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sábado, janeiro 23, 2016
terça-feira, janeiro 12, 2016
TCN 2015: Despedida e Resultados
Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos. Para o bem, e para o mal. Muito, mesmo muito, podia ser dito sobre estas seis edições dos TCN que agora ficam no passado. Quase tudo guardo para futuras conversas de café com aqueles que durante estes seis anos, ou desde que descobriram este projecto utópico, nunca desistiram dele. Ganhasse quem ganhasse, perdesse quem perdesse, fosse nomeado quem fosse nomeado, tivesse a votos quem tivesse a votos, fossem estes últimos do público ou de uma academia. Porque foram estes que perceberam que o verdadeiro valor dos TCN, o grande objectivo desta celebração, era dar visibilidade aos blogues de cinema e televisão, levá-los aos principais players do mercado, dar-lhes credibilidade, apresentar o seu trabalho de nicho a outros mundos. Motivar. Reunir. Criar laços. Originar parcerias. Chegar mais longe. Ou, simplesmente, passar uma tarde divertida. Sem complexos, sem manias, sem problemas de jogar ao "1,2,3" no Centro Cultural Casapiano ou usar termos como "pintelheira", "merda" e "nalgas" perante desconhecidos e famosos. Porque essa tem que ser a imagem de marca da blogosfera: criativa, arriscada, original, sem medos, longe das zonas de conforto e dos lugares comuns da imprensa tradicional, repleta de restrições e politiquices. É imperativo sermos um espaço excepcional, com artigos e análises out of the box, iniciativas únicas e divertidas. Digo eu. Mas quem sou eu para achar que tenho uma palavra a dizer sobre esse conceito tão fantasioso quanto romântico que é a blogosfera? Sou o tipo que arriscou pisar um palco sem plateia em 2010 para celebrar essa utopia.
Ao Edgar Ascensão, ao Manuel Reis, ao Miguel Ferreira e ao André, ao Ricardo Rufino, ao José Soares, ao Pedro "Xunga", ao Paulo Fajardo e ao Daniel Louro, ao Pedro Andrade, ao Vítor Rodrigues, ao Luís Silveira e Castro, ao Gonçalo Fabião, ao Bruno Ferreira, ao Nuno Reis, ao Jorge Rodrigues, ao Samuel Andrade, à Anabela Moreira, à Catarina d'Oliveira, ao Rui Ribeiro, ao Fernando Ribeiro, ao Paulo Soares e a todos os que contribuíram para animar, divulgar e tornar reais seis cerimónias, bem como a todos os patrocinadores e todos os convidados que aceitaram subir ao palco desde 2010 e entregar um dia um TCN, o meu titânico OBRIGADO. Sem vocês todos, mas principalmente sem os seis que destaquei a negrito, os TCN nunca teriam passado do papel em anos diferentes. Esqueço-me certamente de muitos aqui no teclado, mas nunca no coração ou nas várias gavetas da mente que de quando em vez serão abertas.
O futuro, esse, não é comigo no leme. Para quem se seguir, amanhã ou daqui a vinte anos, um conselho: tudo o que nos irrita nos outros pode levar-nos a um entendimento de nós mesmos. E nós somos o que fazemos. Até sempre!
sábado, janeiro 09, 2016
Vencedores TCN Blog Awards 2015

Blogger do Ano: Pedro de Alarcão Lombarda, do blogue CinemaXunga
Blogue Colectivo: TVDependente
Blogue Individual: A Janela Encantada
Novo Blogue: Jump Cuts
Artigo de Televisão: The Daily Show with Jon Stewart, por Diogo Cardoso, do blogue TVDependente
Artigo de Cinema: Cinema Mudo Escandinavo, por José Carlos Maltez, do blogue A Janela Encantada
Crítica de Televisão: Mad Men, 7ª Temporada, por Mafalda Neto, do blogue TVDependente.
