quinta-feira, janeiro 31, 2008

Annie Hall (1977)

"I feel that life is divided into the horrible and the miserable. That's the two categories. The horrible are like, I don't know, terminal cases, you know, and blind people, crippled. I don't know how they get through life. It's amazing to me. And the miserable is everyone else. So you should be thankful that you're miserable, because that's very lucky, to be miserable."

"Annie Hall" de Woody Allen é um filme paciente que baseia o seu fluir nos ingénuos mas divertidos e astutos diálogos e monólogos das suas personagens. Estreado num ano onde os blockbusters (como o primeiro "Star Wars" ou "Close Encounters of the Third Kind") predominaram, foi a simplicidade atrevida e irreverente de "Annie Hall" que levou o Óscar de Melhor Filme - Realizador, Argumento e Melhor Actriz Principal também - para casa. Um testemunho claro da sagacidade insaciável de "Annie Hall", onde Alvy Singer, um comediante judeu neurótico e hormonalmente desequilibrado e Annie Hall, uma citadina moderna mas algo imatura, partilham e examinam as suas experiências passadas e presentes.

E como em qualquer história romântica, só uma narrativa única, inteligente e altiva poderia elevar uma obra do género ao estatuto de culto que ainda hoje protege "Annie Hall". Mas mais do que isso, "Annie Hall" foi o filme que marcou a maturação definitiva de Woody Allen como realizador e comediante para o grande público. Isto porque conseguiu pela primeira vez aliar o seu humor característico ao drama e ao romance, em vez das comédias puras que até então protagonizara, como "Slepper", "Bananas" ou "Everything You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask". Tudo embrulhado numa obsessão fascinante por Nova Iorque, um humor judeu auto-depreciativo e tendências neuróticas tão sublimes como presunçosas.

Repleto de "one-liners" que ainda hoje servem de referência a uma mão cheia de filmes, de cameos deliciosos como os Jeff Goldblum, Marshall McLuhan, Truman Capote, Paul Simon, a então desconhecida Sigourney Weaver ou Christopher Walken, - que, na minha opinião, faz parte da cena mais hilariante de todo o filme, quando confessa a Alvy Singer que quando conduz, tem vontade de chocar com as luzes que vêm de frente, perante o gozo de Alvy que lhe acena e afirma que gostou muito da conversa mas que agora tem que voltar ao Planeta Terra, só para segundos depois descobrir que é Walken que o vai conduzir a casa - "Annie Hall" é um dos mais raros exemplos de como podem co-existir de forma harmoniosa a comédia, o romance e o drama numa mesma película. Mesmo com uma narração algo confusa que não respeita espaços temporais nem limitações físicas, com moldes de sessão psicanalítica auto-reflexiva. Não fosse o seu final morno, longe da magnificência e da sumptuosidade da restante fita, e este poderia muito bem ser o meu "Allen" favorito. Assim sendo, fica lá perto.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Bazooka Jones

10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Janeiro de 2008

E para vocês, qual é o vosso favorito de Woody Allen?

N.D.R: A Helena, do blogue "As Imagens Primeiro" decidiu fazer uma pequena pausa na sua actividade blogosférica. Sendo um dos membros fundadores desta rúbrica, o seu espaço continuará reservado até ao seu regresso - que espero, para o bem da blogosfera nacional de cinema, esteja para muito breve.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Rankings CN: Engates Cinematográficos de Tom Cruise

"Resumindo: estamos a falar de um monstro do cinema, de um actor fenomenal com capacidades únicas, que já trabalhou com alguns dos maiores realizadores do cinema mundial, que se aplica em cada projecto com uma devoção e um compromisso de qualidade temática e artística inegáveis e nunca antes vistos, que desfaz a linha negócios/prazer, que possuí uma generosidade acima da média, que já recebeu inúmeros prémios e o devido respeito pela comunidade cinéfila, para além de ser extremamente simpático e correcto com o público (é só relembrar como ele reagiu quando um repórter lhe atirou água à cara numa passadeira vermelha na promoção de Guerra dos Mundos, sem propósito nenhum a não ser querer que Cruise se virasse a ele e ter uma boa história para publicar – saiu-lhe o tiro pela culatra com a resposta brilhante e exemplar do actor). Até aqui, tudo bem. (...) O problema começou com um dia em que Cruise, em 2005, numa visita ao programa da sua amiga Oprah Winfrey, desatou aos pulos no sofá a dizer que estava feliz como nunca, e que amava muito a sua (quase) mulher (Katie Holmes). O mundo inteiro caiu em cima do actor; sim, foi exagerado, sim, ninguém esperava, mas… e então? Eu só pergunto o seguinte: se o homem está feliz e é feliz no seu casamento, se pela primeira vez tem uma filha biológica e olha todos os dias para a sua carreira e se sente realizado, qual é o problema? Eu certamente com a vida, carreira e aspecto deste senhor também teria vontade de dizer ao mundo: Estou feliz. Mas não. Com isto, um actor bestial sem precedentes tornou-se num vagabundo das artes cénicas." por Francisco Silva em Deuxieme.

Quinto Lugar: Cameron Diaz em Vanilla Sky.
Quarto Lugar: Kelly McGillis em Top Gun.


Terceiro Lugar: Michelle Monaghan em M.I:3.
Segundo Lugar: Nicole Kidman em Days of Thunder, Far and Away e Eyes Wide Shut.


Primeiro Lugar: Elisabeth Shue em Cocktail.


