segunda-feira, outubro 31, 2022

Wolverine & Daken

domingo, outubro 30, 2022

The Cult of the Criterion Collection

sábado, outubro 29, 2022

I Came By (2022)

Muito ódio por esse Letterboxd fora para este regresso do iraniano british desgadelhado do Babak Anvari, responsável pelo surpreendente "Under the Shadow" de 2016. Não me parece caso para tanto: certo que é um thriller sem grande chama de terror, que não sabe esconder os seus trunfos - Hugh Bonneville é descaradamente vilão e qualquer jogada para nos desviar desse caminho no primeiro acto é tempo e talento desperdiçado. Mas louve-se a coragem para ir em frente com tanta morte, com tanta personagem despachada desta para melhor perante este Joe Goldberg homoracista - e mérito nesta construção identitária. Acting de qualidade - principalmente Kelly Macdonald e Bonneville -, estética visual segura e final suficientemente ambíguo para fugir à banalidade. No meio da lixeira a céu aberto de produções próprias da Netflix, não é propriamente fillet mignon mas ao menos é servido em bolo do caco. E se o Stephen King gostou, quem somos nós para o contrariar?

sexta-feira, outubro 28, 2022

De Niro também tem contas para pagar

quinta-feira, outubro 27, 2022

Joe Dante's Battle With Hollywood

quarta-feira, outubro 26, 2022

Dog (2022)

Um cheirinho a cão em quase todas as mensagens demasiado republicano e pró-guerra para o meu gosto, mas ainda assim um "filme canino" competente e eficaz, naquela que foi a estreia como realizador de Tatum - em parceria com Reid Carolin. Muito melhor a contracenar com uma pastora belga do que com o Jonah Hill, "Dog" acompanha dois veteranos de guerra com mazelas e traumas. Limitações físicas mas também psicológicas. Seria fácil ficar mais sério e sombrio do que seria expectável para o género ou mais aparvalhado e kids friendly do que merecia. Felizmente, nunca se perde o equilíbrio no tom, nunca salta fora da cerca, nunca surpreende para lá do serenamente previsível. A cadela não é nenhuma Air Buda e Tatum não é nenhum super militar engraçadinho. Bem filmado, ritmo interessante a espaços e Tatum a levar sozinho o filme às costas. Simpático e sem XXL no título, o que já é um upgrade.

terça-feira, outubro 25, 2022

A Jenninha quer-se simples

segunda-feira, outubro 24, 2022

Nas Nalgas do Mandarim - S09E11

domingo, outubro 23, 2022

The Rocketeer (1991)

1938. Um herói bonitinho (Billy Campbell) com pouco ou nenhum carisma, a namorada (Connelly) com um decote a que ninguém resiste, Timothy Dalton em modo vilão/espião Bond de bigodinho e braço ao alto, máfia italiana - quem mais do que Paul Sorvino - vs nazis, efeitos especiais do mais básico que os forretas da Disney na altura aceitaram pagar e toda uma atmosfera de arranque dos anos dourados de Hollywood que, entre cenários, carros, zepelins e cameos ficcionados de Clark Gable e Howard Hughes, consegue cativar qb. Não é super-herói omnipotente de banda-desenhada nem tem a inteligência ou o carácter aventureiro de Indiana Jones; é algo lá pelo meio que Joe Johnston conseguiu desenrascar mal e porcamente, uma miragem completamente desfocada do que viria a ser o seu Capitão América duas décadas mais tarde.

sábado, outubro 22, 2022

The Life and Death of 3D

sexta-feira, outubro 21, 2022

Val (2021)

Auto-retrato surpreendente que muda toda a percepção pública criada ao longo de décadas em torno da figura de Val Kilmer. O actor complexo de método que ama o teatro mas que não conseguiu fugir nem aos blockbusters - do icónico Iceman em "Top Gun" ao literalmente desconfortável "Batman" de Schumacher - nem aos incontáveis filmes de baixo orçamento que lhe permitiram pagar as contas entre divórcios e esquemas imobiliários ruinosos do pai. Narrado pelo filho - como que a voz de um Val Kilmer mais novo, agora que a sua lhe foge depois de um combate debilitante contra um cancro - e esquematizado quase que em formato de videoblog de uma vida, da infância marcada pela morte do irmão mais velho, a imagens de bastidores irresistíveis - dos rabos de Sean Penn e Kevin Bacon às discussões com Frankenheimer nas filmagens da "Ilha do Dr. Moreau", onde vemos Marlon Brando a ser substituído em quase todas as cenas por um duplo - sem esquecer o quotidiano actual, limitado a nível físico, a sobreviver do passado - presenças e sessões de autógrafos - e de um estúdio de arte aberto aos "sonhadores" do amanhã. Coraçãozinho apertado e o desejo de filmar tudo e mais alguma coisa de agora em diante cá em casa.

