroroso do primeiro trailer ao He-Man, passando pelo Roger Rabbit e o Pato da Capa Preta, o famoso Double-O-Duck que não teve autorização para o ser devido aos direitos de autor do Ian Fleming. Um par de piadas que funciona numa história esquecível e sensaborona. Entre o Tico e o Teco e o Alvin e os Esquilos, venha o Scrat do "Ice Age" e escolha.

domingo, agosto 10, 2025

Why Grosse Pointe Blank Still Hits Hard

sábado, agosto 09, 2025

Love Hurts (2025)

Topa-se a milhas que isto foi realizado por um daqueles maluquinhos das coreografias de acção que decidiu dar o salto na carreira. Já dizia o meu avô que Eusébio só houve um, não vale a pena tentar encontrar outro. O Ke Huy Quan é fofinho mas molda-se demasiado inocentemente a uma personagem que parece ter sido criada em torno do seu estilo e carisma, esquecendo tudo o resto; já a Ariana DeBose, mesmo com aquele "Je ne sais quoi" sexyzão, pouco ou nada acrescenta a um universo "paralelo" introduzido ao espectador à sapateiro. Como alguém muito bem escreveu no Letterboxd, é o "Nothing Nowhere All at Once".

sexta-feira, agosto 08, 2025

Roy Kent com muito amor para dar!

quinta-feira, agosto 07, 2025

Plane (2023)

Se é verdade que o Gerard Butler consegue sobreviver bem tanto enquanto piloto piadinhas de linha aérea como enquanto uma espécie aprimorada de coronel Braddock na selva, o filme, esse, já não. Assim que a vilanagem da ilha entra em acção, vai tudo por água abaixo, da credibilidade do drama à patetice do cenário "exterior" das buscas internacionais estarem limitadas por medo e receio de um gangue de bandidos de rua. Ao ponto de se contratarem mercenários para o salvamento. Jean-François Richet sabe filmar cenas de acção com algum arrojo tanto a nível visual quanto prático, mas revela-se um desastre a aprimorar o guião e a história escrita para cinema pelo britânico Charles Cumming, autor de vários romances de espionagem nas últimas décadas.

quarta-feira, agosto 06, 2025

In Praise of Great Exposition

terça-feira, agosto 05, 2025

Trainwreck: Poop Cruise (2025)

Gives a whole new meaning to the expression "now that was some shitty lasagna"! It's a simple testament of the crucial role of the media in these kind of situations - shaping public perception, pressuring the companies and transforming a maritime malfunction into a sensational global event, with massive ratings. Win win situation for everyone except those to blame. Even if they got away with it due to those infamous "small letters" on contracts!

segunda-feira, agosto 04, 2025

Unretired Daniel Day-Lewis

domingo, agosto 03, 2025

Ghosted (2023)

Guião demasiado pateta - nem resiste a enfiar o Ryan Reynolds do nada a fazer de espião eunuco... pateta -, ZERO química entre o Capitão América e a Ballerina e um problema grave de asma aparentemente resolvido - na verdade, esquecido - ao fim de meia hora de filme. Ao contrário do ditado popular, a Aninhas encanta o mundo inteiro, mas cantar... cantar não canta nada, ainda para mais em espanglês. Nem num Rockaraoke! Tudo demasiado artificial - incluindo o vilão inesperado de Adrien Brody -, que culmina numa cena num "sky tower" que faz o mais recente "Final Destination" parecer o "Citizen Kane" dos "sky towers".

sábado, agosto 02, 2025

Robin Williams Goes Off Script

sexta-feira, agosto 01, 2025

Bikini Drive-In (1995)

