sexta-feira, junho 29, 2007

Live Free or Die Hard (2007)

Quase 20 anos depois da primeira aventura, John McClane (Bruce Willis) permanece sozinho, divorciado, careca, sarcástico e rezingão. Numa espécie de semi-reforma, onde a sua principal preocupação é controlar os namorados da filha, McClane vai estar – mais uma vez – "na hora errada no sítio errado", vendo-se envolvido de um momento para o outro num ataque terrorista cibernético (liderado por Timothy Oliphant) que "congela" toda a infra-estrutura informática dos Estados Unidos, levando o país ao caos e à desordem total. Como se não bastasse, a sua filha (Mary Winstead) acaba por ser embrulhada na situação.

John McClane é uma daquelas poucas personagens intemporais intimamente ligadas a quem o representa. McClane é e só pode ser Willis, num "one-man-show" que revolucionou a indústria e o género, de uma forma única, onde o estilo descontraído e saudavelmente caótico de Bruce acaba por levar a narrativa e a acção às costas, e onde ver McClane, por pior que seja a "storyline" é puro deleite cinematográfico. É o gosto pela "velha escola", e a confirmação que o velho relógio analógico ainda bate o digital. Porque qualquer uma daquelas mordazes punchlines de McClane bate por larga vantagem qualquer esforço terrorista e tecnológico dos vilões.

Assim, é com orgulho que senti no final da sessão que o espiríto "Die Hard", ao contrário do que temia, permaneceu intacto em "Live Free or Die Hard". Tal como disse à uns meses atrás, "Die Hard" é muito mais do que pura acção e adrenalina. É classe e um humor inconfundível, é o drama assentar no estilo único e carismático de John McClane. É contar com esse dom para se destinguir do banal filme de acção. E meus amigos, ou "Die Hard" é "O" blockbuster de acção do Verão, ou vamos ter um Verão absolutamente excepcional.

Com uma realização frenética de Len Wiseman, Willis é colocado no meio de um tiroteio com menos de dez minutos de fita. Com o ambiente e contexto extremamente hiperbolizados, é nesse momento que percebemos que vamos ser presenteados com doses mega de entretenimento, onde as clássicas cenas de acção irão ser tão complexas, como eficazes. Com uma faceta crítica em relação à dependência global tecnológica vigente, bem como à ineficácia recente de resposta a situações de crise do Governo Norte-Americano, “Live Free or Die Hard” não é suficientemente chocante para reinventar – como o primeiro – o género, mas suficientemente exagerado e divertido para justificar o investimento feito, o risco corrido e, porque não, um novo capítulo.

Uma palavra de apreço ainda para Justin Long, que foi um adjuvante à altura de McClane, bem como para Maggie Q, uma gélida e sumptuosa vilã, com queda para o Kung-Fu. Já Timothy Olyphant (o futuro “Hitman”) acaba por parecer um chouriço com falta de picante, quando comparado com os predecessores Alan Rickman e Jeremy Irons. Diga-se, em abono da verdade, que a herança era pesada e que, McClane, como herói histericamente aclamado desde meados dos anos 90, ofuscaria qualquer “novato” que o confrontasse. Ainda por cima, quando em mais de duas horas de acção, McClane é a personificação cinematográfica do Coyote de “Road Runner”.

quinta-feira, junho 28, 2007

8 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Junho de 2007


As estreias de hoje, Quinta-Feira, passam para a tabela do próximo mês. Sim, porque "Live Free or Die Hard" certamente marcará presença na próxima edição, e hoje não há nada nem ninguém que me impeça de ir ver o meu querido John McClane a "limpar o rabo a meninos". É que lá por fora, quem já o viu diz que consegue ser quase tão bom como o primeiro mítico capítulo, nos longínquos finais dos anos 80. E mesmo que não o fosse, McClane é McClane e justifica o preço do bilhete.

Já em Julho, especial destaque para o Blockbuster de Verão "Transformers", do irrequieto Michael Bay, bem como para "Balls of Fury", "Harry Potter e a Ordem da Fénix", "Grindhouse", de Tarantino e Rodriguez e, por fim, a estreia dos "Simpsons" na tela gigante.

quarta-feira, junho 27, 2007

"The Incredibles": Versão Hitchcock

Clique na Imagem para aceder ao Vídeo.

Um Gregory House é Bom, Dois é Arrebatador!

Descobri "Boston Legal" no Sábado passado, num especial de três episódios que a FOX nacional transmitiu em horário nobre. No Domingo, fui à FNAC e comprei a excessivamente cara (mais de 50 euros) Primeira Temporada. É que a série escrita por David E. Kelley ("Causa Justa", "Picket Fences" ou "Ally McBeal") adapta o herói adjuvante e oponente de David Shore para o mundo da advocacia... e logo a dobrar. James Spader e William Shatner meus senhores. James Spader e William Shatner. Recomendado. Extremamente recomendado.

terça-feira, junho 26, 2007

Passatempo de Verão: Resultados dos Quartos-de-Final

Quartos-de-Final:

Steven Spielberg (30) / Alfred Hitchcock (23)
Tim Burton (24) / Woody Allen (28)
Martin Scorsese (26) / Quentin Tarantino (28)
Akira Kurosawa (10) / Stanley Kubrick (42)

Meias-Finais (já disponiveís no local do costume):

Steven Spielberg vs Woody Allen
Quentin Tarantino vs Stanley Kubrick


Classificação após Quartos-de-Final:
1º Lugar - Sofia Jorge com 16 Pontos
2º Lugar - Filipe Rosa com 15 Pontos
3º Lugar - Ricardo Sousa com 14 Pontos
4º Lugar - Fábio Penela com 12 Pontos
5º Lugar - Paulo Rodrigues com 11 Pontos
6º Lugar - Gonçalo Trindade, P.R e Jotha21 com 10 Pontos
6º Lugar - Brain-Mixer e Francisco Rocha com 9 Pontos
7º Lugar - Sérgio Rodrigues, Nuno Pereira e André Brito com 8 Pontos
8º Lugar - Tiago Falcoeiras e Sara Galvão com 7 Pontos
9º Lugar - Dreamweaver, José Pereira, Filipe Vilhena e Simão Freitas com 6 Pontos
10º Lugar - Carlos Pereira e Rui com 5 Pontos.

