quarta-feira, agosto 31, 2022

Jon Hamm becoming Leslie Nielsen

terça-feira, agosto 30, 2022

Running with the Devil: The Wild World of John McAfee (2022)

Impressionante como um documentário com acesso único a um dos milionários mais polémicos da história recente norte-americana - e não são poucos - não consegue fugir a uma constante banalidade atroz e superficial em torno da paranóia de perseguição de McAfee e das condições de segurança dos dois jornalistas da VICE que o acompanham. Um homem com um historial conhecido de drogas, orgias, alegações de assassinatos e violações, falsificações, esquemas infindáveis para contornar a lei - e fugir escandalosamente dela muitas vezes - e até uma candidatura presidencial em 2016 reduzido a um conjunto de imagens, ainda por cima quase sempre filmadas de forma trivial, que dão-nos uma ideia da loucura apocalíptica quase Kurtziana que o envolve mas que nunca conseguem moldar-se num todo consistente, numa narrativa de vida com princípio, meio e fim. Começa explosivo, acaba de forma cansativa e patética, com a sugestão de que McAfee ainda está vivo. De um artigo de jornal a um documentário vai uma grande distância; e esta malta não estava preparada para isso.

segunda-feira, agosto 29, 2022

Mel Gibson with a "PhD in the streets"

domingo, agosto 28, 2022

The Hard Way (1991)

Para quem conhece a série televisiva "Castle", o conceito é o mesmo: inverte-se o sexo dos protagonistas e a profissão do pendura - Nathan Fillion escritor, Michael J. Fox actor. Vilão muito Lang de Lang - que é como quem diz, alucinado da cabeça, longe de qualquer fórmula, tão exótico que ou se ama ou se odeia -, Michael J. Fox absolutamente patético sempre que lhe pedem para ser um actor a fazer de actor e James Wood, preparem-se, com uma das melhores interpretações da sua carreira. Sem exagero. O seu detective John Moss tem um pouco de tudo, do mau feitio ao coração mole, de forma convincente. Mais convincente do que uma história que insiste em aparvalhar todo e qualquer momento com a personagem de Fox, sem preocupar-se com um equilíbrio entre géneros, tornando a acção frustrante e o humor repetitivo. Referência especial para Sciorra e uma muito jovem Christina Ricci. "Inferno Vermelho", you did it better.

sábado, agosto 27, 2022

Cerveja quente?

sexta-feira, agosto 26, 2022

O Caso Figo (2022)

Ninguém merece ouvir o Figo a falar espanhol durante hora e meia, ainda para mais quando o entrevistador faz-lhe todas as perguntas em português. Na verdade, ninguém merece ouvir o Figo a falar seja que língua for durante hora e meia, mas ultrapassemos isso. Futre a ser Futre - e eu gosto muito que Futre seja Futre - na maneira como conta o seu papel na transferência, vários detalhes até agora secretos de um negócio que chocou o mundo - não só pelos valores envolvidos mas principalmente pelo salto entre rivais futebolísticos, políticos e territoriais -, a clara noção de que Florentino Pérez comeu Joan Gaspart de cebolada e a mesma conclusão com que tinha ficado há mais de vinte anos: Figo disse um nim muito parecido com sim a toda a gente, tanto no anterior conflito entre Parma e Juventus em 1994 como nesta polémica de 2000. E depois, caldo entornado, a culpa era de todos menos dele. Algo que continua hoje a defender, de forma tão pouco credível que até José Veiga parece um tipo honesto. E aquela Helen nos seus vintes, amigos? Pelo que se conta daquela chamada telefónica, com bem mais juízo que o marido. Normal, toda a gente sabe que o juízo é inversamente proporcional ao tamanho do nariz.

quinta-feira, agosto 25, 2022

Allison Janney gets her own John Wick

quarta-feira, agosto 24, 2022

Last Night in Soho (2021)

Gosto muito de ti Edgar, mas voltemos aos tempos dos Cornettos, se faz favor. Todo sofisticadinho e tecnicamente aperaltado, mas ninguém quer saber de uma história sobrenatural como esta se não houver dedicação total a um género específico. Não é bem romance, não é bem terror e comédia não foi certamente. Foi um pouco de tudo e um pouco de nada, uma espécie de mistério que adorou pavonear-se aos espelhos para esconder todas as fragilidades que tinha nas costas. Não basta querer para ser de Palma ou Argento; é preciso ousar dar o próximo passo: apimentar o que ficou pelo certinho, aprofundar novas dimensões de uma protagonista quase plana, chocar também através do poder da caneta e não só do lápis de cor. Cinematografia impecável nas transições de época, mas caramba, alguém sentiu mesmo algum desconforto, o mais pequeno desconforto, com alguma das cenas sombrias e supostamente assustadoras? E aquela exposição toda sobre a personagem do Terence Stamp quando já todos tinhamos percebido quem era? Bom Giallozinho para totós, acompanhado como era expectável por uma banda-sonora à maneira, ou não fosse essa uma das especialidades da casa Wrightiana.