Crítica de Cinema: Mad Max: Fury Road, por Pedro de Alarcão Lombarda, do blogue CinemaXunga
Entrevista: Shlomi Elkabetz, por Aníbal Santiago, do blogue Rick's Cinema
Reportagem: Cannes 2015, por Hugo Gomes, do blogue Cinematograficamente Falando
Iniciativa: VHS - Vilões, Heróis e Sarrabulho
Rubrica: Posters Caseiros, por Edgar Ascensão, do blogue Brain-Mixer
Ranking/Top: Top 15: Música de Filmes de Terror, por Rita Santos, do blogue Not a Film Critic
Site/Portal/Facebook: Girl on Film Facebook
Festival: MOTELx 2015
Distribuidora: Alambique
Canal de Cabo: Canais TVCine & Séries
Prémio Memória: Cinedie e Cinedie Ásia
sexta-feira, janeiro 08, 2016
quinta-feira, dezembro 31, 2015
quarta-feira, dezembro 09, 2015
TCN 2015: Local, Horários e Reservas

10:00/12:15 - Antestreia exclusiva do filme "The Big Short"
12:15/13:30 - Intervalo para almoço
13:30/16:00 - TCN Blog Awards 2015
Para garantirem um lugar tanto na antestreia exclusiva, como na cerimónia de entrega dos TCN Blog Awards 2015, terão que enviar um e-mail para tcnblogawards@gmail.com até ao próximo dia 4 de Janeiro de 2016, 12:00, com os seguintes dados:
Título da mensagem
- Reserva de Lugar TCN 2015
Corpo da mensagem
- Primeiro e último nome, bem como primeiro e último nome de convidados/acompanhantes;
- Blogues/sites que representam;
- Antestreia + Cerimónia ou apenas Cerimónia (inclusive para cada um dos convidados/acompanhantes)
- Não haverá margem para atrasos, tanto no início do visionamento, como da cerimónia, devido a obrigações contratuais relacionadas com a normalização da exibição regular dos cinemas após as 16:00;
- O almoço será da responsabilidade de cada um dos presentes, sendo um momento completamente independente da organização dos TCN. São vários os restaurantes existentes no Alvaláxia (consultar), ficando ao critério de cada um dos presentes onde almoçar;
- Não há qualquer custo associado à presença tanto na antestreia, como nos TCN Blog Awards 2015. O único requisito, além de efectuar a reserva obrigatória, é ser blogger de cinema/televisão (nomeado ou não) ou ser convidado/acompanhante de um;
- A lotação da sala é de 180 pessoas. Em princípio será mais do que suficiente para ninguém ficar de fora, mas caso as reservas superem o esperado, serão obviamente consideradas as primeiras 180 reservas.
Sendo esta a última edição da história dos TCN Blog Awards - infelizmente ninguém se chegou à frente para continuar com estes prémios após a minha anunciada saída da organização -, uma que será dedicada a relembrar seis anos de aventuras, discursos, blogosfera e outras histórias deste nosso singelo universo que os TCN celebraram desde 2010, gostaria imenso de contar com a presença de todos os que participaram ao longo dos anos neste percurso. Todos; aqueles que ainda hoje se candidatam, aqueles que entretanto encerraram os seus blogues, aqueles que continuam bem vivos mas que por alguma razão decidiram deixar de fazer parte dos TCN. Caramba, até daqueles que nunca deram nenhum cavaco a esta iniciativa. Na hora da despedida, chegou o momento de juntar todos os que marcam ou marcaram a blogosfera nacional de cinema e televisão. Porque não sei se haverá, no futuro, outra oportunidade para tal. Da minha parte, do Manuel, do Edgar e do Miguel, tudo faremos para tornar esta despedida memorável.
quinta-feira, novembro 05, 2015
TCN e a hora da despedida
Pensei escrever as palavras que se seguem várias vezes durante os últimos meses; estive mesmo quase a fazê-lo logo em Janeiro passado após a quinta cerimónia dos TCN Blog Awards, mas decidi aguardar um pouco e arrefecer as ideias, não fosse arrepender-me desta tomada de posição que não tem volta a dar. Hoje, depois de muito ponderar nas últimas semanas, findado que está o anúncio dos nomeados para os #TCN2015, creio que chegou a melhor hora para o fazer: estes serão os últimos TCN Blog Awards sob a minha organização. Espero, desejo, suspiro, que não sejam os últimos TCN Blog Awards de sempre.
