domingo, junho 30, 2013

sábado, junho 29, 2013

Antevisão - Low Winter Sun


Muitos já lhe apelidam como a nova "Breaking Bad". A razão é simples: "Low Winter Sun" é a aposta da AMC para suceder à bem amada série onde Walter White fez história - e outras substâncias que para aqui não são chamadas - e conta com um dos mais talentosos actores britânicos da sua geração, nada mais nada menos do que o portentoso Mark Strong, tantas vezes vilão brilhante em produções cinematográficas recentes. Remake de uma minissérie inglesa de 2006, Strong volta a interpretar um papel que já foi seu nessa altura, o do polícia Frank Agnew, mas desta vez com outro sotaque, já que é a norte-americana Detroit que serve de pano de fundo à narrativa sobre um crime aparentemente perfeito - o de um polícia corrupto às mãos de Agnew e do seu parceiro interpretado por Lennie James ("Jericho"). Para já, dez episódios encomendados para uma primeira temporada que estreia já no próximo dia 11 de Agosto nos Estados Unidos da América. A grande questão no momento será saber se a AMC conseguirá esticar a minissérie original para um produto televisivo de várias temporadas, sem que isso a prejudique na sua essência. Ainda assim, entretenimento obrigatório para o parado mês de Agosto.

sexta-feira, junho 28, 2013

Veronica querida, estás quase de volta!

E espero que não te esqueças de voltar a Neptune, salvar o teu pai uma vez mais de uma conspiração qualquer manhosa, contes para isso com a ajuda do Weevil e do Wallace e, ao contrário do que toda a gente deseja, mandes o Logan ir dar uma volta ao bilhar grande. Para mim, o Leo é que era homem para ti! Porra, pareço uma criança de volta ao parque infantil. 2014, ainda demoras?

quinta-feira, junho 27, 2013

Blogue da Semana (#87)


quarta-feira, junho 26, 2013

Cinema na Quinta das Conchas


O CineConchas está de volta para uma sexta edição, que irá decorrer de 27 de Junho a 13 de Julho na Quinta das Conchas, em Lisboa. Entrada livre, sempre ás 21h45. Eis a programação para uma noite bem passada, ao ar livre:

27/06 - Tabu (2012/Portugal)
28/06 – 007 Operação Skyfall (2012/EUA)
29/06 – Brave (2012/EUA)
04/07 – As Vidas dos Outros (2006/Alemanha)
05/07 – Branca de Neve (2012/Espanha)
06/07 – Amigos Improváveis (2011/França)
11/07 – Banksy – Pinta a Parede (2010/EUA)
12/07 – Argo (2012/EUA)
13/07 – Como Treinares o Teu Dragão (2010/EUA)

terça-feira, junho 25, 2013

segunda-feira, junho 24, 2013

The Call (2013)

Jordan (Halle Berry) é uma operadora do 911 - equivalente ao 112 em Portugal - que comete um erro terrível aquando de uma chamada de emergência de uma jovem rapariga cuja casa estava a ser assaltada: perdida a ligação, Jordan liga de volta para a rapariga, o que faz com que a mesma seja descoberta escondida debaixo da cama, devido ao toque do telefone. Consequência? Alguns dias mais tarde o corpo da miúda é descoberto enterrado no meio do nada e Jordan terá que enfrentar o sentimento de culpa para o resto da sua vida. Até ao dia em que, vários meses depois, fica responsável por nova chamada relacionada com o mesmo assassino e semelhante armadilha, desta vez, com um porta-bagagens como pano de fundo. Conseguirá Jordan ultrapassar o trauma e salvar Casey (Abigail Breslin)?

Inicialmente destinado e pensado para a realização de Joel Schumacher, "The Call" acabou por ser entregue a Brad Anderson, responsável por filmes como "The Machinist" ou "Transsiberian". Thriller de acção competente - e, porque não, até surpreendente - durante a construção e desenvolvimento da narrativa, "The Call" deixa no entanto tudo a perder com um final absolutamente transviado da linha estrutural e lógica que tinha sido criada até então. Sejam caixões, aviões, edifícios ou simples quartos, a claustrofobia cinematográfica está em voga e um porta-bagagens revela-se apenas um novo mundo de oportunidades para mil e uma hipóteses de comportamentos interessantes em prol da história. Mas claro, o que seria de um filme com um telemóvel no papel principal sem os tradicionais arcos narrativos dependentes de um "Sem Sinal" ou de um aviso de "Bateria Fraca"? Ou, pasme-se, do destino tão certo quanto trágico de qualquer transeunte anónimo que tente ajudar uma vítima? Ainda assim, entre a chamada de atenção para a dificuldade de um trabalho policial muitas vezes esquecido como tal - as acções tomadas e sugeridas a qualquer chamada recebida num centro destes pode ser a diferença entre a vida e a morte - e a experiência psicológica violenta de ver a dócil rapariga de "Little Miss Sunshine" de sutiã, "The Call" serve como entretenimento q.b. para hora e meia de uma tarde chuvosa de domingo.

