sábado, março 31, 2007

7 Blogues, 6 Estreias, 5 Estrelas? Março 2007

Uma miséria de mês, em que queria ter visto "The Fountain" e "El Labirinto del Fauno" e acabei por assistir a um "Ghost Rider" insonso. Em Abril, com "300" (que Segunda-Feira estará por aqui no Cinema Notebook), "Inland Empire", "The Last Kiss", "The Number 23", "Shooter", entre muitos outros, espero melhorar a performance. De qualquer das formas, esperem por algumas surpresas na próxima edição.

sexta-feira, março 30, 2007

quinta-feira, março 29, 2007

Maria Full of Grace (2004)

Maria Alvarez (a estreante Catalina Sandino Moreno) de 17 anos, vive com pais, irmãos, tios e avós numa apertada e pobre casa na Colômbia. Triste mas cheia de ilusões, está determinada a escapar ao entorpecido quotidiano da sua vila e desta forma, decide aceitar uma oferta que poderá mudar a sua vida: carregar consigo droga até Nova Iorque. Mas longe da viagem rotineira que lhe tinha sido prometida, Maria é levada para o perigoso e implacável mundo do tráfico de droga numa missão de sobrevivência, que ela terá de cumprir para abraçar os seus sonhos.

“Maria Cheia de Graça” é um filme que aborda um assunto sério, de uma forma demasiado séria. Sem “rodriguinhos” que desviem a atenção do espectador da trama principal, Joshua Marston acaba por prometer muito mais do que realmente oferece. A abordagem de que “a Vida é um jogo sujo” não é primordial, e faltam por isso à obra elementos que projectem a simplicidade mundana da história invés da simples aposta em filmar as expressões e sentimentos de Catalina Moreno durante todo o filme. Não há salvação nem perdição, mas sim um ser humano com uma esperança hipnótica no qual Marston aposta toda a profundidade da narrativa. E com isso, dá um passo em falso, pois “Maria Full of Grace” acaba por ser uma obra demasiadamente descritiva, além de excessivamente focada numa só personagem. Por assim dizer, uma realidade social demasiado... real, com mais interesse documental do que cinematográfico.

quarta-feira, março 28, 2007

300 para todos os gostos!

Aquele que provavelmente será um dos filmes do ano, não é um épico só para homens. A FirstShowing elaborou uma lista de cinco razões pelas quais, no próximo dia 5 de Abril, aquando da estreia da mais recente obra de Zack Snyder em território nacional, as meninas podem acompanhar o viril e másculo do namorado ao cinema. Já agora, como nota de rodapé, fiquem atentos pois alguns dias antes da sua estreia, 300 passará pelo Cinema Notebook.

terça-feira, março 27, 2007

Yippee-ki-yay, Motherfucker!

Está confirmado. John McClane vai mesmo repetir a famosa deixa no próximo capitulo da saga "Die Hard", que estreia este verão entre nós. Porque "Yippee-ki-yay, Motherfucker" é John McClane e sem ela "Live Free or Die Hard" não teria metade da piada. Porque são estes meros segundos renovados de fita que valem por si só o bilhete de cinema.

segunda-feira, março 26, 2007

Não é o Portugal que temos...

São os tristes portugueses que possuímos. Mais de cem (100!) mil votos num fascista exacerbado. Sinto-me envergonhado, ainda mais por larga parte desse escrutínio ter sido obra de uma cambada de ignorantes que não faz a menor ideia do que foi viver sobre a alçada de uma ditadura e ser punido pelas suas próprias ideias, pensamentos ou ideologias. Em todo o mundo, no mesmo programa, ganharam profetas da liberdade, da paz e da justiça. No nosso pequenino Portugal, ganhou um assassino. Porque não há obra, votação popular ou edifício que lhe retire esse epíteto.

domingo, março 25, 2007

O Google atirou-os para o CN quando pesquisavam por... (Fev/Mar)

As cinco mais espetaculares pesquisas de Fevereiro e Março, que contribuiram para a expansão virtual do Cinema Notebook por esse mundo fora...