Nota de Redacção: Ao longo do tempo de votação, colocarei mini-biografias dos quatro finalistas, com o filme predilecto cá da casa de cada um deles, provocando a discussão entre os visitantes sobre o melhor e o pior filme de cada um dos realizadores.

segunda-feira, junho 25, 2007

Morgan Freeman será Mandela

Pessoalmente, é uma escolha que me agrada imenso. Não só pelas nítidas parecenças entre ambos, mas principalmente porque, na vida real, são dois amigos que se admiram mutuamente. O filme terá o título "The Human Factor" e será contextualizado durante o ano 1995, logo após a queda do Apartheid sul-africano. Enquanto este "biopic" não passa de um projecto, resta esperar por Freeman em "The Bucket List", onde irá contracenar com Jack Nicholson, naquele que foi, e continua a ser, a aposta #1 do Cinema Notebook para 2007.

Fonte: Blog de Cine

domingo, junho 24, 2007

Como descrever Seagal em 61 palavras!

"He's the kind of guy that would drink a gallon of gasoline so he could piss in your campfire! You could drop this guy off at the Arctic Circle wearing a pair of bikini underwear, without his toothbrush, and tomorrow afternoon he's going to show up at your pool side with a million dollar smile and fist full of pesos."

Em "On Deadly Ground", filme de 1994 de Steven Seagal. Uma daquelas longas punchlines que, sozinhas, justificam ficar acordado até às três da manhã. Sim, porque o filme em si não o faz.

sábado, junho 23, 2007

Aqui, ali e acolá (II)

Angelina Jolie? Não, é um clone! (Gone Hollywood)
Jessica Biel posa para a GQ (Hollywood Tuna)
Sensacional novo trailer de Simpsons (The Movie Box)
Os 7 piores finais televisivos de sempre para a TIME (TVSB)
Primeira foto de "Indiana Jones e a Cidade..." (CinemaBox)
Os 100 Melhores Filmes Americanos para a AFI (TaB)
Hayden Panettiere tem um caso com... Jack Coleman, o seu pai em "Heroes" (IDLYTW)

Erro Incomodativo

Aprendi, com o tempo, a apreciar tanto a eloquência como a crítica escrita de João Lopes, prestigiado cinéfilo nacional, que parece possuir o dom da omnipresença, não fosse ele um cliente regular semanal da televisão, da rádio, dos jornais, das revistas e até, da blogosfera. Apesar de raramente concordar com as suas avaliações, o seu olhar pesado e a sua escrita reflectida, indicam, desde logo e ao primeiro encontro que, nas veias de João Lopes, corre cinema e não pequenas células sanguíneas. No entanto, comete sistematicamente o mesmo erro quando aborda as mais diversas sequelas que estreiam nos cinemas nacionais: refere-se sempre ao segundo filme como "a segunda sequela", e por aí adiante. Esta última Quinta-Feira, e a propósito de "Shrek 3", ouvi e vi o mesmo equívoco tanto na Antena 1, como na Sic Notícias. Apesar da relativa insignificância da gaffe, pode ser que um dia o mesmo passe os olhos nesta pequena nota e a evite em futuros apontamentos.

sexta-feira, junho 22, 2007

Desafio Sonoro-Cinéfilo

Descobri num fórum generalista este interessante jogo cinéfilo, que desafia o mais comum dos mortais a reconhecer os filmes que foram marcados e que ainda hoje são associados a uma determinada música. Apesar de estar alojado num endereço brasileiro, é possível responder com os títulos originais e, como tal, basta recorrer à memória e não é preciso ir procurar as devidas traduções. Leve e simples de jogar, acaba por ser frustrante reconhecer algumas das músicas, saber que já vimos o filme correspondente uma dezena de vezes e mesmo assim não conseguir associar o som à obra respectiva. Dos 64 títulos disponíveis, colocarei as minhas 43 apostas correctas no espaço reservado aos comentários e fico à espera que, aos poucos, ajudem-me a completar a lista. Fica o desafio...
Update: Já só falta descobrir o nº10. Anyone?

Michael Moore sobre a Pirataria

Como alguns de vocês devem ter lido por aí, o mais recente filme do controverso Michael Moore, "Sicko", esteve disponível na sua totalidade no YouTube, dividido em várias partes, e foi visto por vários milhares de utilizadores, antes de ser retirado pelos responsáveis do famoso sítio de alojamento de vídeos online gratuitos. Confrontado com esta questão, Michael Moore volta a marcar a diferença:

“I’m glad that people were able to see my movie. I’m not a big believer in our copyright laws. I think they’re way too restrictive. (...) I’ve never supported this concept of going after Napster. I think the rock bands who fought this were wrong. I think filmmakers are wrong about this. I think sharing’s a good thing. I remember the first time I received a cassette tape of a band called The Clash. I became an instant fan of the Clash and then bought their albums after that and went to their concerts and gave them my money… but I first got it for free. C’mon. Everyone in here’s either young or were young, and that’s how it happens, right?”

