quinta-feira, setembro 30, 2010

Odeio-te FOX


"Lone Star", a melhor nova série da temporada - com larga distância para qualquer outra - foi cancelada após a exibição do segundo episódio. Com um elenco composto por jovens promessas (James Wolk) e velhas raposas (Jon Voight), uma banda-sonora fenomenal, Marc Webb na realização do episódio piloto, uma história dramática cativante e original e os aplausos unânimes da crítica norte-americana, o único factor que interessou à FOX foram as fraquíssimas audiências desta semana (1.0 de rating), que imediatamente levaram a cadeia norte-americana a cancelar a produção da série, que se encontrava a gravar o sexto episódio, trocando-a na grelha de segunda-feira à noite pelo regresso da terceira temporada de "Lie to Me". Para desespero dos fãs, não se sabe ainda o que irá acontecer aos três episódios já gravados. Odeio-te FOX, só espero que, numa jogada milagrosa que nem sei se será possível, alguma estação de cabo compre "Lone Star" e faça dela um sucesso sem precedentes. Num último esforço, fica a campanha para o regresso da série.

terça-feira, setembro 28, 2010

Couples Retreat (2009)

Um resort paradisíaco, uma ilha tropical e quatro casais amigos, cada um deles com os seus problemas, hábitos e costumes. O objectivo inicial é salvar o casamento de um deles, num conceituado programa terapêutico de casais, mas rapidamente a viagem de sonho de alguns torna-se numa prova a todos os relacionamentos, quando os restantes pares percebem que a terapia não é opcional naquela ilha.

Com um elenco consistente, com nomes consagrados na comédia como Vince Vaughn, Jon Favreau ou Jason Bateman e caras bonitas da nova vaga de actrizes de Hollywood como Kristen Bell e Malin Akerman, “Terapia para Casais” é uma comédia romântica agradável, mas cujo promitente potencial acaba por ser gasto perdulariamente através de piadas adolescentes e sexuais banais, pouca criatividade narrativa e um final tão previsível quanto insonso. Cliché atrás de cliché, resta-nos apreciar paisagens fenomenais, interpretações seguras e uma estreia na realização competente do “actor” Peter Billingsley. Para reter, entre uma ou outra gargalhada, a nobre mensagem de que não devemos tomar nada na vida como garantido, muito menos algo tão indefinível como o amor. Para esquecer, o facto de um actor portentoso como Jean Reno não arranjar recentemente nada em Hollywood melhor do que “Marcel”.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Duas boas razões para não perder $#*! My Dad Says


O grandioso William Shatner, na pele de um Archie Bunker moderno, divorciado e solitário, agora na companhia de um dos seus filhos, que sem emprego volta às raízes e... James Burrows, um dos arquitectos de "$#*! My Dad Says", responsável pela melhor série de comédia que a televisão já viu: "Cheers". Pelos vinte e poucos minutos do episódio piloto, o homem não perdeu o jeito para a gargalhada rápida, tão hábil quanto honesta.

Duas boas razões para não perder Nikita


Os três primeiros episódios suplantaram - e muito - as expectativas de uma série que parecia esgotada à partida, na sua ideia-chave. Narrativa segura, elenco atraente e competente e acção inteligente e equilibrada. Maggie Q e Lindsy Fonseca. Trunfos mais do que suficientes para não perder um único episódio daqui em diante.

domingo, setembro 26, 2010

Lisbon Film Orchestra


A Lisbon Film Orchestra regressa aos palcos da capital nos próximos dias 5 e 6 de Novembro para oferecer um concerto inesquecível, interpretando ao vivo, e pela primeira vez, as bandas sonoras dos mais recentes filmes portugueses, como "Contraluz" ou "Conversa da Treta". No novo repertório destacam-se ainda temas que foram grandes sucessos de bilheteira como "Grease", "Robin Wood", "Charlie e a Fábrica de Chocolate" e "Mamma Mia".

A orquestra apresenta também um espectáculo dedicado às crianças, na tarde de sábado, dia 6 de Novembro, pelas 16 horas, com um alinhamento específico de músicas de filmes infantis como "Harry Potter", "Rei Leão", "Aladino", "Polar Express", entre outros.

