quinta-feira, novembro 25, 2004

2001: A Space Odyssey (1968)

Daisy daisy give me your answer doooooooooooo. Palavras sábias retiradas devido ao Pedro Cinemaxunga!

quarta-feira, novembro 24, 2004

Before Sunrise (1995)

Um rapaz (Ethan Hawke) e um rapariga (Julie Delpy) conhecem-se num comboio a caminho de Viena. Têm poucas horas para estar juntos, visto que cada um no dia seguinte parte para um local diferente. Ele volta para a América, ela vai para Paris dar aulas. Tudo neste filme podia ser real. É impressionante a forma como o realizador Richard Linklater consegue conjugar o diálogo e o espaço (Viena) em tamanha harmonia. Só este aspecto, torna este filme uma pequena obra de arte. Quando as personagens se apresentam no comboio, a minha reacção inicial foi: "Esta miúda não é nada de especial!" E com o passar do tempo, pouco a pouco, ela torna-se mais atraente, até que no fim, digo: Esta "gaija" é simplesmente soberba. E tudo graças aos maravilhosos diálogos. Olhei para ele como se tivesse a representar o papel de Ethan Hawke.

Toda esta história poderia ser bem real (e já aconteceu muita vez certamente). E tudo porque este filme é conversa, conversa e mais conversas. Basicamente é um passeio por Viena durante a madrugada, falando sobre tudo e mais alguma coisa, desde a bíblia, reencarnação, sexualidade ou até a programação dos canais por cabo. E é esta simplicidade que torna este filme "espectacularmente" belo. "Before Sunrise" é sobre a vida, romance e amor. Este mostra o valor das pequenas coisas, como a linguagem corporal. Existe uma cena onde Jesse ia acarinhar Celine no cabelo e envergonha-se à ultima hora. Outra em que ambos cantavam uma música de amor e nervosamente tentaram evitar contacto olho-a-olho. Todos esses sinais de amor, que nem todos se apercebem. Podia dizer muito mais do filme, mas só resta mesmo recomendá-lo a todos os apaixonados e amantes. Se não o forem, este filme poderá ser altamente secante. Vejam-no com a vossa namorada. Ela vai gostar certamente.

segunda-feira, novembro 22, 2004

Bond Girls Are Forever (2002)

Primeira conclusão óbvia ao fim de 10 minutos de documentário: Bond Girls are NOT Forever. Porra, é cada uma mais velha que a outra, cheias de jóias pesadas até às unhas e a dizerem todas ao se verem nos excertos dos seus filmes, "Ai, nem pareço eu"! Pudera. Neste documentário de 2002, lançado logo após o ultimo filme "Die Another Day", e apresentado por uma também ex-Bond Girl, Maryam d'Abo, é mostrada a influência que ter pertencido a esse restrito clube de mulheres teve nas suas vidas. Mas esqueceram-se que os homens é que querem ver estes documentários e fizeram um documentário para "gajas". No entanto, destes 40 minutos de "Ai, fiquei famosa, o Sean Connery deu-me uma palmadinha no rabo e ainda hoje sou reconhecida na rua", deu para ver a beleza que as primeiras Bond Girls (essas sim um verdadeiro mito, não Halle Berry's e outras mais recentes) como Ursula Andress (Honey no 1º James Bond, Dr.No) irradiavam. Aliás é bem mostrado neste documentário que são as primeiras 3 ou 4 Bond Girls que tornam o filme numa autêntico sucesso e que são elas mesmo a razão de toda a publicidade em volta do filme. Aparecer nos anos 50 ou 60, mulheres de biquini, atléticas e esbeltas foi uma autêntica bomba entre os homens. Todos queriam ser o James Bond, não para ter uma arma, mas sim para "arrancar" um bocado de carne às meninas. Até mete dó as ter visto agora, com 70 anos, velhas que nem umas garrafeiras de vinho do Porto (mas estas não ficam melhores com o tempo). Enfim, um must-see para os Bond Addicted, um "deixa-me ver em vez de estar a coçar a tomateira deitado na cama" para os apreciadores de uns bons corpitos femininos de à umas décadas e um "Não toco nisso nem que me obriguem a dar um beijinho à Lili Caneças" para o mais normal do cinéfilo.

