quarta-feira, outubro 31, 2012

Dink!

terça-feira, outubro 30, 2012

Skyfall (2012)

Na vigésima terceira incursão cinematográfica de James Bond, exactamente cinquenta anos após a sua estreia na grande tela, o agente secreto ao serviço de sua majestade vai enfrentar um inimigo que, com um passado ligado ao MI6, conhece todos os passos, pensamentos e estratégias de 007 para o deter. Traídos pelo sua pátria e agora reféns dos seus pecados, Bond vai no entanto voltar a ser leal a M, quando o edifício sede da inteligência britânica é alvo de um atentado terrorista. Porque mesmo fora de forma, sem pontaria e com mazelas físicas provenientes da sua última missão, Bond é Bond. James Bond.

Sem dúvida alguma o Bond mais frágil de sempre, o 007 de Sam Mendes é uma dolorosa facada nas costas a meio século de tradições de uma saga – independentemente das várias homenagens simbólicas que faz durante duas horas e meia de fita – que, mais do que convencer através da astúcia dos seus guiões, conquistou infinitos seguidores pela classe do seu herói, pelos gadgets do seu espião, pelo lado romântico do seu conquistador, pelo estilo do seu bom vivant. A questão, entenda-se, não passa pela humanização do “super-herói”, algo que foi soberbamente alcançado no melhor capítulo da saga em muitos anos, o “Casino Royale” de Martin Campbell; o problema é que o britânico Sam Mendes reduz “Skyfall” a um filme de acção como tantos outros – mesmo que tecnicamente infalível -, onde cenas intermináveis de pancadaria, perseguições e explosões, sem qualquer diálogo, charme ou substância que não artística tomam o lugar da subtileza histórica de uma personagem cuja força das suas palavras e dos seus gadgets sempre foram mais determinantes e atractivas que a potência dos seus murros e a resistência do seu “para-choques”.

Confronto atrás de confronto, Bardem atrás de um muito interessante Silva, em clara homenagem ao classicismo de outros tempos onde ter um vilão excêntrico era um trunfo e não um fardo para uma fita do género, falta a este Bond o equilíbrio notável do já citado “Casino Royale”, onde o Martini acompanhava a arma, onde a Bond Girl era muito mais do que uma obrigação, onde o músculo fazia parte da sensualidade de Craig e não apenas do seu armamento. Em suma, “Skyfall” apresenta-se como um competente filme de acção – podia ser um excelente Bourne - mas um triste capítulo na já longa história de 007, onde pela primeira vez o talento de um realizador e das suas artimanhas estilísticas sobrepõem-se à magia e costumes de uma personagem intemporal. E porque Sam Mendes não é Christopher Nolan no que toca a modernizar um herói, esta é facilmente a maior e mais frustrante desilusão do ano.

segunda-feira, outubro 29, 2012

Blogue da Semana (#80)

domingo, outubro 28, 2012

Dar a mão à palmatória!

Nunca fui - e ainda não sou - fã do 3D nos filmes. Mas a verdade é que o cinema precisa hoje do 3D como nunca antes. Numa altura em que os downloads (i)legais, o streaming e os on-demands ameaçam cadeiras de cinema em todo o mundo, o 3D anda a obrigar milhões de cinéfilos e não cinéfilos a sentar o rabo nas mesmas. E, só por isso, merece o meu benefício da dúvida. Mesmo que continue a acreditar que se trata de uma moda que, mais ano, menos ano, ficará pelo caminho. Porque para quem ama o cinema, profundidade e realismo são atributos muito mais importantes numa personagem e numa narrativa do que numa imagem ou perspectiva.

sábado, outubro 27, 2012

Kiefer Bauer

sexta-feira, outubro 26, 2012

TCN 2012: Votações

Revelados que estão todos os nomeados aos TCN Blog Awards 2012, dou agora por abertas as votações do público. Relembro que este ano, pela primeira vez na história destes galardões, à percentagem destes resultados "online" (37%, por exemplo, valem 37 pontos), será adicionada a pontuação dos membros da Academia TCN (cujo esquema pode ser consultado aqui). Logo, qualquer ponto pode fazer a diferença e o seu voto pode ser determinante na atribuição das estatuetas. Podem efectuar a vossa votação através da barra lateral direita do blogue. Relembro que a partilha da aplicação de votação em locais nomeados é proibida, podendo resultar na exclusão do nomeado nessa categoria. As votações encerram às 23:59 do dia 30 de Novembro de 2012.

quinta-feira, outubro 25, 2012

TCN 2012: Nomeados Blogger do Ano


Aníbal Santiago

Carolina Sales

David José Martins

Inês Moreira Santos

João Pinto

Nuno Reis

Samuel Andrade

Tiago Ramos

TCN 2012: Nomeados Blogue Colectivo Cinema/TV


À Pala de Walsh

CINE 31

Laboratório de Séries

Portal Cinema

Por um Punhado de Euros

Rick's Cinema

Split Screen

TV Dependente

TCN 2012: Nomeados Blogue Individual Cinema/TV


Antestreia

CINEdrio

Cinema's Challenge

Cinema Xunga

Close-Up

Créditos Finais

Keyzer Soze's Place

O Narrador Subjectivo

TCN 2012: Nomeados Novo Blogue de Cinema/TV


Caminho Largo

Casa de Séries

Hoje vi(vi) um filme

Mundo do Cinema

Revista Sombra

Shut up and watch movies

Terceiro Take

Viagem a Andrómeda

TCN 2012: Nomeados Iniciativa


Cinema Bloggers Awards

Círculo de Críticos Online Portugueses

Filmes que toda a gente gosta, mas eu não

Espalha Factos Rádio

The X-Files - 10 Anos

Photorecap

Podcast TVD

Quem te Viu e Quem TV

TCN 2012: Nomeados Crítica de Televisão


Obrigado pela música, por Nuno Reis, do blogue Antestreia

"A melhor palavra para descrever a série é fenómeno. Fenómeno porque, não sendo mais do que uma novela, quase que inventou um género. Fenómeno porque milhões de gleeks pelo mundo fora colavam o rosto ao ecrã, de lábios no microfone, prontos a acompanhar os seus heróis. Fenómeno porque conseguiu, como o seu popular tema diz, que nunca parassem de acreditar. Podem ser um atleta ou um rufia, um génio ou burros como uma porta, podem ser fisica/mentalmente deficientes, podem ser a pessoa mais popular da escola ou a mais irritante, podem ser homossexuais, ter excesso de peso, podem não ter jeito para mais nada. Aqui o que importa é apenas a voz que vos sai do coração."


Desperate Housewives (2004-2012), por Denise, do blogue Casa de Séries

"Desperate Housewives foi uma série que me fez rir, chorar, prendeu-me com os seus mistérios e segredos e surpreendeu-me com as suas revelações. Teve o mérito de conseguir mater o meu interesse durante oito anos e foi com pena que me despedi destas quatro mulheres. Esta é certamente uma série que não irei esquecer..."


