quinta-feira, junho 30, 2005

The Lion King (1994)



Com as personagens mais simpáticas e mais adoradas de sempre, e com uma magnífica banda sonora galardoada pela Academia, o grandioso épico da Disney conta-nos a história de Simba, um curioso e ingénuo leãozinho que está ansioso por ser rei. Porém, enganado pelo seu maléfico tio Scar, Simba decide viver uma vida diferente e independente com os seus hilariantes companheiros, Timon e Pumba e esquece-se das suas reais responsabilidades. Mas o destino chama-o e ele terá de decidir o momento oportuno para regressar às terras do reino e reclamar o seu lugar no ciclo da vida.

Meus amigos, este é um filme eterno. Um filme para todas as gerações. Lembrava-me de ter chorado ranho e baba quando o vi pela primeira vez, em pequeno, no cinema. Decidi revê-lo ontem. E estou contente por o ter feito. Este filme é uma jornada de amor, amizade e descoberta do nosso lugar no mundo. A animação permanece de alta qualidade nos nossos tempos e a história é capaz de ser das melhores que já passou por esta categoria de filmes, pelo menos desde Bambi. Alguem acha mesmo que "The Incredibles" é melhor que "The Lion King"? Ok, podem achar... mas não é!

Se nunca o viram (o que duvido bastante), metam imediatamente esse corpo desgraçado na rua e comprem o DVD. E tragam a Banda Sonora.... e o peluche do Simba... e um poster... e tudo!!

terça-feira, junho 28, 2005

Desafio: Teste para Cinéfilos. Quantas acertam?

O desafio é simples: das 72 "movie frames" existentes no link que colocarei mais abaixo, quantas consegues associar ao filme a que pertence? E não é nada fácil. O corpo está invisível e apenas consegues ver as roupas. Eu cá só acertei 9 e já foi à segunda ou terceira tentativa. Nove de setenta e duas... que tristeza! Se restava alguma dúvida da pouca qualidade deste blog, agora é que já não há esperança. Mas olhemos isto de outra perspectiva... pode ser que forme um blog sobre pesca fluvial ou sobre a apanha da lapa.

O link é este e fica aqui por extenso para não haver problemas: http://hub.noblehost.com/modules.php?name=Movie_Game

Aproveito este desafio para agradecer a todos os que visitam este modesto blog e que contribuem com comentários. Porque sem eles, isto já não tinha piada. Aquele "abraço" a todos e tal como diz um colega meu destas andanças, que nunca vos falte "gaijedo"!

segunda-feira, junho 27, 2005

Chi trova un amico, trova un tesoro (1981)

Para uma boa companhia durante o tempo de descanso, nomeadamente com o reviver de velhas emoções de filmes que perduram na minha memória, nada melhor podia ter eu feito do que ter comprado os packs de DVD's das intermináveis aventuras dos italianos Bud Spencer e Terence Hill, que preenchem o imaginário da minha infância de aluguer de VHS. Os filmes de Bud Spencer e Terence Hill divertiram o mundo inteiro nas décadas de 70 e 80. Fazia uns bons 10 anos desde a última vez que tinha visto um destes mistos de aventura, divertimento e porrada desajeitada, que tanto me alegraram durante os meus primeiros anos. Aliás, tanto assim era, que levava a "cambada" do jardim de infância lá a casa e no fim de cada odisseia (leia-se filme) era um tal imitar o estilo da nossa personagem favorita: ou o magrinho Terrance que ludibriava os seus adversários com o seu estilo desengonçado, ou o "panças" Bud que ficou mítico com os seus "socos-martelo" na cabeça ou as suas chapadas de mão aberta que atiravam homens contra paredes, que por sua vez, punham casas abaixo.