Composta aproximadamente por 90 músicos e com a direcção do Maestro Nuno de Sá, a Lisbon Film Orchestra transporta-nos para uma viagem ao imaginário dos nossos filmes de eleição, recorrendo a uma série de efeitos de luzes notáveis e a imagens alusivas aos filmes que está a interpretar. Os bilhetes já estão à venda e os preços dos ingressos variam entre os 20€ e os 30€.

sábado, setembro 25, 2010

sexta-feira, setembro 24, 2010

Autopsy (2008)

Emily, Bobby, Clare e Jude são um grupo de jovens finalistas de secundário em viagem de carro pela terra do Tio Sam. Numa sombria estrada do interior do continente, sofrem um estranho acidente, ao atropelar um suposto paciente em fuga de um hospital local. Por precaução, acompanham a vítima na sua viagem de regresso de ambulância ao misterioso Mercy Hospital. Com pouco pessoal e tenebrosamente vazio, o local mais parece uma morgue do que um hospital, e a verdade é que não tardará muito até o grupo de amigos descobrir que faz parte de um conjunto de experiências inumanas sob a direcção do conceituado Dr. Benway – o sempre eficaz Robert Patrick -, que procura uma cura para o cancro da sua mulher.

Autópsia” é narrativamente repulsivo e cinematograficamente miserável. Não se percebe como um filme com um orçamento de quinze milhões de dólares reduz-se, graficamente, a tão pouco, dando sempre ares de ser um parente pobre e deficiente de filmes como “Hostel” e outros semelhantes. Tão irrealizável como previsível, o estreante na realização Adam Gierasch conseguiu ainda assim o benefício da dúvida de qualquer jovem incógnita e estreou a sua fita no conceituado London FrightFest Film Festival em 2008. Três projectos de terror depois, não voltou a colocar lá os pés. No meio da desgraça, destaque para a beleza de Jessica Lowndes, presentemente a brilhar no reboot televisivo de “90210” e para a homenagem ao T-1000 de Robert Patrick em “Terminator 2: Judgment Day”, com uma cena de corredor/elevador que apenas nos relembrou que poderíamos estar a gastar o nosso tempo com um bom filme. Ou seja, com outro DVD que não o de “Autopsy”.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Dexter

quarta-feira, setembro 22, 2010

Frozen (2010)

É Domingo e três jovens esquiadores – um casal de namorados e um amigo – são esquecidos e abandonados numa cadeira-teleférico durante uma noite de tempestade. A vários metros de altura, e sem vivalma por perto, sabem que só na Sexta-feira seguinte voltará alguém à estância de ski, quando esta reabrir ao público. Para não morrerem congelados, o trio vai ter que tomar decisões aparentemente impossíveis. Conseguirão sobreviver?

Frozen” está para o ski como “Jaws” esteve para a natação”, exibe orgulhosamente o cartaz promocional do filme. Verdade seja dita, e tendo em conta os diferentes contextos tecnológicos e artísticos, o soundbite não só é extremamente apelativo, como faz jus à qualidade da obra em si. Num arco narrativo minimalista que obtém reacções maiores no público, com um fundo gélido e trépido mas um ambiente emocionalmente caloroso e enérgico, o realizador norte-americano Adam Green (“Hatchet”) coloca constantemente o espectador com uma pergunta na cabeça: “se fosse eu, o que faria?”.

Num cenário realista e numa situação mundana, a conexão psicológica entre as personagens e o público torna-se mesmo elemento chave para o impacto instantâneo da fita no subconsciente de cada um. Com um guião surpreendentemente consistente, que permite um satisfatório desenvolvimento narrativo de cada uma das três personagens, captando ainda na perfeição os seus contrastes reaccionais, “Frozen” é um exemplo raro de uma cinematografia pura e brilhante, ou não tivesse ele sido filmado nas alturas, em temperaturas negativas e durante uma verdadeira tempestade de neve, numa cadeira-teleférico real que apenas tinha espaço para o realizador e um cameraman. Sem efeitos especiais gerados em computador, “Frozen” é uma excelente surpresa e um filme obrigatório para todos os fãs do terror. E porque o seu sucesso certamente dependerá do boca-a-boca, eu cumpro já com a minha parte.

terça-feira, setembro 21, 2010

Parece-me bem!

segunda-feira, setembro 20, 2010

The Event


Apenas 48 horas após a estreia nos Estados Unidos, "The Event", uma das grandes apostas da cadeia televisiva NBC para a rentrée, chega a Portugal. A tão aguardada série, do produtor executivo da aclamada série "24", Evan Katz, estará disponível no ZON Videoclube, a partir de 23 de Setembro, e, em exclusivo, no canal MOV, a partir de 6 de Outubro, às 22h30.