You may kiss me now, por Sara Ribeiro, do blogue Imagens Projectadas

"E durante 9 temporadas assim foi. Peripécias constantes, resolver um problema, arranjar dois. Intrigas, muitas gargalhadas, muitas confusões e mal entendidos. E sotaques. Sotaques brilhantes, pois embora todos falem inglês, todos têm os sotaques dos países das suas personagens, de modo a que, na teoria, ninguém se perceba. Jogos de palavras e aquela coisa que os Queen popularizaram, innuendos, são mais um dos ingredientes que compõem esta bela salada, que não é russa, mas sim europeia."


5 Séries, 5 Canais. O fim de uma era!, por Miguel Bento, no blogue Imagens Projectadas

"Há algo no final desta temporada que não podia deixar passar, não são as séries novas, não é o que foi renovado mas sim o que ficou marcado no tempo. Não foi um ano brilhante, não se pode dizer que houve grandes sucessos, não houve grandes surpresas no final da época. Mas este ano de 2012 marca de alguma forma o fim de uma era, coincidência ou não cinco séries canceladas (ou melhor terminadas) que nos deixam foram importantes marcos da última década, uns mais que outros é certo, mas todas elas deixarão memórias do que ainda de bom a tv nos ofereceu."


"Game of Thrones" - A Magia Perdida, por Jorge Pontes, do blogue Laboratório de Séries

"Em “Game of Thrones”, a sede é de poder. Sede de sangue. Sede por um trono de ferro que muitos de nós ousámos imaginar ser nosso. Na série, a sede pelo conhecimento está presa em certas personagens porque o que realmente as move é o poder último que querem alcançar ou mesmo manter junto de si. É um poder que lhes pode levar a sítios nunca antes vistos, um poder que pode tomar o ser humano de assalto e torná-lo na grande besta que Joffrey é. E não podemos negar a imponência que teve, em “Valar Morghulis”, o vitral vermelho por detrás do trono de ferro; é como se, depois do excelente “Blackwater”, tudo aquilo que vimos culminou para aquele ponto."


Séries que nos Marcam: "Allo 'Allo!", por Aníbal Santiago, do blogue Rick's Cinema.

"A série aparecia recheada de uma miríade de personagens que enriquecia o enredo. Entre estes destacava-se o protagonista, René Artois, interpretado por Gordon Kaye. René é o motor da série, grande parte das acções principais da narrativa passam por este. Kaye consegue fornecer um estilo único ao personagem, ao mesclar um sarcasmo e certo sentido de passividade, ao mesmo tempo que procurava de forma inteligente tentar manter-se vivo. Este é casado com Edith Artois (Carmen Silvera), uma mulher espalhafatosa e pouco sensual, que gosta de cantar, embora não tenha o mínimo talento para tal arte. O casal contava na sua casa com a presença da mãe de Edith (Rose Hill), uma idosa com um feitio muito peculiar cuja cama servia para esconder o comunicador com a resistência."


House: 8×22 – Everybody Dies, por Mafalda Neto, do blogue TV Dependente

"E assim se chega ao fim de uma Era. Depois de gritos, lágrimas, sorrisos, discussões e uma data de lições de vida, “House” termina a sua jornada de oito anos com um episódio que, como tantos outros finais de série, está destinado a gerar controvérsia. Muita gente não vai gostar do episódio. Para muita gente, vai ser daqueles finais simplistas, cobardes que deixam muitas pontas levantadas e questões por resolver. Eu não me incluo neste grupo e digo-o já no início do que se prevê ser uma longa crítica. É com felicidade que digo que este final me satisfez, me deixa pronta para abandonar a série e seguir para outras, e é isso que um último episódio deve fazer."


The Walking Dead: 2×11 – Judge, Jury, Executioner, por João Barreiros, do blogue TV Dependente

"“The Walking Dead” não é apenas uma série de acção, com perseguições, mortes de zombies e sangue. “The Walking Dead” tem substância. Desenvolve mal algumas personagens, mas compensa quando nos põe a pensar, quando põe o grupo de sobreviventes a debater sobre questões fundamentais, a decidir em conjunto de forma a conseguir conjugar o que resta da sua humanidade com a difícil sobrevivência. Quando a história chega a esse ponto crítico, a série só tem a ganhar."

TCN 2012: Nomeados Crítica de Cinema



As Linhas de Wellington, por Nuno Reis, do blogue Antestreia

"Este filme narra o que se passou em Portugal entre a batalha do Buçaco e a defesa de Torres Vedras. Soldados, meretrizes, freiras e civis, em batalha, em fuga ou escondidos, todos tiveram o seu papel numa guerra interminável. Ao longo de duas horas e meia – não parece tão longo como soa – fazem os possíveis para sobreviver por entre a morte. A visão de Ruiz transposta a filme pela sua viúva não tem magia nem é tão brutal como se esperaria de um filme de guerra, mas não é mau. O filme tenta abarcar um pouco de tudo e não consegue ser completo como se desejaria. Não substitui os livros de História, apenas motiva para os irem procurar. A prioridade foi ir além do conflito que pode ser lido nos livros e mostrar as pessoas. Pessoas, especialmente mulheres, e a batalha que travaram como guerreiras deste Portugal, como líderes de famílias que a guerra reduziu, como vítimas da luxúria dos estrangeiros."


Dersu Uzala, por Jorge Teixeira, do blogue Caminho Largo

" Filme riquíssimo na mensagem, na narrativa, naquilo de que talvez o cinema mais precisa hoje em dia – verdade. Essa verdade é-nos dada através de Dersu Uzala, personagem que dá título ao filme, um homem de idade avançada e de estatura diminuta que vive da e para a natureza, que se movimenta como se da própria estrutura elementar da mesma fizesse parte, o que na realidade até faz. Todo o ser-humano é parte integrante e insignificante de um todo, em perfeita comunhão com o primitivo e selvagem. Dersu é por isso uma personificação de um estado antigo, de uma vivência pré-temporal nostálgica, sábia e experienciada. Tal como ele próprio, com a sua humildade, está constantemente a evidenciar perante a arrogância e ignorância do exército russo e do seu oficial, recém chegados. Facto que este último acaba por perceber passando de imediato a admirar, contrariando assim a tendência, ao ponto de erguer uma amizade sem precedentes e começá-lo a seguir cegamente pelos meandros do desconhecido e da aventura."


The Artist, por Jorge Rodrigues, do blogue Dial P for Popcorn

"Emotivo e enternecedor, infecciosamente alegre, "The Artist" merece ser celebrado, mais não seja porque, talvez sem o próprio filme se aperceber disso, procura replicar no espectador de hoje, de forma incrivelmente astuta, a reacção que o espectador dos anos 20 deverá ter tido quando, ao fim de tanto tempo sem som, os filmes decidiram finalmente ganhar voz. Um pormenor que hoje em dia pode parecer insignificante, mas que depois de mais de hora e meia privado de som, faz toda a diferença."