sexta-feira, novembro 19, 2004

Dai si gein (2004)

"Breaking News". É este o título americano para esta produção de Hong Kong, do já aclamado realizador Johhnie To. Esta obra de acção retrata as relações entre um grupo de bandidos, a polícia de Hong Kong e toda a comunicação social sedente de informação e confusão, de forma a gerar audiências. Através deste "triângulo", Breaking News tenta ser moralista e colocar esse problema actual a todos. Mas não é por aí que o filme funciona. "Dai si gein" é quase uma obra de arte em termos de realização. Nos primeiros 10 minutos, ocorre uma violenta e elaborada cena de tiroteio entre a policia e os "mauzões". Até aí, nada fora do normal. E se eu vos disser que toda essa cena foi filmada numa única sequência, com uma única camera e que o resultado é simplesmente espantoso? Isto é único e espectacular meus amigos. Daí por diante, o filme continua com excelentes planos, um bom estudo de personagens e uma tentativa de mostrar e criar polémica em volta do assunto, mostrando o lado bom e mau dos media. Se estes têm o poder de mostrar a verdade, também o têm de a manipular. Mas quanto ao argumento, não vou divagar mais. O que me faz escrever esta crítica é a notável fotografia e trabalho de camerã do realizador. O que não gostei mesmo no filme foi das representações. À excepção do mauzão Richie Ren, mais nenhum desempenho me convenceu. E os asiáticos até costumam ser muito bons nisso. A banda sonora está ao nível do restante trabalho artístico, ou seja, muito boa. Com uma história um pouco mais convincente e um melhor elenco, julgo que este filme poderia ter sido um autêntico marco no cinema. Algo não funcionou. Mas o trabalho de Johnnie To, foi excelente.

quinta-feira, novembro 18, 2004

The Big Empty (2003)

Neste filme independente, que estreou Steve Anderson como realizador, são inevitáveis as comparações ao estilo de David Lynch. Quem o vir perceberá porquê. "The Big Empty" é um filme completamente lunático e estranho mas que agarra por completo o espectador ao televisor. A fotografia é do mais belo que já vi em cinema independente e trata o mundo como se este fosse um lugar de beleza absurda e misteriosa. A sinopse diz tudo: "Cowboys, extraterrestres, malas azuis e bolas de bowling... coisas estranhas estão a acontecer no meio do nada!". Já perceberam onde quero chegar?
Mas esta confusão é o que faz o sucesso e o insucesso do filme perante toda a esfera cinematográfica. O que significa todo aquele simbolismo (A cor azul, o número 11, a fechadura que ninguém consegue abrir etc...), qual o objectivo de todo o filme? Mas o que raio acabou de se passar aqui? A verdade é que todos ficam a pensar nisso. O final é aberto e isso torna ainda tudo muito mais confuso e sem sentido. Fica à interpretação de cada um. Uns ficarão furiosos por não haver explicação nenhuma, mas os mais crentes tirarão concerteza grandes valores do filme. Mas o problema é esse. Anderson ao não tentar dar qualquer direcção ao filme acaba por o matar um pouco, fazendo com que a sua aceitação não fosse maior e que o filme passasse directamente para video. Acabo mais uma vez um filme com aquela sensação que, neste caso, Anderson tenta mostrar o tão artistico que é e o "Sou tão Inteligente" a fazer filmes. Mas enfim, para primeira experiência, realmente tenho que admitir: Promete. Um elenco de luxo (Darryl Hannah, Rachel Leigh Cook e o famoso Frasier de Cheers ou até da sua própria Sitcom) junta-se ao principal e desconhecido Favreau com interpretações simples mas impressionantes que transmitem uma ideia de confiança e muito talento. No final, percebemos que passamos por uma experiência confusa mas de grande arte técnica. Para dar ideia, o filme acaba com uma bola de bowling a rolar pelo deserto. Cada um tirará as suas conclusões. A minha é que este filme é sobre aqueles que passam toda uma vida num silencioso desespero, à espera de uma oportunidade única para mudar o seu destino. Certo? Errado? Nunca ninguém me poderá dizer, nem mesmo Steve Anderson.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Fargo (1996)