Conspiração, drama e elevadas doses de mistério são alguns dos ingredientes desta emocionante série de suspense cuja trama gira em torno de um homem, Sean Walker (Jason Ritter), que, ao investigar o misterioso desaparecimento da sua namorada Leila (Sarah Rhoemer) num cruzeiro, descobre um dos maiores segredos da história americana. As suas buscas terão um assombroso impacto nas vidas de um ecléctico grupo de personagens, como o recém-eleito presidente americano Elias Martinez (Blair Underwood, nomeado para Globo de Ouro em “In Treatment”); a líder de um misterioso grupo de presidiários, Sophia Maguire (Laura Innes, nomeada para um Emmy em “ER”), e o misterioso pai da sua namorada Leila (Scott Patterson, “Gilmore Girls”). Rapidamente, ficaremos a perceber que os seus futuros estão em rota de colisão, em torno de uma conspiração global que poderá provocar alterações profundas no destino da humanidade.

Com o claim "Em que vais acreditar?", "The Event", é uma série de 11 episódios, em que o espectador é permanentemente confrontado com a existência de um segredo que talvez não seja sequer do conhecimento do próprio presidente dos Estados Unidos. E se um homem comum descobrir uma verdade tão poderosa que possa alterar o percurso da humanidade? Será possível que sobreviva?

domingo, setembro 19, 2010

Porque nunca se sabe...

sábado, setembro 18, 2010

8.000!

E vão 8.000 fãs da Take no Facebook. Mais 6.100 do que a única revista de cinema no mercado português, mas ainda a 8.000 da melhor revista do género do mundo. Com o futuro incerto e a navegar por águas turvas, resta esperar por melhores dias.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Dois para não perder de forma alguma


quinta-feira, setembro 16, 2010

Só para meter inveja!

quarta-feira, setembro 15, 2010

Antevisão: Hot Tube Time Machine


As palavras de ordem da crítica internacional são cativantes e praticamente unânimes: "Hot Tube Time Machine" é a comédia mais divertida a estrear desde "A Ressaca". Desta vez, quatro amigos de infância não viajam até Las Vegas para uma despedida de solteiro inesquecível, mas sim no tempo, saltando de 2010 para 1986 graças a uma banheira de hidromassagem, no mínimo, especial. Para desfrutar, o melhor é mesmo esquecer todos os conceitos sobre o contínuo espacio-temporal do universo de Galileu e Einstein que possam ter aprendido a certa altura das vossas vidas. Realizado por Steve Pink, que tem em "Admitido" - uma comédia de 2006 sobre um grupo de adolescentes que decide criar a sua própria universidade, num dos primeiros papéis principais do agora em voga Justin Long – a sua única experiência directorial na mesma indústria onde dá nas vistas enquanto produtor (o recentemente estreado "Knight and Day", por exemplo) e guionista ("Alta Fidelidade", também com John Cusack), o engraçado trailer da fita dá também ele a entender que temos mais um êxito cómico em vista nas salas nacionais.

Com um forte e rotinado elenco no género, onde se destacam nomes como John Cusack, Rob Corddry (o hilariante e famoso correspondente do "The Daily Show" de John Stewart), Craig Robinson (uma das estrelas da versão americana de "A Empresa"), Chevy Chase ou Crispin Glover, a narrativa de "Hot Tube Time Machine" promete explorar ao máximo o choque cultural e tecnológico de quatro homens numa era onde não há telemóvel nem e-mail para combinar um segundo encontro com uma brasa qualquer – o qualquer é propositado, já que pelos vistos calhará nesta rifa a mãe de uma das personagens - e onde Michael Jackson ainda era negro. Analiticamente, passaram “apenas” vinte e quatro anos, um quarto de século, com sorte, um quarto do tempo das suas vidas. Mas as diferenças no quotidiano da população são brutais e os viajantes temporais terão que se adaptar da melhor maneira a elas. E, pelo meio, talvez tenham tempo para inventar o Ipod, o Viagra ou qualquer outro produto ainda inimaginável na década de oitenta.

