terça-feira, junho 21, 2005

Cape Fear (1991)

"Cape Fear" não é um grande filme. "Cape Fear" não é o melhor de Martin Scorsese. Mas "Cape Fear" mostra o poder de representação de Robert de Niro e o porquê de ele ter sido (hoje em dia já raramente o é) um dos melhores actores que já passou pela história de cinema. Esta é talvez a sua última grande performance! "O Cabo do Medo", apesar de muito longe do que Scorsese já fez, não deixa de ser um bom filme de suspanse e agitação, sem nunca perder as marcas notórias de realização de Scorsese. Robert de Niro, tal como já disse, consegue uma representação única e inigualável, equilibrando as más representações, a meu ver, da famíia Bowden, composta por Nick Nolte e Jessica Lange. Aliás, a falta de realismo de sentimentos nessa família, faz com que, nenhum de nós, se preocupe minimamente com o que lhes vai acontecer, e dei comigo, mesmo imaginado e pedindo a "Max Cady" que lhe esfaqueasse a todos e ainda ficasse com o barco e casa destes. O papelão de vilão de Robert De Niro acaba por seduzir-nos mais que a inocência da família inocente. Existem alguns momentos muito bons no filme e todos eles, como não podia deixar de ser, derivam de Robert De Niro e da excelência da realização de Martin Scorsese. A história é bastante atractiva mas o final é péssimo (ou seja, normal dentro do género) e arruína por completo o bom filme, que até então, nos era presenteado. Scorsese teve medo de ser inovador no fim e fugir à história original, que já tinha sido alvo de um filme com o mesmo nome, nos anos 50. Este portanto, ficou-se por mais um remake normalíssimo e que pouco acrescentou ao anterior, segundo consta. De qualquer maneira, merece ser visto. "Max Cady" fica na história, sem qualquer margem para dúvidas, como um dos melhores vilões de sempre. E deve-o a Robert de Niro.

1 comentário:

Anónimo disse...

de niro é avassalador(como sempre)
abraço

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