Inteligentemente mórbido e supostamente baseado numa história veridíca, Fargo é uma espécie de história "a le" Pulp Fiction, onde um vencedor de carros com problemas monetários (William H.Macy) contrata dois criminosos (Steve Buscemi e Peter Stormare) para estes raptarem a sua mulher e dividirem o dinheiro do resgate do sogro entre os três. Fargo tenta ser uma comédia negra, mas séria. Na minha opinião não consegue ser as duas. Uma coisa é fazer uma comédia negra, outra fazer um filme sério. Para mim, existe sim um tipo de humor absurdo durante todo o filme. Mesmo baseado em acontecimentos reais, é difícil levar este filme a sério. Porquê? Porque não existem personagens substanciais, que nos toquem. Todos são puras caricaturas das vários tipos de figuras humanas que por aí existem.

É fácil admirar o que os Coen tentam fazer em Fargo, mas dificil gostar do filme. A ausência de limites nos acontecimentos dramáticos e nas personagens, fazem com que Fargo seja mais um exercício intelectual do que um filme marcante. Sim, eu sei que 95% dos que já viram o filme, consideram-no uma obra prima. Basta ver a sua média no IMDb. Os Coen partilham o gosto por diálogos originais de Quentin Tarantino... mas não conseguem chegar nem por sombras ao nível deste. O que conseguem sim é uma brilhante fotografia, muito em torno do frio e da neve. O filme acaba e nada mais ficou em mim que um sentimento vazio que estive a ver um filme completamente sem objectivo e sentido nenhum, que deixa praticamente tudo por explicar: O que acontece à pasta que foi enterrada com o dinheiro? O que acontece ao chinoca que aparece no filme? Para que é que ele sequer apareceu no filme? Enfim, decidi fazer esta critíca porque todos consideram Fargo uma obra-prima. E eu não o percebo. Repito, percebo a sua intenção e acho um filme inteligente. Mas ter uma boa ideia não basta.

terça-feira, novembro 16, 2004

24 (S2/2002)

Quando pensei começar a ver esta segunda temporada da frenética "24" e reparei que todo o elenco era o mesmo, fiquei algo duvidoso se a qualidade iria ser a mesma da grande temporada de estreia. Iria esta conseguir manter a originalidade, conceito e frescura de ideias, novamente com as mesmas pessoas envolvidas? Toda aquela confusão num único dia, novamente com as mesmas pessoas? Pouco consistente e muito improvável! Bem, dez minutos após começar o primeiro episódio e a resposta era clara. Sim consegue e sim, vai ser espetacular novamente. A acção toma parte aproximadamente um ano após o trágico dia de acontecimentos da primeira temporada. Jack está desempregado, mal com a vida mas algo faz com que seja "obrigado" a voltar ao trabalho: Um ataque nuclear é planeado contra os Estados Unidos e o presidente quer Jack na frente da investigação.

Será que Jack Bauer (o cada vez melhor Kiefer Sutherland) vai conseguir impedir que a bomba exploda em Los Angeles? O que vai acontecer pelo meio? Bem, só o tempo o dirá, mais precisamente 24 horas (24 episódios como sabem). Sobre a história desta segunda temporada, não vou dizer mais nada de específico. Esta ainda está a 4 ou 5 episódios do seu final na 2 da RTP e não quero ser um desmancha prazeres. Mas posso dizer, que para mim esta segunda temporada perde muito em relação à primeira no seu final. Ao contrário da primeira, que pouco a pouco nos ia captivando e que o grande finale é excelente, esta manda tudo de uma vez nos primeiros 13, 14 episódios, ficando, na minha opinião os restantes um pouco menos interessantes, sendo que o fim para mim foi, numa palavra, mau! No entanto não deixa de ter sido uma excelente temporada, e estou desejoso de começar a ver a terceira. Foram tempos que não vi um único filme para conseguir ver estes 24 episódios (24 horas da minha vida, que contando com a primeira temporada, já fazem 2 dias da minha vida a ver a lindissíma Elisha Cuthbert na personagem de filha de Kiefer Sutherland). Ficam assim as minhas desculpas por tanto tempo sem criticas. Tentarei manter o passo daqui em diante. DVD's desta segunda e terceira temporada, só mandando vir de fora e sem legendas em português. Mas vale a pena.