Tabu, por Inês Moreira Santos, no blogue Hoje Vi(vi) um Filme

"Os diálogos são muito bons, com frases marcantes para a história, e uma narração que diz tudo o que queremos saber, a seu tempo. O argumento, relativamente simples, alia-se de tal forma a aspectos mais técnicos que lhe conferem uma complexidade e beleza a que já não se está habituado no cinema. Para além de ser rodado em 35 mm e a preto e branco, as cenas de Moçambique, presentes em Paraíso, foram filmadas em 16 mm, e deixam-nos ver melhor o grão da película. Mais ainda, nessa segunda parte nunca ouvimos as vozes dos actores jovens, podemos escutar todos os outros sons, como se estivéssemos lá, os pássaros, a água, alguém bater à porta, mas as personagens surgem-nos mudas, sendo a única voz presente a do narrador, Ventura, que nos conta tudo o que aconteceu na sua juventude. Miguel Gomes fez um trabalho de realização excelente, aliado a uma fotografia fantástica e banda sonora que se encaixa da melhor forma em todo o ambiente."


Cape Fear, por David Lourenço, do blogue O Narrador Subjectivo

"É nisto que Scorsese se engrandece, na profunda compreensão do verdadeiro alcance de certos caracteres e atitudes de morais questionáveis, na revelação furiosa do lado mais negro da mesquinhez, da traição e da desonestidade, que devemos evitar quando vivemos em sociedade e estamos em família ou entre amigos, senão o sangue fica nas nossas mãos e podemos ser mais perigosos para nós mesmos que qualquer outro factor externo. Talvez chegar à essência com tanta clareza motive tanta boa interpretação."


Hugo, por Rui Madureira, do blogue Portal Cinema

"A força maior de “Hugo” reside na forma natural e relativamente calculada como capta o fervor dos espectadores. De facto, os cenários são tão maravilhosos e as personagens tão genuínas que o espectador não tem como escapar a um estado de deslumbramento quase instantâneo. Houve já quem dissesse que nas mãos de Scorsese o 3D era arte pura. E de facto assim é. Pela primeira vez desde o épico futurista “Avatar”, o efeito 3D alia-se a uma fotografia apaixonante e a um enredo em crescendo para nos inserir por completo num mundo de magia onde tudo parece ser possível de ser concretizado. A primeira sequência do filme mostra logo por si só toda a genialidade de Scorsese. "



O Cavalo de Turim, por Tiago Ramos, do blogue Split Screen.

"O Cavalo de Turim é um filme sobre um fim. Epitáfio ou não da sua obra, explora o vazio manobrando a câmara como poucos ainda o fazem. Utiliza o som como factor crucial para explorar o que realmente importa: e o que importa não é tanto aquele cavalo castigado (naquele, repito, assombroso plano inicial) como as condições que levaram aquele homem àquele acto. Aqueles minutos iniciais servem para dar entrada naquele casebre temoroso e soturno, pobre e escuro, com o vento lá fora a rosnar, a bater e aqueles seis dias a passar numa sequência de actos monótonos e rotineiros que se revelam uma interessante alegoria (aberta a várias interpretações) sobre o fim, o nada, o vazio, o Ómega, o Apocalipse. Com um trabalho minimalista, onde o diálogo é basicamente ausente e onde o trabalho de fotografia (Fred Kelemen) é composto com todo o pormenor e atenção devido e onde quem na realidade fala é esse vento repetitivamente sinistro assim como o quotidiano daquelas duas personagens, que se assumem de imediato condenadas, o filme é um trabalho imersivo e soberbo, um canto do cisne claustrofóbico e ameaçador."


Albert Nobbs, por André Olim, do blogue Terceiro Take

"Glenn Close oferece uma performance de se lhe tirar o chapéu. Ajudada por uma caracterização incrivelmente convincente, Close transforma-se num homem, quer na voz, quer na postura, quer nas reacções. Mas mais do que se transformar num homem, Close transforma-se num homem que esconde uma mulher por debaixo, uma mulher assustada já quase irreal e pouco presente – o verdadeiro sucesso de Close é ser capaz de mostrar, com apenas um olhar, com um trejeito fugaz, que essa mulher ainda está lá."

TCN 2012: Nomeados Entrevista



Conversa com Jonathan Rosenbaum, por Miguel Domingues, do blogue À Pala de Walsh

"No limite, não acredito que se possa ou deva distinguir entre a importância política e a relevãncia estética; tentar fazê-lo é entrar nalguma forma de negação acerca do que é a arte e do que é a política. Esta é uma lição que aprendi nos sete anos e meio que vivi em Paris e em Londres (1969-1876). Quer a arte quer a política, a meu ver, relacionam-se com o modo como vivemos e o mundo em que vivemos. Devemos ter em conta, por exemplo, que Adolf Hitler era um artista falhado e que Charlie Chaplin, quando tentou derrotar Hitler em The Great Dictator (O Grande Ditador, 1940), foi um político falhado. Tendo a preferir artistas a políticos, mas a forma como vivemos consiste em escolhas políticas e artísticas e não deveríamos ser muito ingénuos ao pensar que ambas podem ser facilmente separadas."


Entrevista ZON Lusomundo sobre o Cinema Nacional, por Nuno Reis, do blogue Antestreia

"Há algumas semanas fizemos uma entrevista nos escritórios ZON com a equipa responsável pelo cinema nacional. O motivo foi o "Balas 3", mas falou-se de tudo um pouco. Fiquem a saber um pouco mais sobre o futuro do nosso cinema pela voz de quem tem maior peso na distribuição."


Entrevista - Filipe Coutinho, por Mónica Freitas e Tiago Vitória, do blogue Revista Sombra

"Tive a sorte de poder experienciar a vida em vários países e Portugal continua a ser a minha casa, a minha pátria. Apesar das injustiças que temos sofrido e das dificuldades que temos vivido, não me passa pela cabeça não fazer carreira no nosso país, um país repleto de talento, de paixão e de motivação. Tenho a ambição, possivelmente utópica, de mudar o estado do cinema em Portugal e recuperar a ideia do “ser português” através da arte que me transformou no que sou hoje. O cinema mudou a minha vida, a minha forma de agir e pensar. É apenas justo que lute para fazer o mesmo no meu país."


Entrevista a José Filipe Costa sobre "Linha Vermelha", por Aníbal Santiago, no blogue Rick's Cinema

" história do cinema daquela época consagrou o “Torre Bela” como um documentário exemplar, um documentário em contraponto a outros documentários mais expositivos, com uma narração off, às vezes a obedecer a uma lógica mais visivelmente militante. Estou a lembrar-me do José Manuel Costa, quando fala dos documentários que foram feitos nessa altura, que “eram documentários que queriam dizer tudo”. Não é só numa voz. É uma argumentação. Por exemplo, há o catálogo da cinemateca de 1984, nesses textos, nas mesas redondas que ali estão transcritas, o “Torre Bela” é sempre mostrado como qualquer coisa que está em contraponto a essa grande produção documental dessa época, que é dificilmente símbolo do querer tudo, uma lógica argumentativa política, muitas vezes até a influenciar a própria ordem da lógica da montagem das imagens."