quinta-feira, outubro 20, 2022

It’s Meggin time with James Wan

quarta-feira, outubro 19, 2022

X (2022)

Nada como um casal de velhos sem roupa na cama a fazer amor para pregar um susto ao medo. Avózinha cheia de tesão, aquele mood de homenagem aos slashers dos anos setenta/oitenta, ritmo equilibrado, boa construção e divisão da tensão ao longo da narrativa e mortes tão divertidas e razoavelmente originais quanto competentes a nível visual/gore. Um exploitation mash-up de Ti West - entre o "Texas Chainsaw Massacre", o "Eaten Alive" e o "Friday the 13th", são várias as referências presentes - muito mais cativante para mim do que todo o "terror elevado" da A24 que tem dominado o mercado nos últimos anos. Mesmo assim, julga-se mais inteligente do que realmente é, no meio das suas reflexões indirectas em torno da sexualidade e do terror. Venha a prequela.

terça-feira, outubro 18, 2022

Angela Lansbury (1925-2022)

segunda-feira, outubro 17, 2022

Nas Nalgas do Mandarim - S09E10

domingo, outubro 16, 2022

The Living Daylights (1987)

O primeiro de Timothy Dalton como Bond, numa estreia que modernizou a personagem, para o bem e para o mal dos pecados dos mais fervorosos admiradores da saga. Menos sexista, menos piadolas e menos frágil do que Moore, este "Risco Imediato" arranca com uma sequência de categoria em Gibraltar, brilha em todo o plot conspiracional/político que constrói - o primeiro acto deixa-nos constantemente na dúvida sobre as intenções reais de algumas das personagens - e, entre Viena, Bratislava e Tânger, consegue moldar-se com mais cérebro do que músculo ou parvoíce numa teia de espionagem anti-soviética relativamente interessante. O que ganha aí, perde na ausência de um vilão central forte que sustente as pequenas reviravoltas narrativas, factor usualmente comum na mitologia do agente secreto de Ian Fleming. Bonita paixoneta compreensiva e respeituosa com a também ela bonita Maryam d'Abo, Aston Martin V8 armado até aos faróis, vodkas martinis sem medo da ressaca do dia seguinte, John Rhys-Davis e o Verhoeveano Jeroen Krabbé como secundários de luxo e perseguições na neve em caixas de violoncelos. O terceiro acto perde-se no meio de tanta acção no deserto com afegãos e russos, mas ainda assim este continua a ser o melhor e mais equilibrado filme da carreira do britânico John Glen, naquela que também foi a última das onze colaborações de John Barry com a batuta na saga Bond.

sábado, outubro 15, 2022

Super Small Steve

sexta-feira, outubro 14, 2022

It Could Happen to You (1994)

Não é segredo nenhum que eu prefiro a versão tresloucada do Nicolas Cage a qualquer outra sua variante. Temos ainda a Rosie Perez em modo (ainda mais) irritante, o Isaac Hayes numa personagem estranha completamente fora do tom do filme - uma espécie de narrador que quebra a quarta parede várias vezes e que só consegue fazer algum sentido bem perto do fim - e a estreia da Emily Deschanel "Do(ing) the Right Thing" à Rosie Perez: um balde de tinta pelo casaco de peles acima. Não é tudo: um casamento que ninguém acredita que pudesse funcionar tão egoista e egocêntrica que se torna a "nova rica", uma história verídica "aldrabada" em toda a sua vertente romântica e o Stanley Tucci com peitoral e abdominais definidos - é possível amigos. Mas e então? O que interessam todos estes defeitos quando temos a Bridget Fonda em modo adorável, imersa numa química irresistível com o totó do Nicolas Cage? "Young at Heart" a tocar ao fundo e um "feel good" à anos noventa em pouco mais de noventa minutos. Fine by me.