E é por estas e por outras que, de Moore, só me falta "Roger and Me" na DVDteca cá de casa. E é porque ainda não o encontrei em lado nenhum. Long Live Michael Moore.

quinta-feira, junho 21, 2007

The Conversation (1974)

Harry Caul (Gene Hackman) é um eremítico, triste e paranóico técnico de vigilância que se sente muito mais à vontade colocando escutas a estranhos do que a conviver com amigos num mesmo espaço. Repleto de segredos que ninguém parece conseguir descobrir, Harry passa os dias no seu apartamento a tocar saxofone ao som dos seus discos de jazz, numa moradia “à prova de escutas”, onde três fechaduras, um alarme e a ausência de um telefone comprovam a consciência perturbada de alguém que teme ser vítima das suas próprias criações. E a situação vai chegar ao extremo, quando num dos seus trabalhos de rotina, Harry pressente uma tragédia iminente resultante das suas escutas. Mas será que as duas coisas que mais confia neste mundo – os seus olhos e os seus ouvidos – o irão enganar?

Inpirado em “Blow Up”, de Antonioni, “O Vigilante”, de Francis Ford Coppola, é um filme inquietante. Isto porque toda a sua narrativa é uma prosa aberta ao conhecido provérbio “o feitiço contra o feiticeiro”, em que a personagem de Hackman - talvez no mais notável desempenho da sua carreira, com um papel nitidamente interiorizado – torna-se vítima da mesma moderna tecnologia que usa para derrubar e transtornar a vida dos outros. Com alguns pormenores que denotam e confirmam um assombroso estudo psicológico sobre a obsessão e a solidão, Francis Ford Coppola alcança em “The Conversation” uma extraordinária subtileza, articulada por vezes com um ironismo tão negro como paranóico (que, diga-se, é praticamente o que sentimos ao ver Harrison Ford na plenitude dos seus trintas).

Realizado entre os dois primeiros capítulos de “The Godfather”, e com recursos extremamente limitados, “O Vigilante” consegue deixar a sua marca no mundo do cinema graças ao seu “twist” final arrebatador, – apesar de nos dias que correm ser constantemente banalizado – que arrasta por definitivo a personagem de Hackman para uma esfera de fragilidade psicológica e social degradante. E essa atitude centrada no intímo, em plena miscelânea com a inspiração em Antonioni e os recursos limitados, permitem afirmar que esta tenha sido, talvez, a obra mais “europeia” de Coppolla. E muito provavelmente, o seu filme mais premonitório, ou não fosse a questão levantada em “The Conversation” um dos temas centrais da opinião pública nos últimos anos e nos nossos dias.

quarta-feira, junho 20, 2007

Aqui, ali e acolá (I)

Marc Foster será o Realizador do Próximo "Bond" (TunaFlix)
Evangeline Lilly volta a fazer das suas... (CelebSlam)
Todos Nascemos Benfiquistas (Reflexões de um Cão com Pulgas)
As Piores Cenas de Sempre do Cinema (High Fidelity)
Dexter chega a Portugal (Depois Falamos)
Cartaz do Próximo de Woody Allen (Blog de Cine)

terça-feira, junho 19, 2007

Rankings CN:Cartazes de 2000-2007 (II/II)

Encontrar um cartaz de filme que nos encha as medidas é cada vez mais díficil nos tempos que correm. Longe do período áureo dos anos 70 e 80, onde cada cartaz "desenhado" era imeadiatamente tornado num ícone de admiração e paixão cinéfila, nos nossos dias, a arte dissipou-se no puro objectivo de saber vender o filme. Mesmo assim, um grande cartaz continua a dever ser intrigante, chocante, inspirador e, até, excitante. Acima de tudo, deve ser tão memorável, que uma rápida e simples passagem de vista, o faça persistir na nossa memória durante meses ou anos. Apresento-vos, então, os Dez Melhores Cartazes de Cinema que, na minha modesta opinião, foram lançados neste novo milénio. (Parte II/II)

Quinto Lugar: Collateral (2004) CARTAZ
Quarto Lugar:
Paris Je T'aime (2006) CARTAZ
Terceiro Lugar: Lord of War (2005) CARTAZ
Segundo Lugar:
Captivity (2007) CARTAZ
Primeiro Lugar: The Descent (2005) CARTAZ

segunda-feira, junho 18, 2007

Shaun of the Dead (2004)

Shaun está nos seus trintas e enfrenta uma crise existencial. À deriva numa vida monótona, vive com o seu melhor amigo de liceu, Ed, e com Pete, outro ex-colega. Liz, a sua namorada, é uma mulher atraente, divertida e inteligente que, compreensivelmente, começa a pensar no futuro, algo que Shaun prefere ignorar intencionalmente, enquanto passa os dias a jogar Playstation 2. Indecisa em relação a Shaun, e ao quase triângulo amoroso que Ed completa, Liz deixa-o e faz com que este, num rasgo de aversão, decida de uma vez por todas organizar a sua vida. Destemido, Shaun resolve confrontar a mediocridade da sua vida e reconquistar Liz, bem como enfrentar as responsabilidades da idade adulta, custe o que custar. E é essa determinação que faz com que um “surto” de zombies não passe de um simples obstáculo na mente de Shaun, nada que não se resolva com um bastão de criquete.

Apadrinhado por George Romero, um dos “pais” dos zombies no cinema, “Shaun of the Dead” é uma epopeia épica em tons de paródia e sátira, de um anti-herói que enfrenta carradas de zombies, num humor muito “british” que recicla clichés de forma inovadora (ou nem por isso, como explicarei mais à frente). Da autoria de Simon Pegg e Edward Wright, dois dos nomes mais badalados do recente movimento impetuoso de humor britânico, o filme só acaba por surpreender os mais desatentos e todos aqueles que, nos últimos anos, por uma razão ou por outra não tem acompanhado tudo o que de bom tem emergido da Britcom. Para os admiradores do género, como eu, as altas expectativas e o conhecimento de algumas das escapatórias comuns, acabam por atraiçoar a satisfação sobre o resultado final da obra.