Outras Edições: Clive Owen

segunda-feira, janeiro 28, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Filme


The Fountain

"Um filme tão luminescente como a própria vida. Nas lágrimas de Hugh Jackman reencontro o meu próprio desespero da morte. Não a minha, mas a do meu próximo; alguém que, por egoísmo meu, tento manter presa a mim mesmo, ainda que ela própria já não o deseje." por Tiago Pimentel em Claquete.

"The Fountain é uma viagem sensorial que parte de um intimismo comovente para atingir o êxtase numa representação grandiosa da Morte como Vida. O percurso até lá não é necessariamente perfeito, mas as obras mais marcantes nem sempre rimam com a perfeição. Não é um filme de complexidade, é um filme de fé e determinação. De uma beleza miraculosa e de uma intensidade emocional que o tornam difícil de esquecer." por Tiago Costa em Claquete.

"Extraordinária também, como sempre, essa banda sonora da autoria de Clint Mansell, deixando desta vez de lado os acordes electrónicos e criando um portento que tanto sobrevive com as imagens como longe delas. E depois... depois temos essa entrega fenomenal de Hugh Jackman, completamente imerso na sua personagem, capaz de nos levar às lágrimas e de nos transmitir toda a sensação de impotência que lhe invade a alma com um simples olhar." por Paulo Costa em CinePT.

"Raramente surgem em cinema objectos de uma pura originalidade que acabam por levar a arte a meandros do inalcançável e que, silenciosamente, acabam por revolucionar o meio como o percepcionamos. The Fountain de Darren Aronofksy é uma dessas obras que toca o impossível e proporciona uma autêntica odisseia dos sentidos, o despertar de novas sensações. “Transcendente” é uma palavra demasiado frívola para descrever um filme que não tem precedentes e que nos envolve (ou não, visto tratar-se já num filme de culto algo incompreendido) de uma forma tão imprevisível, tocante e insubordinada. A visão de Aronofsky é tão única quanto complexa e densa e é das experiências mais singulares passíveis de serem vividas pelo cinema." por Nuno Gonçalves em Mulholland Drive.

"The Fountain é um Poema divinamente existencialista, imerso em conjunturas meditativas e contemplativas. Seu sistema de signos articula-se para compor um discurso. Não é fundamental desvendar todas as suas verdades camufladas, mas absorver o máximo da expedição que nos imerge pelos níveis da subconsciência (princípio de qualquer contemplação artística). “The Fountain” é Romance como Revelação e Ficção Científica como Oração. Seu conteúdo é imortal. Mesmo quando os violinos gemem e gritam estridentes num final arrebatadoramente orgásmico, sente-se a pulsação de uma Obra Transcendental que sobreviverá para além de uma sala de Cinema, alojando-se no âmago de quem sorver toda a sua excelência." por Francisco Mendes em Pasmos Filtrados.

Trivialidade: The Fountain sucede a Little Miss Sunshine, vencedor da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

Blogue da Semana (XXXVII)

URL: http://fightclub77.blogspot.com/

domingo, janeiro 27, 2008

Zeitgeist (2007)

"Zeitgeist" é um polémico documentário amador ramificado em três partes distintas. O título surge de um termo alemão que significa "Espírito do Tempo", e que é atribuído segundo alguns dos maiores filósofos alemães ao avanço intelectual e cultural do mundo, numa determinada época. Realizado, produzido e escrito pelo anónimo Peter Joseph, "Zeitgeist" foi lançado pela primeira vez no serviço Google Video, em Junho de 2007, tornando-se em poucas semanas o filme mais visto de sempre alojado nos servidores da Google (8 Milhões no final de Novembro, sendo que foi retirada desde dessa altura o contador, ninguém sabe bem porquê). Tal fama levou a que Peter Joseph fosse convidado pelos responsáveis do "4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards" a apresentar a sua controversa obra caseira ao circuito cinematográfico.

Temos então uma primeira parte intitulada "The Greatest Story Ever Told". Esta investiga e analisa aquela que o autor considera ser a maior encenação da história da humanidade: a existência de um Cristo e as religiões em si. Defende o realizador que Jesus é um figura híbrida astrológica, mitológica e literária, baseada numa lenda criada por uma civilização bastante anterior ao "ano 0" e que, desde essa altura, foi adaptada e remodelada consoante a época e as necessidades de controlo social dos mais diversos povos.

Depois deste embate de factos e pesquisas sociais, somos bombardeados com uma fase intermédia que defende aquela que é a conspiração rainha deste novo milénio: os atentados terroristas do 11 de Setembro, numa peça denominada "All the World is a Stage". Entre demolições controladas, aviões invisíveis e declarações de seguranças que viram as cassetes de vigilância antes de elas serem todas confiscadas pelo FBI, temos aqui um complemento interessante ao mais do que célebre "9/11: Loose Changes".

Para terminar, uma abordagem arriscada e refrescante à dominação mundial por parte dos sistemas bancários impostos nas sociedades modernas, com especial destaque para os Estados Unidos, com uma conspiração bem montada que envolve a Reserva Federal, a família Rockefeller, duas Guerras Mundiais, o Iraque, o Vietname e até a Venezuela. Este capítulo denomina-se "Don't Mind The Men Behind The Curtain" e serve de machadada final à teoria que Peter Joseph apresenta no ínicio de "Zeitgeist": somos umas marionetas neste mundo e não nos importamos com isso.