"Cuidados que os circences precisam ter com o meio ambiente"
"Download free milf hunter"
"Edredon tweety"
"Las gatas ricas.com"
"Filmes pornograficos portugueses"

Tesourinho de Monólogos Memoráveis do Cinema (III)


Well, fuck you, too. Fuck me, fuck you, fuck this whole city and everyone in it. Fuck the panhandlers, grubbing for money, and smiling at me behind my back. Fuck the squeegee men dirtying up the clean windshield of my car. Get a fucking job! Fuck the Sikhs and the Pakistanis bombing down the avenues in decrepit cabs, curry steaming out their pores, stinking up my day. Terrorists in fucking training. SLOW THE FUCK DOWN! Fuck the Chelsea boys with their waxed chests and pumped up biceps. Going down on each other in my parks and on my piers, jingling their dicks on my Channel 35. Fuck the Korean grocers with their pyramids of overpriced fruit and their tulips and roses wrapped in plastic. Ten years in the country, still no speaky English? Fuck the Russians in Brighton Beach. Mobster thugs sitting in cafés, sipping tea in little glasses, sugar cubes between their teeth. Wheelin' and dealin' and schemin'. Go back where you fucking came from! Fuck the black-hatted Chassidim, strolling up and down 47th street in their dirty gabardine with their dandruff. Selling South African apartheid diamonds! Fuck the Wall Street brokers. Self-styled masters of the universe. Michael Douglas, Gordon Gekko wannabe mother fuckers, figuring out new ways to rob hard working people blind. Send those Enron assholes to jail for FUCKING LIFE! You think Bush and Cheney didn't know about that shit? Give me a fucking break! Tyco! Worldcom! Fuck the Puerto Ricans. 20 to a car, swelling up the welfare rolls, worst fuckin' parade in the city. And don't even get me started on the Dom-in-i-cans, 'cause they make the Puerto Ricans look good. Fuck the Bensonhurst Italians with their pomaded hair, their nylon warm-up suits, their St. Anthony medallions, swinging their, Jason Giambi, Louisville slugger, baseball bats, trying to audition for the Sopranos. Fuck the Upper East Side wives with their Hermes scarves and their fifty-dollar Balducci artichokes. Overfed faces getting pulled and lifted and stretched, all taut and shiny. You're not fooling anybody, sweetheart! Fuck the uptown brothers. They never pass the ball, they don't want to play defense, they take five steps on every lay-up to the hoop. And then they want to turn around and blame everything on the white man. Slavery ended one hundred and thirty seven years ago. Move the fuck on! Fuck the corrupt cops with their anus violating plungers and their 41 shots, standing behind a blue wall of silence. You betray our trust! Fuck the priests who put their hands down some innocent child's pants. Fuck the church that protects them, delivering us into evil. And while you're at it, fuck JC! He got off easy! A day on the cross, a weekend in hell, and all the hallelujahs of the legioned angels for eternity! Try seven years in fuckin' Otisville, J! Fuck Osama Bin Laden, Al Qaeda, and backward-ass, cave-dwelling, fundamentalist assholes everywhere. On the names of innocent thousands murdered, I pray you spend the rest of eternity with your seventy-two whores roasting in a jet-fuel fire in hell. You towel headed camel jockeys can kiss my royal Irish ass! Fuck Jacob Elinsky, whining malcontent. Fuck Francis Xavier Slaughtery my best friend, judging me while he stares at my girlfriend's ass. Fuck Naturelle Riviera, I gave her my trust and she stabbed me in the back, sold me up the river, fucking bitch. Fuck my father with his endless grief, standing behind that bar sipping on club sodas, selling whisky to firemen, cheering the Bronx bombers. Fuck this whole city and everyone in it. From the row-houses of Astoria to the penthouses on Park Avenue, from the projects in the Bronx to the lofts in Soho. From the tenements in Alphabet City to the brownstones in Park slope to the split-levels in Staten Island. Let an earthquake crumble it, let the fires rage, let it burn to fucking ash and then let the waters rise and submerge this whole rat-infested place. [pause] No. No, fuck you, Montgomery Brogan. You had it all, and you threw it away, you dumb fuck!

sábado, março 24, 2007

The War of the Roses (1989)

Oliver (Michael Douglas) e Barbara Rose (Kathleen Turner – o que é feito dela?) estiveram juntos durante quase vinte anos. Agora, irritada com a superficialidade da relação e da sua vida, Barbara quer o divórcio. E quando chega o momento de decidir quem fica com a sumptuosa casa, nenhum deles está disposto a ceder. O advogado de Oliver (DeVito) oferece alguns conselhos, mas já é tarde demais: Oliver e Barbara envolvem-se num turbilhão de desespero e vingança. E vale tudo, desde urinar em cozinhados, a desfazer em migalhas carros clássicos que valem uma fortuna.