Mesmo assim, “Zombies Party – Uma Noite... de Morte” – que diga-se de passagem, é uma tradução absolutamente desastrosa e assustadora do título original, até porque, não há festa nenhuma no filme, e a acção decorre durante todo o dia e não apenas de noite – acaba por ser refrescante, apesar do seu enredo algo previsível, mas nunca aborrecido. E num filme despreocupado como este, é de louvar a direcção artística e técnica de caracterização, que recria o ambiente de estilo, de forma competente e até, talentosa. E agora, resta esperar por “Hot Fuzz” que, por nova incompetência de algum ou alguns executivos nacionais, não irá passar pelas nossas salas de cinema. Depois queixem-se da pirataria e façam choradinhos.

domingo, junho 17, 2007

Passatempo de Verão: 16-Avos-De-Final

Steven Spielberg (34) / Spike Lee (7)
Alfred Hitchcock (26) / Sergio Leone (15)
David Fincher (20) / Tim Burton (21)
Orson Welles (13) / Woody Allen (28)
Francis F. Coppola (16) / Martin Scorsese (25)
Quentin Tarantino (35) / Ridley Scott (6)
Oliver Stone (20) / Akira Kurosawa (21)
Roman Polanski (8) / Stanley Kubrick (33)

Como sabem, cada um dos oito finalistas que chegou aos quartos-de-final vale 1 Ponto, pelo que a classificação dos participantes é, neste momento, a seguinte:

8 Pontos: Sofia Jorge;
7 Pontos: Filipe Rosa;
6 Pontos: Fábio Penela, Gonçalo Trindade, P.R, Nuno Pereira, Ricardo Sousa, Jotha21, André Brito;
5 Pontos: Brain-Mixer, Tiago Falcoeiras, Francisco Rocha, Ecran Gigante, Paulo Rodrigues;
4 Pontos: Dreamweaver, José Pereira, Sérgio Rodrigues, Filipe Vilhena, Simão Freitas;
3 Pontos: Carlos Pereira, Sara Galvão.

A votação dos quartos-de-final está já disponível, no sítio do costume, que é como quem diz, barra lateral direita, mais lá para baixo. Relembro que cada um dos próximos quatro apurados vale dois pontos e que a tabela, actualizada, pode ser consultada aqui.

sábado, junho 16, 2007

Blogue da Semana (XXV)

MagaCINE

Um dos blogues cinéfilos mais antigos - Janeiro de 2004 - do panorana nacional, da autoria de João Tomé. Especial destaque para a referência recente ao "Último Beijo", uma das obras mais surpreendentes a estrear em Portugal nos últimos meses e que passou ao lado de muito boa gente.

sexta-feira, junho 15, 2007

As Hormonas Masculinas de Jessica Alba

Jessica Alba, que estreou esta semana entre nós o mais recente capítulo da saga "Quarteto Fantástico", quer sexo e mais sexo sem compromisso. Em entrevista ao tablóide inglês "The Sun", Alba aniquila de uma vez por todas com aquela imagem angelical que a circundava. A próxima Jolie?

"Alba wants no-strings sex. STUNNING actress Jessica Alba says she is up for a one-night stand - as long as the man leaves the next morning. The curvy 23-year-old (...) likes the idea of getting intimate with lots of different people because she loves experimenting in sex. She told Cosmopolitan magazine: "I just wanted to see what it was like to be with different people. I don't think a girl's a slut if she enjoys sex. (...) "I could have a one-night stand, and I'm the kind of girl who looks over in the morning and is like, 'Do you really have to be here?' (...) I don't really have a problem with just wanting sex. Never have."

Para o pessoal não ficar chateado comigo...

Respondo, de uma vez por todas, aos desafios (esses malditos!) que me foram lançados pelos prezados e estimados bloggers Brain-Mixer e Filipe. Apesar de ser coisa que abomino - e daí, isto estar pendente desde Janeiro -, a minha elevada consideração por ambos não me permitiria tal recusa e mais adiamentos. Assim sendo, e seguindo uma ordem cronológica:

Questionário Cinéfilo lançado pelo Brain-Mixer
O que é para ti um MAU filme?
Um filme que, ao acabar, transmite aquela sensação de pura perda de tempo, por mais atributos técnicos ou artísticos que possa possuir. De intenções está o inferno cheio, não é Sr.Lynch? (Vou ser massacrado, obrigado caro Edgar!)

Remakes ou sequelas: Havendo apenas estas duas escolhas sem opção de recusa, qual assistirias?
Depende de "n" factores. Da história ao elenco, da realização ao facto de já ter visto o "original" ou não. Não tenho qualquer preconceito em relação a estes. Já existiram e continuarão a existir "remakes" melhores que os originais (ora vejamos Scarface, de Brian de Palma), bem como sequelas superiores aos predecessores (de Terminator 2 de Cameron a Spider-Man 2 de Sam Raimi, os exemplos são incontáveis).

Que tipo de filme português gostarias de ir ver ao cinema?
Um que não se levasse tanto a sério como é costume, seja ele uma história dramática, um romance ou uma simples comédia. Que arrisque trazer algo de novo e não tenha medo de parecer banal. É preciso saber destinar o produto ao público-alvo de forma eficaz. Não é por acaso que os maiores sucessos de bilheteira nacionais dos últimos anos (Sorte Nula, O Crime do Padre Amaro ou Filme da Treta) foram filmes que apelaram à diversão, à novidade, ao ritmo e à banalidade quotidiana.

Que cliché cinematográfico já não tens pachorra para ver novamente?
O fugitivo que entra no bar e vê a sua foto na televisão ou no jornal da mesa ao lado, os apóstolos de MacGyver que colocam qualquer carro a funcionar em cinco segundos através dos fios eléctricos e o lugar de estacionamento sempre garantido à porta do edifício desejado.