domingo, junho 23, 2013

Spock vs Spock (ou Audi vs Mercedes)

sábado, junho 22, 2013

Carrey, pede para ca*** e sai.

sexta-feira, junho 21, 2013

Shanghai Calling (2012)

Sam Chao é um jovem e promissor advogado numa das mais conceituadas empresas de advocacia de Nova Iorque. À espera de uma promoção profissional eminente, Sam é no entanto desafiado a provar que merece o estatuto de sócio com uma deslocação de três meses a Xangai para liderar a nova filial da empresa na cidade chinesa. De origens asiáticas mas sem saber uma palavra de mandarim, aceita mudar-se de malas e bagagens para o outro lado do planeta, levando consigo a arrogância de quem se julga superior aos advogados e habitantes locais, sem perceber que neste caso é ele, o americano, o imigrante à procura da felicidade e de uma oportunidade na cosmopolita Xangai.

Escrito e realizado pelo estreante Daniel Hsia, "Shanghai Calling" revela-se uma comédia romântica simpática mas absolutamente banal, repleta de lugares comuns e perpetuada num conjunto de planos tão universitários quanto ineficazes e irrealistas. Nas mãos de um tarefeiro mais experiente, a narrativa e o pano de fundo da película financiada e apoiada pelo governo chinês teria sido um caso sério de promoção turístico-cinematográfica de excelência, capaz de fazer pela misteriosa Xangai o que Woody Allen já fez com, por exemplo, Barcelona, Londres ou Paris - para não falar da óbvia Nova Iorque. Aliás, numa história com ideias cómicas e conceitos de choque culturais tão ricos e complexos como esta oferecia - do Awesome Wang à Americatown -, arriscaria dizer mesmo que é uma pena que este projecto não tenha caído nas mãos de Allen. Mas nem tudo é mau: o elenco é consistente, a vitória do moralmente correcto sobre a ambição cruel confere algum requinte, a química entre Amanda (Eliza Coupe) e Sam convincente e Daniel Henney um nome para relembrar no futuro. E, para o fim, a pergunta inevitável: não é Xangai uma das cidades mais poluídas do mundo? É que não vi uma réstia de nuvem cinzenta nos planos de Hsia. Nem sequer uma única máscara nos habitantes locais. E eu não gosto mesmo nada de ser enganado.

quinta-feira, junho 20, 2013

Adivinhem... a ZON meteu água outra vez!

Shanghai em inglês, 上海 em mandarim, Xangai em português. Os meninos ou meninas da ZON decidiram voltar a trabalhar sem o mínimo critério ou profissionalismo e inventaram um novo nome para a cidade chinesa: Shangai. Sim, eu sei que sou um chato de primeira; sim, eu sei que mais ninguém repara nestas gaffes; não, eu prometo que não é nada contra vocês, camaradas da ZON. Só que, coincidência das coincidências, é sempre com vocês que isto acontece agora que a LNK já não anda entre nós. Mais uma seus inZONpetentes e prometo que crio uma tag aqui no blogue só para vocês.

quarta-feira, junho 19, 2013

James Gandolfini (1961-2013)

terça-feira, junho 18, 2013

E assim, do nada...

Fui ver aquela que, lá para o final do ano, provavelmente será considerada por este que vos escreve a melhor estreia numa sala de cinema portuguesa em 2013. Woke up this morning with an ache in my head, I splashed on my clothes as I spilled out of bed, I opened the window to listen to the news, but all I heard was the Establishment's Blues.