Entrevista a Cristián Jiménez sobre "Bonsai", por Aníbal Santiago, do blogue Rick's Cinema

"Nunca tinha pensado em fazer filmes. Quando era muito jovem, na adolescência, escrevia histórias e poemas e depois contos, pequenas histórias. Mais tarde, lá para os vinte anos, comecei a sentir-me interessado nos filmes, mas fazia-os de uma forma muito amadora, muito simples. Profissionalmente, só aos 28 anos, depois de ter trabalhado em Londres e de me ter formado em sociologia. Penso que a minha formação de Sociologia foi muito importante. São temas que me interessam, e tem uma maneira de tratar os temas com uma linguagem diferente, mais cinematográfica."


Entrevsta a Pascal Laugier, por Nuno Reis, do blogue SciFiWorld

"Quando fazemos um filme tão extremo e radical como “Martyrs” claro que a reacção do público é fabulosa, mas como realizador temos de ter cuidado com uma enorme ratoeira que teremos de evitar durante o resto da carreira. Muita gente da plateia iria adorar que repetisse o mesmo filme uma vez e outra, e outra, mas uma vez visitei Rudgero Deodato em Roma e ele falou-me do “Holocausto Canibal” e disse no seu incrível sotaque italiano “Pascal, tens de ser muito cuidadoso, porque vais fazer exactamente o que eu fiz com “Holocausto Canibal”. Fiz quinze filmes depois desse e toda a gente me fala sempre da merda do Holocausto Canibal.” É uma armadilha, é um risco, e eu estava ciente do facto. Foi por isso que optei por propor algo drasticamente diferente."


Entrevista a Dalila Carmo, por Tiago Ramos, do blogue Split Screen.

"Ter a oportunidade de encarnar Florbela Espanca foi um trabalho especial para a actriz, mas que num futuro trabalho «gostava de fazer uma mulher muito cheia de si, cheia de auto-confiança», por gostar que lhe façam questionar tudo já que a sua «inquietação precisa dessa zona de conflito». «Tenho tudo por fazer. Não são as coisas que nos dão mais visibilidade que são mais gratificantes. Muitas vezes são as que ninguém vê», diz."


Entrevista a Vicente Alves do Ó sobre "Florbela", por Tiago Ramos, do blogue Split Screen

"Sobre o estado actual do cinema português, admite que «o Estado tem a responsabilidade política de proteger o cinema e os cineastas e isso não passa apenas pelo financiamento, passa também pela imagem que se projecta e que difunde. Se um governo português é o primeiro a desresponsabilizar-se de todo e qualquer apoio ao cinema e às artes, como podemos depois pedir às pessoas que o apoiem? Não podemos. Há uma questão de honra, de respeito e dignidade. Podemos não gostar de todos os filmes, podemos não compreender, aceitar, mas devemos ter respeito e orgulho nos nossos cineastas e isso começa pelo reconhecimento do Estado»."

TCN 2012: Nomeados Artigo de Televisão



Porque a TV parece melhor do que o cinema, por Nuno Reis, do blogue Antestreia

"Aí a televisão ganha de longe. Quantas más séries costumam encontrar à venda? Como a maioria do lucro é feito na transmissão em TV e não nos DVD, investem na qualidade constante do produto. Se a série perder o encanto perde seguidores e o DVD não vende. Nem tentam. Se a série se mantiver boa até ao fim, a venda dos DVD está assegurada e será um bónus agradável. Por isso séries de antigamente como “Poirot” rivalizam em vendas com “Prison Break”, “Lost” e “House”, superando fenómenos como “True Blood”. Porque foram obrigados a fazer as coisas bem para vender. Para tentar reduzir isso agora vendem as séries por temporada, ou por semi-temporada, mas o público tem conseguido resistir a isso vendo repetições oferecidas pela panóplia de canais existentes."


Que fã serei eu?, por Filipa Silva, do blogue Casa de Séries

"O fã coleccionador – Este fã colecciona todos os dvds e artefactos das suas séries favoritas, para mais tarde recordar e quem sabe dar a conhecer aos filhos um dia. Quando não tem nada interessante que fazer agarra num dvd e aproveita o episódio como se tratasse da primeira visualização. Não tem problemas em esbanjar dinheiro se isso implicar ficar com recordações da série."


RTP 2 - Sentimento de Revolta, por Rui Alves de Sousa, do blogue Companhia das Amêndoas

"Se a RTP1, a SIC e a TVI produziram e emitiram programas marcantes e inovadores nos últimos anos? Sim, com certeza, mas de uma maneira tão disfarçada possível que passou ao lado de muita gente. Dos primórdios da SIC só me lembro dos (poucos) desenhos animados que transmitiam ao fim de semana e dos anúncios aos filmes do género «Sozinho em Casa» e a séries como a do cão polícia ou a do ranger do Texas. Mas da RTP2 lembro-me perfeitamente de ver anúncios a todos os programas, mesmo os mais intelectuais, exibidos todos ao mesmo horário e não às duas da manhã. E isso marca a diferença. A RTP2 faz, em parte, o trabalho que uma gigante como a HBO exerce nos EUA, só que para um nicho de interessados que estão dispostos a pagar a mensalidade para se ter em nossa casa o dito canal de cabo para verem séries próprias de qualidade, telefilmes de qualidade, grandes clássicos do cinema e bons programas que definem a Grande Televisão."


Privatize-se a Eurovisão!, por Pedro Miguel Coelho, no blogue Espalha Factos

"O Festival Eurovisão da Canção voltou a chegar ao fim e Portugal voltou a não conseguir ganhar. Infelizmente, e pelas piores razões, isto não constitui qualquer novidade. A negligência da RTP em fazer uma preparação condizente com a dimensão do evento em questão é gritante e são cada vez mais as vozes que pedem a ‘privatização’ da participação no Eurofestival."


2012, O Fim de uma Era, por Jorge Pontes, do blogue Laboratório de Séries

"Em 2012, acaba uma Era. Uma Era de Ouro que já estava condenada quando se deu o boom dos “CSI”. Uma Era que muitos teimam a reconhecer que acabou e que muitos outros se entristecem porque terminou. Hoje em dia, predomina a ideia do fácil de fazer, do fácil de entender e do ser fã de um produto só quando apetece ser. Felizmente ainda há quem busque por algo diferente, por algo capaz de surpreender e que arrisque. E ainda temos sorte que haja, pelo menos, uma ou outra série que puxe a realidade até um novo extremo e nos agarre no coração e o arranque do nosso peito. Ainda há mas por quanto tempo?"


"Bom dia, em que posso ser útil?", por Jorge Pontes, do blogue Laboratório de Séries.

"Tendo apanhado este documentário por acidente, e tendo este me cativado logo nos primeiros minutos, as primeiras imagens e as primeiras linhas do argumento deixaram-me com uma opinião totalmente diferente daqueles senhores e senhoras que, todos os dias, se levantam a uma determinada hora e enveredam pelos caminhos da comunicação para poderem, ao fim do mês, contar com um salário. Estando, independentemente de tudo, com contratos semanais, mensais ou de termo incerto, aquelas pessoas, que não viram alternativa, estão ali, a prestar um serviço."