terça-feira, agosto 23, 2022

Sam Mendes & Trent Reznor

segunda-feira, agosto 22, 2022

Nowhere to Run (1993)

Diz a Rosanna Arquette que não gostou nada de trabalhar com Van Damme neste "Sem Escape - Vencer ou Morrer". Pudera: maminhas chupadinhas até ao tutano um par de vezes pelo nosso herói licenciado em direito, ladrão de bancos nas horas livres, fugitivo a tempo inteiro. One liners terríveis, nudez sem pudores, zero efeitos especiais, pancada da boa, horinha e meia de duração e um miúdo - Kieran Culkin - e uma miúda a falar da genitália do Van Damme como gente grande. "Ele tem um pénis grande", diz a rapariga da escola primária do nada sobre um desconhecido. Razão para entrar em pânico, mãe? Nada disso. "É de tamanho normal", responde a progenitora. Coração de ouro, rabo de ferro, - mais um grande plano daquelas indestrutíveis nádegas - vilão eficaz de Ted Levine e todo aquele feeling sapateiro dos anos noventa que nunca mais voltou. "Au revoir, fucker!".

domingo, agosto 21, 2022

Suits S08E11 - Rocky 8

Harvey: You know, I was just thinking. I told Jim that this case was Rocky IV, but it turned out to be Rocky III. Robert: You mean the one where Apollo and Rocky come together to beat Mr. T? Harvey: Well, I sure as hell wasn't talking about Rocky V. Robert: Well, you know what happens at the end of Rocky III. Harvey: Yeah, Rocky and Apollo go toe-to-toe. Let me guess, you're wondering what would happen if we went toe-to-toe. Robert: I don't need to wonder. I know what'd happen. I'd win. Harvey: Whatever gets you through the day. Robert: We're in here arguing about who's better between you and me. What if Louis turns out better than both of us? Harvey: Jesus Christ, that'd be the worst Rocky ever. Robert: No, Rocky V is still the worst Rocky ever. Harvey: Finally, something we can agree on. Robert: Truth be told, I never even saw Rocky VI. Harvey: Neither did anybody else, Robert. Robert: You know, that new Creed franchise, oh, that's quite a little something. Harvey: Really? Robert: Mm-hmm. Harvey: Maybe I should watch it tonight. Want to come over? Robert: Do I look like I don't have nothing to do but to come and watch Rocky VII with your lonely ass? Harvey: But I got popcorn. Robert: ...I'll call Laura.

sábado, agosto 20, 2022

The Predator (2018)

Não percebo o ódio, confesso. Um Predador muito sensato incapaz de fazer mal a uma Olivia Munn nua, Holbrook com carisma suficiente para encher cada cena que entra e uma dinâmica narrativa que a certa altura mais parece uma sequela do "Con Air" do que do "Predador". O que é bom. Shane Black a ser Shane Black sempre que pode - a diferença entre cinco negros e uma anedota é que a tua mãe não aguenta com uma anedota -, muito mais sorrisos do que em qualquer outro capítulo da saga, acção convincente q.b. para o universo em questão e um, perdão, dois Predadores palpáveis em fatos de borracha, sem grandes abusos catastróficos de CGI. De resto, química entre os bandidões e expectativas baixíssimas acabaram por tornar a compra muito melhor do que a encomenda, fazendo-me até ignorar quase por completo a pergunta que mais vezes me surgiu durante o transporte para entrega: porque raio é que uma criatura tão evoluída tecnologicamente é uma verdadeira idiota incompetente quando se trata de caçar "simples" humanos. Who cares, right?

sexta-feira, agosto 19, 2022

Wolfgang Peterson (1941-2022)

quinta-feira, agosto 18, 2022

Pam & Tommy (S1/2022)