Independentemente do nosso julgamento perante o que nos foi impingido durante cerca de duas horas, é de louvar o trabalho técnico, artístico e de pesquisa efectuado por alguém como Peter Joseph, sem meios aparentes de divulgação ou controlo mediático. E nem sempre é preciso acreditar na mensagem para elogiar o trabalho do mensageiro. E é bom que se tenha em consideração que obras como "1984", "Brave New World" ou "V for Vendetta", consideradas utópicas nas suas épocas, são hoje bases dogmáticas da realidade que nos envolve. Será que alguém ainda acredita que não é escravo da Religião, do Terror e do Dinheiro?

Vídeo Online Legendado em Português: Google Videos
Site Oficial com Links para Download:
ZeitgeistMovie.Com

Kill Paparazzi by Tarantino

Afinal não são só os filmes de Quentin Tarantino que são violentos. Esta semana, durante o conceituado Festival de Sundance, o realizador atacou o que aparenta ser um jovem fã que o filmava à saída de um Starbucks, num daqueles ataques esquizofrénicos típicos das celebridades. E mesmo que o rapazinho atrás da câmara fosse um paparazzi a sério, os comentários de Quentin dão a entender que quando o atacou, pensou que era apenas um habitante local. O que a Uma Thurman faz à cabeça das pessoas...
Vídeo

sábado, janeiro 26, 2008

Rankings CN: Quinze Filmes a Não Perder em 2008 (V/V)

Que filmes prometem marcar o ano de 2008? Muitos certamente, pois promessas são muito facéis de fazer e o que custa é cumpri-las. No entanto, e apesar da reposta complexa, a pergunta dificilmente poderia ser mais simples. Depois de no ano passado ter apostado em seis títulos - e quatro deles, ditou a sina do costume, ainda nem estrearam em Portugal -, este ano aumento a fasquia para quinze obras, distribuidas em cinco artigos. Além dos títulos das obras, deixo-vos a prevista data de estreia mundial, o Homem atrás do leme e o principais nomes do elenco. Assim sendo... (V/V)

Terceiro Lugar: The Happening
Estreia Mundial: 13 de Junho de 2008
Realizador: M. Night Shyamalan
Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel e John Leguizamo

Digam o que disserem sobre M. Night Shyamalan e o seu último "Lady in the Water", ninguém pode duvidar que "The Happening" tem uma premissa tão selvagem como estimulante. Um thriller paranóico sobre uma família que luta pela sobrevivência contra um fenómeno natural que coloca em causa toda a Humanidade. Se isto não acabar em filmalhão, coloco o blogue de luto.

Segundo Lugar: The Fighter
Estreia Mundial: Outono/Inverno de 2008 (com muita sorte mesmo)
Realizador: Darren Aronofsky (Nightwatch)
Elenco: Mark Wahlberg e Brad Pitt

Este é quase um tiro no escuro para 2008, pois só mesmo um milagre o fará estrear ainda este ano. No entanto, e porque a esperança é a última a morrer, era inevitável que constasse nesta lista. Baseada numa história verídica, o drama segue o caminho repleto de drogas e crimes de um pugilista irlandês até ao título mundial. Mas até poderia ser sobre duas galinhas a atravessar a estrada. É que Aronofsky não engana ninguém e o seu estilo é imperdível.

Primeiro Lugar: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
Estreia Mundial: 22 de Maio de 2008
Realizador: Steven Spielberg
Elenco: Harrison Ford, Cate Blanchett, John Hurt, Karen Allen e Shia LaBeouf

Tum tum run tuuuuuuum, tum tu ruuuuun, tan tarantaaaaaa tantararaaaan. Só ter a oportunidade de ouvir o mítico tema de Indiana Jones numa sala de cinema, irá fazer como que esta, dê por onde der, seja a estreia do ano. Venha mas é o filme! Rápido!

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Ciclo de Cinema: Nova Escola de Berlim

"A Nova Escola de Berlim é um movimento cinematográfico contemporâneo de invulgar importância. Espécie de anti-Dogma, por não ter quaisquer regras definidas, e também chamada de Nouvelle Vague alemã, foi designada como tal em 2001 por dois críticos que tentavam compreender o impacto conjunto dos realizadores Angela Schanelec, Thomas Arslan e Christian Petzold, devido ao facto destes terem estudado (com Harmut Bitomsky e Harun Farocki) na dffb, uma academia independente de cinema em Berlim. Esta renovação artística do cinema alemão começou efectivamente a fazer-se sentir quando, ao gesto cinematográfico original e contínuo dos primeiros, autores com cinco ou mais longas-metragens, outros cineastas mais novos, num cúmplice movimento de aproximação, a eles se associaram e os filmes de ambos começaram a chegar aos grandes festivais internacionais. De entre estes, saliência neste programa para Valeska Grisebach, com o seu líndissimo «filme de amor», SEHNSUCHT, filmado depois de extensa investigação, com actores amadores/não-actores que acrescentam rostos novos, mais comuns e de maior generosidade, ao cinema. Outro jovem e talentoso realizador é Ulrich Köhler, com o seu sarcasmo implacável mas contido em BUNGALOW."
Programação:

Sehnsucht / Anseio de Valeska Grisebach
31 de Janeiro, 21h30 – São Jorge 3
Bungalow de Ulrich Köhler
1 de Fevereiro, 21h30 - São Jorge 3
Marseille / Marselha de Angela Schanelec
2 de Fevereiro, 19h00 - São Jorge 3
Ferien / Férias de Thomas Arslan
2 de Fevereiro, 21h30 - São Jorge 3
Nachmittag / Tarde de Angela Schanelec
3 de Fevereiro, 21h30 - São Jorge 3
Klassenfahrt / Excursão Escolar de Henner Winckler
4 de Fevereiro, 21h30 - São Jorge 3
Schläfer / Adormecido de Benjamin Heisenberg
5 de Fevereiro, 21h30 - São Jorge 3
Wolfsburg / Wolfsburgo de Christian Petzold (presença do Realizador)
6 de Fevereiro, 19h00 - São Jorge 3
Gespenster / Fantasmas de Christian Petzold (presença do Realizador)
6 de Fevereiro, 21h30 - São Jorge 1

