"Aí a televisão ganha de longe. Quantas más séries costumam encontrar à venda? Como a maioria do lucro é feito na transmissão em TV e não nos DVD, investem na qualidade constante do produto. Se a série perder o encanto perde seguidores e o DVD não vende. Nem tentam. Se a série se mantiver boa até ao fim, a venda dos DVD está assegurada e será um bónus agradável. Por isso séries de antigamente como “Poirot” rivalizam em vendas com “Prison Break”, “Lost” e “House”, superando fenómenos como “True Blood”. Porque foram obrigados a fazer as coisas bem para vender. Para tentar reduzir isso agora vendem as séries por temporada, ou por semi-temporada, mas o público tem conseguido resistir a isso vendo repetições oferecidas pela panóplia de canais existentes."
"O fã coleccionador – Este fã colecciona todos os dvds e artefactos das suas séries favoritas, para mais tarde recordar e quem sabe dar a conhecer aos filhos um dia. Quando não tem nada interessante que fazer agarra num dvd e aproveita o episódio como se tratasse da primeira visualização. Não tem problemas em esbanjar dinheiro se isso implicar ficar com recordações da série."
"Se a RTP1, a SIC e a TVI produziram e emitiram programas marcantes e inovadores nos últimos anos? Sim, com certeza, mas de uma maneira tão disfarçada possível que passou ao lado de muita gente. Dos primórdios da SIC só me lembro dos (poucos) desenhos animados que transmitiam ao fim de semana e dos anúncios aos filmes do género «Sozinho em Casa» e a séries como a do cão polícia ou a do ranger do Texas. Mas da RTP2 lembro-me perfeitamente de ver anúncios a todos os programas, mesmo os mais intelectuais, exibidos todos ao mesmo horário e não às duas da manhã. E isso marca a diferença. A RTP2 faz, em parte, o trabalho que uma gigante como a HBO exerce nos EUA, só que para um nicho de interessados que estão dispostos a pagar a mensalidade para se ter em nossa casa o dito canal de cabo para verem séries próprias de qualidade, telefilmes de qualidade, grandes clássicos do cinema e bons programas que definem a Grande Televisão."
"O Festival Eurovisão da Canção voltou a chegar ao fim e Portugal voltou a não conseguir ganhar. Infelizmente, e pelas piores razões, isto não constitui qualquer novidade. A negligência da RTP em fazer uma preparação condizente com a dimensão do evento em questão é gritante e são cada vez mais as vozes que pedem a ‘privatização’ da participação no Eurofestival."
"Em 2012, acaba uma Era. Uma Era de Ouro que já estava condenada quando se deu o boom dos “CSI”. Uma Era que muitos teimam a reconhecer que acabou e que muitos outros se entristecem porque terminou. Hoje em dia, predomina a ideia do fácil de fazer, do fácil de entender e do ser fã de um produto só quando apetece ser. Felizmente ainda há quem busque por algo diferente, por algo capaz de surpreender e que arrisque. E ainda temos sorte que haja, pelo menos, uma ou outra série que puxe a realidade até um novo extremo e nos agarre no coração e o arranque do nosso peito. Ainda há mas por quanto tempo?"
"Tendo apanhado este documentário por acidente, e tendo este me cativado logo nos primeiros minutos, as primeiras imagens e as primeiras linhas do argumento deixaram-me com uma opinião totalmente diferente daqueles senhores e senhoras que, todos os dias, se levantam a uma determinada hora e enveredam pelos caminhos da comunicação para poderem, ao fim do mês, contar com um salário. Estando, independentemente de tudo, com contratos semanais, mensais ou de termo incerto, aquelas pessoas, que não viram alternativa, estão ali, a prestar um serviço."
"Em tom de homenagem a uma das séries mais acarinhadas do género e para fazer algo diferente de uma crítica, optei por recordar os seus tempos gloriosos através de uma lista onde discuto os seus 10 melhores combates. Foram grandes momentos que aliados a uma das melhores bandas sonoras que tive oportunidade de ouvir se tornaram épicos."
"Gays, lésbicas, bissexuais e pessoas transgénero desde sempre foram à escola, tal como todos os outros, a diferença é que reivindicam o direito a serem eles próprios cada vez mais cedo. E, num momento em que o ódio e o preconceito ainda vão ditando a regra, “Glee” oferece um espaço importante de reflexão e aceitação."
2 comentários:
Obrigado à Academia ;)
Uma boa surpresa esta, se soubesse tinha feito uma revisão, já reparei que faltam ali um par de vírgulas.
Não estava à espera, considerando que o tema incide sobre "xutos e pontapés", mas foram sem dúvida os textos que mais prazer (e trabalho) me deram no TVD :)
Abraço a todos, desde a academia aos colegas nomeados.
Boa sorte Gabriel. Chuta à vontade!
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