Trabalho de caracterização/maquilhagem do ano. Uma história sobre invasão de privacidade estreada nos mesmos pressupostos, sem a bênção e autorização da sua estrela maior. Tanto de bom - a energia, o tom relaxado, a química entre Stan e James -, tanto de desapontador - o foco excessivo na personagem de Seth Rogen e a excessiva infantilização/vitimização de Anderson, o exacto oposto de uma mulher que sempre lutou pela emancipação feminina (à sua maneira) e pelos seus direitos, especialmente neste caso específico das cassetes roubadas. Basta dar uma olhadela aos vídeos de arquivo disponíveis no YouTube para perceber a diferença de atitude entre aquela Pam, sex symbol maior dos anos noventa, e esta sua versão romantizada. Ainda assim, fica o fascínio de revisitar e/ou descobrir as várias facetas de uma história que marcou toda uma geração, da massificação da Internet e do mercado pornográfico à relação explosiva entre Tommy Lee e Pamela. Entre a entrega total de Stan e do seu pirilau falante ao entusiasmo de Lily James, eu diria que, oito episódios somados, os iniciais claramente melhores do que os finais, de zero a cem, isto é um valente sessenta e nove. Numa cama rotativa redonda.

quarta-feira, agosto 17, 2022

Looks better than the thumbnail

terça-feira, agosto 16, 2022

The Third Man (1949)

Toda a atmosfera de uma Viena pós-guerra fragmentada em várias zonas multinacionais captada na perfeição. Cinematografia belíssima a comprovar - como se fosse preciso - que não é preciso cores para dar vida a qualquer plano. A luz, as sombras, os ângulos de câmara desfasados, toda uma componente técnica e artística expressionista a fazer mover todo um mistério, uma história sobre amizades perigosas, paixões não correspondidas e todo o (des)equilíbrio de valores e princípios que ambas podem provocar. Papelão de Joseph Cotten - é ele, na minha opinião, e não o malandro do Orson Welles, quem mais brilha aqui -, que transforma toda uma cidade num lugarejo claustrofóbico, com a ousadia da sua busca pela verdade. A sonoplastia musical não me convenceu de todo - rezam as crónicas que foi amor à primeira audição de Carol Reed por um disco que passava numa café durante as gravações - nem alguns plot holes que parecem ter sido ignorados após a "grande revelação", mas nada lhe retira todo o valor estético de um thriller noir que marcou uma época.

segunda-feira, agosto 15, 2022

Chef Voldemort

domingo, agosto 14, 2022

Fresh (2022)

Há muito para mastigar neste "Fresh", todo um novo conceito literal associado à expressão "comer aquela peida". Excelente filme para ver num primeiro encontro, créditos iniciais aos trinta e três minutos - meia hora de introdução que funcionaria na perfeição se o cartaz e o trailer já não tivessem condicionado toda a experiência - e uma realização enérgica e descontraída da estreante Mimi Cave. Cunhado do Lecter, irmão do Bateman, este Steve do Stan consegue entreter e assustar em igual medida - "stop being so dramatic", diz a certa altura para a pobre coitada da Daisy Edgar-Jones -, num filme que prova que, na hora da despedida, qualquer psicopata com charme tem mais encanto. Esqueçamos as coincidências e as sortes que tanto ajudam para a narrativa andar para a frente e aproveitemos a leveza inesperada de uma história normalmente coberta e moldada pelo negrume do terror.

sábado, agosto 13, 2022

Os Devaneios de George Miller

sexta-feira, agosto 12, 2022

For Your Eyes Only (1981)

O mais bipolar dos Bonds, na estreia de John Glen - realizou cinco no total - na saga. Parvoíce do costume no arranque - um Blofeld caricaturado, outrora vilão carismático que até lhe matou a mulher, lançado para uma chaminé industrial directamente de um helicóptero -, tom sério, talvez o mais sério do percurso de Moore na personagem, daí em diante. Uma história fraquinha de espionagem que pouco ou nada desenvolve durante duas horas, apostando todos os trunfos nas suas trabalhadas cenas de acção. Equipas de duplos para quase tudo, do alto do céu ao fundo dos mares, da brandura da neve olímpica à escabrosidade daquele penhasco final. Cumpre com distinção nesse aspecto técnico, mas molda-se narrativamente muito longe dos traços habituais do agente de Ian Fleming, tornando-o quase numa personagem secundária no meio de tanto salto e mergulho, de tanta explosão e perseguição. Inimigos sem sal nem pimenta - por mais refrescante que seja estar perdido a certa altura no quem é que afinal é mau no meio disto tudo -, uma Bond Girl (Carole Bouquet) finalmente tratada com respeito e elevação, uma (Cassandra Harris) assassinada na praia - homenagem clara ao capítulo 007 de Lazenby - e outra (Lynn-Holly Johnson) que ninguém percebe muito bem porque está ali metida, tão nova e oferecida que nem Bond se interessou. Q disfarçado de padre, a belíssima Corfu em pano de fundo e uma luta num ringue de hóquei no gelo que não fez qualquer sentido. Um papagaio que desvenda mistérios e pede beijinhos à Margaret Thatcher - lá está a tal bipolaridade no tom. Um Lotus e um Citroen de dois cavalos, zero vodkas martinis.