Qual o teu fan video preferido?
Talvez os episódios da AMDSFILMS dedicados à batalha entre Terminator e Robocop. Mas apenas porque foram os primeiros que me vieram à cabeça quando li a pergunta. Sou capaz de já ter visto melhor.

Desafio lançado pelo Filipe
7 coisas que faço bem:
- Dormir pouco e acordar cedo
- Conduzir com três faixas de rodagem só para mim
- Mergulho em Apneia
- Jogar Poker
- Deixar tudo para o último dia
- Cócegas à minha namorada
- Pensar rápido

7 coisas que não faço bem:
- Comer tudo e mais alguma coisa
- Desenhar
- Falar italiano
- Gestão financeira na compra de DVD's
- Duplo Mortal Encarpado
- Cabular
- Malas de Viagem

7 coisas que me atraiem no sexo oposto:
- Fidelidade
- Boa disposição
- Honestidade
- O rabo
- Confiança
- O sorriso
- As pernas

7 coisas que digo frequentemente:
- "Já não vamos ao cinema faz anos!"
- "Já jogava um PES 6!"
- "Porra, tou farto desta bailarina (Nuno Gomes)!"
- "O Preud'Homme parava esta com o peito!"
- "Não me mexas no cabelo, se faz favor!"
- "Cada um tem o que merece."
- "Tens bolachas em casa?"

7 actores/actrizes que admiro:
- Jack Nicholson
- Peter Sellers
- Jean Reno
- Angelina Jolie
- Woody Allen
- Al Pacino

quinta-feira, junho 14, 2007

Day Break - Primeira Temporada

Estreada em Novembro de 2006 na ABC, com o intuito de preencher a lacuna de programação entre o intervalo sazonal da terceira temporada de “Lost”, “Day Break” narra a história, durante treze episódios, do detective Brett Hopper, falsamente acusado do assassinato de um conceituado Procurador Público. Surpreendido pela polícia, e encarcerado na prisão, tudo parece perdido. No entanto, ao despertar no dia seguinte, rapidamente apercebe-se que algo está mal, quando acorda na sua cama, ao lado da sumptuosa namorada. Liga a televisão e... percebe que o dia em que é preso, está a repetir-se. E assim continuará a acontecer todos os dias, sendo que só Hopper dá conta da eventualidade, enquanto os restantes repetem os mesmos gestos, os mesmos erros, as mesmas artimanhas.

Como já devem ter percebido, “Day Break” é uma espécie de mistura frenética entre “Groundhog Day” e “24”, numa relação interessante que ganha ainda mais sabor devido a um simples elemento: ao contrário de Bill Murray, a personagem principal de “Day Break” não pode sofrer ou mesmo falecer, sem que isso tenha efeito no dia seguinte. Hopper acarta consigo todas as feridas e marcas do “presente-passado”, o que faz com que a sua jornada desenfreada necessite de alguma cautela e precaução. E, ao contrário de Jack Bauer, Hopper não tem a CTU e os seus satélites de apoio. Além disso, como vai descobrindo a cada episódio que passa, todos aqueles em que pensava poder confiar, parecem estar ligados à conspiração que o trama.

Cancelada após seis episódios devido às baixas audiências, “Day Break” foi posteriomente lançada na totalidade através da internet, com “webisódios” de excelente qualidade que permitiram a todos os “viciados” na série, um último bafejo de expectativa em relação a um final decente, que explicasse todo o “inexplicável” da série de televisão de Rob Bowman, o mesmo produtor de “X-Files”, e realizador da adaptação cinematográfica da mesma. E é exactamente a partir do sétimo/oitavo episódio que “Day Break” ganha contornos de culto, com reviravoltas inesperadas que nos fazem crer que a única salvação de Hopper é a sua própria morte. Isto porque, após resolver o caso e limpar o seu nome, Brett acorda no dia seguinte... no mesmo dia anterior. E aí, a nossa supresa quase que acaba por ser maior do que a do próprio personagem.

Angustiado e revoltado, Hopper pensa estar condenado para sempre. Sem fé e sem vontade de viver, o detective começa a desprezar a namorada (a sensualmente desconhecida Moon Bloodgood, lançada para o estrelato pala Maxim norte-americana) e a aproveitar os dias para ir viajar a Las Vegas ou ao México, escapando assim a todos os problemas que o envolvem. Mas, como cada “decisão acarta uma consequência” (máxima usada constantemente por um dos vilões da história), cada dia que desperta após isso, as pessoas com quem se preocupa acordam com um “dejá-vu” negativo acerca de Hopper (ao bom estilo “Efeito Borboleta”). E é quando tudo está pior do que no dia “original”, que sem explicação nenhuma, o tempo pára de renovar-se. E agora Hopper só tem uma oportunidade para usar tudo aquilo que descobriu e safar-se da conspiração em que está metido.

Com um elenco surpreendentemente hábil e capaz, em que Taye Diggs (“Equilibrium”), Adam Baldwin (“Full Metal Jacket” e “Independence Day”) e Ian Anthony Dale (“Surface”) merecem especial destaque, “Day Break” arranca um “season finale” estrondoso, onde numa sequência brilhante de dois a três minutos, consegue explicar o futuro de todas as personagens que estavam envolvidas na conspiração, pedindo claramente uma segunda temporada, que certamente nunca passará do papel, devido às infelizes circunstâncias que levaram ao abandono precoce da ABC ao guião escrito por Paul Zbyszewski (“After the Sunset”). O que não faltava era pano para mangas.

quarta-feira, junho 13, 2007

Indiana Jones e a Cidade dos Deuses

Depois dos "Salteadores da Arca Perdida", "d'O Templo Perdido" e da "Última Cruzada", foi confirmado hoje o título do quarto capítulo da saga de Steven Spielberg. E as primeiras imagens do local das gravações podem ser vistas aqui. Parece que as coisas começam a ganhar forma...