Os 10 melhores combates em “Rurouni Kenshin”, por Gabriel Martins, do blogue TV Dependente

"Em tom de homenagem a uma das séries mais acarinhadas do género e para fazer algo diferente de uma crítica, optei por recordar os seus tempos gloriosos através de uma lista onde discuto os seus 10 melhores combates. Foram grandes momentos que aliados a uma das melhores bandas sonoras que tive oportunidade de ouvir se tornaram épicos."


I have all these feelings: “Glee” e adolescentes queer na televisão, por Pedro Cerdeira, do blogue TV Dependente

"Gays, lésbicas, bissexuais e pessoas transgénero desde sempre foram à escola, tal como todos os outros, a diferença é que reivindicam o direito a serem eles próprios cada vez mais cedo. E, num momento em que o ódio e o preconceito ainda vão ditando a regra, “Glee” oferece um espaço importante de reflexão e aceitação."

TCN 2012: Nomeados Artigo de Cinema



A SOPA dos pobres, por Nuno Reis, do blogue Antestreia

"Quanto aos artistas terão de se adaptar a estes novos tempos. A SPA que aposte na divulgação do produto nacional (e na sua qualidade). Tantos novos talentos que surgem online conseguiram o seu lugar nas editoras, não vejo porque não podem os outros fazer o mesmo. Ninguém gosta de ver o seu trabalho copiado ou roubado, mas ainda nada supera a sensação de desfolhar um livro físico, de ouvir música ao vivo, de ver um filme em sala. Os outros formatos não podem ser vistos como uma fonte de lucro, mas como uma forma de promoção. A Internet é invencível. Como não a podem vencer, usem-na em vosso proveito."


Woody Allen: O Homem das Mil Artes, por Andreia Mandim, do blogue Cinema's Challenge

"Woody Allen é na contemporaneidade um dos melhores realizadores ainda vivos. Continua a cumprir com o proposto: um filme por ano. Não deixando, que os títulos de “cineturista” ou “presunçoso” o travem de fazer mais e mais obras fílmicas. Até porque o próprio admite não gostar da maioria dos seus filmes, nem ter o intuito primordial de agradar à crítica ou público. O que por si é bastante intrigante. E incomum nos dias de hoje."


Como ser um Super-Herói?, por Catarina D'Oliveira, do blogue Close-Up

"Se pensavam que este guia vos ensinava a ser um super-herói sem terem de passar umas boas horas a transpirar no ginásio, estão redondamente enganados. Porque mesmo que nascessem abençoados com um dom, não iam querer que aquela banhinha marota aparecesse entre a vossa indumentária, certo? As batatas fritas e bolachas de chocolate têm de ser varridas do sistema, pelo que a motivação e força de vontade são elementos chave no vosso treino. Aconselha-se ainda, especialmente se não dispuserem de um super-poder que envolva força e que por isso não necessite mais do que um selo na boca para deixar os inimigos K.O, que aprendam algum tipo de arte marcial mista. Não só vos ajudará a derrotar os vossos oponentes com mais eficácia como serão capazes de golpes muito mais elegantes para o noticiário das oito."


Ninho de Cucos (IV), por Gustavo Santos, no blogue Dial P for Popcorn

"De qualquer das formas num mundo tão distorcido de prioridades e em que os teenagers levam iPads debaixo do braço em vez de livros aos quadradinhos, percebe-se que seja incomportável para um miúdo ter de continuar a ver o Homem-Aranha aprisionado em vinhetas. São as novas tecnologias diz o meu avô. E se calhar até são. Mas o que o meu avô não se lembra é que o materialismo e o capitalismo já existiam antes dos tablets invadirem o nosso bolso."


O Fim da Película: O Fim da Cinefilia?, por Samuel Andrade, do blogue Keyzer Soze's Place

"Mas mais do que "como ver um filme", a cinefilia também passa por ansiar que um título, independentemente do modo como foi produzido (35mm, 16mm, digital, Super 8, etc.), seja competente e responsavelmente preservado. Nesse âmbito, e por mais DVDs, Blu-Rays e torrents (formatos com menor "esperança de vida" do que se poderia supor) que existam, não há dúvidas que a cópia física é, e será por muito tempo, a opção mais fiável para esse fim."


Artes Marciais - O Género Menor, por Rita Santos, do blogue Not a film critic

"O novo milénio trouxe um retorno às raízes, não sei se devido a uma percepção de antiguidade da espécie humana, associado a uma eventual crise de valores, a “menopausa da terra”, houve a necessidade de reciclar e reviver velhos temas, transformá-los em produtos de consumo para as novas gerações. Isto implica uma exploração até à exaustão de uns temas e um olhar fresco, sobre outros. Os filmes wuxia, por exemplo, voltaram a estar em voga, o que não sucedia desde os anos 80. E tem existido uma aposta nos novos talentos na prática de artes marciais, em países como a Tailândia e, imagine-se só, Vietname e Indonésia."


Negação, Raiva, Negociação, Depressão e Aceitação, por Axel Ferreira, do blogue Por Natureza Morta.

"E agora entramos no extraordinário mundo novo das rodagens elaboradas também fazerem de um filme cinema. Que mentira mais alta que esta se levante. Atingir efeitos especiais alucinantes ou conseguir fazer com que os cenários voem e façam piruetas, não faz mais por um filme do que adicionar preguiça ao imaginário de diretores e espectadores que por abnegação da história do passado já não querem outra coisa. Mas no mais recente filme de Scorsese nem sequer é isto que acontece, ele fez um filme em 3D com a ideia fixa de o usar com todo o seu potencial, e no final, com o que ficamos são meia dúzia de imagens de ponteiros de relógio do tamanho da torre Eiffel e a própria torre, que também não está muito favorecida. Mais que isso, usou um shot contínuo na última cena, que mais não fez do que acabar uma história muito medíocre com uma espetacular demonstração de que se as personagens não têm profundidade, se a história não é trabalhada e se os atores não são por aí além integrados na personagem, não há imagem que valha ou milhões que cubram. "


O novo brilho do Cinema do Chile, por Aníbal Santiago, do blogue Rick's Cinema

"Os nomes acima mencionados são algumas das figuras de uma nova geração de realizadores chilenos que prometem dar que falar e procuram igualar ou superar a popularidade de cineastas chilenos como Raúl Ruiz e Alejandro Jodorowsky, dois cineastas de qualidade inquestionável e que elevaram o nome do Chile pelo Mundo fora. Estes novos cineastas procuram apresentar um cinema para as novas gerações, um cinema filmado maioritariamente no Chile, em territórios chilenos, com temáticas muitas das vezes ligadas à cultura nacional, mas ao mesmo tempo obras que apresentam enredos que qualquer espectador ao redor do Mundo pode conectar-se e apreciar."