Não termino este reinado, esta aventura de seis anos, pelas críticas negativas que surgiram de vários lados: estas foram recorrentes desde 2010, mas muito importantes para ir desenvolvendo novos métodos de votação e organização, criar e dividir categorias, modificar muitos aspectos e parâmetros que tornaram esta celebração anual da blogosfera melhor, mais justa (ou menos injusta, dirão outros), diferente ano após ano. Sempre tolerei e aproveitei todas as críticas para amadurecer os TCN e, confesso-vos, seria a ausência delas que me preocuparia, que me faria pensar que a blogosfera não estava viva e preocupada com o seu bem-estar, com a sua credibilização. Não o faço também pela ausência nesta edição de vários blogues, espaços e bloggers importantes e históricos que, com o tempo, afastaram-se dos TCN pelas mais variadas razões: porque não foram nomeados quando achavam que deviam ter sido; porque perderam quando acharam que deviam ter ganho; porque se sentiram mal tratados como vencedores; porque eram agora mais do que um blogue e não queriam ser confundidos como tal; porque não concordaram que a votação passasse a ser fechada a uma Academia e abandonasse o público; entre tantas outras razões e guerrilhas pessoais. Por fim, não deixo a pasta também porque alguns dos que agora concorreram o fizeram, unicamente, por especial favor e respeito à minha pessoa. É um sinal preocupante para o futuro, mas importa sim focar naqueles que sempre admiraram e defenderam os TCN com unhas e dentes e lutaram para manter vivo este conceito, esta ideia, este encontro anual de bloggers de cinema e televisão.
Faço-o sim porque não tenho a motivação, a disponibilidade pessoal, a vontade de continuar com este hobby que tanto tempo me rouba, tanto trabalho me dá neste momento. Durante anos contei com o José Soares, da Take, para tratar de toda a parte logística da cerimónia, dos convidados, dos patrocinadores, dos prémios, de tudo o que estava relacionado com o evento físico em si; com o Manuel Reis, o nosso host insubstituível, a tratar da produção do espectáculo, do guião, da festa em palco. E eu, sem grande esforço e muito prazer, a tratar da parte que realmente gostava: a da blogosfera propriamente dita, dos conteúdos, das nomeações e das votações. Pois bem, para esta sexta edição dos TCN (e, previsivelmente, qualquer outra futura que se seguisse), não há José - devido à ruptura do ano passado com a Take - nem Manuel - por motivos pessoais relacionados com a sua nova e salutar vida universitária. E este tornou-se um navio demasiado complicado para ser navegado por um marinheiro só. Mesmo que, na sala dos motores, um incansável Edgar trate de manter as hélices a rodar - todo o grafismo dos TCN, do logo aos cartazes, é de sua autoria - e, à espera no porto, esteja um rebocador de luxo, o Miguel (e a sua equipa), que todos os anos atraca e amarra em grande estilo o navio TCN com os seus vídeos fantásticos. Sem eles, este Titanic já tinha embatido num iceberg qualquer. Com eles, este ano, espero ainda conseguir levar a embarcação a bom porto, por uma última vez, seja em que moldes for, com ou sem troféus, com ou sem almoço, com ou sem espectáculo, e reformar-me feliz, realizado e, acima de tudo, de consciência tranquila que sempre tudo fiz para levar esta blogosfera mais longe, abri-la a outros meios e mundos e, acima de tudo e modéstia à parte, premiá-la e motivá-la a continuar e a crescer como nunca nenhum outro fez.
O timing para o anúncio desta despedida não é inocente: criará um sentimento especial para a próxima - e, quem sabe, última - cerimónia, oferece dois meses de antecedência para reflexão a qualquer blogger (ou grupo de bloggers) que tenha a coragem, vontade e determinação de "salvar" os TCN e continuar com esta celebração e, finalmente, não estraga um dia que é suposto ser de festa e de convívio com o anúncio inesperado, no próprio dia, do fim de uma era. A todos os que sempre apoiaram os TCN ao longo destes seis anos, criticando-os ou não, o meu gigantesco obrigado. Chegou a hora de dedicar-me a outros projectos com a mesma paixão e motivação que, no passado, senti pelos TCN. De um livro com um grande amigo desta blogosfera a um podcast focado neste nosso pequeno mundo, bichinho fomentado pelo genial VHS. Para esta sexta edição, um pedido de SOS a todos: contactos, locais, cunhas e ideias para que, dia 9 de Janeiro de 2016, o barco não ponha água. Porque, "I ain't nothing but tired, man I'm just tired, and I could use just a little help because you can't start a fire without a spark, this gun's for hire even if we're just dancing in the dark".