terça-feira, junho 12, 2007

segunda-feira, junho 11, 2007

Rankings CN: Cartazes de 2000-2007 (I/II)

Encontrar um cartaz de filme que nos encha as medidas é cada vez mais díficil nos tempos que correm. Longe do período áureo dos anos 70 e 80, onde cada cartaz "desenhado" era imeadiatamente tornado num ícone de admiração e paixão cinéfila, nos nossos dias, a arte dissipou-se no puro objectivo de saber vender o filme. Mesmo assim, um grande cartaz continua a dever ser intrigante, chocante, inspirador e, até, excitante. Acima de tudo, deve ser tão memorável, que uma rápida e simples passagem de vista, o faça persistir na nossa memória durante meses ou anos. Apresento-vos, então, os Dez Melhores Cartazes de Cinema que, na minha modesta opinião, foram lançados neste novo milénio. (Parte I/II)

Décimo Lugar: Swimming Pool (2003) CARTAZ
Nono Lugar:
Little Manhattan (2005) CARTAZ
Oitavo Lugar: Death of a President (2006) CARTAZ
Sétimo Lugar:
Munich (2005) CARTAZ
Sexto Lugar: Crash (2004) CARTAZ

domingo, junho 10, 2007

Resultados Finais dos 32-Avos-De-Final

O esquema do "torneio", actualizado após o encerramento de cada sufrágio, pode ser consultado através da barra lateral do Cinema Notebook. Aqui vão os resultados finais da segunda metade da tabela, sem surpresas de maior, mas com algumas desilusões pessoais, confesso. Por mim, James Cameron e Terrence Mallick teriam passado, e Ford certamente ia "à negra" com Kubrick. Mas como quem manda não sou eu...

Francis F. Coppola (22) vs Michael Mann (13)
Martin Scorsese (28) vs Brian de Palma (7)
Tarantino (29) vs Sam Raimi (8)
Ridley Scott (21) vs James Cameron (16)
Oliver Stone (25) vs Michael Moore (12)
Terrence Malick (15) vs Akira Kurosawa (21)
Wong Kar-Wai (13) vs Roman Polanski (23)
John Ford (3) vs Stanley Kubrick (32)

A todos os que votaram e aos que ainda o vão fazer, o obrigado de todos os participantes do Passatempo de Verão. A votação para os 16-Avos-De-Final já está aberta, no sítio do costume (que é como quem diz, na barra lateral direita, lá mais para baixo). Já com alguns duelos interessantes, como o que opõe Scorsese a Francis F. Coppola ou o que atira David Fincher para as tesouras de Tim Burton, prevê-se um maior equilibrio nos resultados desta fase. E não se esqueçam... os próximos classificados já valem pontos!

sábado, junho 09, 2007

Harry Potter and the Sorcerer's Stone (2001)

Harry Potter e a Pedra Filosofal" é a primeira adaptação dos "best-sellers” da escritora britânica J.K. Rowling. Órfão de pai e mãe, o pequeno Harry, o rapazinho de óculos cujas aventuras livrescas conseguiram encantar miúdos e graúdos em todo o mundo, vive com os tios, terrivelmente malvados, e com um primo badocha, que odeia. No entanto, toda a sua vida muda quando recebe milhares (sim!) de cartas de um colégio de feitiços e magia chamado Hogwarts. Sem saber como e porquê, e com a ajuda de um gigante barbudo, Harry acaba por ir lá parar, e logo de imediato é reconhecido por todos, como “o único rapaz que sobreviveu”. Com os seus amigos Ron e Hermione a seu lado, Harry descobre então que os pais eram famosos feiticeiros e que o mago que os matou – mas que ficou com os poderes aniquilados pelo facto de o pequeno Potter ter sobrevivido – quer tentar roubar a Pedra Filosofal, elemento alquimista da vida eterna, fonte de todos os poderes mágicos.

Apesar de muitos, como eu, nunca terem lido as obras literárias de Rowling, ninguém hoje duvida que Harry Potter é um dos grandes fenómenos do início do milénio e que continua a mover multidões, ainda hoje, após quatro filmes e seis livros. Repleto de magia e de imaginação, este “Harry Potter and the Sorcerer’s Stone” dissipa um clima bem inglês por todos os poros, começando desde de logo pelo elenco - que até se dá ao luxo de conter John Hurt e Julie Walters em papéis ultra-secundários – e acabando, como é óbvio, na contextualização situacional das personagens. Com a árdua tarefa de agradar a fanáticos e de introduzir o “mundo mágico” de Hogwarts e a história pessoal de Harry a leigos, Chris Columbus consegue, através de um produto claramente familiar e não restritamente infantil, satisfazer e contentar ambas as partes.

Politicamente correcto, mas raramente enfadonho, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” peca por alguma falta de densidade dramática nos seus acontecimentos basilares. Jogando pelo seguro, sem truques nem riscos que pudessem colocar em perigo a coerência incoerente do tudo quanto vemos na tela, Columbus volta a erguer uma obra que certamente irá perdurar no tempo, depois de realizar os míticos “Home Alone” e ser o argumentista de “Gremlins” e “Goonies”, tudo filmes marcadamente destinados a uma faixa etária inocente e pueril. Aqui, mais do que realizador, é um maestro que unifica as demais variáveis da obra literária de Rowling, de forma equilibrada e suficiente.