Contextualizando “A Guerra das Rosas”, a primeira lembrança que nos irrompe é a do êxito de então da dupla Douglas/Turner, que havia apaixonado cinéfilos e não-cinéfilos em todo o mundo com a aventura “A Jóia do Nilo”. Fazia então sentido, pelo menos do ponto de vista financeiro, que a parelha se reunisse uma vez mais, numa história que pela estranha, mas divertida premissa, tinha todos os condimentos para uma horinha ou duas de bom entretenimento. Infelizmente, e apesar das fabulosas interpretações principais, tudo o que acontece em “The War of the Roses” cheira a cliché ou repetição. A aprazível ideia está presente, mas a sua fragmentação em momentos de humor – negro e físico – falha. Provável culpa de Danny DeVito, que ainda hoje não conseguiu completar e executar com resultado e mérito a sua desejada transição do mundo da representação para o da realização. Ditosamente, e em compensação, a cena final, carregada de simbolismos, arremessa uma forte mensagem que escusa DeVito de todo o percurso narrativo anterior mal aproveitado.

sexta-feira, março 23, 2007

United 93: A Sátira?

Segundo a Film Junk, o britânico Chris Morris, vencedor de um BAFTA Award para Melhor Curta-Metragem em 2003, e já nomeado por outras três ocasiões, está a preparar uma sátira ao filme "United 93", de Paul Greengrass. Estará o mundo pronto para tal? O humor deverá ter limites? Eis as questões às quais peço a vossa opinião.

quinta-feira, março 22, 2007

Os mais "Sexy" da TV

Segundo a revista norte-americana TV Guide. O Cinema Notebook já fez um ranking semelhante em 2006, mas este traz um extra especialmente dedicado às nossas leitoras: uma lista de estrelas televisivas masculinas. À primeira vista, é de estranhar a ausência de Wentworth Miller (Michael Scofield em "Prison Break") e de Kristen Bell (Veronica Mars em "Veronica Mars"). De resto, o Google é vosso amigo!

1. Evangeline Lilly, Kate Austen, em “Lost”
2. Eva Longoria, Gabrielle Solis em “Desperate Housewives”
3. Katherine Heigl, Izzie Stevens em “Grey’s Anatomy”
4. Marg Helgenberger, Catherine Willows em “CSI”
5. Ali Larter, Niki Sanders em “Heroes”
6. Nadine Velazquez, Catalina em “My Name Is Earl”
7. Roselyn Sanchez, Elena Delgado em “Without a Trace”
8. Rashida Jones, Karen Filippelli em “The Office”
9. Rebecca Romijn, Alexis Meade em “Ugly Betty”
10. Jennifer Morrison, Allison Cameron em “House”

1. Patrick Dempsey, Dr. Derek Shepherd em “Grey’s Anatomy”
2. Sendhil Ramamurthy, Mohinder Suresh em “Heroes”
3. James Tupper, Jack Slattery em “Men in Trees”
4. Josh Holloway, Sawyer em “Lost”
5. Taylor Kitsch, Tim Riggins em “Friday Night Lights”
6. Shemar Moore, Derek Morgan em “Criminal Minds”
7. Skeet Ulrich, Jake Green em “Jericho”
8. Eric Mabius, Daniel Meade em “Ugly Betty”
9. Justin Chambers, Alex Karev em “Grey’s Anatomy”
10. Dave Annable, Justin Walker em “Brothers & Sisters”

quarta-feira, março 21, 2007

Ghost Rider (2007)

Na sua adolescência, Johnny Blaze (Nicolas Cage) era reconhecido pelas suas proezas em cima de uma mota, num espetáculo que protagonizava com o pai em feiras e circos. Ao descobrir que este estava, num processo lento e doloroso, a ceder a um cancro, decide vender a alma ao diabo em troca da recuperação total do pai. Isto faz com que tenha de deixar Roxanne (Eva Mendes), a sua namorada e ganhe como destino uma vida nas sombras, sem amigos nem amores. Alguns anos mais tarde, quando Blaze finalmente começa a duvidar da sua dívida, o diabo (Peter Fonda) decide vir buscar o que é seu. Consequência? À noite, na presença do mal, Johnny torna-se em Ghost Rider, um implacável caçador de demónios e anjos com prioridades trocadas. Mas combater o mal representando o próprio mal não está presente nas intenções futuras de Blaze, e este decide usar os seus poderes para colocar fim à maldição que o persegue.

