Como alguns de vocês devem ter lido por aí, o mais recente filme do controverso Michael Moore, "Sicko", esteve disponível na sua totalidade no YouTube, dividido em várias partes, e foi visto por vários milhares de utilizadores, antes de ser retirado pelos responsáveis do famoso sítio de alojamento de vídeos online gratuitos. Confrontado com esta questão, Michael Moore volta a marcar a diferença:
“I’m glad that people were able to see my movie. I’m not a big believer in our copyright laws. I think they’re way too restrictive. (...) I’ve never supported this concept of going after Napster. I think the rock bands who fought this were wrong. I think filmmakers are wrong about this. I think sharing’s a good thing. I remember the first time I received a cassette tape of a band called The Clash. I became an instant fan of the Clash and then bought their albums after that and went to their concerts and gave them my money… but I first got it for free. C’mon. Everyone in here’s either young or were young, and that’s how it happens, right?”
E é por estas e por outras que, de Moore, só me falta "Roger and Me" na DVDteca cá de casa. E é porque ainda não o encontrei em lado nenhum. Long Live Michael Moore.
6 comentários:
Concordo plenamente com a afirmação. Praticamente toda a gente que eu conheço, incluindo eu, apesar de termos a possibilidade de ver e ouvir o melhor da música, cinema e televisão sem custos, quando gostamos mesmo queremos sempre ter o original ou adicionalmente tudo o que seja relacionado com autor.
Mas há dúvidas? :) Um abraço André!
O Michael Moore está apenas a passar a mão sobre o lombo dos fans porque nem ele acredita no que disse.
O Michael Moore só conseguiu fazer o "Sicko" porque vai ter receitas sobre o mesmo, porque um filme custa muito dinheiro e é impensavel que a indústria sobreviva a esta mentalidade de "cinema freeware". São centenas de profissionais a trabalhar num filme... é tudo amadores?
O trabalho artistico merece o mesmo reconhecimento do que qualquer outro... mas há duvidas Knoxville??
PS — Eu tenho o "Roger and Me"... obviamente original ;)
Sim, mas a questão que ele toca aqui não é bem essa. Ele diz sim, que acredita que esse "Cinema Freeware" pode vir a ajudar os seus pressupostos, tanto sociais, pois a mensagem espalha-se, como económicos, pois muitos dos que tiveram acesso desta maneira talvez não o fizessem de outra forma e vão comprar mais obras do autor, ou mesmo esta que viram.
Temos que ver que Moore é um realizador de causas, e como tal, toda a publicidade, seja ela qual fôr, é bem-vinda. Acredito, pelas várias entrevistas e debates que encontramos no YouTube, e também pela fantástica "Awful Truth", que o seu objectivo primordial seja "educar" e abrir os olhos à América, mais do que ganhar ou lucrar com isso. Digo eu.
Um grande abraço.
É isso mesmo, o que ele disse foi que esse tipo de pirataria no final das contas acaba ajudando o próprio artista, pois quem acaba conhecendo a obra de forma "pirata" e gosta, vai atrás de mais, tal qual no exemplo que ele deu sobre o The Clash. E quem é fã de cinema não vai se contentar em ver o filme naquela tela minúscula do youtube e com aquele som ruim típico de vídeos do youtube. E muita gente que não gastaria a entrada do cinema para ver o documentário, ao ver no youtube já pensa em ver no cinema.
:) Cumprimentos Rodrigo.
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