quinta-feira, agosto 11, 2022

Deep Water (2022)

Estou um pouco preocupado com o Ben Affleck: segundo casamento falhado com a Jennifer Lopez na vida real e, no cinema, com mais alegria a mexer em caracóis do que a enfiar a cara no meio das nádegas da Ana de Armas. Um "Gone Girl" Gone Wild meio à descarada, muito interessante enquanto consegue manter a subtileza e o mistério, demasiado trapalhão quando resolve mostrar as cartas que tinha na mão. Ainda assim, que bom reviver, ainda que a espaços muito tímidos, a arte perdida de um mestre dos thrillers eróticos - quase todos em torno da infidelidade - de outros tempos. O olhar vazio e a falta de química e de vontade de Affleck não ajudam à festa, por mais que Ana de Armas dê tudo o que tem e não tem por Lyne. Isto não é a cabeça errada a falar amigos: Armas é mesmo uma actriz espantosa neste registo malandreco. Tão espantosa que nem estranhei nada que fosse mais fácil matar qualquer homem que dormisse com ela do que pedir-lhe divórcio. Michael Douglas, amigo, onde estás tu quando um docinho destes precisa de ti?

quarta-feira, agosto 10, 2022

Discos Perdidos (2020)

Aprecio bastante a figura e a escrita ("Céu Nublado com Boas Abertas") do "lisboeta açoriano" Nuno Costa Santos e fui um dos fãs incondicionais da série "Mal-Amanhados", que pensou e orquestrou em parceria com o Luís Filipe Borges. No entanto, e por mais interessante que fosse o ponto de partida deste "Discos Perdidos", senti-lhe envolto em toda uma artificialidade que, pessoalmente, arrasou com a experiência. Da conversa com a brasileira na casa de alterne, ao amigo muito aflito a cumprir com o guião a dizer que doou os "discos perdidos", sem esquecer os agricultores "CUREzados" ou a cartomante, o que encontrei aqui foi mais um exercício de estilo do que uma jornada pessoal, honesta e sentimental. Talvez até o tenha sido, mas à mulher de César não basta ser honesta, é preciso que pareça também.

terça-feira, agosto 09, 2022

Os Últimos Dias de Emanuel Raposo (2021)

O canto do cisne, num mockumentary delicioso. "Um Cavalo Chamado Trinitá" a fechar a emissão da RTP Açores. Arte equestre de primeira linha. Que saudades de um mundo e de um tempo distante onde não havia qualquer outra alternativa, fosse o cavalo ou o cowboy. Que bom que era ser atoleimado. E que sorte temos por ser açorianos. Nos Ginetes, se a culpa não é do realizador, se não é do guionista, é das rochas! Mestre em todas as artes, burro em todas as partes. Emanuel vs Arlindo, que duelo. Corta! Não corta nada! É preciso ter descaramento! Já não se respeita os velhos, são carne para canhão agora. É os tomates! Alguém faça uma estátua no campo de São Francisco para o bêbado. Pintelhos a darem lições de moral. Arrumem-se em casa, micróbios do car@lho. Vão medir pilas, cantar o só-li-dó, a put@ que vos pariu. Amigo Vamberto, já acabaste de ler o Açoriano Oriental? PS: Que música maravilhosa é aquela nos créditos finais, da terra beijada pela espuma?

segunda-feira, agosto 08, 2022

Bigfoot Family (2020)

Sessão drive-in num campo de futebol abandonado em Lagos. Sequela de um filme que nem eu nem os miúdos vimos. Inesperado bom arranque e introdução do universo e das personagens para os paraquedistas como nós, dobragem portuguesa muito competente - ao contrário do que, rezam as críticas, acontece com a desinspirada locução original - até que surge a primeira questão complicada da mais velha: "então quer dizer que aquela mãe normal teve um filho com o Monstro das Neves?". Ao que respondi: "Não é o Monstro das Neves. É o Pé-Grande". A paternidade é muito isto: evitar balas como o Neo. Um guaxinim - o animal da moda - à "Guardiões da Galáxia", animação que não fere os olhos mesmo sem os meios nem os orçamentos dos grandes estúdios da arte e uma mensagem importante em torno do ambiente e da natureza. História simpática que se perde quando se foca mais na acção no Alasca do que no humor e na interação entre família e animais, mas que está longe de merecer o ódio que está patente um pouco por todo o lado nessa internet. O que mostra muito bem a importância fulcral do trabalho de vozes num projecto deste género.