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Tom & Jerry

Tom & Jerry
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quarta-feira, janeiro 23, 2008

Há Coicidências do Catano


Heath Ledger como "The Joker" e Brandon Lee como "The Crow", naqueles que viriam a ser os últimos papéis das suas vidas.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Heath Ledger (1979-2008)


Excertos da entrevista de Ledger ao New York Times, há duas semanas atrás:

Last week I probably slept an average of two hours a night,” he said. “I couldn’t stop thinking. My body was exhausted, and my mind was still going.” One night he took an Ambien, which failed to work. He took a second one and fell into a stupor, only to wake up an hour later, his mind still racing.(...)Even as he spoke, Mr. Ledger was hard-pressed to keep still. He got up and poured more coffee. He stepped outside into the courtyard and smoked a cigarette. He shook his hair out from under its hood, put a rubber band around it, took out the rubber band, put on a hat, took off the hat, put the hood back up. He went outside and had another cigarette. Polite and charming, he nonetheless gave off the sense that the last thing he wanted to do was delve deep into himself for public consumption. “It can be a little distressing to have to overintellectualize yourself,” is how he put it, a little apologetically."

Juntemos a isto, os mil e um tiques nervosos, a desconcentração e a desorientação demonstrada na recente promoção de "I'm Not There":


Saber envelhecer, continua a ser a grande sabedoria da Vida.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Ele está de volta... mais Xunga do que nunca!

"(Sobre Disturbia) É Hitchcock para micro-ondas, de rápida confecção, mas sem sabor. No final do filme senti uma enorme vontade de beber um Red Bull com umas sapatilhas Nike calçadas. Definitivamente filme boff!"

"(Sobre D-War) Só a utilização da palavra "Místico" serve para me aparecer uma crise de micose aguda. Este filme pode ser responsável por um incidente diplomático que pode unir as duas Coreias nos planos americanos de ataque preventivo. O do norte leva por ser comunista e ter um lider minorca e os do Sul por terem a Daewoo e serem meio parvos a fazer filmes de monstros."

"Apocalypto foi considerado o melhor filme do ano por um jurí de representantes dos prisioneiros de Guantanamo. Foi também o único filme que estes prisioneiros viram e foi inserido nas técnicas de tortura. (...) Para poderem convencer Mel Gibson a deixar passar o filme em Guantanamo, foi preciso apanhá-lo bêbedo num bar de strip e convencê-lo que seria para uma prisão de judeus. A tarefa de o apanhar bêbedo foi um exercício de espera, era preciso apanhar o momento certo. Foram precisos 15 minutos de demorada espera."

domingo, janeiro 20, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Realizador


Marc Forster, em Stranger Than Fiction.

"Com o ritmo marcado pela corrida contra o tempo, “Stranger Than Fiction” faz uma fusão entre o intelectual e o emocional, sem menosprezar nunca os efeitos tónicos de uma boa bolacha. E fá-lo sem cinismos, equilibrado entre a amargura e a esperança, o doloroso e o romântico. Da mesma forma como, objectiva e subjectivamente, a vida e a arte balançam entre a comédia e a tragédia, e como, num doloroso dilema, a simples existência humana pode ser pesada contra a possibilidade de uma obra de arte imortal" [F]

""Stranger Than Fiction" é excelente. Ponto. Com diálogos e situações de uma perfeição admirável, conta ainda com prestações notáveis do muito versátil Will Ferrel, da grandiosa Emma Thompson, no papel de uma escritora vigorosa e tresloucada, do sempre brilhante Dustin Hoffman e ainda da jovem Maggie Gyllenhaal que prova ter muito jeito para a coisa." [F]

Trivialidade: Marc Forster sucede a Martin Campbell, vencedor da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

Spurlock Advertising

sábado, janeiro 19, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Actor Principal


Kurt Russell, em Death Proof.

"É na construção potente e explosiva da personagem central, que Kurt Russell permite a Tarantino explanar toda a sua magia. Com uma cicatriz que atravessa o seu olho esquerdo, o mesmo que se encontrava tapado em “Escape from New York” de John Carpenter, Russell é absolutamente irrepreensível na sua interpretação." [F]

"De nome Stuntman Mike, a personagem é interpretada por Kurt Russell, mítico ícone do cinema de série B, através das suas gloriosas colaborações com John Carpenter, e o actor (aqui sem pala num olho, mas com uma grande cicatriz) expele o carisma e o estilo a que nos habituou (que acabam por ser posteriormente desconstruídos de forma deliciosa), enquanto persegue mulheres com a sua portentosa máquina de quatro rodas e instintos assassinos." [F]

Trivialidade: Kurt Russell sucede a Paul Giamatti, vencedor da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Actriz Principal


Jodie Foster, em The Brave One.