TCN 2012: Nomeados Site/Portal


Ante-Cinema

Cinema PTGate

D'Magia

filmSPOT

Magazine HD

MSN Cinema

Quinto Canal

tvPRIME

quarta-feira, outubro 24, 2012

Chan-wook Park ft. Wasikowska

terça-feira, outubro 23, 2012

Cornetto, o meu gelado favorito!

segunda-feira, outubro 22, 2012

Eu também lhe dava o boné!

domingo, outubro 21, 2012

TCN Blog Awards 2012: Informações


Candidaturas encerradas aos TCN Blog Awards 2012 e e-mails enviados aos responsáveis por algumas candidaturas "externas" a pedir a sua autorização para as submeter a deliberação da Academia, resta agora esperar que todos os jurados cumpram com os prazos estabelecidos e nomeiem de forma justa, ponderada e meramente quantitativa oito candidatos em cada uma das onze categorias. De forma a tornar o processo de nomeação e de posterior votação interna mais simples e uniforme em todas as categorias, ficou então decidido que, ao contrário de outros anos - onde tal era flexível -, este ano serão oito os nomeados a todos os galardões. Os números das candidaturas são animadores: 81 artigos, 147 criticas, 19 entrevistas, 36 iniciativas, 20 novos blogues, 38 blogues, 9 sites e 34 bloggers. Pena que, mesmo assim, vários blogues de qualidade não se tenham candidatado a nenhuma categoria, enquanto outros apenas o fizeram a prémios gerais (blogue individual ou colectivo), não enviando críticas ou artigos para apreciação.

Em relação a algumas críticas que surgiram nos últimos dias em relação à inexistência de categorias específicas para os blogues de televisão - e, no outro oposto, a criação de última hora de, exactamente, uma categoria específica para os artigos de televisão -, volto a referir o ponto de vista da organização: em cinquenta e oito blogues que se candidataram, apenas cinco blogues de televisão não justificam a criação de uma categoria específica para esta edição. Seria nomear todos, bons ou maus, e não os melhores. Dividir esses cinco em duas categorias de individual e colectivo, muito menos. Receber cerca de cinquenta críticas de televisão e isso permitir assim uma escolha das melhores, sim, justificou por parte da organização uma categoria específica. Proibir, como alguém disse, que blogues de cinema enviem artigos ou críticas de televisão e vice-versa, não faz qualquer sentido, porque o objectivo sempre foi divulgar o trabalho de qualidade dos autores desta blogosfera, sejam eles sobre que assunto forem. Ainda para mais quando muitos são blogues generalistas de cultura, que tanto abordam cinema como televisão, nas suas mais variadas vertentes.

Relembro que esta é uma iniciativa mutável, que edição após edição, reformula as suas regras sempre que assim acredita justificar-se. Não se trata de dar mais ou menos trabalho a esta equipa, trata-se simplesmente de uma questão de manter todas as categorias destes prémios competitivas e interessantes. Prova desta abertura a alterações é o facto de, para o próximo ano, já ter sido considerada e aceite uma sugestão para o limite de candidaturas ser por bloggers e não por blogues, algo que fez sentido à organização, para não continuar a prejudicar um autor e o seu trabalho apenas porque faz parte integrante de um blogue colectivo. Queremos que a nomeação continue a ser uma "medalha de mérito" e esta alteração apenas vai contribuir para tal. Já criar neste momento categorias específicas para blogues de televisão, iria exactamente destruir essa imagem.

Polémicas à parte, ficam os horários de divulgação de nomeados para a próxima quinta-feira, dia 25 de Outubro:

Melhor Site/Portal de Cinema/TV - 00:00
Melhor Artigo de Cinema - 08:00
Melhor Artigo de Televisão - 10:00
Melhor Entrevista - 12:00
Melhor Crítica de Cinema - 14:00
Melhor Crítica de Televisão - 16:00
Melhor Iniciativa - 18:00
Melhor Novo Blogue de Cinema/TV - 20:00
Melhor Blogue Individual de Cinema/TV - 21:00
Melhor Blogue Colectivo de Cinema/TV - 22:00
Blogger do Ano - 23:00

sábado, outubro 20, 2012

CCOP - Top de Setembro 2012

"Um dos meses mais fracos em média de pontuação, colocou um filme de animação no primeiro lugar do pódio. ParaNorman é assim considerado o melhor filme do mês de Setembro (mesmo assim com uma pontuação mediana), acima do francês Adeus, Minha Rainha e do filme Ruby Sparks - Uma Mulher de Sonho.

Por curiosidade, o novo filme de Woody Allen, Para Roma com Amor, recebeu a média de 6,50, colocando-o na décima nona posição se o incluirmos no passado top especial dedicado à filmografia do cineasta (empatado com Every Thing You Always Wanted To Know About Sex * But Were Afraid To Asked). Já o filme Balas e Bolinhos 3 - O Último Capítulo é considerado o pior filme do mês de Setembro em Portugal, colocando-o em sexto lugar na lista dos piores filmes do ano (elevado a três, o número de produções portuguesas presentes no TOP 10 dessa mesma lista). Este mês não existem alterações ao TOP 10 de 2012.
"

1. ParaNorman, de Chris Butler, Sam Fell | 7,75
2. Adeus, Minha Rainha; de Benoît Jacquot | 7,25
3. Ruby Sparks - Uma Mulher de Sonho, de Jonathan Dayton e Valerie Faris | 7,20
4. Cirkus Columbia, de Danis Tanovic | 7,00
5. Terapia a Dois, de David Frankel | 6,60
6. Até Que O Fim Do Mundo Nos Separe, de Lorene Scafaria | 6,56
7. Para Roma, com Amor, de Woody Allen | 6,50
8. 7 Dias em Havana, de Laurent Cantet, Benicio Del Toro, Julio Medem, Elia Suleiman, Juan Carlos Tabío, Pablo Trapero, Gaspar Noé | 6,33
9. Selvagens, de Oliver Stone | 6,13
10. A Dupla Pele do Diabo, de Lee Tamahori | 6,00
11. Uma Fuga Perfeita, de David Twohy | 5,60
12. Veronika Decide Morrer, de Emily Young | 5,20
13. Patrulha de Bairro, de Akiva Schaffer | 5,00
13. Crime e Pecado, de Rowan Joffe | 5,00
15. Os Humanos, de Xavier Gens | 4,00
16. Balas e Bolinhos 3 - O Último Capítulo, de Luís Ismael | 2,40

sexta-feira, outubro 19, 2012

Do Martini para a Coca-Cola

quinta-feira, outubro 18, 2012

TCN Blog Awards 2012: Ponto de Situação

A 48 horas do encerramento das candidaturas para a terceira edição dos TCN Blog Awards, eis o ponto de situação até ao momento:

- Todos aqueles que enviaram até ao final do dia de hoje, 18 de Outubro, as suas candidaturas e não tiveram uma resposta por parte da organização a validar ou rejeitar as suas escolhas, por favor voltem a enviar o e-mail, pois tal significa que este não foi recebido;