Feita esta pequena introdução a este "mundo" que marcou muitos de nós, vamos então falar de "Who Finds a Friend, Finds a Treasure", brilhantemente traduzido (ou não) para português como: "Foi-se o Tesouro, Ficou o Amigo", o que nem por sombras (ou não) nos antevê que no fim, "... foi-se o tesouro, e eles ficaram amigos ". Nada que nenhum de nós desconfiasse, visto que filmes de Bud Spencer e Terrance Hill são mais lições de amizade envoltas em grande diversão e com argumentos e histórias básicas. Mas pronto, o meu obrigado a quem traduziu de qualquer maneira... (ou não). Dentro deste mundo de Terrance Hill e Bud Spencer, arrisco-me a dizer que este filme não é dos melhores. Arrisco-me... porque já não ponho os olhos em cima dos restantes faz uma década e portanto posso estar muito enganado. De qualquer maneira, tenho cá mais sete, sim sete, para ver e depois posso então fazer comparações menos subjectivas. De qualquer maneira, "Chi trova un amico, trova un tesoro" é divertidíssimo e serviu para colocar água na boca e muita vontade de ver todos os outros "clássicos" destes dois grandes malucos, que nos dias que passam já têm quase 80 anos. Como o tempo é um perpétuo fluir...

A história desta aventura consiste numa busca a um tesouro antigo baseado num mapa de um familiar, numa ilha que não existe no planisfério mundial e que supostamente seria deserta. Máfia aqui, japonês acolá e confusão aqui e acolá, e conseguimos mandar algumas gargalhadas, muito graças ao sentimento nostálgico que nos atinge. Mas como espero ver melhor ainda neste "pack", não vou arriscar desta vez e vou dar uma nota por baixo.

N.D.R: Sabiam que o "pançudo" Bud Spencer foi medalhista olímpico nos anos 40 em natação? E esta hein?

sábado, junho 25, 2005

House of Wax (1953)

Estando o remake aqui à porta (estreia na próxima semana nas salas portuguesas, e pelo que vi no trailer, a história não terá nada a ver com este), lá decidi ver este "House of Wax", de 1953, o primeiro filme 3-D que passou pelas salas de cinema americanas. Esta versão que vi, não era preciso os oculinhos verde e vermelhos. Mas a terrível e agradável "macabrez" do filme, está lá toda. Na altura em que foi feito, este filme deve ter sido um marco no cinema de horror. As sombras assustadoras, as estátuas de cera que só representavam cenas de violência famosas, o vilão mais visualmente arrepiante de que havia memória (e este aspecto ainda se mantêm nos nossos dias) e aqueles gritos "aguçados" das vítimas, bem que contribuíram para isso.

Tal como disse, o vilão era mesmo horroroso e arrepiante. A sua cara deformada por um incêndio que envolveu muita cera resultou num dos mais assustadores vilões da história do cinema. Os efeitos especiais devem ter sido completamente inovadores nos anos 50. Para assustar ainda mais, era sabido que o próprio realizador na vida real tinha apenas um olho. Apesar de tudo isto, "House of Wax" não é um filme assustador. Encaixa-se mais no género de filme de terror/mistério e como digo, com a devida distanciação histórica, deve ter sido muito bom. Mas sem esse paralelismo passado/presente, "House of Wax" continua a ser agradável. A sua retórica de vingança por parte do vilão que outrora viu todo o seu trabalho ser queimado por dinheiro, faz-nos não saber por quem torcer. É o herói-vilão, ou melhor, o vilão-herói. O final acaba por querer satisfazer o público e eu não gostei desse aspecto. Simplesmente não se encaixa na base ideológica do filme e argumento. Mas como o filme teve na sua "premiere" o próprio presidente dos Estados Unidos, lá se percebe que André de Toth, o "zarolho", não quisesse ficar mal visto.