quarta-feira, novembro 04, 2015
terça-feira, novembro 03, 2015
TCN 2015: Nomeados Entrevista

"Guillermo no geral como realizador é muito minucioso. Não é um realizador que te dê liberdade criativa. Mas isso em parte é bom porque ele tem bem claro o que quer. É muito visual. É tudo “levanta a mão agora, agora diz a frase, agora mexe-te”. E isso é bom porque sabes que o resultado final vai ser o que ele tinha em mente, não há espaço para o improviso e nesse caso para mim era muito positivo porque como criança, como jovem, não tens tantos recursos como actor. Não tens tantos instrumentos."
"Afinal Deus existe. Mas como é um idiota, vive em Bruxelas "onde faz as leis estúpidas para nos lixar a vida". A sua primeira recordação marcante do cinema fantástico foi "Bambi" "uma experiência maravilhosa e aterradora" o que apenas confirma Walt Disney como um mestre incontornável do fantástico, ainda que os seus cineastas de referência sejam Fellini, Gilliam e Tarkovski."
"É difícil falar nisto porque foram múltiplos anos de sucessivas ilusões que só mais tarde se transformaram em desilusões. Foi um processo doloroso porque nunca ninguém nos disse “não” ao projecto. A série foi adiada múltiplas vezes durante 3 anos até que nos fartamos de esperar. Mas acho que o Falcão não falhou em Portugal. Acho sinceramente que foi Portugal que falhou ao Falcão. Nomeadamente a televisão portuguesa que pura e simplesmente não quis que o projecto fosse feito."
"Talvez historicamente o peso da crítica se tenha perdido um pouco, mas acredito que encontra uma ressonância muito grande na própria cinefilia, na partilha de ideias e de sensações. Muitas vezes procuro críticas porque quero encontrar maneira diferentes de compartilhar a mesma ideia, por isso nessa vertente ainda é algo muito frequente."
"Tal como nos outros filmes, eu gosto do eco das coisas violentas e gosto de uma coisa que os ingleses denominam muitas vezes que é a aftermath, depois da catástrofe. Eu não me interesso pelo momento em si do conflito, mas pelo que resta disso, o que sobra disso em ecos, reflexos. De certa forma também os reflexos criam uma cinematografia que não é directa."
"O público está familiarizado com a envolvente rural graças à série televisiva, por isso criámos um cenário em que aquelas personagens dão como garantido o seu pequeno e feliz lugar no campo. No fundo isso acontece com todos nós, crianças ou adultos: esquecemos quão boas são certas coisas que nos são próximas. "
"De facto, é muito difícil encontrar obras de cinema português que se adequem, por um lado, às suas próprias estratégias de distribuição e divulgação e, por outro, dos nossos critérios para selecionar um filme – que, para além da qualidade, pressupõe que não possam ser incluídas no festival obras que já tenham circulado em Lisboa. Mas, mais importante que tudo isso, é a própria fragilidade da produção cinematográfica em Portugal. Como se sabe, houve um “ano zero” em 2013 e seria muito otimismo achar que o cinema português já conseguiu sair desta espécie de “coma induzido”."
"O filme foi, assim, um evento cultural, um evento político, e constituiu um movimento por si só. E foi fantástico o que aconteceu nos tribunais rabínicos, em que perguntaram aos juízes se tinham visto o filme e eles disseram que «não, não vi o filme». Mas a corrente foi muito forte e eles tiveram que respeitá-la e acabaram por ver o filme. "
segunda-feira, novembro 02, 2015
TCN 2015: Nomeados Artigo de Televisão

"“A única coisa pior do que ser falado é não ser falado”, já dizia Oscar Wilde. E o TVSéries, canal de cabo nacional que sendo pago nem sempre recebe a mesma atenção de outros (como uma FOX, por exemplo), teve, nas últimas semanas, talvez um dos seus maiores momentos em termos de mediatismo. Tudo devido a uma campanha de marketing que, eventualmente não querendo ser confusa, acabou por o ser."