A “Ghost Rider” devem ser dados três descontos, em forma de compensações: o de o fraco resultado emocional do enredo ser consequência de uma adaptação visual quase fiel à banda desenhada original da Marvel; o de “Ghost Rider” ser mais satisfatório que “Daredevil”, “Catwoman” entre outros; e, finalmente, o de “Ghost Rider” ser a machadada final de comprovação naquele sentimento instintivo que todos nós, pelo menos uma dúzia de vezes já tivemos e que nos apontava para as mamocas de Eva Mendes como as mais jeitosinhas de Hollywood. Dito isto, quase que nos aptece perdoar o facto de “Ghost Rider” ser, efectivamente, um filme travesso e irregular.

Com uma realização desastrosa de Mark Steven Johnson – que comete os mesmos erros que havia praticado em “Daredevil” -, que acaba por não ser surpresa para ninguém, quem realmente nos desaponta e desilude é Nicolas Cage, com mais uma interpretação sem garra nem fulgor, igual a tantas outras com que nos tem brindado nos últimos tempos. Já Peter Fonda é desperdiçado numa personagem que, apesar de forte, é mal tratada pelo guionista. Em suma, quase tudo em “Ghost Rider” parece oco e banal. Será que vamos ter que levar com Johnson “à le MTV” como realizador em adaptações futuras de outros super-heróis?

terça-feira, março 20, 2007

Rachel Weisz por Eva Mendes

Oficialmente, um banho de água fria. Dirigi-me hoje aos cinemas Millenium Alvaláxia, convencidíssimo que "The Fountain" seria certamente um dos filmes em cartaz. Chego lá e... nada. E porque o fracasso não tem amigos, apenas amigas, para combater a frustração decidi-me por isto. Mas enfim, aqui fica a explicação de Nuno Antunes do site Cinema 2000, para a exclusividade de "O Último Capítulo".

"Na óptica da distribuidora Castello Lopes, "The Fountain" não é um filme para o grande público. E aqui já será especulação minha, mas também não deve ser dos que aguenta duas semanas num multiplex. Não nos podemos esquecer que há filmes a estrear nas salas que ficam em exibição uma ou duas semanas. Se o acordo para o exclusivo for, como costuma ser, os UCI de Lisboa e Porto ficarem obrigados a exibir «The Fountain» pelo menos X semanas, isto pode defender melhor os interesses comerciais do filme. As salas são boas e se a publicidade for bem feita, quem estiver interessado sabe onde deve ir. E o filme fica disponível aos clientes habituais das salas UCI, que são muitos. Se por exemplo 50 mil pessoas forem vê-lo nas duas salas, a estreia comercial portuguesa de «The Fountain» compensou financeiramente. Mas se esse número for atingido com 15 ou 20 cópias, com um investimento maior, então esse valor será um desastre e um prejuízo financeiro para esta aposta da distribuidora Castello Lopes."

segunda-feira, março 19, 2007

Que venham muitos mais!

domingo, março 18, 2007

Previsões CN: No longínquo ano de 2049... (I)


As estatuetas da Academia de Hollywood serão assim!

sábado, março 17, 2007

Zelig (1983)

Leonard Zelig (Woody Allen) é um verdadeiro camaleão humano. Para além de chegar quase a fundir-se em si mesmo, em termos de personalidade e conhecimentos, com quem o envolve, Zelig passa por um processo de osmose tão completo que se torna igual às pessoas com quem se cruza. Com toda a gente, menos com o sexo feminino, que por tao complexo, não lhe permite a transformação adequada. Mas de resto, sejam gestos, a voz, as atitudes, o discurso ou as próprias ideias, tudo se transforma a um ritmo diabólico. Assim sendo, a vida de Zelig, o fenómeno, é uma aventura composta de retalhos de outras vidas e personalidades, até ao dia em que conhece a psicóloga Eudora Fletcher (Mia Farrow). A partir desse momento, o seu objectivo deixará de ser o desejo de ser bem aceite pelo grupo, mas sim a oportunidade de ser amado por uma mulher. Não fosse o seu problema uma doença mental...

A acção de "Zelig" decorre entre os loucos anos 20 e o início da II Guerra Mundial e Woody Allen, que realizou, escreveu e interpretou esta “falsa” comédia, faz rir e sorrir o espectador com uma sucessão delirante de referências históricas, literárias e cinematográficas. “Zelig” é uma caixinha de madeira oca (por ser um falso documentário) que reúne um conjunto fantástico de citações humorísticas memoráveis, mas também um leve dissabor sobre tudo aquilo que a película poderia ter alcançado e não o fez. Numa técnica mais tarde repetida e eternizada por Zemeckis em Forrest Gump, que, por assim dizer, coloca o presente no passado, Allen prova mais uma vez que é “o” cineasta da existência, tratando em “Zelig” daquela vontade que a todos toca, de sermos alguém que não somos.