Rolam os créditos iniciais com uma valente pizza numa tela de drive-in no background e um Special Guest Star Michelle Bauer para abrir o apetite a qualquer um. Acabam os créditos, passamos para uma praia, onde duas jeitosas de bikini queixam-se que os maridos só querem brincar ao "futebol americano" na areia enquanto elas andam para ali sozinhas cheias de desejos e calores. Homens. "Se calhar devíamos arranjar um trabalho", diz uma delas. "Nem pensar, está na hora é de apanharmos mais sol". Pimba, bikini para fora, mamocas ao léu, e toca a esfregar protetor solar que aqueles mamilos são sensíveis. O cinema é uma arte tão simples de dominar para este Fred Olen Ray. Um cinema drive-in como herança do avô que a empurrava no baloiço e caramba, não é que as raparigas vão mesmo ter que trabalhar? Até temos direito a um grupo de vilões de terceira idade da concorrência, que pensava que ia aproveitar a morte do "velho" para ficar com o negócio e os terrenos. Quinze minutos, nada de pornada, isto está super sério. Calma, discussão com os maridos que não querem ficar com o drive-in, toca a resolver tudo numa banheira, de quatro, de frente, de costas, à espanhola e à francesa. E, de repente, os maridos já dizem que sim. Estou farto de dizer à minha mulher que esta é a melhor maneira de ter o que quer também. O problema é que aqui em casa acaba por ter tudo o que quer à mesma e eu, nada, rien, nem um arrepio na espinha. Bem, mas voltemos ao filme. Toca a chamar as antigas colegas da faculdade para ajudar a meter "a casa em ordem", que há uma dívida de vinte e cinco mil dólares para pagar ao banco em três dias. Primeiro passo, limpar tudo. Muito dobrar para apanhar lixo do chão... e cada vez que isso acontece, um belo plano com zoom do rabo de cada uma delas. Mais uma vez, Fred Olen Ray a mostrar às escolas de cinema como é fácil ser um virtuoso na realização. Um romance proibido com o filho do vilão mor, uma referência ao maravilhoso "Hollywood Chainsaw Hookers" e a Michelle Bauer como Scream Queen de honra que pensa que vai conhecer o presidente dos EUA na reabertura do Drive-In. Sexo à projecionista, fatos de alien, bikinis para todos os gostos e um xerife cristão com alergia a comunistas. Que, coitado, perde uma peça de roupa a cada chicotada e tabuada que leva, até se transformar num pónei. Maravilhoso. Por mim serve para encerrar de uma vez por todas a eterna discussão sobre qual o melhor ano cinéfilo da década de noventa.

quinta-feira, julho 31, 2025

SISU vs Stephen Lang

quarta-feira, julho 30, 2025

Videodrome (1983)

I’m going to be honest: I’m not exactly sure what was going on in this Cronenberg. Videodrome feels like a trippy, satirical fever dream aimed at the moral panic over consumer media, drenched in Cronenberg’s signature body horror and hallucinatory weirdness. But while the film is certainly creative and full of bold imagery, it’s also frustratingly vague in its internal logic: hallucinations blur with reality in ways that seem inconsistent, and the narrative keeps the viewer just far enough away from understanding the actual mechanics of what Videodrome is, or how it works.

terça-feira, julho 29, 2025

Saudades de quando isto fazia sentido!

segunda-feira, julho 28, 2025

Twelve Monkeys (1995)

Make no mistake: this is a sci-fi gem that deserves to be spoken of alongside the genre’s greats. Though the screenplay didn’t originate from Terry Gilliam, his fingerprints are all over it, as the plot dives headfirst into time travel, diseases and global collapse, making it all chaotic and dirty, yet, weirdly grounded. Brad Pitt steals the show in one of his most unhinged and unpredictable performances: a dangerous lunatic that somehow manages to be both hilarious and disturbing. Oh, and loved the ambiguity at the end.

domingo, julho 27, 2025

Gibney's Afghanistan

sábado, julho 26, 2025

I’m Still Here (2024)