"É estranho pensar que é justamente com este tom de “inacabado” de “decisões para se tomar” que Looking se despedirá de seu público, ainda que um especial tenha sido prometido para concluir as histórias de Patrick, Don e Agustin. Há claramente um fôlego final para a história, embora acredite que um especial não será suficiente para terminamos aquilo que começamos a acompanhar: o crescimento daquelas pessoas, principalmente de Patrick."
"Agora questiono-me: como é que esta cultura (a juventude hiper-sensível à mais diminuta informação relacionada com o que estão a ver) vai influenciar a futura produção nacional? Ou daqui a uns anos vai tudo regredir do tipo de conteúdo que consome, e aninhar com alento no sofá, resignado?"
"Começa agora uma nova era, quer para Stewart, quer para o seu antigo programa. Com apenas 52 anos, não acredito que o apresentador se vá retirar para sempre das luzes da ribalta. Ele é demasiado apaixonado e interventivo para deixar de vociferar a sua convicta opinião. O mundo ficará a aguardar no seu regresso, seja no cinema, na televisão, na internet, na impressa ou até na política. Até lá, vou sentir muita falta do pequeno judeu, das suas piadas sobre Trump e da paixão com que sempre defendeu as suas causas, mesmo atacando Israel."
TCN 2015: Nomeados Crítica de Cinema

"A arena é um círculo imperfeito. A arena é um campo de batalha com memórias cravadas na pedra e acordes reminiscentes dos “verdes anos”. A arena é sangue, suor, tinta e urina. Há filmes que tentam ser metáforas e perdem o movimento. Muitos filmes movem-se com tanta rapidez que esquecem as metáforas. Arena, a multipremiada curta-metragem de João Salaviza, é uma metáfora em constante movimento."
"Entre o teatro e a realidade, a comédia negra e o drama, o cinema e a crítica, "Birdman" permite a Alejandro González Iñárritu exibir que o maior e mais imprevisível dos palcos é o da vida, criando uma obra cinematográfica marcada por grande brilhantismo, onde os actores e as actrizes deslumbram sob a sua batuta."
"Foram 30 anos a refinar um filme, a rejeitar ideias más, mandar folhas amarrotadas para o lixo, polir conceitos, dar vida a personagens, a desenhar veículos e criaturas horrendas. Tempo houve para delinear a estratégia. E o detalhe do mundo de Max é rico em texturas e sons. Imagens de relance servem para explicar conceitos que verbalmente poderiam demorar uma eternidade."
"Furioso, MOMMY é um tornado de emoções à flor da pele, mas um mestre absoluto na sua gestão – nunca se torna cansativo, porque a energia do seu caos organizado é absolutamente revigorante. O ritmo é implacável, brilhando ao nível de uma realidade de emoção, frustração e desejo aumentados. É uma viagem na montanha-russa sem paragens, selvagem, louca, e completamente embebida na pop que marcou o crescimento das gerações de 80 e 90."
"De uma forma brilhante - o contexto actual ajuda a passar a mensagem de uma forma ainda mais firme do que talvez Stewart idealizou - e com a força de um argumento poderoso, sai realçada a ideia de que a inteligência, a educação e, acima de tudo, o sentido de humor são o melhor que temos para nos defender e para proporcionar a quem nos rodeia. Quando a tirania assume a sua estupidez através de actos e palavras, fica assente, sob a luz da liberdade, que a ignorância é o motivo para a humanidade ainda não ser verdadeiramente humanista."
"A sua Alice é indescritível, única, completa. Um ser humano com uma vitalidade e uma clareza que só uma actriz de imenso gabarito a poderia envolver de tanto amor, tanto afecto, tanta coragem, tanta solidão. A sua Alice tem uma vida cheia - e nós só a conhecemos já ela está a terminar. Um espírito imenso, inquebrável pelo declínio irreversível e fulminante provocado por esta terrível doença.”"
"E quando metade de “The Theatre Bizarre” já desfilou pelo ecrã com muita pompa mas pouco conteúdo, por fim a bofetada. “The Accident” quase poderia ser apelidado de bizarro por ser tão comedido no que mostra na tela e pela delicadeza no tratamento do tema. Uma premissa simples, sem overacting que passa a mensagem na perfeição."