domingo, agosto 07, 2022

Predators (2010)

Sejamos claros: se os cérebros dos Predadores fossem tão trabalhados como os abdominais do Adrien Brody, o filme do húngaro Nimród Antal seria uma curta-metragem. Vá-se lá imaginar como surgiu tão avançada tecnologia - invisibilidade, naves espaciais, armas letais - quando estes idiotas extraterrestres não conseguem despachar de forma fácil meia dúzia de humanos num planeta do seu próprio universo. Tentativa meio divertida meio azeiteira de reproduzir o grupo original da Guatemala, um Judas mutilado coxo que, sem qualquer explicação, começa a andar normalmente perto do fim e a Alice Braga. Ai, a Alice Braga. A saga regressou à selva, mas a selva não regressou à saga. Sem identidade, sem charme, sem aquela palpabilidade e sujidade do cinema de acção dos anos oitenta.

sábado, agosto 06, 2022

Predator 2 (1990)

Barões de droga colombianos e jamaicanos tomaram conta das ruas de Los Angeles. Que simpático que o realizador Stephen Hopkins foi para os mexicanos. Ele que, ainda por cima, é jamaicano. Onda de calor abrasadora, carros de polícia a explodir, helicópteros a serem abatidos e o cabrão de um extraterrestre para ajudar à festa. Um Predador justiceiro, anti-aborto, que varre bandidagem como ninguém e polícias que, mesmo debaixo de tanto calor, recusam-se a despir o casaco e a abrir o botão do colarinho da camisa. Danny Glover, atitude à John Wayne, tomates de boi na sua versão policial irresistível, a suar que nem um porco o filme todo. Um belo travelling na esquadra que acaba com o saudoso Bill Paxton a falar de golfe. Paxton, Robert Davi, Gary Busey e a Conchita. Como resistir a tanto clássico. Rituais voodoo e um crânio de um Alien de Scott na sala de troféus. Já sabemos no que deu. É relaxar os esfíncteres e não se armarem em Rambos do metro!

sexta-feira, agosto 05, 2022

Let's play, Stoker's way

quinta-feira, agosto 04, 2022

Kimi (2022)

Por amor de Deus, digam-me que mais alguém reparou que o Buzz do "Sozinho em Casa" chama-se Kevin e entra em cena exactamente quando o filme do eternamente pré-reformado Soderbergh se transforma numa versão adulta Beastie Boys pistola de pregos do clássico de Chris Columbus. Covid como pretexto e contexto, a ex-mulher do oscarizado realizador a dar voz ao mecanismo que controla tudo - suprema ironia - e a Zoe Kravitz, bem, que fofuxa. Rapidinho e limpinho. Como diz a personagem principal perto do início: "Porque é que tudo tem que ser o "melhor"? Porque é que algumas coisas não podem apenas ser boas?".

quarta-feira, agosto 03, 2022

The Banshees of Bruges

terça-feira, agosto 02, 2022

Top Gun: Maverick (2022)

O cinema como o aprendemos a amar à beira da extinção. "Maybe so sir. But not today". Tom Cruise a salvar Hollywood, a fazer-nos acreditar que um filme pode ser divertido e ousado sem ter que ser falso na sua concepção, que uma história pode ter coração, paixão e emoção sem precisar de ser lamechas ou matar alguém, que uma sequela pode não só homenagear o original e as suas personagens - vejamos o legado de Goose ou a despedida que é feita ao "Iceman" Kilmer -, como torná-lo melhor pelo simples facto da continuidade que proporciona. Envelhecemos nós e envelhecem os nossos heróis de infância, as personagens que nos fizeram sonhar, os filmes que nos fizeram crescer. Um filme pipoca que não se agarra a ecrãs verdes, com cheiro a querosene e não a placas gráficas queimadas. Melhor que o primeiro? Talvez não. Mas em tempos de fome, nada como um bom bife para nos relembrar aquele tempo em que a vida era um Chimarrão constante e os países inimigos tinham nome. Torrente de adrenalina, um raio de esperança para aqueles que um dia acreditaram no poder redentor dos grandes blockbusters de verão. Cientologia, já faltou mais.

segunda-feira, agosto 01, 2022