Certos filmes contam histórias, outros fazem-nas respirar de novo: "Ainda Estou Aqui" é muito menos drama histórico e politico do que seria expectável que fosse, e muito mais um acontecimento relativamente individual que se presta à memória colectiva - um oxímoro propositado num filme repleto deles -, costurado com amor, dor e uma resiliência silenciosa espelhada na perfeição pela Eunice de Fernanda Torres. Não há aqui cenas de tribunal, manifestações na rua ou aulas na universidade; não há um retrato convencional de heroísmo político/social; apenas um quotidiano cheio de vazios, de refeições partilhadas em família, de memórias na praia, de um passado em choque constante com o presente, que se prolonga, literalmente, até ao esquecimento - Alzheimer, seu filho da mãe. É no silêncio, entre lágrimas e sorrisos (es)forçados, que a dor se instala, que a memória, suportada naquelas sequências em Super 8, serve o luto. Não é perfeito, mas é extremamente necessário. Como cidadãos livres, mas especialmente como humanos.

sexta-feira, julho 25, 2025

quinta-feira, julho 24, 2025

The Shepherd (2023)

Seria Deus? O Super-Homem? O Fantasma do Natal Passado? Nada disso, era o John Travolta, uma mistura de tudo isso, o verdadeiro milagre natalício. Boas intenções - bonita homenagem a toda uma geração de pilotos da Segunda Guerra Mundial -, mas demasiado polido e limpinho, esticadinho ao máximo - mais um minuto e não estaria apto a concorrer para a estatueta de melhor curta - para poder dar nas vistas sem precisar de cortar caminhos.

quarta-feira, julho 23, 2025

Da saga: títulos escolhidos pelo Trump

terça-feira, julho 22, 2025

Bikini Airways (2003)

Pelo menos uma vez por ano tenho que (re)visitar o meu amigo Fred Olen Ray. Desta vez em missão "Nas Nalgas do Mandarim", para um episódio que promete explorar a dimensão "bikini" da carreira deste mestre esquecido da sétima arte. Da sétima ou da décima terceira do novo testamento, a pornografia. Ora bem, a mim calhou-me como TPC um que além dos bikinis envolve aviões, ou seja, um projecto para o qual poderia facilmente ter doado uma fortuna no Kickstarter de modo a receber um crédito como Produtor Executivo. Um pseudo-assalto mascarado que acaba numa cena de seis minutos de soft porn, uma chamada telefónica a meio da noite que revela uma herança inesperada de um tio que bateu a bota - nada mais do que uma companhia aérea - e um tipo que entrega flores com cunninlingus incluído no pacote - trocadilho propositado. Esperava mais filme, mais "Evil Toons", menos striki night porno, fiquei triste. Triste mas duro.

segunda-feira, julho 21, 2025

Colonel Hans Landa

domingo, julho 20, 2025

A Working Man (2025)

Jason Statham pai viúvo, sem custódia da filha, de picareta e marreta? Yes, please. Um ex-militar que não confia nas pessoas, apenas na biologia. Dura vinte minutos a excitação da possibilidade de um novo "Taken", mas rapidamente entramos no piloto automático dos dias que correm: história convulsa entre mafiosos e vilões sem grande alma e o combate corpo-a-corpo, marreta-a-marreta, substituído por tiroteios sem fim e granadas e explosões de um lado para o outro. Tempo ainda - já nem conseguem arrumar estes bicos de obra em hora e meia - para deixar a porta escancarada para futuras sequelas. Não vale a pena, irmandade russa. Como diz o Pedro, já vimos este filme vinte vezes... só este ano. E isso podia ser bom, mas não, já só cansa.

sábado, julho 19, 2025

Baumbach & Clooney

sexta-feira, julho 18, 2025

Mr. Majestyk (1974)

O Charles Bronson de boina dono de uma quinta de melancias. Uns saloios que não aceitam ser trocados por imigrantes mexicanos na apanha da melancia. Ah caramba, quem diria que se podia começar uma guerra por causa de melancias. O charme e o jeito para a sedução de um saco de batatas, para manter isto no ramo da agricultura. Em tempo de vindima, não se contam as uvas, mas Bronson na cidade semeou mais ventos e colheu melhores tempestades!

quinta-feira, julho 17, 2025

quarta-feira, julho 16, 2025

High Plains Drifter (1973)