Em suma, “Harry Potter and the Sorcerer’s Stone”, sem inovar por aí além, acaba por ser um filme que transborda magia e competência. Estampando esperança nos sonhos dos mais pequenos, tanto o elenco como a equipa técnica não deixam ficar mal a espantosa máquina promocional que foi montada à volta deste filme de estreia, e que o transformou, na altura da sua estreia, como um dos filmes mais rentáveis de sempre. Pena que a literatura seja, sempre e sem excepção, um campo decididamente mais fértil para a imaginação sem limites.

sexta-feira, junho 08, 2007

Mercado de Transferências

Clube: Indiana Jones IV. Sai Sean Connery, entra John Hurt. Nem o Dr. Henry Jones foi capaz de o "arrancar" da reforma. É pena, porque o lugar de Connery é no grande ecrã. Felizmente, Hurt é também ele fantástico. Para mais desenvolvimentos sobre a nova aventura de Indy, consulte o site do filme.

quinta-feira, junho 07, 2007

Quem as viu e quem as vê...


Pista: Semana sim, semana não, são internadas com problemas relacionados com o consumo de estupefacientes. É caso para citar John Dewy, que tão prudentemente afirmava que "a educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.". Para quem ainda não chegou lá, a rapariguita da esquerda é a Lindsay Lohan e a catraia da direita a Mischa Barton.

quarta-feira, junho 06, 2007

Citação da Semana (XV)


"Nationalism and patriotism are the two most evil forces that I know of in this century or in any century and cause more wars and more death and more destruction to the soul and to human life than anything else."
Oliver Stone

terça-feira, junho 05, 2007

Kate & Leopold (2001)

Ele, Leopold, é um charmoso Duque e vive na aristocrática Nova Iorque de finais do Séc. XIX. Ela, Kate, é uma formosa e competente executiva da grande e moderna Nova Iorque do Séc. XXI. Enquanto ele vive na iminência de ter de anunciar um noivado sem amor, ela acaba de sair de mais uma frustrada relação amorosa. Um dia, enquanto perseguia um penetra de um baile na mansão onde vivia, Leopold é vítima de um estranho fenómeno natural que o transporta até à época de Kate. Entre inépcias e confusões, o inevitável acontece: Leopold, apaixona-se por Kate.

Apesar da realização competente do camaleónico James Mangold ("Girl Interrupted", "Identity" ou "Walk the Line") e da premissa sempre atractiva das viagens temporais, "Kate & Leopold" acaba por saber a pouco, num estilo pouco imaginativo e desafortunadamente conformista. Mesmo assim, a eterna namoradinha da América, Meg Ryan e Hugh Jackman abrilhantam uma obra que, apesar da falta de vigor e energia, consegue transmitir alguns momentos hilariantes, com algum charme e reverência. Não fosse Jackman, já na altura, um verdadeiro poço magnético de habilidade e formosura, numa personagem que apetrecha-se de similaridades infinitas com o seu recente desempenho em "Scoop", de Woody Allen.

E a diferença principal em relação a este último é simples: falta o toque de génio de um humorista eficaz. Porque não fosse esta a primeira experiência no género de Mangold e certamente "Kate & Leopold" não teria sido angustiadamente previsível. Infelizmente, um bom conceito sem estrutura de pouco vale, e o maior trunfo do filme - além da dupla principal - acaba mesmo por ser o secundário Breckin Meyer, que compete através da sua banalidade sócio-cultural, com as reacções da aristocrática e bem educada personagem de Jackman, à incivilidade estabelecida na nossa sociedade de consumo. Com o potencial inerente em mente, "Kate & Leopold" acaba por afigurar-se insignificante, apesar de delicado.

segunda-feira, junho 04, 2007

Passatempo de Verão: Resultados 32-Avos-de-Final (I/II)

A votação foi de peso e não restam dúvidas sobre nenhum dos primeiros oito classificados para a próxima fase. No entanto, já está aberta uma nova votação para os restantes realizadores participantes nestes 32-Avos-de-Final, que compõem a parte inferior da tabela. O esquema, actualizado após o encerramento de cada sufrágio, pode ser consultado através da barra lateral do Cinema Notebook. A todos os que votaram e aos que ainda o vão fazer, o obrigado de todos os participantes do Passatempo de Verão.

Steven Spielberg (30) / David Lynch (13)
Federico Fellini (20) / Spike Lee (24)
Alfred Hitchcock (30) / Peter Jackson (13)
Sergio Leone (28) /Joel e Ethan Coen (15)
David Fincher (33) /Ingmar Bergman (10)
Clint Eastwood (16) / Tim Burton (28)
Orson Welles (32) /Howard Hawks (9)
Woody Allen (36) / David Cronenberg (7)

Olha quem é ele...

Minuto 3 e 45 - ou se preferirem, quando faltar 1 minuto e 50 para o fim. Vejam se reconhecem quem é o patife que rouba Alicia Silverstone, naquela que viria a ser a primeira experiência do género deste malandro. E não é que, passados catorze anos, continua igualzinho?

domingo, junho 03, 2007

Conjecturas e Suposições sobre Perdidos

No passado dia 29 de Maio, levantei perante vós algumas das questões sem resposta que o final da terceira temporada de "Lost" destinou à imensa legião de fanáticos da série de culto televisiva. Chegou a altura de deixar as minhas presunções sobre cada um dos tópicos que lancei, acrescentando ainda um novo, que foi abordado na discussão que se gerou no espaço reservado aos comentários. Desta forma:

A) As várias referências que Jack forma sobre o seu pai, ao longo do flashforward, parecem indicar que ele está vivo. Sim ou Não?
Parece-me que seriam atitudes meramente retóricas por parte de Jack. No entanto, todos certamente se recordam que Jack já encontrou o caixão do pai na ilha e este estava... vazio. Será que foi a morte simulada do pai, que contribuiu para a loucura do filho? Pouco provavél, mas com os argumentistas de Perdidos, nada é certo.

B) De quem seria o velório?
Creio que existem duas saídas possíveis: o Ben, que por ter vivido toda a sua vida na ilha, não tinha ninguém (explica a afluência ao velório) nem nada no "mundo exterior" e, como tal, não aguentou a pressão e suicidou-se; ou então uma personagem que ainda não nos foi apresentada.