Pelo que li no IMDB, este filme visto a 3-D é uma experiência única. Notam-se lá cenas claramente feitas para um visionamento a três dimensões, como as da bola de ping pong e a da guilhotina. Pode ser que um dia consiga pôr as mãos nessa versão. Mas se for amante do género, ou simplesmente quiser ver a primeira participação num filme de Charles Bronson como surdo-mudo, este filme está recomendado. Caso contrário ponha mas é as mãos num filme qualquer de Bud Spencer e Terrance Hill, tal como eu vou fazer mais logo!

sexta-feira, junho 24, 2005

Mr. and Mrs. Smith (2005)

Numa introdução simples, John (Pitt) e Jane (Jolie) Smith são um casal com uma vida aparentemente banal e um casamento sem chama. Mas cada um guarda um segredo do outro: são assassinos profissionais que trabalham para organizações rivais. O seu casamento vai voltar a aquecer quando lhes é dada a missão de se matarem um ao outro. Como deve ser do conhecimento de qualquer cinéfilo português que se orgulhe, existem quatro críticos habituais de cinema no jornal Público que adoram correr tudo o que é filme mais comercial ("Sin City" é o caso mais recente) com notas Zero/Uma estrela e depois dar grandes notas a produções da treta nacionais como Adriana's e Sorte's Nula's. Ora bem, nada me dá mais "pica" do que ir ver ao cinema esses supostos flops que para esses "pseudo-cultos" do Público não prestam para nada. Fui ver "Sin City" e amei (inclusive recebeu nota 10 no blog), além de ter sido bem aceite pela maioria do público português. Ora bem, passado isto, vejo este "Mr. and Mrs. Smith" receber nota nula de todos os critícos do público. E lá disse eu para mim próprio, "Vamos lá mas é ao cinema, que o filme pode não ser grande coisa mas também não deve ser péssimo.".

Depois de ver o filme, aqui fica o meu comentário para esses senhores do Público: cedam o lugar a outros se faz favor! O filme está longe de ser uma obra de arte ou um marco no cinema, mas cumpre com tudo o que lhe foi pedido e a razão pela qual foi realizado, ou seja, entreter. Dentro do género, talvez desde "True Lies" que não me divertia tanto. O argumento tem uma base forte (a tal premissa de marido/mulher contratados para assasinar cada companheiro) mas têm mais buracos que uma qualquer estrada nacional portuguesa, o que não deixa de ser normal neste género de filmes. Mas como é óbvio não é disso que este filme vive. É sim da maravilhosa química existente entre Brad Pitt e Angelina Jolie, que nos fazem mesmo acreditar que ambos são casados e gostam mesmo um do outro. Se juntarmos a esse "realismo" o facto de ambos, apesar de transpirarem sexualidade por todos os poros, serem dois excelentes actores, teremos então já uma boa razão para ir ver o filme.

Os "Comic Reliefs" são do melhor que passou pelas salas de cinema nos últimos tempos, em termos de filmes de acção e este arrisca-se mesmo a ser um dos filmes mais "charmosos" das últimas décadas. E isso leva muita gente ao cinema; as raparigas não querem perder a oportunidade de ver Brad Pitt de boxers ; os rapazes não podem desperdiçar a fantasia de simplesmente olhar para Angelina Jolie num ecrã enorme. Aproveita assim, sem qualquer dúvida, o "tom sexy" do seu elenco e o seu factor romântico/sedutor, que "seduz" mesmo qualquer plateia. A banda sonora consegue aguentar com o filme, com umas misturas "soft" de anos 80 e os ritmos loucos de uma qualquer cena de acção. Consegue assim, ter uma grande estrutura de atracção para ser um sucesso em qualquer box-office mundial. Eu gostei e sai bem-disposto (e babado... Angelina és a maior, tens 4 metros!).

quarta-feira, junho 22, 2005

Are You Crazy !?! (III)

Existe sempre um. Aquela voz alta e esganiçada no "pub" que se diferencia de todas as outras com as suas teorias malucas e estranhas. Se não conheciam nenhum, bem, aqui estou eu.

Pois, mas desta vez esta minha pequena e já usual introdução para os especiais "Are You Crazy !?!" não se refere a mim mas sim aos espanhóis (e porque não, restantes europeus) que fazem voice-over de tudo o que lhes aparece à frente. Ora bem, aqui vai um excerto da usual newsletter que a loja espanhola online de DVD's manda, retratando como é costume, numa das suas partes, os pontos negativos da semana:

"... Que algunos DVDs nos obliguen a ver versiones originales con subtítulos ..."