Nunca, mas mesmo nunca interrompam o Clint Eastwood quando este está a fazer a barba. Erro de amadores. Pim, pam, pum por baixo do avental, cinema no seu estado mais puro. Segue-se Clint Eastwood a ensinar boas maneiras, à força num estábulo, a uma moçoila que acabou de conhecer. Hoje seria cancelado, mas belos velhos tempos em que uma violação inusitada a abrir um filme ainda era recebida com satisfação e prazer momentâneo pela vítima - e, admirem-se, pelo público. Chibatadas no escuro, tornando o som do seu impacto mais sombrio do que nunca. Cigarrilha na boca o tempo todo, até dentro da banheira. Um anão transformado em xerife e mayor da terreola por um estranho, o estranho de Eastwood. Incontáveis homenagens a Leone e a outros westerns que protagonizou, neste que foi o primeiro do género que realizou. Um mimo.

terça-feira, julho 15, 2025

William the Conqueror

segunda-feira, julho 14, 2025

Vincent (2024)

Sentado no avião, faltam cinco minutos para descolar e meter tudo em modo de voo. Abro a Amazon Prime rápido no iPad, e toca a escolher um filme para transferir. Vincent? Ah, isto é aquele que o tentam matar o tempo todo e ele não sabe porquê. Vai já este. Pois bem, não era, esse é o "Vincent Must Die". Produção australiana de fim de catálogo, numa esfera de sátira/comédia negra que não consegue efectivar com sucesso e, acima de tudo, ritmo e timing, uma única das suas ideias fora da caixa. Cenas que se arrastam sem piada para além do conceito, numa história que certamente funcionaria melhor no papel ou em gags de curta duração.

domingo, julho 13, 2025

The Fall of New Line Cinema

sábado, julho 12, 2025

Time Under Fire (1997)

Um tipo da "resistência" que diz ser do futuro, um submarino comandado pelo Jeff Fahey que viajou no tempo quando atravessava o famoso Triângulo das Bermudas e o Bryan Cranston, de fato e gravata, congressita, senador, o que seja, com sonhos de presidência. O Jeff Fahey visita uma rapariga após seis anos de ausência inexplicada, eu - e aposto que os cerca de cento e cinquenta restantes atrasados mentais que também viram isto de acordo com o Letterboxd - pensei que era a filha, até pela conversa... e de repente, pim pam pum, cena de sexo, maminhas e mamilos em grande plano durante uns trinta segundos. Podem meter o certo no checklist das cenas obrigatórias dos anos noventa, filmes feitos para TV. Mais uma viagem no tempo com o submarino, desta vez para 2077, onde uma espécie de filho do Dr. Claw do Inspector Gadget com o Imperador Palpatine é o manda-chuva de um planeta a morrer após uma guerra nuclear iniciada, nada mais nada menos do que... pelo presidente Cranston. Que é, também, este vilão em decomposição. Clones, ciborgues, efeitos especiais super ranhosos, camisas apertadas até ao último botão, temos direito a tudo. Até a uma reviravolta final que mostra que o futuro afinal já estava bem presente! Como não amar lixo deste!

sexta-feira, julho 11, 2025

Chastain Savant

quinta-feira, julho 10, 2025

Exterritorial (2025)

Boa surpresa. A comparação na ordem do dia ao "Flightplan" com a Jodie Foster é inevitável - curiosamente um filme realizado por outro alemão -, sendo que aqui o avião é substituído pelo consulado norte-americano em Frankfurt. Jeanne Goursaud convence como ex-militar - a acção não só é bem coreografada, como bem filmada - e este Dougray Scott, uma cara muito mais reconhecível do que o seu nome na indústria, dá sempre um óptimo vilão. Bom filme para festejar o dia da Mãe. Mesmo que seja uma daquelas mães que fazem os pais ter juizinho e metem os miúdos a fazerem as camas com os cantos a noventa graus. E noventa não são noventa e um nem oitenta e nove!