C) A Danielle será a Annie (rapariga dos flashbacks do Ben)?
Sim. Nada nos diz que o que Danielle contou aos "Losties" sobre a sua história na ilha é verdade. Nas gravações, a mesma afirma: "Estão todos mortos, estão todos mortos!". Acredito que se refira aos seus antigos colegas da Dharma, que foram "massacrados" por Ben, e que este, devido à sua paixão por Danielle, a avisou e deixou fugir a tempo.

D) A morte do Charlie era evitável?
A morte era evitável, mas sinto que Charlie queria mesmo morrer, de forma a que as premonições de Desmond se realizassem, e a Claire o filho fossem salvos. Ao bom estilo de "Donnie Darko". No entanto, tudo pareceu demasiado forçado, o que pode ser facilmente explicado pelo desejo de Dominic Monaghan de abandonar a série, para se poder dedicar aos filmes. Como uma das personagens menos predilectas por estes lados, e apesar da morte memorável, não deixa saudades.

E) Afinal, quem é a Naomi?
A Naomi deve pertencer à Dharma. Devido à estação sub-aquática e ao bloqueio de comunicações, a Dharma não conseguia encontrar a ilha. E eles querem voltar lá a todo o custo.

F) Será que Mikhail sobreviveu à granada?
Sim. Não morreu na vedação electromagnética, não morreu com um arpão que o trespassou lado a lado e aquela pala de pirata a tapar feridas de guerra mostra que já passou por muito mais. Ele sim, pode ter sido um dos tripulantes do navio Black Rock, sendo assim, imortal. A confirmar, certamente, nos primeiros episódios da quarta temporada.

G) Os Flashforwards irão continuar na Quarta Temporada?
Sim. Os argumentistas certamente não irão dispensar um recurso tão forte e poderoso de manipulação da intriga. Apesar disso, julgo que o seu uso será moderado, até porque é um instrumento mais de revelação do que de enredo. Aposto em quatro ou cinco episódios da quarta temporada com o recurso aos flashforwards.

H) O que será o "Templo", elemento que Ben refere antes de partir para a Torre?
Tenho esperanças que seja algo relacionado com aquela estátua pedestal de quadro dedos.

A questão que foi levantada nos comentários, estava relacionada com a pretensa imortalidade de Richard, que aparece no flashback de Ben, enquanto este era uma criança, e que nos dias que correm, aparenta a mesma idade. A única explicação que vejo, é uma história similar à de Mikhail. E daí...

De resto, parece-me que a série caminha a passos largos para dois acontecimentos inevitáveis: o confronto final entre Locke e Jack, e a vitória (seja ela de que tipo for) de Locke sobre Ben. Tudo bem por mim, desde que Sawyer - e o seu mau feitio - e Hugo - com a sua VW hippie - continuem a espalhar magia. Em 2008, teremos mais. Mais do mesmo, esperemos!

sábado, junho 02, 2007

O Marketing como ele é...

Ontem a RTP passou "Full Metal Jacket". Hoje passa "A Clockwork Orange". No entanto, a obra anunciada diariamente como "Filme da Semana" é, nada mais nada menos, do que "Godsend", que passará no Domingo à noite. Ironias da televisão pública...

Blogue da Semana (XXIV)

sexta-feira, junho 01, 2007

Alive (1993)

Numa Sexta-Feira 13, em Outubro de 1972, começou uma das histórias de sobrevivência mais profundas, controversas e inspiradoras do último século. Com a queda de um avião nas montanhas dos Andes, os sobreviventes, elementos da selecção juvenil de Rugby do Uruguai, ficam expostos às mais dificeís adversidades que a Natureza pode e consegue proporcionar. Sozinhos, no meio de nada, sob temperatures negativas e sem nada para comer, rapidamente percebem que para suportar o inimaginável, terão de fazer o impensável: comer carne humana e, numa tentativa heróica, percorrer os Andes até ao vales verdes do Chile, em procura de auxílio.

Com um elenco jovem, em "Estamos Vivos" tudo parece demasiado artificial. Das emoções aos conflitos, existem certas histórias que dificilmente conseguem ser transpostas na sua essência para a tela de cinema. As interpretações chegam a ser angustiantes e só Ethan Hawke e Josh Hamilton dão um ar da sua graça, expondo para o espectador o capital humano das suas personagens, num filme que devia ter sido, devido ao forte relato que lhe serve de base, bem mais intenso do que acabou por ser. Além disto, é inadmissível que ao fim de cinquenta, setenta e oitenta dias, as personagens aparentem a mesma forma fisíca, os mesmos atributos atitudinais e a barba impecável.

Ditosamente, o filme explora de forma eficaz algumas questões morais, levantando no espectador aquele sentimento de "Se fosse eu, seria capaz?". No entanto, uma história tão poderosa merecia uma adaptação mais meticulosa, e não feita em cima do joelho. O realizador Frank Marshall ("Congo" e "Arachophobia") explora bem a arrepiantemente bela paisagem branca mas fracassa totalmente no plano afectivo e cognitivo dos seus constituintes. Uma certeza fica: todos os sobreviventes passaram a preferir o comboio ao avião.

Na Barra Lateral Direita, a meio caminho...

... podem encontrar a primeira fase de votação, que envolve metade dos realizadores presentes nos 32-avos-de-final. Aberta a votos até dia 7 de Junho, altura em que será substituída pela segunda metade. As inscrições estão fechadas, e é com algum contentamento que anuncio que foram mais de duas dezenas as apostas que recebi no meu e-mail. E todas elas diferentes. A todos os participantes, e apesar de só os dois primeiros classificados serem premiados, boa sorte.