Trabalho de caracterização/maquilhagem do ano. Uma história sobre invasão de privacidade estreada nos mesmos pressupostos, sem a bênção e autorização da sua estrela maior. Tanto de bom - a energia, o tom relaxado, a química entre Stan e James -, tanto de desapontador - o foco excessivo na personagem de Seth Rogen e a excessiva infantilização/vitimização de Anderson, o exacto oposto de uma mulher que sempre lutou pela emancipação feminina (à sua maneira) e pelos seus direitos, especialmente neste caso específico das cassetes roubadas. Basta dar uma olhadela aos vídeos de arquivo disponíveis no YouTube para perceber a diferença de atitude entre aquela Pam, sex symbol maior dos anos noventa, e esta sua versão romantizada. Ainda assim, fica o fascínio de revisitar e/ou descobrir as várias facetas de uma história que marcou toda uma geração, da massificação da Internet e do mercado pornográfico à relação explosiva entre Tommy Lee e Pamela. Entre a entrega total de Stan e do seu pirilau falante ao entusiasmo de Lily James, eu diria que, oito episódios somados, os iniciais claramente melhores do que os finais, de zero a cem, isto é um valente sessenta e nove. Numa cama rotativa redonda.
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