"Bagatelas à parte, "A Estranha em Mim" é um filme soberbo e altivo. Revigorando o bom estilo vingativo e hostil dos anos setenta e oitenta, onde os "vigilantes" subjugaram a sétima arte, Neil Jordan promove uma violência tão vulgar como exacerbante. E Jodie, magnífica como sempre, triunfa de forma imparável nas complicadas e perigosas transições entre a angústia da vingança e o fascínio dos seus "julgamentos"." [F]

"Aliás, "A Estranha Em Mim" é totalmente levado às costas por Jodie Foster, uma das grandes actrizes de sempre. É ela que dá credibilidade e força ao filme, com grandes performances e verdadeiros tour de force, numa prestação andrógena que alterna momentos de grande fragilidade, com outros de verdadeira masculinidade e confiança." [F]

Trivialidade: Jodie Foster sucede a Natalie Portman, vencedora da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Quando eu era pequenino... (V)

1983. Os produtores de Risky Business, realizado por Paul Brickman, apostam num jovem actor, sem provas dadas no meio, para o papel principal de um adolescente que sente que chegou a altura de transformar em realidade todas as suas fantasias tipicamente masculinas - carros, mulheres, dinheiro e por aí adiante. Ao declinar no casting jovens promessas como Tom Hanks e Nicolas Cage em detrimento deste rapazinho, mal sabiam eles que, com esta oportunidade, e muito em particular, com esta cena, estavam a dar asas a Tom Cruise para se vir a tornar num dos mais respeitados e bem pagos actores de Hollywood. E porquê? Porque quando se soube que toda esta cena foi improvisada pelo próprio, a pedido de Brickman, não houve realizador na indústria que não o desejasse nas suas películas. E digam o que disserem hoje em dia sobre ele, Tom foi durante década e meia grande. Muito grande mesmo!
Edições Anteriores: (I) (II) (III) (IV)

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Box-Office Norte-Americana: Os Dez + de 2007


Os valores valem o que valem: nada para quem olha para o cinema como uma arte, muito para quem vive e sobrevive dele. Duas inferências instantâneas: as temidas sequelas dão resultados óbvios e as animações, que levam miúdos e graúdos aos cinemas, são uma aposta quase sem riscos. Aqui fica o Top 10 da bilheteira norte-americana em 2007:

10. The Simpsons Movie ................................................................................... $183M
9. Ratatouille ................................................................................................... $206M
8. 300 ............................................................................................................. $210M
7. The Bourne Ultimatum .................................................................................. $227M
6. I Am Legend ................................................................................................ $228M
5. Harry Potter and the Order of Phoenix ............................................................ $292M
4. Pirates of the Caribbean: At World’s End ......................................................... $309M
3. Transformers ................................................................................................ $319M
2. Shrek the Third ............................................................................................. $321M
1. Spiderman 3 ................................................................................................. $336M

terça-feira, janeiro 15, 2008

Desafio: E se fosses tu o último Homem à face da Terra?


A propósito de "I am Legend", tornou-se quase obrigatório deixar-vos este pequeno, mas existencial, desafio. Se tivesses na pele de Robert Neville - mas sem aquela macacada mutante a chatear-te constantemente - em que cidade/região abandonada preferirias passar os teus monótonos dias? Que bólide do vizinho ia ser subjugado a um longo empréstimo? Do que irias sentir mais falta - além das respostas sócio-psicológicas evidentes?

segunda-feira, janeiro 14, 2008

H de Hitchcock, Heat e Helena


Filme: Heat. “A Existência, per si de De Niro e Al Pacino num mesmo Filme é garante de qualidade, mas quando o Filme em si, supera o elenco,( diga-se à ravelia de uma grande raridade) entra nas categorias das Obras Primas. (...) A Pretensão conseguida, por parte do realizador, de explorar a relatividade do Bem e do Mal, separa este filme dos congéneres, retratando a vida moderna de forma magistral, pela rica caracterização das personagens e das suas dependentes famílias, o que leva a uma afinidade, inaudita na maioria dos filmes, a simples simpatia pelo lado do mal, aqui tão magistralmente representado. (...) A totalidade dos diálogos não deixa respirar banalidades, as personagens são Poéticas, Eloquentes, Sagazes quando necessário, não se deixando prender em Cliches, tudo isto fundido com um fundo/cidade Omni-Presente, um poema de amor ódio a L.A., onde reinam Higways, Smog, Street Smarts e imanente amor pela adrenalina." [F]

Realizador: Alfred Hitchcock. "Em 1922 dirige o seu primeiro filme, Number Thirteen, que fica incompleto, e conhece a sua futura esposa, Alma Reville, que, na altura, trabalhava com ele no filme Women to Women (1922) com as funções de script-girl e de montadora. Três anos depois, por convite do homem que lançaria a sua carreira de realizador, Michael Balcon, realiza o seu primeiro filme completo, The Pleasure Garden (1925). Trabalha numa grande diversidade de géneros até aos anos trinta, mas as suas marcas pessoais começam a sobressair nos filmes em que o crime e o suspense tinham um papel. Chantagem, de 1929, o seu primeiro filme sonoro, é um bom exemplo. Neste filme é de notar a maneira como Hitchcock integra este novo elemento, o som, usando-o como puro elemento narrativo. Depois ainda filma Assassínio (1930), mas é só com O Homem que Sabia Demasiado (1934) e Os Trinta e Nove Degraus (1935) que o seu perfil como realizador com um estilo muito próprio começa a fazer a diferença. Ao preferir o uso do suspense à surpresa criou praticamente um novo género cinematográfico de que foi o mestre incontestado até ao fim da sua carreira. Desaparecida, de 1938, apesar de ser um filme atípico na filmografia hitchcockiana, foi o passo decisivo para um salto importante na sua carreira. David O. Selznick, o maior dos produtores americanos, convidava-o para trabalhar na América." [F]

