O filme de Ron Howard sobre o resgate de uma equipa de futebol infantil de uma gruta na Tailândia que, durante mais de duas semanas, agarrou o mundo inteiro às televisões em 2018, é tudo o que se pedia dele, tudo o que se esperava, tudo o que poderia ser para manter-se fiel à história verídica que lhe sustenta. E, ainda assim, tudo é tão indiferente, sem ritmo - duas horas e meia a chover no molhado, literalmente - nem chama, sem qualquer motivo de interesse que o coloque acima de um qualquer documentário sobre o acontecimento. Por mais tecnicamente irrepreensível que seja, por mais simpatia que se tenha pelo esforço do elenco em filmar em condições tão difíceis, a mestria da ficcionalização não consegue transcender o impacto da realidade. Verdade seja dita, fiquei mais nervoso por ver o Viggo Mortensen e o Colin Farrell tão calmos. Isto é casting que se apresente?
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