segunda-feira, junho 17, 2013

Scorsese, o Lobo de Hollywood

domingo, junho 16, 2013

CCOP - Top de Maio de 2013


Maio, com 34 filmes estreados comercialmente em Portugal, garantiu um primeiro lugar surpreendente (mas não com menos mérito), com entrada directa para o top de 2013. A animação espanhola Rugas (que já tinha sido exibida em Portugal no Cinefiesta 2012) recebeu a classificação média de 8,50, um valor que nenhum dos filmes de animação estreados o ano passado em Portugal conseguiu (ParaNorman foi o melhor classificado, com 7,57). Na segunda posição do pódio mensal temos o romeno Cristian Mungiu, com uma nota de 8,33 pelo seu Para Lá das Colinas. O filme deu entrada directa na terceira posição do top anual, com uma nota superior à do outro filme do realizador, recentemente votado no CCOP no top Palmas d'Ouro: 4 Months, 3 Weeks and 2 Days tinha recebido a nota média de 7,91. Para a terceira posição e três anos depois da sua data de produção, chega O Outro Lado do Coração. O filme de John Cameron Mitchell e que garantiu a Nicole Kidman uma nomeação ao Óscar 2011 de Melhor Actriz apenas agora chegou aos cinemas portugueses, numa estreia limitada, mas que mesmo assim lhe garantiu a nota média de 8,17.

Top de Maio de 2013

1. Rugas, de Ignacio Ferreras | 8,50
2. Para Lá das Colinas, de Cristian Mungiu | 8,33
3. O Outro Lado do Coração, de John Cameron Mitchell | 8,17
4. Os Nossos Filhos, de Joachim Lafosse | 7,50
5. Noutro País, de Hong Sang-soo | 7,33
6. O Guarda, de John Michael McDonagh | 6,75
7. A Noite dos Mortos-Vivos, de Fede Alvarez | 6,67
8. A Essência do Amor, de Terrence Malick | 6,43
9. O Capital, de Costa-Gavras | 6,33
9. Epic - O Reino Secreto, de Chris Wedge | 6,33
11. Viagem de Finalistas, de Harmony Korine | 6,20
12. Quarteto, de Dustin Hoffman | 5,75
13. O Grande Gatsby, de Baz Luhrmann | 5,67
13. Um Planeta Solitário, de Julia Loktev | 5,67
15. Grandes Esperanças, de Mike Newell | 5,25
16. Deadfall - A Sangue Frio, de Stefan Ruzowitzky | 5,00
16. O Fundamentalista Relutante, de Mira Nair | 5,00
18. Só Precisamos de Amor, de Susanne Bier | 4,67
19. Fogo Contra Fogo, de David Barrett | 4,25
20. A Ressaca - Parte III, de Todd Phillips | 3,75

sábado, junho 15, 2013

Bong Joon-ho Hunger Games

sexta-feira, junho 14, 2013

Blogue da Semana (#86)

quinta-feira, junho 13, 2013

Jack Reacher (2012)

Jack Reacher, ex-militar responsável pela Unidade de Investigações Especiais, agora um fantasma a viver ninguém sabe bem onde nem com quem. Com uma atenção aos pormenores irrepreensível, uma memória de elefante e um sentido de justiça único – a justiça é para ele um valor que está acima do bem ou do mal -, Reacher reaparece do nada quando James Barr, um ex-subordinado seu dos tempos de combate no Iraque, é acusado do assassinato aparentemente frívolo e sem razão de cinco pessoas que passeavam junto ao rio. Inicialmente com poucas dúvidas da culpa de Barr devido ao seu passado problemático, Jack Reacher vai, no entanto, rapidamente perceber que tudo não passa de uma gigantesca conspiração empresarial que visa incriminar um ex-militar com severos problemas psicológicos.

Realizado e semi-escrito por Christopher McQuarrie, a mente brilhante por detrás do guião muito pouco convencional de "The Usual Suspects", "Jack Reacher" é uma adaptação cinematográfica muito personalizada do mítico herói dos comics policiais de Lee Child. Com uma pré-produção turbulenta devido à escolha de Cruise para o papel principal ter deixado os fãs da saga literária altamente desiludidos – a constituição física, para começar, não batia certo nem de perto nem de longe -, a verdade é que o actor consegue dar ao personagem a profundidade e o carisma que este merecia: o Reacher de Cruise é tão simples quanto refrescante e é ele quem conduz a história. Poderá ser algo redutor, mas a verdade é que Tom, a celebridade, está esgotada nas suas demais essências, da religiosa à sentimental; mas Cruise, enquanto actor, continua a ser implacável diante das camaras, uma máquina internacional de bilheteira que, quase por si só, garante sequelas a qualquer projecto com uma porta aberta a isso mesmo (e o que não falta a Jack Reacher, o herói, são livros para ser adaptados).