Por fim, destaque apenas para a presença de Lyndsy Marie Fonseca, uma jovem actriz norte-americana, de descendência portuguesa, tal como o nome indica, que começa a brilhar intensamente em Hollywood. Depois de dar nas vistas em "Kick-Ass – O Novo Super-Herói", ou em séries televisivas de grande sucesso como "Donas de Casa Desesperadas" ou "Big Love", Lindsy é uma das promessas mais consistentes da nova geração de actores em Hollywood.

NDR: "Jacuzzi - O Desastre do Tempo" ?!?

terça-feira, setembro 14, 2010

Dúvida semestral


Miguel Monteiro, poucos meses depois de substituir José Vieira Mendes na Direcção Editorial da Premiere e orquestrar uma significante revolução de conteúdos e de estilo na revista - com aspectos positivos e negativos vários -, está de saída. Quem o substituirá? Ou melhor, a pergunta que se coloca deve ser outra: quem o substituirá terá a inteligência e a preocupação de ligar minimamente aos leitores da revista e responder às suas necessidades e caprichos? Como diria o mestre, neste momento lá está ele a dar voltas no caixão.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Cinema na RTP2


"Muita da geração hoje entre os 25 e os 35 anos aprendeu a ver filmes não apenas com as rubricas supra-citadas mas também com a saudosa rubrica “5 Noites 5 Filmes”, espaço essencial da cinefilia nacional nos anos 90 e início desta década. Terão os tempos mudado assim tanto, agora que há Internet, festivais em abundância e facilidade de reprodução de cópias dos filmes? Sim, mas não o suficiente para que não haja potencial público na existência de um espaço idêntico ao “5 Noites 5 Filmes”." Petição, blogue e facebook.

domingo, setembro 12, 2010

Carta Aberta de Moore à América


O título da carta diz tudo: "If That 'Mosque' ISN'T Built, This Is No Longer America". Podem lê-la aqui, mas destaco três pontos para mais tarde recordar:

"Around five dozen Muslims died at the World Trade Center on 9/11. Hundreds of members of their families still grieve and suffer. The 19 killers did not care what religion anyone belonged to when they took those lives."

"There is a McDonald's two blocks from Ground Zero. Trust me, McDonald's has killed far more people than the terrorists."

"Let's face it, all religions have their whackos. Catholics have O'Reilly, Gingrich, Hannity and Clarence Thomas (in fact all five conservatives who dominate the Supreme Court are Catholic). Protestants have Pat Robertson and too many to list here. The Mormons have Glenn Beck. Jews have Crazy Eddie. But we don't judge whole religions on just the actions of their whackos. Unless they're Methodists."

sábado, setembro 11, 2010

Quem desafia o polvo Knoxville? (V)


Há algum tempo atrás lancei um desafio aos leitores do Cinema Notebook para adivinharem qual seria o título nacional do filme "She's Out of My League", com a escaldante Alice Eve. Curiosamente, acabei por ser eu a acertar na tradução, factor que me leva a acreditar que tenho algumas semelhanças com o tão comentado polvo Paul, além do cérebro pequeno. Seguem então mais dois títulos internacionais de fitas que irão estrear no futuro em Portugal - acompanhados pelos respectivos trailers - e cuja tradução nacional ainda é uma incógnita. Veremos quem acerta mais traduções: eu ou os leitores. Uma página dedicada a estes desafios, com os nossos prognósticos e as traduções nacionais finais e oficiais pode ser consultada aqui. Têm coragem para continuar a desafiar o polvo Knoxville?

Stone



Expectativa para ver o filme:

Grau de dificuldade da tradução:

Aposta Polvo Knoxville:
"Traição Condicional"


Hobo With a Shotgun



Expectativa para ver o filme:

Grau de dificuldade da tradução:

Aposta Polvo Knoxville:
"Vagabundo Justiceiro"

sexta-feira, setembro 10, 2010

Boot Camp (2007)

Adolescentes problemáticos de todo o mundo, ano após ano, são enviados pelos pais para um programa de reabilitação moral e social nas exóticas ilhas Fiji. No entanto, os métodos do ASAP – Advanced Serenity Achievement Program – estão longe de serem consensuais e, numa mistura de “Battle Royale” com “The Island of Dr. Moreau”, o conceituado médico e líder espiritual Normal Hail (sordidamente interpretado pelo brilhante Peter Stormare) aplica técnicas militares abusivas de treino para “endireitar” os jovens delinquentes.