- Categorias de Melhor Site/Portal de Cinema/TV com candidaturas inesperadas de alguns históricos do panorama nacional, sendo inclusive uma das categorias mais concorridas até ao momento;

- Devido ao elevado número de candidaturas de artigos de televisão - inclusive de blogues de cinema -, a categoria de Melhor Artigo será dividia em Melhor Artigo de Cinema e Melhor Artigo de TV, tal como já acontece com a categoria de Melhor Crítica;

- Nas restantes categorias de blogues, continua a não justificar-se esta divisão entre cinema e televisão;

- Felizmente, muitos têm sido os blogues "desconhecidos" deste que vos escreve a candidatarem-se aos TCN Blog Awards. Pena que alguns dos nomeados e vencedores de outras edições ainda não o tenham feito. Esperemos que ainda o façam, para a competitividade dos prémios;

- Todas as sugestões de nomeações externas serão submetidas à análise da Academia TCN; no entanto, e caso estas sejam escolhidas, apenas serão oficialmente nomeadas com a devida autorização do(s) autor(es), caso este consiga ser contactado até dia 24 de Outubro. Caso tal não aconteça, a Academia TCN irá escolher outra candidatura para o seu lugar;

- Por fim, peço que divulguem dentro do possível esta fase de candidaturas para que, no fim, não fique ninguém de fora por esquecimento ou distracção. Mais novidades sobre a cerimónia para breve.

quarta-feira, outubro 17, 2012

Mesmo a tempo de ganhar mais uns votos!

terça-feira, outubro 16, 2012

Seeking a Friend for the End of the World (2012)

Um asteróide de tamanho suficiente para exterminar com toda a vida no nosso planeta está a três semanas de atingir a Terra. Falhada a derradeira missão para o destruir - onde estavas tu Bruce Willis?!? -, resta agora a Dodge (Steve Carell) e a todos os outros humanos consciencializarem-se que o fim está próximo. Se para uns é a oportunidade para cometerem todas as loucuras para as quais nunca tiveram antes coragem, para Dodge é a triste altura para entrar numa crise existencial e amorosa, ou não tivesse a sua esposa fugido a sete pés mal a apocalíptica notícia saiu. Mais eis que, por mero acaso do destino, conhece Penny, jovem vizinha britânica a viver semelhantes emoções, mesmo tendo em conta a sua personalidade ser completamente antagónica à de Dodge. Com o fim a aproximar-se, decidem ajudar-se mutuamente: ele irá levá-la à sua família; e ela, em troca, irá auxiliá-lo na procura de um antigo amor de adolescência. Entre aventuras absurdas e desventuras amorosas, os dois desenvolvem uma amizade inesperada que irá alterar as suas perspectivas sobre a vida. Ou, pelo menos, sobre a pouca vida que lhes resta.

Estreia na realização da guionista de "Nick and Norah's Infinite Playlist", "Seeking a Friend for the End of the World" é uma metáfora de hora e meia em forma de filme, num tom tão melancólico e depressivo quanto romântico e divertido, alternando o absurdo com o sentimento e um sorriso com uma lágrima com uma comodidade espantosa, o que o torna uma comédia romântica moderna para todos aqueles que não suportam o inevitável final feliz. Longe do blockbuster mainstream da Hollywood apocalíptica, mas também distante da arrogância e presunção narrativa de, por exemplo, "Melancholia" de Lars Von Trier - mas, justiça seja feita, também da sua maravilhosa cinematografia -, "Até que o fim do Mundo nos Separe" é o sair do armário de Steve Carrell, que arranca uma interpretação fabulosa ao lado de Keira Knightley. Para amar ou detestar, é certo, a verdade é que "Seeking a Friend for the End of the World" quebra várias convenções do género, nunca parando de surpreender na sua simplicidade, mesmo quando falha em explorar a quantidade inimaginável de alternativas que um cenário como o fim do mundo possibilitava. Ironicamente, em termos cinematográficos trata-se de um cordeiro em pele de lobo, o que irá levar muita gente enganada até si. E, infelizmente, afastar muito boa gente de uma aflitiva - no melhor sentido - história de amor.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Jean-Luc Godard dixit

"All you need to make a movie is a girl and a gun."

domingo, outubro 14, 2012

Querem ver que isto até vai ser bom?

sábado, outubro 13, 2012

Suits renovada para terceira temporada!

"A no-brainer renewal from USA Network: The cable network has picked up drama Suits for a third season with a 16-episode order. The series, starring Gabriel Macht and Patrick J. Adams, is coming off a strong summer portion of its second season as the Universal Cable Prods.-produced legal series seems to be hitting its stride. “Quite simply, Suits is as good as it gets,” USA Network co-presidents Chris McCumber and Jeff Wachtel said. “Sophisticated storytelling, sharp dialogue, and award-worthy performances make this show a cornerstone of our original programming lineup.” The summer finale of Suits drew 6.5 million viewers and posted series highs across all demos. Suits returns in January with six new episodes to wrap up Season 2."

sexta-feira, outubro 12, 2012

Prometheus (2012)

Num futuro não muito longínquo, a nave espacial Prometheus parte para os confins do Universo em busca dos seres extraterrestres que um grupo de cientistas acredita serem responsáveis pela génese da raça humana. Patrocinados por uma empresa privada, cujo sonho do falecido presidente era encontrar uma solução para a sua mortalidade, a equipa a bordo da Prometheus rapidamente irá aperceber-se que, mais do que uma aventura à procura de respostas sobre as suas origens, esta vai ser uma viagem para enfrentar uma poderosa ameaça à extinção da vida no nosso planeta.

Orquestrado por Ridley Scott, "Prometheus" apresenta-se como uma prequela da conceituada saga criada pelo realizador no final dos anos setenta, "Alien", na altura rampa de lançamento para a sua carreira e para o muito amado "Blade Runner", que se seguiria em 1982. Com um elenco fabuloso, onde Fassbender brilha como andróide sem emoções mas muita inteligência, Rapace primeiro estranha-se e depois entranha-se e Theron mostra a sua versatilidade enquanto actriz, "Prometheus" é também um portento visual, com uma cinematografia excelsa, fazendo com que efeitos especiais de milhões passem, e bem, despercebidos na fluidez rítmica do guião do nosso bem conhecido Damon Lidelof, um dos responsáveis por todas as artimanhas científicas e espirituais da série "Lost".