Graças a Deus que nunca chegou cá esta "pancada". Dá Deus nozes a quem não tem dentes!

terça-feira, junho 21, 2005

Cape Fear (1991)

"Cape Fear" não é um grande filme. "Cape Fear" não é o melhor de Martin Scorsese. Mas "Cape Fear" mostra o poder de representação de Robert de Niro e o porquê de ele ter sido (hoje em dia já raramente o é) um dos melhores actores que já passou pela história de cinema. Esta é talvez a sua última grande performance! "O Cabo do Medo", apesar de muito longe do que Scorsese já fez, não deixa de ser um bom filme de suspanse e agitação, sem nunca perder as marcas notórias de realização de Scorsese. Robert de Niro, tal como já disse, consegue uma representação única e inigualável, equilibrando as más representações, a meu ver, da famíia Bowden, composta por Nick Nolte e Jessica Lange. Aliás, a falta de realismo de sentimentos nessa família, faz com que, nenhum de nós, se preocupe minimamente com o que lhes vai acontecer, e dei comigo, mesmo imaginado e pedindo a "Max Cady" que lhe esfaqueasse a todos e ainda ficasse com o barco e casa destes. O papelão de vilão de Robert De Niro acaba por seduzir-nos mais que a inocência da família inocente. Existem alguns momentos muito bons no filme e todos eles, como não podia deixar de ser, derivam de Robert De Niro e da excelência da realização de Martin Scorsese. A história é bastante atractiva mas o final é péssimo (ou seja, normal dentro do género) e arruína por completo o bom filme, que até então, nos era presenteado. Scorsese teve medo de ser inovador no fim e fugir à história original, que já tinha sido alvo de um filme com o mesmo nome, nos anos 50. Este portanto, ficou-se por mais um remake normalíssimo e que pouco acrescentou ao anterior, segundo consta. De qualquer maneira, merece ser visto. "Max Cady" fica na história, sem qualquer margem para dúvidas, como um dos melhores vilões de sempre. E deve-o a Robert de Niro.

segunda-feira, junho 20, 2005

The Karate Kid (1984)

Digam o que disserem, "The Karate Kid" é um mito, um clássico. Continua ainda hoje a ser um dos filmes mais calorosos e importantes sobre as relações humanas e de amizade. Muitos não sabem mas este filme teve nomeações nos Óscares de Hollywood e nos Globos de Ouro graças à maravilhosa representação de Pat Morita como o velho mestre de Karate, Miyagi. Este homem é o maior, o MAIOR! Independentemente das supostas desgraças que se seguiram (eu honestamente ainda não as vi), este primeiro Karate Kid é fabuloso e impossível de ultrapassar dentro do mesmo género. O triângulo Jovem-Namorada-Velho Mestre toca-nos e marca uma geração. Elisabeth Shue, com os seus 17 anos é simplesmente irresistível e não admira pois, que este filme, a tenha catapultado para filmes de sucesso nos anos seguintes como a triologia "Back to the Future" ou Cocktail com Tom Cruise. A sua beleza é inegável, o seu talento também, mas Shue passou ao lado de uma grande carreira. Nos últimos 10 anos, limitou-se a poucos papéis principais em filmes de relevo. "Hide and Seek", "Leaving Las Vegas" e "Hollow Man" são os melhores exemplos. A sua cara é reconhecida por todos certamente, mas não o seu nome. Mas tal como ela, também o então jovem Ralph Macchio, que faz o papel principal, o de "Karate Kid" passou completamente ao lado de uma carreira de sucesso. E mesmo Pat Morita desde "The Karate Kid" nunca mais participou numa produção de renome e qualidade. E este velhote é uma máquina. A história do filme é simples e como tantas outras. Mas a sua beleza artística, as relações decorrentes de todo o filme e a diversão e imaginação do treino de Daniel LaRusso tornam este filme sem dúvida alguma no melhor filme de artes marciais (mesmo sem dar especial importância a qualquer luta ou movimentos) alguma vez feito em Hollywood. Ainda hoje. A sua narrativa enche qualquer um de uma esperança vitalícia de que tudo é possível, basta querermos. "The Karate Kid" é um filme de estilo único e até hoje nunca mais repetido. Que fique claro: eu ainda hoje sou um amante de Karate Kid... e cada vez que o vejo é como se fosse a primeira vez! Apesar de ficar sempre com a sensação que faltou qualquer coisa no seu final. Só por isso não leva nota máxima. Ah é verdade, e não é que neste o Roger Ebert até deu nota máxima? Desta vez tou contigo ó parvo!