Os fins justificam os meios? A resposta, durante o filme, ficará certamente ao critério de cada espectador. Numa espécie de documentário ficcional – estes campos existem na realidade e foram já motivo de vários debates públicos nos Estados Unidos da América -, o canadiano Christian Duguay, realizador de “The Art of War” e “Screamers” orquestra um thriller psicológico competente, com uma narrativa repleta de conflitos internos relacionados com questões de justiça, corrupção e poder. Além do já referido Peter Stormare, destaque positivo para a atraente Mila Kunis, que cumpre com sobriedade o seu papel.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Desafios CN: Are you a Taker?

Desafio muito especial este, dedicado aos leitores de sempre deste blogue, mas também da revista Take. Toca a pesquisar nos arquivos dos vossos computadores ou no próprio site da revista, através da opção "Edições Take", presente na barra lateral direita. Apenas a primeira participação com as quatro respostas correctas será pontuada.

Pergunta 1: Qual a edição da Take com mais páginas?

Pergunta 2: Que actor/actriz da série "Veronica Mars" já foi entrevistado pela Take?

Pergunta 3: Em que edição da Take está presente um artigo intitulado "Terror vs J-Horror"?

Pergunta 4: O "Out Take" baseado na saga "Back to the Future" está presente em que edição da Take?

Pontuação: 4
Respostas Correctas: Consultar caixa de comentários.
Vencedor: Jorge Rodrigues
Classificação actualizada na barra lateral direita.

quarta-feira, setembro 08, 2010

The Expendables (2010)

Um grupo de mercenários impiedosos é contratado pelo CIA para assassinar o Chefe de Estado de Vilena, uma ilha da América do Sul, cuja ditadura e opressão ao povo são imagem de marca. Mas o que parece apenas uma missão como tantas outras, rapidamente se transforma numa odisseia de balas, navalhadas e explosões, sempre com muito estilo mas com nenhuma substância.

Tinha razão o escritor norte-americano Ambrose Bierce quando afirmava que a expectativa é um estado que, no cortejo das emoções humanas, é precedido pela esperança e seguido pelo... desespero. “Os Mercenários” é a prova cinematográfica disso mesmo. Com um elenco quimérico liderado por Sylvester Stallone, tanto na narrativa como na cadeira de realizador, somos catapultados para o cinema por nomes como Jet Li, Jason Statham, Dolph Lundgren, Arnold Schwarzenegger, Mickey Rourke, Bruce Willis e Eric Roberts, entre outros, todos eles estrelas de peso do cinema de acção durante as últimas duas ou três décadas. Mas, a um elenco utópico, faltou um realizador imparcial, capaz de isolar as personagens dos tiques de cada vedeta, e um guionista mais criativo e experiente do que o jovem Dave Callaham, que além do pusilânime “Doom”, nada mais fez na indústria para merecer tal honra.

Em suma, fogo-de-artifício a mais e habilidade narrativa a menos transformam “The Expendables” numa fita de acção oca e previsível, que apenas vale pelo desfile de heróis e anti-heróis que marcaram gerações e gerações de cinéfilos. A receita, no entanto, parece convencer os estúdios e o público, estando já nos planos de Stallone uma sequela com Bruce Willis no papel de super-vilão. Que ao menos Stallone traga desta vez consigo Van Damme, Steven Seagal e Chuck Norris para eu não ter desculpa, uma vez mais, para não ir ao cinema.

terça-feira, setembro 07, 2010

Antevisão: Piché - Entre Ciel et Terre


A 24 de Agosto de 2001, o voo 236 da Air Transat tencionava fazer uma viagem calma e rotineira entre Toronto, no Canadá, e Lisboa. Com 306 pessoas a bordo, muitas delas portuguesas, a pouco mais de meio caminho o experiente Comandante Robert Piché depara-se com um problema grave e inesperado: uma fuga severa de combustível, que fará com que ambos os motores do A330 fiquem inutilizáveis. Obrigados a declarar emergência e a divergir da sua rota, são avisados pelos controladores de tráfego aéreo nacionais que o aeroporto mais próximo é o das Lajes, na Terceira... a 300 kms. O que se segue é a história do avião comercial que mais tempo planou sem qualquer motor a funcionar (19 minutos), e que conseguiu aterrar sem custar uma única vida humana. Herói ou vilão - a investigação determinou que Piché poderia ter actuado de forma a evitar a total perca de combustível -, Piché não foi mais o mesmo desde o dia em que alcançou o impossível. Do álcool à luta contra os que o acusavam de incompetência na análise da falha técnica, ao mesmo tempo que o aplaudiam por uma aterragem épica, a mais 130 km/h do que um avião em condições normais faria, chega agora o filme biográfico com Michel Côté no papel principal. Apesar da relação óbvia da narrativa com Portugal, sabemos que dificilmente "Piché - Entre Ciel et Terre" chegará a terras lusas, pelo que estaremos atentos à Amazon. Por enquanto, nada como ler o relato recente e emocionante de um dos passageiros para perceber tudo o que se passou.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Pontos de vista...

