quarta-feira, março 21, 2007

Ghost Rider (2007)

Na sua adolescência, Johnny Blaze (Nicolas Cage) era reconhecido pelas suas proezas em cima de uma mota, num espetáculo que protagonizava com o pai em feiras e circos. Ao descobrir que este estava, num processo lento e doloroso, a ceder a um cancro, decide vender a alma ao diabo em troca da recuperação total do pai. Isto faz com que tenha de deixar Roxanne (Eva Mendes), a sua namorada e ganhe como destino uma vida nas sombras, sem amigos nem amores. Alguns anos mais tarde, quando Blaze finalmente começa a duvidar da sua dívida, o diabo (Peter Fonda) decide vir buscar o que é seu. Consequência? À noite, na presença do mal, Johnny torna-se em Ghost Rider, um implacável caçador de demónios e anjos com prioridades trocadas. Mas combater o mal representando o próprio mal não está presente nas intenções futuras de Blaze, e este decide usar os seus poderes para colocar fim à maldição que o persegue.

A “Ghost Rider” devem ser dados três descontos, em forma de compensações: o de o fraco resultado emocional do enredo ser consequência de uma adaptação visual quase fiel à banda desenhada original da Marvel; o de “Ghost Rider” ser mais satisfatório que “Daredevil”, “Catwoman” entre outros; e, finalmente, o de “Ghost Rider” ser a machadada final de comprovação naquele sentimento instintivo que todos nós, pelo menos uma dúzia de vezes já tivemos e que nos apontava para as mamocas de Eva Mendes como as mais jeitosinhas de Hollywood. Dito isto, quase que nos aptece perdoar o facto de “Ghost Rider” ser, efectivamente, um filme travesso e irregular.

Com uma realização desastrosa de Mark Steven Johnson – que comete os mesmos erros que havia praticado em “Daredevil” -, que acaba por não ser surpresa para ninguém, quem realmente nos desaponta e desilude é Nicolas Cage, com mais uma interpretação sem garra nem fulgor, igual a tantas outras com que nos tem brindado nos últimos tempos. Já Peter Fonda é desperdiçado numa personagem que, apesar de forte, é mal tratada pelo guionista. Em suma, quase tudo em “Ghost Rider” parece oco e banal. Será que vamos ter que levar com Johnson “à le MTV” como realizador em adaptações futuras de outros super-heróis?

11 comentários:

André disse...

Já tou a imaginar o filme. A única coisa que nos deve agarrar é estarmos a ver um herói de banda-desenhada que muitos de nós lia quando eramos putos..e a Eva claro!

Carlos M. Reis disse...

Basicamente... sim :) Um abraço André!

triss disse...

O Nicholas Cage pós-implante capilar não me convence.... gosto do rapaz, mas anda perdido em filmes medíocres.

Carlos M. Reis disse...

Eu também sou admirador de Cage, mas vê-lo tão fraquinho em The Wicker Man ou Ghost Rider mete dó!

Cumprimentos Triss!

Loot disse...

A estória não é assim tão fiel à da BD, mas concordo que é melhor que o daredevil mas onde concordo ainda mais é em relação à Eva Mendes :)
Também estranhei o Nicholas cage não estava á espera daquilo.
Espero que Mark Steven Johnson tenha aprendido alguma coisa, porque se não, é melhor deixar os heróis da marvel em paz.

Carlos M. Reis disse...

_loot_, a Eva Mendes não tem nada de Roxanne, pois na banda desenhada original da Marvel, era ela Loira e de Olhos Azuis. O Nic Cage foi mesmo uma desilusão. Já Mark Steven Johnson uma má confirmação. Um abraço!

brain-mixer disse...

Estava vai-não-vai para ir ver isto ao cinema... Mas depois de gastar 7 euros numa ida ao cinema (5 de bilhete, 2 de parque :S) da última vez, nem vou arriscar! Mula-search com ele!!! :D

Loot disse...

Mas a mudança fisica da personagem da Roxanne, não acho que seja muito importante, houve mudanças maiores, como o facto de não ser o pai dele que morre mas o padrasto, é ele quem invoca Mephisto e vende a alma, e não existe essa estória de o diabo ter um ghost rider, é roxane cuja alma é pura que o salva de mephisto, mas antes de este ir embora amaldiçoa-o com o demónio Zarathos (que o faz ser o ghost rider). Mas sinceramente as mudanças não me incomodaram, podiam ter mudado muita coisa e ter conseguido fazer um bom filme, infelizmente não foi o caso. Felizmente estava lá a Eva Mendes.
Abraço

Carlos M. Reis disse...

Edgar, e tens sorte. Eu pago sempre tudo a dobrar! As mulheres são uma espécie terrível :) Um abraço.

_Loot_, nunca fui um leitor fiel de Ghost Rider, apenas tinha a noção do aspecto físico de Roxanne. Não sabia de todas essas diferenças estruturais. Mas claro que sim, concordo contigo, "Ghost Rider" não é um mau filme por isso, mas por tudo o resto. E sim, felizmente temos a Eva Mendes (fisicamente, pois em termos de interpretação, achei a sua actuação bastante mediana, bem como a personagem em si.). Um enorme abraço!

Pure_Water disse...

Eu até que gostei do DareDevil...mas sou suspeito visto ser Marvel Addicted ^^ a ver como estará este Ghost Rider

Carlos M. Reis disse...

O Daredevil tinha um potencial enorme no papel, mas foi transformado numa pipocada tal, que a certa altura tudo o que me apeteceu foi deixar o filme a meio. Um abraço Pure.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...