sexta-feira, junho 17, 2005

Code 46 (2003)

Tim Robbins e Samantha Morton foram os actores escolhidos para o mais recente filme de Michael Winterbottom, "Code 46". Até aí, tudo bem. Escrito por Frank Cottrell Boyce, "Code 46", é uma película passada num futuro indeterminado, e mostra um relacionamento amoroso entre os dois actores. Essa relação é, porém, abalada quando a policia afirma que a personagem interpretada por Morten é um clone da mãe de Robbins. E o que poderia suscitar o interesse do espectador acaba logo aí, na escolha dos actores e na sinopse, que é bastante prometedora. O seu toque de Lost In Translation tirou logo todo o interesse que tinha neste filme. Como Anti-LIT que sou e sempre serei, fiquei despedaçado ao ver que este Code 46 não passava de uma sequela futuristíca do filme que afirmou Soffia Copolla no estrelato de Hollywood. Já vos disse que odiei a pseudo-inteligência de Lost in Translation? Arghhh, até me dá arrepios falar disso.

As performances de Tim Robbins e Samantha Morton são aceitáveis, é verdade, mas a química entre ambos é nula. Desde Matrix e o seu casal maravilha (Keanu Reeves e Carrie Anne Moss) que não ficava tão desapaixonado por uma relação virtual cinematográfica. Tirando isso e o seu toque pseudo-culto de LIT, já anteriormente referido, e o filme até têm uma componente futurística e humana que nos deixa a pensar se o futuro não será mesmo assim, escuro, desumano e artificial. A banda sonora suave encaixa bem no filme, que é lento e parece nunca mais acabar. O final é aceitável e acaba por dar um pouco de oxigénio a uns pulmões já completamente absorvidos de água salgada. Sim, porque nem todos devem ter chegado ao fim do filme. Como tal, não perdem nada se virem os primeiros 5 minutos para terem noção do significado do "Código 46", e passarem logo para os últimos dez, onde vemos um plano forte do genital de Samantha Morton (devem-lhe ter pago pouco devem) e um final simpático de uma história insonsa de amor.

terça-feira, junho 14, 2005

Léon (1994)

Luc Besson, nascido em Paris em 1959, é considerado por muitos como o Steven Spielberg francês. Filho de dois instrutores de mergulho, viveu toda a sua infância nos Club Méditerranée da Grécia e da ex-Jugoslávia. Regressado a Paris para completar os estudos, apaixona-se pelo cinema e pela televisão e parte para Hollywood, onde estuda cinematografia durante três anos. Entre os seus filmes mais célebres, contam-se Le Grand Bleu (1988), que se tornou um filme de culto para toda uma geração de franceses (e para mim), Nikita (1990), que lhe abre as portas do mercado cinematográfico internacional, este magnifíco Léon (1994), O Quinto Elemento (1997), o filme mais caro da história do cinema francês, e Joana d’Arc (1999).