Por fim, destaque mais do que óbvio para o surpreendente vilão... Werner Herzog. Com uma presença estrondosa, o conceituado realizador germânico precisa de poucas falas e de poucas cenas para intimidar e, assim, credibilizar uma personagem de propósitos tão vagos quanto misteriosos. Robert Duvall, velho conhecido de Cruise na tela, dá também uma perninha com uma personagem secundária que lhe assenta que nem uma luva e a ex-vilã Bond Rosamund Pike convence o espectador na sua dicotomia conflituosa entre aspecto frágil e atitude corajosa. Apesar dos terríveis resultados de bilheteira internos, a aura internacional de Cruise salvou a Paramount de um fiasco e abriu a possibilidade de uma ou mais sequelas... merecidas.

quarta-feira, junho 12, 2013

Santa displicência!

A ZON Lusomundo - outra vez - lançou um comunicado para a imprensa a anunciar a pré-venda de bilhetes para a sua nova sala IMAX, no Centro Comercial Colombo. Até aqui, tudo bem. O problema é quando diz que, após "Parque Jurássico 3D", o filme que estreará na sala IMAX na semana seguinte é o... "Homem de Ferro". E eu a pensar que o Robert Downey Jr. já tinha arrumado o fato e que o blockbuster que se seguia seria o... "Homem de Aço". Pior que tudo, é que eu já começo a abrir qualquer e-mail da ZON pura e simplesmente para procurar qual a gralha que se segue. Vício terrível este!

terça-feira, junho 11, 2013

Óscares? Globos? Naahh...

segunda-feira, junho 10, 2013

Elevators of Steel

domingo, junho 09, 2013

Entretanto, na blogosfera...

A quase findada iniciativa "Um Filme, Uma Mulher", do Girl on Film da Sofia Santos, é sem dúvida alguma a melhor ideia que surgiu na blogosfera nacional cinematográfica nos últimos meses. Algumas escolhas e respectivos textos são deliciosos - como este ou aquele -, outros nem tanto, mas o melhor destas rubricas é que, além de promoverem o talento e a união entre bloggers, servem ainda para dar a conhecer alguns espaços até agora incógnitos para muitos. No meu feed reader, por exemplo - e, já agora, acabei por escolher o Feedly - entraram uma mão cheia de novos links. Ainda falta muito até Outubro, mas cheira-me que já tenho favorito para, pelo menos, uma categoria nos próximos TCN.

Numa outra vertente e num outro estaminé, eis que se prepara o lançamento daquele que espero que seja o primeiro de muitos livros de interesse nascidos nesta blogosfera. Eu é que não o vou perder por nada deste mundo, ou não fosse o Edgar um dos mais talentosos artistas gráficos que por aí anda. E sim, com esta promoção desavergonhada ao seu trabalho, espero ter mais uma borla lá para o fim do ano, aquando dos TCN.

sábado, junho 08, 2013

The Guard (2011)

Numa aldeia qualquer esquecida na chuvosa Irlanda, Gerry Boyle (Brendan Gleeson) é um polícia atípico de métodos duvidosos - roubar droga a mortos e experimentá-la ou apalpar a tomatada aos defuntos são apenas dois exemplos dados logo no início da fita - e de personalidade atribulada ("Sou irlandês, o racismo faz parte da minha cultura"). Do nada, a sua terriola é palco de um par de crimes relacionados com um grupo internacional de tráfego de droga e Boyle vê-se envolvido numa investigação que mete, inclusivamente, o FBI ao barulho, através do agente Wendell Everett (Don Cheadle). Entre o gringo e o saloio vai nascer uma parceria nada tradicional, onde as diferenças entre os dois abrirão caminho a uma jornada policial, no mínimo, diferente.

Thriller incomum em molde de comédia buddy-cop negra, "The Guard" marca a estreia na realização de John Michael McDonagh (guionista de "Ned Kelly" e irmão do realizador do delicioso "In Bruges"), que aqui orquestra uma obra tão divertida quanto tecnicamente inconsistente, culpa talvez da sua inexperiência a este nível. Muitas vezes com pontes entre cenas mal arquitectadas e com um ritmo aborrecidamente irregular - cinco minutos de humor negro inteligente são muitas vezes interrompidos por cinco minutos de banalidade narrativa policial em prol de uma história central que não devia passar de uma desculpa esfarrapada - mesmo que necessária - para encaixar os vários gags deliciosos de Gleeson, que entre piadas politicamente incorrectas - nem Obama escapa - e diálogos irrepreensíveis com Cheadle conquistam o espectador e espelham de forma hilariante o choque entre duas culturas completamente antagónicas. Assim, entre o anti-carisma perfeito de Gleeson e a inconsistência estrutural de "O Guarda", ficamos na dúvida, tal como a personagem de Cheadle sobre a de Gleeson perto do fim, se o filme é "really motherfucking dumb, or really motherfucking smart!". Ainda assim, boa - mesmo que tardia - surpresa da distribuição cinematográfica nacional.