domingo, setembro 05, 2010

Senna

sábado, setembro 04, 2010

Magazine.HD 4 já nas bancas


ou

sexta-feira, setembro 03, 2010

The Box (2009)

O que farias se pudesses receber um milhão de dólares, limpos de impostos, tendo apenas que carregar num simples botão que mataria um estranho, em qualquer parte do mundo? A premissa de “The Box”, inspirada num episódio televisivo de “Twilight Zone”, era filosoficamente interessante e promissora. No entanto, o que resultou em pouco mais de trinta minutos memoráveis na década de oitenta – episódio vinte da primeira temporada, denominado “Button, Button” -, revelou-se um autêntico desastre nas mãos de Richard Kelly, jovem realizador que tanto nos abalou positivamente com o inteligente e negro “Donnie Darko”, hoje filme de culto, como nos desiludiu com o malogrado “Southland Tales”. Porque um trailer fantástico não chega.

Com um elenco respeitável, mas cujas interpretações foram infelizmente reduzidas a personagens ordinariamente estereotipadas, da vítima indefesa (Cameron Diaz) ao absurdamente misterioso vilão (o admirável Frank Langella), “Presente de Morte” é, brincando com as palavras, um presente que não deve ser aberto. Um par de sustos bem orquestrados, se bem que algo non-sense, e uma mensagem diferente do habitual não justificam um visionamento de quase duas horas de uma narrativa confusa, quando o episódio original pode ser visto no Youtube, a qualquer altura. E vale muito mais a pena.

quinta-feira, setembro 02, 2010

Afinal, quem traduz os títulos dos filmes?


O jornal I foi procurar a resposta mágica para uma pergunta de sempre de muitos cinéfilos. Bom jornalismo, mas que deixa uma dúvida por esclarecer: os responsáveis pelas traduções visionam ou não os filmes em causa antes de fabricarem um título nacional para os mesmos? Seria a resposta a esta outra pergunta que justificava - ou não - algumas traduções históricas... pela sua falta de sentido. Claro que isto tudo não tarda nada será história, porque mais dia menos dia os departamentos de marketing despedem aquela gente toda e limitam-se a vir procurar boas traduções às apostas e aos comentários dos "Quem desafia o polvo Knoxville" deste blogue.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Desafios CN: Com um olho tapado


O último desafio em que vos obriguei a puxar pela cabeça e a organizar uma lista de escolhas possíveis deu que falar, com alguma confusão pelo meio, pelo que... vamos voltar a fazer algo do género! Desta vez, quero uma lista de dez actores/actrizes que interpretaram personagens que tinham um, e apenas um, olho tapado, com o nome da respectiva personagem à frente. Podem ser repetidos actores, desde que sejam personagens diferentes (e não filmes/sequelas).

Eis um exemplo do formato da resposta, exemplo este que não será válido enquanto uma das dez escolhas:

Kurt Russell - Snake Plissken

Regras especiais para este desafio:
apenas a primeira resposta com dez opções válidas será premiada com 4 pontos. Uma resposta seguinte, de outro participante, com cinco opções válidas que não constem na resposta do participante vencedor, será pontuada com 2 pontos.

Pontuação: 1º - 4 pontos ; 2º - 2 pontos
Respostas na caixa de comentários.
Vencedores: ZB (4 pontos) e Ricardo Mesquita (2 pontos)
Classificação actualizada na barra lateral direita.

PS: Não me responsabilizo por possíveis danos que a imagem deste desafio possa causar aos leitores. Relembro apenas que em cada desafio, a imagem pode ser uma dica preciosa.