Raparigona: Helena Bonham Carter. "Nascida em 1966, em uma família rica de Londres, Helena Bonham Carter teve uma infância conturbada durante a qual seu pai ficou paralítico e sua mãe sofreu um colapso nervoso que, segundo ela, a levaria a buscar trabalho como atriz e a estrear nas telas, em 1985, como a protagonista de Lady Jane - Uma História Real. Na pele da infeliz rainha adolescente do Século XVI, Helena atraiu a atenção do diretor James Ivory e do produtor Ismail Merchant, que a escolheram para protagonizar, em 1986, Uma Janela para o Amor, que recebeu oito indicações ao Oscar naquele ano, incluindo melhor filme. O sucesso da produção levou Helena a abandonar a Universidade de Cambridge para se dedicar integralmente à carreira de atriz, onde encontraria trabalho incessante nos próximos anos." [F]

Website: Hotvnews 2.0 - http://hotvnews.wordpress.com/

Pensamento do Dia: “É estupidez pedir aos Deuses aquilo que se pode conseguir sozinho.” Epicuro.

Curiosidade do Dia: A soma dos números de uma roleta do casino é 666, o chamado número da besta.

domingo, janeiro 13, 2008

Alan Arkin em Marley & Me

Alan Arkin é, desde o seu papel em "Little Miss Sunshine", um dos actores mais cobiçados de Hollywood para comédias e afins. Com "Get Smart" - onde vai contracenar com o hilariante Steve Carell - já em fase de pós-produção, Arkin foi rapidamente resgatado para um dos papéis secundários de "Marley & Me", a adaptação cinematográfica de um dos livros mais vendidos não só nos Estados Unidos, mas também em Portugal, dos últimos anos. A realização está a cargo de David Frankel ("The Devil Wears Prada"), o elenco conta ainda com Owen Wilson e Jennifer Aniston e a fita tem estreia mundial marcada para o próximo Natal.

Originalidade Procura-se!

sábado, janeiro 12, 2008

Querem ver que afinal de contas...

"CLOVERFIELD is a bold genre-reinvention unlike anything we’ve ever seen before.”

“The movie is f**king brilliant. It’s what we were told it was going to be. An intimate perspective on an impossibly grand scale human disaster beyond most human levels of comprehension."

“Like SAVING PRIVATE RYAN, but instead of Nazis it’s a giant monster.”

“There’s no score, there’s no rules, there feels like there’s no script and no movie. It feels found, but it is so huge that you can’t ever really believe that… but handheld film just has never had a story of something this fantastical or huge happen. The movie is a landmark genre film. A true milestone in film.”

CLOVERFIELD is worth the obsession, worth the months I’ve had to put up with fans wondering what the hell it was”

sexta-feira, janeiro 11, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Poster

Sobre o Cartaz: "Ads in LA and New York for Elisha Cuthbert’s upcoming movie Captivity are being taken down today. Concerned citizens with nothing better to do complained about the ads which feature images of Elisha being tortured and killed. (...) The retarded upright citizens brigade strikes again. Here’s some posters from the movie just because. I like how they squash Elisha Cuthbert’s boobs against the glass. Take out the dirt and suffocation and it kind of reminds me of a high school car wash. A very titillating high school car wash." [F]

Sobre o Filme: "Agora o problema da total falta de estrutura da primeira metade do filme não é nada quando comparada com a catapuda idiota de fait-divers pretensamente resolutórios para a trama (mas qual trama?) do filme mas que descambam num combinado perfeitamente risível." [F]

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Mas... mas... Joaqin?

A atitude é louvável. Ao receber o galardão da People Choice Awards para Favorite Leading Man, Joaq(u)in Phoenix mostrou estar solidário com os guionistas norte-americanos. Mas será que até precisa deles para conseguir escrever o seu primeiro nome direito? Ou terá sido uma daquelas ironias tão bem ornamentadas, que já enganou meia dúzia de parvos como eu?
Clique na imagem para aceder ao vídeo

Quando o Cantonês é Cantonese!

Já não bastava a SIC e a TVI transmitirem tudo o que é filme asiático com o som dobrado em inglês, agora é a vez da RTP aderir à moda e fazer a mesma palermice com o portentoso "Infernal Affairs" - que é mesmo um galo de estimação cá da casa, ou não tivesse gasto quinze euros numa edição bodega da LNK que nem sequer trazia o áudio original como opção. Ao espertalhaços que optaram por esta parvoeira pegada na estação de serviço público, peguem no "The Departed" e coloquem-no com áudio cantonês. Também perde a piada não perde?

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Simples, monocromático e... esplendoroso!


Sejamos claros: o segundo cartaz do remake de "Funny Games" é tão grosseiro como deslumbrante. Por sua vez, e para arrefecer os ânimos, o remake homónimo de Michael Haneke poderá criar uma nova moda que não me agrada minimamente: é que segundo os últimos rumores, esta nova versão é uma cópia chapada, plano a plano, diálogo a diálogo, da obra original de 1997, mudando apenas o elenco que a representa. Será que isto faz algum sentido?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Rankings CN: Quinze Filmes a Não Perder em 2008 (IV/V)

Que filmes prometem marcar o ano de 2008? Muitos certamente, pois promessas são muito facéis de fazer e o que custa é cumpri-las. No entanto, e apesar da reposta complexa, a pergunta dificilmente poderia ser mais simples. Depois de no ano passado ter apostado em seis títulos - e quatro deles, ditou a sina do costume, ainda nem estrearam em Portugal -, este ano aumento a fasquia para quinze obras, distribuidas em cinco artigos. Além dos títulos das obras, deixo-vos a prevista data de estreia mundial, o Homem atrás do leme e o principais nomes do elenco. Assim sendo... (IV/V)

Sexto Lugar: Cloverfield
Estreia Mundial: 18 de Janeiro de 2008
Realizador: Matt Reeves (Felicity)
Elenco: Nenhum Nome em Destaque

O secretismo originado e alimentado pela equipa de JJ Abrams, o criador de Lost, foi tanto, que dificilmente algum amante de ficção científica não estará em pulgas para pôr os olhos em Cloverfield. Com um teaser fenomenal, um monstro ainda incógnito e a mais simbólica e reconhecida estátua do planeta decapitada, o sucesso nas bilheteiras é garantido. Esperamos é que com tanto fogo-de-artifício, não seja preciso ir apanhar as canas no final.