sexta-feira, junho 07, 2013

Stallone & Schwarzenegger

quinta-feira, junho 06, 2013

1001 filmes para NÃO ver antes de morrer #13

Captain Battle: Legacy War | EUA | 2013

"This is possibly the worst movie I have ever seen. The trouble is, where to begin... Well, it starts out with a "high speed pursuit on dirt roads" that in reality is cars going 10 mph, over a field, with BADLY(I could make more realistic flames with MS Paint) made computer animated muzzle flashes coming out of pistols and assault rifles. Next up is a "bazooka" like device that you could actually see straight through before it fired, topping it off with an explosion that basically is a car, with badly made computer animated flames superimposed over it. [F]"

quarta-feira, junho 05, 2013

E a expressão do dia é...

Stunt Genitals. "We shot the actors pretending to have sex and then had the body doubles, who really did have sex, and in post we will digital-impose the two. So above the waist it will be the star and the below the waist it will be the doubles".

terça-feira, junho 04, 2013

The Expatriate (2012)

Ben Logan (Aaron Eckhart) é antigo agente da CIA com uma nova vida profissional na Bélgica, onde é especialista e responsável em descobrir falhas e defeitos nos dispositivos de segurança que a multinacional para onde trabalha produz. Obrigado a esta mudança para salvaguardar a vida da filha, agora a seu cargo, Ben vai no entanto ver-se envolvido numa valente conspiração governamental relacionada com o seu passado. O que sabe pode arruinar um esquema milionário e ilegal de transporte de armas e, por isso, a sua cabeça e a da sua filha está a prémio.

"O Expatriado" é um thriller de acção que, apesar de sólido na sua estrutura, pouco ou nada surpreende dentro do seu género. Não há casualidades inesperadas, reviravoltas hábeis e inteligentes ou sequer momentos de verdadeira tensão dramática entre pai e filha, algo que seria de muito fácil execução. Tudo se desenrola dentro de uma expectável previsibilidade, que não desilude totalmente mas que acaba por revelar-se pouco recompensadora para o espectador mais exigente. Muitos foram, inclusive na nossa blogosfera, os que o compararam ao emocionalmente bruto "Taken": meus amigos, é que nem por sombras. Sim, a realização de Philipp Stölzl ("North Face") é competente e o enredo minimamente credível e bem armado. Mas Eckhart não é Neeson e a caneta BIC de Arash Amel nem de perto nem de longe tão cativante e poderosa quanto a Montblanc de Luc Besson. Destaque final apenas para a jovem Liana Liberato, que depois de "Trust" confirma aqui novamente todo o seu talento.

segunda-feira, junho 03, 2013

Every threat can be erased

domingo, junho 02, 2013

sábado, junho 01, 2013

Gone (2012)

Jill (Amanda Seyfried) é uma rapariga com um passado perturbador: depois de ter sido alegadamente raptada e mantida em cativeiro durante várias horas, conseguiu atacar o seu raptor e escapar de um buraco no meio da floresta. Primeiro problema: ninguém acreditou na sua história e foi internada num hospital psiquiátrico. Alguns anos depois, a sua irmã desaparece do nada e Jill tem a certeza absoluta que foi raptada pelo mesmo assassino em série. Novo problema: ninguém, nem mesmo a polícia, a leva a sério. É tudo um trauma do passado ou invenção de uma maluquinha. Sem alternativas e sem tempo, Jill vai ter que resgatar a irmã sozinha. Mas será que a irmã precisa mesmo de ajuda?

Estreia em Hollywood do brasileiro Heitor Dhalia, "Gone – 12 Horas para Viver" é um thriller demasiado fácil de descodificar, cujo seu pseudo trunfo narrativo – estará tudo na cabeça da personagem principal ou não – não soube ser trabalhado de forma criativa ou, sequer, eficaz. Sem personagens interessantes e com um guião demasiado simplista – Amanda Seyfried chegou a criticar publicamente o mesmo após a estreia, por deixar quase tudo a cargo da improvisação do elenco -, "Gone" acaba apenas por surpreender no seu twist final, inesperado depois de quase hora e meia de uma linha estrutural metódica e previsível. De resto, interpretações sensaboronas – inclusive e principalmente de Seyfried – e um vilão banal – depois de tantos suspeitos minimamente intrigantes durante a fita – só não fazem deste "Gone" uma desilusão porque as expectativas já eram, por si só, muito baixas.