terça-feira, setembro 14, 2010

Dúvida semestral


Miguel Monteiro, poucos meses depois de substituir José Vieira Mendes na Direcção Editorial da Premiere e orquestrar uma significante revolução de conteúdos e de estilo na revista - com aspectos positivos e negativos vários -, está de saída. Quem o substituirá? Ou melhor, a pergunta que se coloca deve ser outra: quem o substituirá terá a inteligência e a preocupação de ligar minimamente aos leitores da revista e responder às suas necessidades e caprichos? Como diria o mestre, neste momento lá está ele a dar voltas no caixão.

9 comentários:

unabomber disse...

É uma boa notícia. Os leitores da Premiere não a compravam apenas para estarem informados sobre projectos de actores portugueses, alguns até eram projecto de teatro (numa revista de cinema). A direcção que está de saída foi um pouco arrogante na forma como lidou com as críticas. Primeiro muito mal, depois ignorando-as.

Carlos M. Reis disse...

Como disse noutra oportunidade, dá Deus nozes a quem não tem dentes. Esperemos que assuma o cargo algum dos jovens cinéfilos que por lá andam há algum tempo e que olham para a revista muito além do "tacho".

Para conquistarem de novo o seu público, parece-me que basta uma simples medida: Criswell.

Cumprimentos Unabomber.

Carlos Silva disse...

A arrogância do novo corpo editorial comprova-se aliás pela crónica do director, na edição deste mês.

O tom inflamado,disforme e completamente gratuito com que tece a sua argumentação parece "espingardar" contra diferentes alvos sem razão aparente, como se a opinião de uma pessoa tivesse que ser interpretada como verdade absoluta.

Não gostei de sentir que estava a ler uma revista, e a pagá-la, que me parecia não fomentar a livre partilha de opiniões e a riqueza artística do cinema, mas antes propagar caprichos editoriais e nichos cunho-vanguardistas.

Há coisas boas, evidentemente. Mas o equilíbrio, a ponderação e o respeito pelo trabalho e opiniões de outrem são competências cada vez mais basilares da sociedade moderna.

Se fazemos uma revista, é para os leitores e para quem aprecia cinema. Não é para o nosso umbigo e para dizermos que não ficamos parados e fazemos as coisas acontecer.

Foi um recado ridículo,inflamado e um pouco difamatório,que me pareceu querer atingir as críticas(que são ocultadas na revista,apenas figurando na pequena parcela reservada aos leitores elogios veementes ao novo conceito), e o trabalho efectuado anteriormente.

Nada tenho a ver nem com uma equipa nem com outra, mas acompanho desde o início a história da Premiere, como leitor assíduo, e ao desfolhar a revista do presente não sinto alma, chama, gosto ou investigação.

Nuno Pedro Fernandes disse...

Ainda não li a edição deste mês por isso não vou pronunciar-me. Não sou nada a favor de gente como o Francisco Toscano assumir a direcção da revista, simplesmente por lhe faltar talento na escrita. A Premiére perdeu muito com o fim da revista antiga, pois perdeu alguns dos seus mais dotados escribas.
O Criswell só fez sentido enquanto o Markl lhe deu voz. Depois disso tornou-se um marasmo.
Se puserem a revista nas mãos do Rui Pedro Tendinha aquilo tem futuro garantido, de qualidade.

PP disse...

Veremos como esta nova direcção se irá sair. Já tinha desistido de comprar esta revista tendo sido um leitor assíduo desde quando ela apareceu nas bancas quando tinha a primeira direcção, mas realmente esta ultima direcção deixou a desejar. Talvez a compre novamente para ver as diferenças vamos lá ver.

Cump

P.S. excelente blog Miguel

Carlos M. Reis disse...

Caros leitores, apenas duas notas sobre o que foi dito:

Acho que os melhores tempos do Criswell nem sequer foram com o Markl à frente, mas com o Bruno Ramos, aka Alvy Singer. Independentemente disso, era uma secção amada e obrigatória, estivesse quem estivesse por detrás, e que nunca devia ter sido descontinuada. Ao sê-lo, e depois das más reacções gerais, deveria ter voltado. O orgulho não pode estar à frente do leitores, nunca.

Quanto às direcções, pessoalmente e profissionalmente era contra a anterior à do Miguel Monteiro, por algumas coisas que se passaram e que não são chamadas para a praça pública. Esta passou rapidamente e não me deixa opinião formada que não a total falta de ligação e importância à opinião dos leitores, além dos editoriais insonsos (opinião pessoal, obviamente).

Cumprimentos, obrigado a todos!

ArmPauloFerreira disse...

Desisti da revista há bom tempo apesar de a espreitar quando posso. Desconheço os problemas que ela passa mas acho que a mesma perdeu o brilho que teve da primeira fase em que surgiu. Depois do regresso já não foi bem a mesma coisa e tem sido a perder-se cada vez mais. Ultimamente já nem é preciso desfolhar a capa. Basta olhar-se para as actuais capas e um sentimento de repulsa já nasce de imediato...

Carlos M. Reis disse...

Vamos ver o que sai desta nova direcção, este mês. A esperança é a última a morrer.

Carlos M. Reis disse...

http://www.meiosepublicidade.pt/2010/10/08/premiere-com-nova-direccao/

Confirma-se. Cumprimentos.

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