Quinto Lugar: Wanted
Estreia Mundial: 28 de Março de 2008
Realizador: Timur Bekmambetov (Nightwatch)
Elenco: Angelina Jolie, James McAvoy, Morgan Freeman e Terence Stamp

Bekmambetov espantou meio mundo, há alguns anos atrás, com Nochnoj Dozor, uma filme que foi definido como o primeiro blockbuster da história do cinema russo, tendo sido inclusive um dos primeiros filmes a deixar testemunho por este blogue. O seu talento, reunido ao charme de Jolie, à experiência de Morgan Freeman e à irreverência do britânico McAvoy, promete uma sessão bem passada, longe da perfeição argumentativa, mas bem perto do entretenimento por excelência.

Quarto Lugar: Righteous Kill
Estreia Mundial: Verão de 2008
Realizador: John Avnet (Fried Green Tomatoes)
Elenco: Al Pacino, Robert De Niro, Martin Scorsese, Carla Gugino, Donnie Wahlberg e John Leguizamo

Al Pacino e Robert De Niro no mesmo filme, com Martin Scorsese a adjuvante. Depois do filmalhaço que foi Heat, será que é preciso dizer mais alguma coisa? Talvez apenas que esta é uma das produções independentes mais caras de sempre, com um orçamento definido nos 60 milhões de dólares - valor que seria uma pechincha para qualquer estúdio!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

III Globos de Prata CN - Banda Sonora

Banda Sonora de "The Fountain", de Clint Mansell.

"(...) Clint Mansell e o Kronos Quartet composeram uma banda-sonora com um tom... algo sci-fi punk. A forma como os sons mais agudos, as próprias melodias mais comuns que são usadas... tudo isso transpira um estilo diferente daquilo a que estamos habituados. Pessoal e diferente ao mesmo tempo. Mesmo as músicas mais épicas, (a incrível, emocionalmente resonante "Death is The Road to Awe") conseguem fazer o espectador sentir um pouco os sentimentos que as personagens devem estar a sentir naquele momento (...)" [F]

Quando eu era pequenino... (IV)

Ou andava lá perto, neste caso. Em plenos anos 80, o protagonista principal deste anúncio das Pringles era um total desconhecido para qualquer cinéfilo deste planeta. Com pinta de surfista, andar de múmia e figura de garanhão, o jovem Pitt tinha a aparência exemplar para acabar como modelo da Calvin Klein. O que ninguém imaginava era que, passados vinte e muitos anos, Brad seria um ícone de Hollywood. E que andaria nas salas portuguesas nos próximos tempos com "The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford".

Edições Anteriores: (I) (II) (III)

domingo, janeiro 06, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Personagem


John McClane, em Live Free or Die Hard.

"Sozinho, divorciado, careca, sarcástico e rezingão. John McClane é uma daquelas poucas personagens intemporais intimamente ligadas a quem o representa. McClane é e só pode ser Willis, num "one-man-show" que revolucionou a indústria e o género, de uma forma única, onde o estilo descontraído e saudavelmente caótico de Bruce acaba por levar a narrativa e a acção às costas, e onde ver McClane, por pior que seja a "storyline" é puro deleite cinematográfico. É o gosto pela "velha escola", e a confirmação que o velho relógio analógico ainda bate o digital. Porque qualquer uma daquelas mordazes punchlines de McClane bate por larga vantagem qualquer esforço terrorista e tecnológico dos vilões." [F]

Trivialidade: John McClane sucede a V, vencedor da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

sábado, janeiro 05, 2008

Nova Lei de Chuck Norris

"Livros? Se eu não receber um tostão com isso, podes tirar o cavalinho da chuva!"

Choque: Chuck Norris não é, como afirma a mitologia grega, o ser perfeito que um dia iluminaria a Terra. É verdade que continuamos a venerá-lo, mas desta vez bem que poderia ter ficado quieto no salão a golpear uns quantos aprendizes. Nas bocas de todo o mundo - e adiando, deste modo, a inevitável queda no esquecimento - devido às Leis e aos Factos parcialmente irónicos que surgem dia após dia pela rede fora, Norris decidiu colocar uma acção em tribunal sobre o autor do livro "The Truth About Chuck Norris: 400 Facts About the World’s Greatest Human.", o mesmo que criou o célebre website que proliferou a febre entre milhões de internautas. Segundo o seu advogado, a escaramuça deve-se "ao uso do nome do seu cliente, sem autorização do mesmo, para fins e lucros comerciais alheios".

E o que dizer? Legalmente, Chuck poderá ter razão. O próprio Ian Spector, autor da obra, saberá disso. Mas não será este um acto de ingratidão absurda perante os mesmos admiradores que lhe permitiram ser a "personagem de culto" que ele é hoje? Não será incoerente, para não dizer ilógico, que depois de afirmar em vários talk-shows e entrevistas que achava um piadão ao fenóneno, tentar aniquilar parte dele? Enfim, eu é que não queria estar na pele de Spector neste momento; é que uma vez Norris desafiou Lance Armstrong para ver quem tinha mais testículos... e ganhou por cinco!