Sendo sem dúvida alguma o filme mais conceptual de Woody Allen, “Zelig” é uma crónica sobre a ambiguidade e dualidade de qualquer tipo de realismo cinematográfico. E a prova maior desse facto, é que a própria noção de documentário é falsificada, num desafio claro que acabou por romper uma nova fronteira nos anos 80. No entanto, e tendo em conta o arrojo da premissa, é quase normal ao espectador sentir no final um pequeno amargo na boca, pela aposta não ter recaído numa pura obra de ficção, filmada sem narração e com personagens verdadeiramente fictícias e não adequadamente fabricadas para encaixar no estilo narrativo.

sexta-feira, março 16, 2007

Rankings CN: Mistérios de "Perdidos" (I/III)

Existem vários, às dezenas. Mas aqui na redacção do Cinema Notebook, decidimos escolher os dez que mais nos intrigam e expô-los à vossa opinião. Atirem com prováveis respostas, soluções ou meras convicções que vos fazem acreditar que sabem a razão para tais enigmas. Até porque é por estas e por outras que "Lost - Perdidos" acabou por se transformar no fenómeno que todos nós hoje reconhecemos.


(10) Décimo Lugar - Os Ursos Polares, Tubarões Dharma e outros animais improváveis.
Dois aspectos primordiais: Ursos Polares (que como o próprio nome indica, não se dão muito bem com o calor) a sobreviverem em temperaturas equatoriais e seguidamente, o modo de como eles lá foram parar. Não foi a nado desde o Ártico certamente. Mas não só os ursinhos. São muitos mais os animais que por lá param e simbolicamente já percebi o truque. Os ursos representam a Fúria, o cão de Walt a Inveja, o cavalo que a Kate vê o Orgulho e por aí adiante. Basta ir buscar um dicionário de simbolismos e perceber que para completar os setes pecados cardinais, falta apenas aparecer uma cabra na série. Mas objectivamente? Nem por sombras. Provavelmente são resultado de alguma experiência científica.


(9) Nono Lugar - Que raio de poderes tinha Walt para ser tão importante para "Os Outros" e como é que estes sabiam deste dom?
Vimos por mais de uma vez Walt demonstrar alguns poderes anormais, subtis mas absolutamente extraordinários. Como por exemplo, quando ao tocar no braço de Locke viu a escotilha ainda desconhecida de todos e aconselhou-o a não a abrir. Ou quando previu o futuro e avisou Michael, o seu pai, que tinham mesmo que ir embora (apesar de ter sido ele mesmo a queimar a primeira jangada, porque na altura queria ficar), pois as coisas iam ficar feias. Entre muitas outras situações arrepiantes. Afinal de contas, quem era Walt, o que lhe aconteceu depois do final da segunda temporada e porque raio era ele "o desejado" d'"Os Outros"?


(8) Oitavo Lugar - A estátua do pé com 4 dedos.
Quatro dedos no pé. Estátua antiga. Ilhas supostamente inexistentes e abandonadas. Podia continuar... mas acho que não é mesmo preciso. Se fosse daqueles malucos das conspirações, diria que dois pés com quatros dedos dá 8 (um daqueles fantabulásticos números mistério), e que a soma total de dedos do corpo dá 16 (olha, olha, mais um número mistério). Mas como não cheguei a esse ponto de insanidade mental, fico-me pela mais simples, mas também mais arriscada: a estátua tem dentro de si escondida uma das outras escotilhas da ilha. Ou então, a ilha já tinha sido habitada na antiguidade e pura e simplesmente faltou pedra para fazer o quinto dedo e o resto do corpo.

quarta-feira, março 14, 2007

Mitos (ainda) Vivos... (IX)


Peter Graves, eternizado como Jim Phelps na série televisiva "Mission: Impossible" e como o Capitão Oveur em "Airplane!"

terça-feira, março 13, 2007

Citação da Semana (XII) - Especial Spike Lee

"Encarando os filmes como uma forma de levar as pessoas a pensar e a discutir, Spike Lee depressa se distinguiu pelas suas escolhas temáticas: conflitos étnicos, a situação da comunidade negra americana, a injustiça social, racismo e convenções morais hipócritas. Filmes como "Summer of Sam", "Malcolm X", "Jungle Fever", "25th Hour", reflectem a visão de Spike Lee, sobre uma nação que considera ser a mais violenta da terra. Nunca se coibindo de emitir opiniões de uma forma directa e certeira. Não abdicando de algumas coisas como o seu boné de basebol ou de trabalhar por vezes com equipas constituídas só por afro-americanos, Spike Lee diz-se abençoado com a oportunidade de poder dar voz à comunidade negra que é sistematicamente deixada do lado de fora das luzes." (FCSH). Aqui ficam algumas citações que marcam a vida de um dos realizadores mais polémicos e sem papas na língua que o cinema norte-americano já conheceu.