quinta-feira, outubro 13, 2022

quarta-feira, outubro 12, 2022

Les Yeux sans visage (1960)

A máscara que inspirou a escolha de Carpenter para a de Michael Myers, num filme considerado por muitos como um dos clássicos do cinema de terror que mais influenciou várias gerações de realizadores. Não sei se classificá-lo como obra de terror será totalmente adequado; parece-me mais um poema surreal e macabro em torno da vaidade e do sentimento de culpa que se desenrola de forma tão previsível quanto natural e coerente. Aceitamos e compreendemos as motivações do "cientista maluco" de Pierre Brasseur em relação à sua filha e, mesmo hoje, percebemos bem a razão pela qual tanta gente supostamente desmaiou nos cinemas durante a controversa cena da operação. Talvez tenha sido demasiado audaz para o seu tempo, mas nos dias que correm quase tudo no filme de Georges Franju parece redundante e ingénuo, a começar e a acabar no comportamento dos polícias que investigam os desaparecimentos. Culpa talvez da banda-sonora do conceituado Maurice Jarre, pai de Jean Michel Jarre: nem eu consegui manter-me focado com aquela musiquinha principal irritante a saltar de cinco em cinco minutos.

terça-feira, outubro 11, 2022

Life After Pi (Documentário Completo)

segunda-feira, outubro 10, 2022

The Visual Effects Crisis

domingo, outubro 09, 2022

Reacher (S1/2022)

Acção despretensiosa, que corrige as imperfeições físicas e comportamentais do Reacher cinematográfico de Cruise ao mesmo tempo que expande os seus horizontes. Alan Ritchson ganhou treze quilos de massa muscular para interpretar o Major reformado, foi parar ao hospital mais do que uma vez durante as filmagens das cenas de acção em que insistiu participar e conseguiu criar com algum encanto toda uma aura misteriosa em torno da sua personagem que não gosta de falar muito. Boa surpresa de um dos guionistas dos "Sopranos" e de "Prison Break", a bater recordes de audiências na Amazon Prime ao mesmo tempo que convenceu críticos de todos os géneros e feitios - basta ver a sua elevadíssima pontuação no agregador dos "tomates podres". Adaptação do primeiro de vinte e tal livros de Lee Child sobre Reacher, o que abre portas a uma longa vida no catálogo da Prime, assim continue o interesse do público. Pena que a Roscoe de Willa Fitzgerald não tenha continuidade na saga literária, depois da química com Ritchson nesta primeira temporada.

sábado, outubro 08, 2022

This trailer slaps!

sexta-feira, outubro 07, 2022

Somewhere in Time (1980)

O mais estapafúrdio conceito de viagens no tempo de sempre: uma pessoa veste-se de forma adequada ao sítio e à época para onde pretende ir, fecha os olhos, acredita muito que vai conseguir dar o salto temporal e... puff, magia. Motivos para tal? Uma paixoneta inexplicável por uma fotografia de uma rapariga no corredor de um hotel. Christopher Reeve em modo Super-Homem dos taradões - tão determinado e empenhado na personagem, que acabou mesmo por trair a mulher grávida com a belíssima Jane Seymour durante as gravações -, Christopher Plummer quase tão vilão quanto uma moeda de um cêntimo do futuro e um relógio de bolso que afinal de contas não era MacGuffin nenhum. No livro que lhe dá origem, eram tudo alucinações provocadas por um tumor cerebral. Nesta adaptação de Jeannot Szwarc, caiu essa justificação e, com ela, qualquer tipo de empatia possível pela mais inexplicável história de amor que o cinema já viu.

quinta-feira, outubro 06, 2022

Oscar Season, here we go!

quarta-feira, outubro 05, 2022

Thirteen Lives (2022)

