
Apesar da realização competente do camaleónico James Mangold ("Girl Interrupted", "Identity" ou "Walk the Line") e da premissa sempre atractiva das viagens temporais, "Kate & Leopold" acaba por saber a pouco, num estilo pouco imaginativo e desafortunadamente conformista. Mesmo assim, a eterna namoradinha da América, Meg Ryan e Hugh Jackman abrilhantam uma obra que, apesar da falta de vigor e energia, consegue transmitir alguns momentos hilariantes, com algum charme e reverência. Não fosse Jackman, já na altura, um verdadeiro poço magnético de habilidade e formosura, numa personagem que apetrecha-se de similaridades infinitas com o seu recente desempenho em "Scoop", de Woody Allen.
E a diferença principal em relação a este último é simples: falta o toque de génio de um humorista eficaz. Porque não fosse esta a primeira experiência no género de Mangold e certamente "Kate & Leopold" não teria sido angustiadamente previsível. Infelizmente, um bom conceito sem estrutura de pouco vale, e o maior trunfo do filme - além da dupla principal - acaba mesmo por ser o secundário Breckin Meyer, que compete através da sua banalidade sócio-cultural, com as reacções da aristocrática e bem educada personagem de Jackman, à incivilidade estabelecida na nossa sociedade de consumo. Com o potencial inerente em mente, "Kate & Leopold" acaba por afigurar-se insignificante, apesar de delicado.

6 comentários:
Concordo contigo Knox.
Gostei do filme embora com o sentimento de que poderia ter sido mais.
É um bom filme de domingo :p
Abraço!
A primeira vez que vi este filme gostei mas não sabia explicar porquê.
Da segunda vez que o vi percebi: por ser um filme leve. Desta segunda vez já não gostei assim tanto mas para filme de domingo não está nada mal.
De resto concordo plenamente com a tua crítica. Mas acho que lhe daria duas estrelas apenas.
:)
A figura interpretada pelo Liev Schreiber também não está nada má...
É um filme pequeno mas não deixa de ser bastante agradável. 3 estrelinhas, nem mais... :)
Simão, nem mais. Um abraço!
CP, percebo-te completamente. Julgo que aconteceria o mesmo comigo! Um abraço
H, sim, mas não tão brilhante como as dos seus colegas masculinos de elenco. Beijinhos!
Rodrigo, cumprimentos.
gostei da temática mas achei o filme um bocadinho sem sal.
De acordo, então :)
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