"Léon" é um filme na linha do estilo de Luc Besson, que têm um início estrondoso e muito prometedor mas que arrefece com o passar dos minutos, voltando ao seu auge já no fim. Jean Reno é um "hitman" perfeito e Natalie Portman (então com 12 anos, na sua estreia no cinema) uma inocente rapariga, que nada têm a perder a não ser um ao outro. Um filme de acção que têm mais alma e coração do que acção propriamente dita. A relação entre Léon (Reno) e Matilda (Portman) é tocante, vibrante e emocionante, apesar de toda a sua simplicidade e inocência. Ambos têm fortes representações mas é preciso destacar Natalie, então só com 12 anos. Fantástica. Arrisco a dizer que a sua estreia deve ter sido talvez a mais prometedora e mais bem conseguida das últimas décadas, senão de sempre. Parecia uma actriz de largos anos. E como temos visto mais recentemente, a promessa não ficou de mãos alheias. Natalie Portman é hoje, uma das melhores actrizes em Hollywood. No papel de vilão, Gary Oldman, um Beethoven-dependente drogado e lunático. Muito bom... como é costume em Oldman, o eterno vilão alucinado. A combinação Reno, Portman e Oldman foi um sucesso. Se gostam de um bom filme de acção e suspense mas que não deixa de parte o lado sentimental, "Léon" é o vosso filme. Se querem apenas ver tiros e explosões, com um final rafeiro e igual a todos os outros não o vejam. Porque o final de "Léon" é fantabulástico. E o seu humor negro e estilo não são para qualquer um...

segunda-feira, junho 13, 2005

Hostage (2005)

Jeff Tally é um negociador de reféns em Los Angeles, que vive atormentado por não ter conseguido salvar uma criança das mãos de um louco. Decide deixar a cidade e mudar-se para o pequeno subúrbio de Bristo Camino. Mas os fantasmas do passado voltarão a atormentá-lo quando três jovens, após um assalto falhado, tomam uma família como refém. Só que o homem raptado, está ligado ao mundo do crime, e trabalha para o importante Sonny Benza. Em sua casa, tem inúmeros documentos comprometedores, que não podem cair em mãos alheias. Para prevenir que a polícia apanhe esses documentos, Benza manda raptar a mulher e filha de Tally, e exige a entrega dos ficheiros. Jeff Tally terá assim de negociar a complexa situação, que poderá a qualquer momento transformar-se numa escalada de violência. Ou seja, não foi pela nada original sinopse que fui ver este filme mas sim por Bruce Willis. "Sin City" deixou-me de água na boca e necessitava ver algo de Mickey Rourke ou Bruce Willis. "Hostage" foi o que estava mais à mão.

E que asneira fui eu fazer. "Hostage" não passa de um thriller barato, sem ideias e com péssimas representações (Bruce Willis incluído). O papel de polícia herói já se confunde com Bruce Willis, e só tenho um desejo... que Die Hard 4, que se aproxima rapidamente, não seja nada que se compare a este "Hostage". Começando com o típico trauma, a acção passa rapidamente e nada, mas mesmo nada, consegue surpreender. Acaba exactamente como qualquer um imagina de início: Todos felizes, os maus na gaiola ou mortos e Bruce Willis com cara de mau malandro. Não existe qualquer suspense, nem qualquer tipo de clima entre as personagens e os espectadores. "Hostage" é tristemente fraco e monótono em todos os aspectos. Shame on you, Hartigan... upps, Bruce Willis! Resumindo, filme previsível e dispensável. Ah, e não há "gaijas" boas! Por falar nisso... sabiam que o nosso amigo Bruce está a namorar com a Estella Warren? Ah cão, estás perdoado!

sexta-feira, junho 10, 2005

Sin City (2005)

Sin City” é a adaptação ao cinema da BD “Sin City” de Frank Miller, que partilha a realização do filme com Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. Gravado em três segmentos representativos de três histórias diferentes ("Sin City", "The Big Fat Kill" e "That Yellow Bastard"), o filme irá retractar a vida em Sin City, a cidade do pecado. Único, Belo, Magnífico, Estrondoso etc... etc... Ainda estou com água na boca! Quero mais, quero mais! Fui para este filme com um fé enorme. Mas nunca esperei que fosse tão bom! Digo-o já aqui sem qualquer problema: É a melhor adaptação de DB de sempre. Sem qualquer dúvida. Divertido, violento, arrasador, inovador, artistíco... e já tou eu novamente com as múltiplas adjectivações. Eu nem sei por onde começar... talvez pelo o único ponto fraco a meu ver do filme: Josh Harnett. Não suporto o rapazito faz anos! E digam o que me disserem, este filme confirma mais uma vez o que digo; nem com curtos papéis o "puto" sabe representar. É péssimo.