No entanto, nem tudo são rosas no que ao argumento diz respeito. Os mais cépticos e atentos dificilmente deixarão passar em branco várias incongruências, improbabilidades ou escolhas narrativas que colocam em causa a sua inteligência. Por vezes bastante básico, por outras simplesmente ingénuo, o guião e os seus momentos chave raramente surpreendem ou justificam o título de preâmbulo de uma das mais respeitadas sagas de sempre - uma só cena final, colada aos créditos, não chega -, o que ainda assim não invalida a sua existência enquanto produto mais do que competente de ficção científica. Só é pena que tenha "Promethido" muito mais do que aquilo que conseguiu cumprir.

quinta-feira, outubro 11, 2012

Catarina Carvalho dixit

"Woody Allen a filmar à beira-Tejo ou à beira-Douro faria mais por nós do que centenas de campanhas publicitárias da AICEP." [Notícias Magazine]

quarta-feira, outubro 10, 2012

Blogue da Semana (#79)

terça-feira, outubro 09, 2012

Bondele. Gosto!

segunda-feira, outubro 08, 2012

The Ides of March (2011)

Consultor de comunicação e imagem do governador Mike Morris (George Clooney), Stephen Meyers (Ryan Gosling) é o responsável nas sombras por toda a campanha do governador às presidenciais norte-americanas que se aproximam. Confiante que trabalha para o melhor candidato e fiel defensor das ideias deste, Stephen vai no entanto ver-se rapidamente envolvido e encurralado num jogo sujo de manipulações, chantagens e verdades duras de roer que colocarão em cheque não só a sua maneira de pensar e trabalhar, como a sua fé e fidelidade a Mike Morris.

Baseado em factos verídicos relacionados com a campanha do democrata Howard Dean às presidenciais norte-americanas em 2004, "The Ides of March" é um sólido thriller político realizado e protagonizado por Clooney, que explora o lado negro e obscuro das campanhas políticas, onde poder e corrupção misturam-se facilmente com sexo e favores legislativos a troco de contribuições monetárias ou lugares preciosos no governo. Com uma cinematografia excepcional, diálogos intensos, uma temporização admirável de cada cena e um leque de interpretações de excelência - começando no carismático Gosling e acabando na talentosa Evan Rachel Wood -, certamente em muito potenciadas pelo estilo e direcção de Clooney, "Nos Idos de Março", mesmo não sendo uma obra-prima no género ou, sequer, tão delicioso quanto "Good Night, and Good Luck", é eficazmente inteligente e suficientemente intrigante para nos deixar colados ao ecrã à espera de um desfecho frio e cínico, onde moral e poder medem forças... e aniquilam-se mutuamente.

domingo, outubro 07, 2012

Maggie Q is a real Nikita!

sábado, outubro 06, 2012

sexta-feira, outubro 05, 2012

TCN Blog Awards 2012 - Candidaturas


Estão oficialmente abertas as candidaturas para os TCN Blog Awards 2012. De seguida, seguem as regras e datas para as mesmas. O local e o dia da cerimónia serão anunciados durante o próximo mês de Novembro, sendo já certo que a mesma acontecerá em Lisboa, durante o mês de Dezembro.

REGULAMENTO DAS CANDIDATURAS

CATEGORIAS

No primeiro ano foram sete, no segundo oito, este ano serão dez, sendo quatro delas inéditas. As categorias que vão a votos nos TCN Blog Awards 2012 são:

- Melhor Artigo
- Melhor Crítica de Cinema
- Melhor Crítica de Televisão
- Melhor Entrevista
- Melhor Iniciativa
- Melhor Novo Blogue de Cinema/TV
- Melhor Blogue Individual de Cinema/TV
- Melhor Blogue Colectivo de Cinema/TV
- Melhor Site/Portal de Cinema/TV
- Blogger do Ano


CANDIDATURAS

- Cada blogue, individual ou colectivo, pode submeter no máximo CINCO auto-candidaturas para CADA categoria. Caso sejam enviadas mais propostas do que estas, serão consideradas as cinco primeiras da lista.

- Todas as candidaturas recebidas serão analisadas pela ACADEMIA TCN, um grupo de oito pessoas que aceitaram o meu convite - seis bloggers independentes e dois jornalistas -, cuja identidade não será revelada, que sem qualquer pontuação ou ordem preferencial - votação quantitativa - escolherão aquelas que acreditam merecer uma nomeação. As candidaturas mais votadas serão as nomeadas, sendo que cada categoria terá que ter entre cinco a dez nomeados. Em caso de necessidade de desempate, o nono e decisivo voto será o meu.

- Além destas candidaturas, todos os membros da Academia TCN poderão sugerir outros nomeados que não tenham concorrido a estes prémios. Estas sugestões serão aceites e, caso os restantes júris as aceitem como válidas, os bloggers respectivos serão questionados por e-mail se desejam ou não tornar essa candidatura oficial e desejada. Caso a resposta seja afirmativa, essas nomeações entram no lote de análise previamente definido.

DATAS

- Serão consideradas válidas pela organização todas as candidaturas de artigos/críticas/entrevistas/iniciativas publicadas entre 1 de Novembro de 2011 e 19 de Outubro de 2012, bem como todos os novos blogues que se candidatem criados nesse mesmo período;

- Estas candidaturas têm que ser obrigatoriamente enviadas para o email tcnblogawards@gmail.com entre o dia de hoje, 5 de Outubro de 2012, e o próximo dia 20 de Outubro de 2012.

- Os nomeados serão anunciados no dia 24 de Outubro de 2012.

- As votações do público - que serão posteriormente articuladas com uma votação qualitativa da Academia TCN - decorrerão durante pouco mais de um mês, entre o dia 25 de Outubro de 2012 e o dia 30 de Novembro de 2012. Como sempre, as votações estarão disponíveis na barra lateral direita do Cinema Notebook.

quinta-feira, outubro 04, 2012

Ponho as mãos no fogo por este!

quarta-feira, outubro 03, 2012

Nãooooo, Ralphie vai voltar!

terça-feira, outubro 02, 2012

The Divide (2011)

Depois de uma inesperada e misteriosa explosão ter destruído Nova Iorque de uma ponta a outra, oito desconhecidos refugiam-se na cave de um prédio antigo. Preparada pelo paranóico Mickey para ser um verdadeiro abrigo nuclear, com comida e outros mantimentos mais do que suficientes para sobreviver durante largos meses, a cave vai ser palco das mais puras e animais emoções e reacções humanas, para o bem e para o mal. Porque na luta pela sobrevivência, e quando o mundo cá fora é uma incógnita, tudo vale para ser o mais forte. Por mais cruel que isso seja.

Realizado pelo francês Xavier Gens ("Hitman"), "Os Humanos" é um thriller apocalíptico com uma visão extremamente negativa sobre a condição humana e as consequências mortais que uma única "maça podre" pode provocar no resto do pomar. Visualmente e psicologicamente violento, "The Divide" coloca a humanidade das personagens em cheque - e, porque não, a do espectador em perspectiva -, num tour de force demasiado forçado e defeituoso de Gens para ser apreciado enquanto obra cinematográfica credível. Algo que, apesar de tudo, não invalida a sua mensagem alarmista sobre o poder da fome e a fome pelo poder, algo que corrompe o ser humano nos fundamentos da sua própria existência. De resto, narrativa banal, clichés comuns no género, diálogos mais sonoros do que poderosos e interpretações medianas fazem deste "Os Humanos" um filme tão triste e fatalista quanto escusado.

segunda-feira, outubro 01, 2012

They don't make them like they used to!