"What's the difference between Hollywood characters and my characters? Mine are real."

"Making films has got to be one of the hardest endeavors known to humankind. Straight up and down, film work is hard shit."

"Wim Wenders had better watch out 'cause I'm waiting for his ass. Somewhere deep in my closet I have a Louisville Slugger bat with Wenders' name on it."

"Amongst black people, you have always heard it said that once a black man reaches a certain level, especially if you are an entertainer, you get a white trophy woman."

"Before, I used to think that everything was based on race. Now class matters just as much. If you are a poor person: black, white, Latino, whatever, the Bush Administration does not have your best interests at heart."

"It has been my observation that parents kill more dreams than anybody."

segunda-feira, março 12, 2007

Blogger, Blogger...

Para quem sabe esperar, tudo vem a tempo.

domingo, março 11, 2007

Blogger, o meu inimigo de estimação!

Desta vez é o sistema de comentários. Amanhã coloco o lápis atrás da orelha e prometo que tento encontrar uma solução!

Tesourinho de Monólogos Memoráveis do Cinema (II)


Cliff: It's a fact. Sicilians have nigger blood pumpin' through their hearts. If you don't believe me, look it up. You see, hundreds and hundreds of years ago the Moors conquered Sicily. And Moors are niggers. Way back then, Sicilians were like the wops in northern Italy. Blond hair, blue eyes. But, once the Moors moved in there, they changed the whole country. They did so much fuckin' with the Sicilian women, they changed the blood-line for ever, from blond hair and blue eyes to black hair and dark skin. I find it absolutely amazing to think that to this day, hundreds of years later, Sicilians still carry that nigger gene. I'm just quotin' history. It's a fact. It's written. Your ancestors were niggers. Your great, great, great, great, great-grandmother was fucked by a nigger, and had a half-nigger kid. That is a fact. Now tell me, am I lyin'?

Dennis Hopper em True Romance (1993) de Tony Scott.

sábado, março 10, 2007

Desafio Visual

1 imagem, 100 filmes
(clique na imagem para tamanho original)

sexta-feira, março 09, 2007

Blogue da Semana (XXI)

Ecran Azul

quinta-feira, março 08, 2007

Aristides de Sousa Mendes na 2:

A vida do cônsul português em Bordéus é apresentada esta noite, por volta da meia-noite, na 2:, num documentário liderado e apresentado pelo advogado José Miguel Júdice. O seu percurso, bem como o confronto com Salazar, quando passou sem autorização e por sua iniciativa, vistos a cerca de 30 mil judeus, fazem dele um dos mais benévolos portugueses da nossa história. Se porventura votasse nos "Grandes Portugueses", pertenceria a ele o meu voto.

quarta-feira, março 07, 2007

Rankings CN: Só no Cinema... (III/IV)

"Eish que granda tanga!", "Tá bem tá!" ou "Porra, que enorme palhaçada!" são apenas algumas das expressões usadas por todos nós quando damos de cara com algumas daquelas situações que só acontecem mesmo no cinema. O Cinema Notebook, após uma intensa pesquisa cinematográfica, elaborou um top com 16 desses momentos clássicos, divididos em quatro partes. O desafio que vos deixo - de forma a provar que todos já reparamos nestas incongruências - é o de deixarem exemplos, nos comentários, de obras em que ocorreram cada uma das vicissitudes listadas. [Parte III - 8 a 5]


8. Espiríto Rebelde. Não tem nada que saber: sempre que o herói manda o "pendura" esperar quieto num local qualquer seguro, este não resiste e acaba por se meter em sarilhos, colocando em causa todo o plano do - com o devido auxílio do dicionário - "homem extraordinário pelas suas qualidades guerreiras, triunfos, valor ou magnanimidade". Já dizia Camilo Castelo Branco que "a paciência é a riqueza dos infelizes". E o que faz Ricardo aqui? Bem, quem não se lembra daquele jogo com a Inglaterra, no Euro 2004, em que o "King" Eusébio manda o Ricardinho ficar parado no meio, ele faz orelhas "moucas" e defende sem luvas uma bola chutada para a sua esquerda?