Mas este filme é tão monumental, tão galáctico, que... (porra, lá vêm as duplas adjectivações) nada o fez parar. "Sin City " é estrondoso, do visual, passando pelo argumento e acabando na banda sonora. O final da história de Hartigan (Bruce Willis) é um "contentor de suecas boas para um puto virgem" e marcará por certo o "hall of fame" dos melhores finais de sempre de Hollywood. Sim é verdade, esta pérola cinematográfica veio de Hollywood. Ainda há esperança! Bruce Willis, Clive Owen e Benicio del Toro conseguem boas representações mas Mickey Rourke rebenta com a escala. Jessica Alba é a cereja no topo do bolo (e que cerejona!). Frank Miller, Rodriguez e Tarantino foram brilhantes e cortam a respiração de qualquer amante do cinema na forma como conseguiram transpôr todo o grafismo e ambiente dos "comics" para o filme. Brilhante e marcante. De génio. Violento... violência apaixonante. O melhor desde Kill Bill.

segunda-feira, junho 06, 2005

Wild Things (1998)

Sam Lombardo (Dillon) é um professor no liceu de Blue Bay, Flórida. É um respeitado membro da sociedade, educador premiado e o destino dos olhares de muitas das suas alunas. Tudo é posto em causa quanto surge uma acusação de violação. Perante os testemunhos de Kelly Van Ryan (Richards) e Suzy Toller (Campbell), e o poderio económico de Sandra Van Ryan (Russell), mãe da primeira, Lombardo parece estar perdido. Mas o detective Ray Duquette (Bacon) pensa que nada é o que parece, e que nem toda a gente está a dizer a verdade.

O parágrafo inicial não passa de um mero indicador para situar «Wild Things». O filme parece caminhar em direcção ao Guinness Book no capítulo "maior número de reviravoltas e surpresas gratuitas num thriller". Nada é o que parece, e todos podem mentir. A partir de certa altura, o espectador pode ser levado a desligar-se da intriga, considerando que tudo é artifícial e que o que vai acontecer em seguida é apenas aquilo que for mais improvável. E não andará muito longe da realidade. Ficamos sem saber se estamos diante uma comédia ou um thriller. As "viragens" no rumo dos acontecimentos são de tal forma hiperbolizadas que não é possível levá-las a sério.

Uma vez que só no final do filme é que sabemos quem (e quando) é que estava a mentir, admite-se que certas cenas tenham maior efeito cómico a um segundo visionamento. Sem dúvida que o envolvimento de alguns personagens na intriga se torna algo forçado, mas, próximo do fim, a ideia é mesmo apresentar o improvável como forma de divertimento, de uma forma que o vulgar thriller – baseado em apenas uma ou duas surpresas gratuitas – nunca tentou, por estar muito preocupado em parecer inteligente. «Wild Things» não procura parecer inteligente, antes diz ao espectador "vejam com é fácil e ridículo ser inteligente".

Não, como é costume, não esqueci-me de fazer uma referência especial às beldades do filme, as verdadeiras razões do visionamento deste filme. Denise Richards é um assombro de "gaija", que poderia estar calada (e devia?!?) o filme todo que nós gostavamos à mesma. Juntem a isso uma esmagadoramente sexual Neve Campbell e muita água doce nos seus corpos e podem imaginar que este filme, por pior que fosse, nunca seria uma total perda de tempo.

domingo, junho 05, 2005

Desafio: Sagas que nos marcaram!