Eles estão de volta... com barba!


"That’s right, I know this looks fake. It looks like it ties on in the back, but believe it or not I actually grew a beard. Two birds, one stone. I never grew a beard in my entire life. I grew it out of solidarity for my writers, and to prove that I have some testosterone."

Assim começou o programa que marcou o regresso de Conan O'Brien, ainda sem os argumentistas de sempre a reboque. Será que a malta nova que por lá anda a tratar das tiradas humorísticas do Tigre aguenta a pressão por muito mais tempo?

sexta-feira, janeiro 04, 2008

III Globos de Prata CN - Melhor Actriz Secundária


Tracie Thoms, em Death Proof.

"African American supporting actress Tracie Thoms first arrived on the Hollywood scene in the early 2000s, and worked steadily thereafter, landing a covetous string of roles in many of Hollywood's most hotly anticipated films. She played Andrea in the riotous, Tribeca-produced frat-boy comedy Porn 'n' Chicken (2002), then tackled the role of Mahandra, the acerbic girlfriend and counselor of the "visited" Jaye Tyler (Caroline Dhavernas) on the short-lived cult fantasy series Wonderfalls (2004). In 2005 and 2006, respectively, Thoms tackled sizeable roles in the Chris Columbus-directed musical Rent and the David Frankel-helmed box-office smash The Devil Wears Prada. She then geared up for 'Death Proof,' Quentin Tarantino's half of the Grindhouse double-bill, as the garrulous Kim, one of three no-nonsense female vigilantes who take on Kurt Russell's psychopath Stunt Man Mike." [F]

Trivialidade: Tracie Thoms sucede a Michelle Monaghan, vencedora da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

Megan Fox: a nova Angelina Jolie?


As semelhanças são muitas, começando pelas várias tatuagens ao longo do corpo, passando pelo cabelo negro, comprido e rebelde e terminando no olhar sedutor e fatal. Uma é uma certeza, com vários projectos em carteira, a outra uma das promessas mais firmes do ano que passou. Uma coisa é certa: será que alguma delas se importa com a comparação? Não me parece...

quinta-feira, janeiro 03, 2008

III Globos de Prata CN - Tagline do Ano


"This might hurt a little." no cartaz de Sicko, de Michael Moore.

"E é este estilo peculiar e incisivo, que muitas vezes roça uma genialidade socialista quase comunista, que irrita quase toda a direita, em qualquer parte do mundo. Em Portugal, por exemplo, vemos sempre os mesmos nos jornais, obra após obra, a corrê-lo com bolas negras. De "palhaço político em guerra primária ideológica", ao estanho facto de o realizador que "apenas" foi o autor de três dos cinco documentários mais vistos em todo o mundo só conseguir duas salas em terras lusas, uma coisa é certa: algo de errado se passa quando o que é analisado cinematograficamente é sua posição ideológica e não a sua sagacidade, inteligência e astúcia em comunicar o que pretende, através da sua câmara. Porque mais do que um indispensável guerreiro social e político, Moore é um realizador portentoso e provocador." [F]

Trivialidade: "This might hurt a little." sucede a "Oh, Yes... There Will Be Blood.", vencedora da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.

10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Dezembro de 2007


Uma verdadeira vergonha: nem uma estrelinha entre os cinco filmes mais vistos pelos colaboradores desta rubrica em Dezembro. Felizmente, e porque a injustiça engrandece qualquer alma livre e orgulhosa, em Janeiro o panorama promete ser positivo, com algum tempo livre e muitas - mas mesmo muitas - estreias de qualidade indiscutível. Quais? Basta consultar o mais ranhoso cabeçalho que este blogue já desfrutou, inspirado em parte na simplicidade exemplar e agradável à vista do rosto do Depois Falamos, mas que por estes lados falhou redondamente, acabando numa mistura ordinária.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Blogue da Semana (XXXVI)


Url: http://antestreia.blogspot.com/

Ndr: Parece de certa forma engendrada esta escolha para Blogue da Semana, ou não tivesse o simpático e amável Ricardo Clara, um dos responsáveis pelo Antestreia, eleito recentemente este espaço como o Melhor Blogue Cinematográfico de 2007. Mas mais do que um acto de gratidão ou reconhecimento, este é, também e essencialmente, um perdão acanhado pelo facto de o Antestreia, ao fim de trinta e cinco (35!) edições, nunca cá ter sido mencionado, quando sempre cumpriu desde o seu exórdio todos os requisitos funcionais e qualitativos para tal. Agradeço, por fim, a caridosa preferência do Ricardo.

terça-feira, janeiro 01, 2008

III Globos de Prata CN - Apêndices Mamários do Ano

Monica Bellucci em "Shoot 'Em Up"

"We'd like to say that Monica Bellucci is just a woman, but we would be lying. She is not a mortal woman; she is a cruel joke from Mother Nature with the sole purpose of driving men of all ages to the point of insanity. How can anyone be so beautiful? Alas, my friends, there are no answers. All we can do is enjoy the sight of a woman as irresistible as Monica Bellucci, and hope that the gods will be kind to mere mortals like us and give us more Monicas -- except those with "Lewinsky" as a last name. Lame joke, yes, but we can't help but be lame at the thought of Monica Bellucci. Even her name evokes beauty. We are weak, lame men because of her. Can we say mamma mia 500 times?" [F]

Trivialidade: Monica Bellucci sucede a Kelly Brook, vencedora da passada edição dos Globos de Prata CN nesta categoria.