7. Coicidência Colossal. Desafio-vos: Qual é o fugitivo, seja no cinema ou na televisão, que ao entrar num bar ou numa tabacaria, não vê a sua cara na televisão ou no jornal? É sempre certinho e direitinho. E depois, em noventa por cento dos casos, existe sempre um freguês que arremessa um olhar suspeito, como que a reconhecer o malandro. Já se sabe que as dificuldades crescem à medida que nos aproximamos dos nossos objectivos... mas bem que poderiam mudar a fórmula de vez em quando.


6. Taxistas Afortunados. Os que recebem. Porque ainda temos aqueles personagens que saiem do táxi e não pagam. Mas os que pagam, nunca esperam pelo troco. Citando Diderot, "o dinheiro dos tolos é o património dos espertos."!


5. Efeito Bauer/House. A bomba (doença) é sempre desmantelada (curada) nos últimos segundos de existência. Sejam fios azuis ou vermelhos (virus ou bactérias), o herói acaba sempre por escolher a melhor opção (tratamento). Pensando bem, qual seria a piada de resolver tudo a meio do episódio/filme? Na verdade, o tempo só rende (milhões e milhões e milhões e milhões) se fôr bem aproveitado.

terça-feira, março 06, 2007

Kate Beckinsale - Técnica da TVCabo?

segunda-feira, março 05, 2007

Prison Break - Primeira Temporada

Até que ponto é que um homem é capaz de ir para salvar um irmão? É esta a premissa da primeira temporada de “Prison Break”, que nos relata a história de Michael Scofield (Wentworth Miller), um hábil Engenheiro de Estruturas que assalta um banco de forma a ser preso no mesmo local do irmão, Linc Burrows, condenado à pena de morte, e conseguir, com um elaborado plano, – que já agora, está tatuado no seu corpo – libertar o irmão e escapar da prisão. No entanto, e como é costume, as situações inesperadas serão mais do que muitas e tudo o que parecia dominado rapidamente fica descontrolado.

“Prison Break – Primeira Temporada” não é uma série sobre a vida na prisão, mas sim sobre uma possível e provável fuga. Claustrofóbica q.b. e com um elenco excepcional, onde naturalmente podemos destacar o extravagante Robert Knepper (T-Bag) e o notável Peter Stormare (Abruzzi), somos, episódio após episódio, confrontados com uma história que mistura de forma singular e convincente uma teoria de conspiração, com o thriller, o drama e até, em certas alturas, com um romantismo subtil entre Michael e Sara Tancredi (Sarah Callies), a médica de Fox River.

Apesar de algumas convencionalidades insubsistentes, que desleixam o argumento (os casos mais flagrantes ocorrem na enfermaria, onde dia sim dia não é obrigatório ou não o uso de algemas), a primeira temporada de “Prison Break” é uma das mais excitantes séries televisivas dos últimos anos. Longe de ser tão viciante como “24”, por exemplo, a série de Brett Ratner entretém e mantém um ritmo arquejante do primeiro ao último episódio e cria, em si mesma, uma capacidade intrínseca e peculiar de conseguir surpreender o espectador com o mais simples dos pormenores. Pormenores esses que acabam sempre por, mais tarde ou mais cedo, originar uma abismal reviravolta na intriga. Em suma, um projecto obrigatório para quem, como eu, esperou por um novo MacGyver durante mais de uma década. Sim, porque Scofield é o MacGyver do século XXI.

domingo, março 04, 2007

Qual o vosso filme favorito de Stanley Kubrick?

E, numa frase, porquê? Pelos lados do Cinema Notebook, a resposta é incontestável. Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb usura larga vantagem sobre qualquer outro. Se existem obras intemporais, esta é uma delas. A forma como satiriza a natureza humana é de uma audácia incomparável. Tal como o talento e genialidade de Peter Sellers.

sábado, março 03, 2007

Rapidinhas Matinais: Hitchcock & Rambo

Anthony Hopkins e a recentemente multi-galardoada Helen Mirren estão em conversações para protagonizarem "Alfred Hitchcock Presents", uma obra sobre a vida e os obstáculos que o realizador inglês enfrentou durante a rodagem de "Psycho".