Desafio: Sagas que nos marcaram!

Antigamente chamavam-se "serials" e tinham muitos mais episódios e sequelas. Agora são conhecidas como sagas. A desculpa para lançar este desafio têm obviamente a ver com a recente estreia do Episódio III de Star Wars. O êxito inicial de uma saga nem sempre se repete nas suas sucessivas sequelas ou remakes, que tentam, muitas vezes pateticamente, espremer a base até à exaustão.

O objectivo é vocês escolherem e deixarem nos comentários o Top 5 das sagas que mais vos marcaram. Aquelas que mais amaram!

Aqui vai a lista das sagas mais famosas que vêm este mês na edição portuguesa da revista cinematográfica "Premiere".

- Star Wars
- Batman
- Matrix
- James Bond
- Halloween
- Alien
- Terminator
- Star Trek
- Friday the 13th
- Nightmare on Elm Street
- Rocky
- Harry Potter
- Jaws
- The Godfather
- SuperMan
- Indiana Jones
- Lord of the Rings
- The Exorcist
- Rambo
- Dirty Harry
- Karate Kid
- Back to the Future

Desta lista escolham o vosso Top 5 e mais tarde elaborarei um novo texto com a lista vencedora das sagas favoritas dos visitantes do Cinema Notebook e um pouco sobre as mesmas. A escolha é vossa!

quinta-feira, junho 02, 2005

The Limey (1999)

"The Limey" segue Wilson, um velho ex-condenado inglês que viaja até Los Angeles, para vingar a morte da filha. Mas Wilson desconhece as regras do meio em que acaba de entrar e na procura de pistas que o levem aos responsáveis da morte da sua filha, vai ter de defrontar um verdadeiro exército composto pelos mais duros criminosos da cidade. Após sobreviver a uma tareia que o deixa quase morto, o inglês decide distribuir alguns dos golpes que ele também sabe. Antes da sua viagem ter terminado, Los Angeles vai saber que ele esteve na cidade. Um filme de acção, realizado por Steven Soderbergh (Traffic, Eric Brockovich), que é ao mesmo tempo o revisitar das relações pai-filha. Tal como diz na capa, "A Vingança não tem limites!".

Depois de lerem esta breve introdução que copiei da capa do DVD, devem pensar que gostei do filme. Nada mais errado! Que bocado de lixo cinematográfico que Soderbergh nos decidiu trazer desta vez. Toda aquela hora e meia não passa de uma tentativa de filme artístico, com leves nuances modernistas mas que tornam toda a história, realização e poder de representação de Terrance Stamp uma valente miséria. Existem cenas que chegam a coçar o ridículo, como o final em que o homem armado foge de um velho desarmado, que vem a passo lento, em vez de ser virar e mandar-lhe um balázio nos cornos, algo que antes, quando ambos estavam armados tentou fazer com os seus, agora mortos, guarda-costas. Ora bem, não é que na tentativa de fuga na praia, tropeça, desloca o tornozelo e como consequência disso fica sem força para premir o gatilho? Mas atenção, tudo isto cheio de pormenores "decorativos", diálogos parvos e um argumento ridículo. É um filme completamente sem energia, sem entusiasmo e que dá sono. Nem mesmo a força de Terrance Stamp e a sua já habitual "calma de mauzão" conseguiram animar esta "treta". É mesmo mau em todos os sentidos! E a culpa vai inteirinha para Soderbergh. Acabou o filme e pensei: Bem, deixa lá ir ver o que o "asno" do Roger Ebert disse do filme, depois de dar nota mínima a pérolas como Fight Club e nota quase máxima a trampas como "The Day After Tomorrow", entre outros. E não é que sou bruxo? Três estrelas em quatro possíveis. Pensei para comigo mesmo, que este gajo era mesmo parvo. Deixa mas é ir ver o IMDB... 7.2 com milhares de votos... e fico eu a pensar, será que o asno sou eu? Quero a minha hora e meia de volta!