"É um produto coeso que resistirá aos tempos e acredito que se faça culto. Só espero que não se transforme num género cinematográfico e em breve nos atirem duas vezes por mês mockumentaries com lobisomens, zombies, magos, robots maléficos, bruxas más, gnomos, madrastas extraterrestres ou padeiros cuja dupla vida os leva a performances travesti em bares de alterne de Atlantis."
TCN 2015: Nomeados Ranking/Top

"Não caiam no erro, cinema erótico não é o equivalente a pornografia, mas sim uma arte que acima de tudo se deixa deslumbrar pela luxúria, pela sensualidade dos corpos e a aura tentadora que emerge. Uma antiga relação amorosa que remonta-nos aos primórdios do cinema, mais concretamente com os testes de footage de Eadweard Muybridge (1884 - 1887), a partir daí o cinema ficou fascinado com a versatilidade e a beleza dos corpos humanos, da sua delicadeza até à sua robustez, tentando combater as eventuais censuras em prol desse adultério para com os bons valores."
"É oficialmente tempo de sol, surf, protetor, gelados, noites quentes e… filmes de verão. Deixam-se aqui de parte os blockbusters que têm vindo a marcar a estação nos últimos anos para nos focarmos antes naquele género muito específico de cinema criado estabelecer o mood dos três meses mais quentes do ano, seja a recordar aquele verão inesquecível da adolescência ou a reviver a paixão assolapada que mudou tudo."
"No sempre peculiar e excêntrico mundo da ficção-científica, pode até ser que nunca tenham ouvido falar deste sub-género dentro dos sub-géneros, mas há mais fanáticos do que possa parecer dentro deste entranhável nicho de mercado do cinema mais descarado dos anos oitenta. A prova está nas cópias de bandas sonoras de alguns dos títulos aqui títulos listados que têm um preço no E-Bay que à primeira vista pode parecer um erro. Estes e outros detalhes outorgam hoje em dia um status de culto a muitos filmes desta vertente do cinema."
"De março de 1960 a julho de 1969. São raras as séries que conseguem retratar tamanho crescimento das personagens no decorrer de uma década. Os saltos temporais, sempre orquestrados subtilmente, acrescentam também eles inúmeras mudanças no mundo que os rodeia. Resta esperar que nos últimos sete episódios sejamos transportados para a década de 70. Rever a série na íntegra possibilita-me um novo olhar, este vindo do “futuro”. Em plena consciência do que os anos trariam às nossas personagens, é com um olhar de análise que revejo as atitudes das mesmas ainda no período embrionário da série."
"O terror é muito provavelmente um dos géneros onde é mais importante assegurar que a música e o som são irrepreensíveis. Se existir um desfasamento entre a selecção musical e os acontecimentos que se desenrolam no écrã, o efeito de assustar não sortirá efeito. Injustiçado, nas nomeações para prémios de cinema multigénero, ridicularizado e até inferiorizado pelos pares, é nos aspectos técnicos que as “academias” e júris por esse mundo fora são mais generosos com o género, atribuindo-lhe normalmente os prémios de consolação que lhe escapam nas categorias principais."
"Os Mundiais de Futebol são de 4 em 4 anos, mas os "Prémios Whatever" são bi-sexanuais ou como raio se diz de 2 em 2 anos. Portanto (por obrigação contratual) com grande alegria a equipa CINE31 anuncia os vencedores dos "Prémios Whatever 2015" ("Whatever Awards 2015")."
"Quando me foi proposto fazer um ranking dos episódios percebi desde logo que a fazer teria de ser em grande, principalmente à medida que ia revendo a primeira temporada e ia acrescentando mais e mais dados. No final achei que deveria dedicar um post aos números, estatísticas e curiosidades. Em jeito de despedida, queria agradecer a quem acompanhou a rubrica durante esta semana intensa, daquela que é a minha série favorita de sempre. Deu mesmo muito trabalho, mas deu também muita satisfação em esmiuçar (e rever, mais uma vez) os episódios."
"Muitas vezes contrastados com a expressão de autores contemporâneos, realizadores reconhecidos no seu meio demonstram o seu "estilo", a sua visão pessoal a um género particular. Mesmo que para isso saltem de género para género. Cada um dos realizadores apresentados criaram uma consistente obra global com inúmeros clássicos a definirem o cinema tal como o conhecemos hoje. Cada um deles tem um cunho pessoal através dos filmes, géneros e décadas."
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