"Ele não vai competir com helicópteros e não vai deitar napalm. Será uma viagem emocional". Sylvester Stallone sobre o regresso de John Rambo. Fine by me...

sexta-feira, março 02, 2007

Sequela Inesperada

Desta vez, não é na praia, como na obra de estreia que tornou-se um culto de boa disposição, nem resultado de bruxarias, como na supérflua continuação dos anos noventa. É sim... na neve. A equipa que a MGM arranjou não inspira a menor confiança e provavelmente será apenas mais uma daquelas manobras burlescas para ganhar uns trocos. Nada que um pouco de nostalgia e melancolia não contrabalance.

quinta-feira, março 01, 2007

Tesourinho de Monólogos Memoráveis do Cinema (I)


"I don't know what to say really. Three minutes till the biggest battle of our professional lives. It all comes down to today. Now either we heal as a team, or we're gonna crumble. Inch by inch, play by play, till we're finished. We're in hell right now, gentlemen. Believe me. And we can stay here, get the shit kicked out of us, or we can fight our way back into the light. We can climb out of hell. One inch at a time. Now I can't do it for you. I'm too old. I look around, I see these young faces, and I think... I mean I've made every wrong choice a middle-aged man can make. I pissed away all my money, believe it or not. I chased off anyone who's ever loved me, and lately, I can't even stand the face I see in the mirror. You know when you get old in life, things get taken from you. That's part of life. But you only learn that when you start losing stuff. You find out life's this game of inches. And so is football. Because in either game, life or football, the margin for error is so small. I mean... one half a step too late or too early and you don't quite make it. One half second too slow too fast, you don't quite catch it. The inches we need are everywhere around us. They are in every break of the game, every minute, every second. On this team, we fight for that inch. On this team, we tear ourselves and everyone else around us to pieces for that inch. We claw with our fingernails for that inch. Because we know when we add up all those inches, that's gonna make the fucking difference between winning and losing! Between living and dying! I'll tell you this - in any fight, its the guy whose willing to die who's gonna win that inch. And I know if I'm going to have any life anymore, it's because I'm still willing to fight and die for that inch. Because that's what living is! The 6 inches in front of your face... Now I can't make you do it. You've got to look at the guy next to you, look into his eyes. Now I think you're gonna see a guy who will go that inch with you. You're gonna see a guy who will sacrifice himself for this team, because he knows when it comes down to it, you're gonna do the same for him. That's a team, gentlemen. And either we heal, now, as a team, or we will die, as individuals. That's football, guys. That's all it is. Now, what are you going to do?"

Al Pacino em Any Given Sunday (1999), de Oliver Stone.

The Tailor of Panama (2001)

Baseado num dos romances de espionagem mais conhecidos de John Le Carré – autor, entre outros, de “O Fiel Jardineiro” -, temos Geoffrey Rush como Harry Pendel, um ex-condenado transformado em alfaiate dos ricos e corruptos, e casado com a inteligente e sensual Louisa (Jamie Lee Curtis). Realizado por John Boorman e tendo como pano de fundo o enigmático Canal do Panamá, onde nada é o que parece, contamos ainda com Andrew Osnard (Pierce Brosnan), um elegante e impiedoso sedutor espião britânico, que obriga Harry a transmitir-lhe o que dizem os poderosos políticos que veste. O talento de Harry para contar histórias leva-o a tecer uma elaborada intriga que não só é levada a sério, como origina uma cadeia de acontecimentos que ameaça destruir tudo aquilo a que ele dá mais valor na vida.

“O Alfaiate do Panamá” é um filme esquivo, mas digno de interesse, que mistura, de forma muito pouco ortodoxa, uma certa trafulhice visual com um sentimento de absurdo cómico. O seu estilo alterna em vários momentos da obra entre o thriller de espionagem e a sátira politíca, como bem demonstram as personagens bipolares de Brosnan e Rush. Felizmente, e ao contrário do que foi “vendido” - e ainda hoje o é, com a capa do DVD a dar especial proeminência ao ex-Bond – a película é muito mais de Geoffrey do que de Pierce. E tal como Rush, o filme é ele próprio estranho.

O argumento foge ao usual, com uma polissemia que transforma várias ocasiões em ensejos de vários significados. Com uma faceta complicada, expressiva e veloz, “The Tailor of Panama” é dono de uma versatilidade que o prejudica. Isto porque, ao contrário do que foi feito na adaptação da outra obra de Le Carré previamente citada, a história em si parece perder influência e autoridade para os devaneios de realização de Boorman. Por outras palavras, o mistério literário perde a sua alma para a Sétima Arte e as suas manhas habituais. Um filme que satisfaz mas não ilude.