O filme de Ron Howard sobre o resgate de uma equipa de futebol infantil de uma gruta na Tailândia que, durante mais de duas semanas, agarrou o mundo inteiro às televisões em 2018, é tudo o que se pedia dele, tudo o que se esperava, tudo o que poderia ser para manter-se fiel à história verídica que lhe sustenta. E, ainda assim, tudo é tão indiferente, sem ritmo - duas horas e meia a chover no molhado, literalmente - nem chama, sem qualquer motivo de interesse que o coloque acima de um qualquer documentário sobre o acontecimento. Por mais tecnicamente irrepreensível que seja, por mais simpatia que se tenha pelo esforço do elenco em filmar em condições tão difíceis, a mestria da ficcionalização não consegue transcender o impacto da realidade. Verdade seja dita, fiquei mais nervoso por ver o Viggo Mortensen e o Colin Farrell tão calmos. Isto é casting que se apresente?

terça-feira, outubro 04, 2022

Chalamet & Leonard Cohen

segunda-feira, outubro 03, 2022

A View to a Kill (1985)

Para muitos um dos piores Bonds de sempre, para mim o melhor de Moore. Um Moore antes do adeus definitivo à saga, com o prazo de validade a expirar, plastificado e maquilhado quase como se fosse um dos diabretes da "Laranja Mecânica" de Kubrick, sem a característica verruga na cara nem pernas para qualquer tipo de acção corpo a corpo. Mas acaba por ser esse mesmo "cair no real" que acalma os devaneios patetas habituais da franchise no seu reinado, apoiando-se tudo numa história de espionagem industrial - o Goldfinger dos microchips - muito mais contida na sua execução, sem perder ritmo nem criatividade para continuar a surpreender: perseguições de cavalo, carros cortados a meio, saltos da Torre Eiffel, carrinhas de bombeiros com escadas soltas, os altos e baixos de São Francisco e a sua maravilhosa ponte ou elevadores em chamas. Não há química sexual que resista entre o avô Moore e qualquer uma das quatro Bond Girls - juro que senti Moore em pânico quando a musculada Grace Jones lhe saltou para a espinha -, ao contrário do que acontece na "dança marcial" entre Jones e o oxigenado Christopher Walken. Tema principal dos Duran Duran, mais um agente 00 morto, Bond a respirar ar de pneus debaixo de água e o uso mais desadequado de uma música dos Beach Boys de sempre. Vodkas Martinis, nem vê-los, não fosse o fígado de Moore queixar-se. Se não me engano, primeiro e único filme da saga em que Bond não mata ninguém; a PDI é tramada.

domingo, outubro 02, 2022

Nalgas Film Festival - Horários

16h00 - Abertura de Portas/Feira do Colecionador 17h15 - Streaming vs. Colecionismo (Vídeo CINEBLOG) 17h30 - The Muppet Face (Ricardo Machado, Portugal, 2022, 11') 17h45 - O Caso Coutinho (Luís Alves, Portugal, 2022, 13') 18h10 - Freelancer (Francisco Lacerda, Francisco Afonso Lopes, Portugal, 2017, 15') 18h30 - Karaoke Night (Francisco Lacerda, Portugal, 2019, 8') 18h40 - Cemitério Vermelho (Francisco Lacerda, Portugal, 2022, 9') 19h00 - Sleepwalk (Filipe Melo, Portugal/EUA, 2018, 15') 19h15 - O Lobo Solitário (Filipe Melo, Portugal, 2021, 22') 21h15 - Quarentugas / Cinememórias / Anuário Videoclube do Sr. Joaquim (Sessão de autógrafos) 22h15 - Anguish (Bigas Luna, Espanha, 1986, 86')

sábado, outubro 01, 2022

Goodnight Mommy (2022)

Mea culpa: nunca vi o original austríaco. Não sei quanto dele está aqui presente, mas sei que conselho vos posso dar: não sejam uns maridos atadinhos como eu e vão na conversa das vossas mulheres de descobrirem primeiro o remake do que o original apenas porque está disponível numa plataforma de streaming. Longa vida ao Sr. Joaquim e ao formato físico, por mais competente que qualquer readaptação de terror com a Naomi Watts consiga sempre ser. Ela dança ao espelho, ela passa de detestável a amorosa em segundos, ela enfrenta o filho do Homelander, ela enche o ecrã. Há energia, há um guião que sabe despistar o espectador até bem perto do fim, há competência técnica na realização. Provavelmente houve isso tudo e muito mais no original, mas nunca saberei: porque, contrariando a expressão popular, mesmo com outra cara, já lhe descobri o coração.