Oliver (Michael Douglas) e Barbara Rose (Kathleen Turner – o que é feito dela?) estiveram juntos durante quase vinte anos. Agora, irritada com a superficialidade da relação e da sua vida, Barbara quer o divórcio. E quando chega o momento de decidir quem fica com a sumptuosa casa, nenhum deles está disposto a ceder. O advogado de Oliver (DeVito) oferece alguns conselhos, mas já é tarde demais: Oliver e Barbara envolvem-se num turbilhão de desespero e vingança. E vale tudo, desde urinar em cozinhados, a desfazer em migalhas carros clássicos que valem uma fortuna.
Contextualizando “A Guerra das Rosas”, a primeira lembrança que nos irrompe é a do êxito de então da dupla Douglas/Turner, que havia apaixonado cinéfilos e não-cinéfilos em todo o mundo com a aventura “A Jóia do Nilo”. Fazia então sentido, pelo menos do ponto de vista financeiro, que a parelha se reunisse uma vez mais, numa história que pela estranha, mas divertida premissa, tinha todos os condimentos para uma horinha ou duas de bom entretenimento. Infelizmente, e apesar das fabulosas interpretações principais, tudo o que acontece em “The War of the Roses” cheira a cliché ou repetição. A aprazível ideia está presente, mas a sua fragmentação em momentos de humor – negro e físico – falha. Provável culpa de Danny DeVito, que ainda hoje não conseguiu completar e executar com resultado e mérito a sua desejada transição do mundo da representação para o da realização. Ditosamente, e em compensação, a cena final, carregada de simbolismos, arremessa uma forte mensagem que escusa DeVito de todo o percurso narrativo anterior mal aproveitado.
7 comentários:
Para mim, esse filme foi o mais fraquinho daquela trilogia que eles fizeram (junto com Tudo por uma Esmeralda e A Jóia do Nilo). Com o tempo, Michael Douglas transformou-se num grande astro e a bela Kathleen Turner desapareceu. Coisas de Hollywood! uns sobem, outros descem.
(http://claque-te.blogspot.com): O Último Rei da Escócia, de Kevin Macdonald.
Sim, mas são filmes completamente diferentes. Apesar de ter sido um sucesso de bilheteira, também concordo que é o menos interessante dos três. Mas tenho ideia de que a dupla Douglas/Turner juntou-se mais do que três vezes. Cumprimentos Roberto!
Dário, tens toda a razão. Pensei que o título português de Romancing the Stone fosse "A Jóia do Nilo". Mas era desse mesmo que pretendia falar :) Não conheço o Death Becomes Her, mas acho que "The War of the Roses" enquanto comédia (negra) falha rotundamente. Mas é apenas a minha opinião :) Bons olhos te vejam! Um abraço Dário!
Concordo em absoluto Knoxville, esta dupla espectacular que tão bem funcionou nos dois filmes anteriores (Em Busca da Esmeralda Perdida e a Jóia do Nilo), já não funcionou aqui....
:) Beijinhos Triss, obrigado pela visita!
Knox, acho que até deves conhecer o "Death Becomes Her". Em português ficou "A Morte Fica-lhes Tão Bem" e é com a Meryl Streep, Bruce Willis e Goldie Hawn. É uma comédia negríssima sobre a obsessão pela eterna juventude (inesquecível a Goldie com um buraco no estômago e a Meryl com a cabeça ao contrário...). Ehehe... Quanto ao War Of The Roses, é delicioso!
Abraço
Sim, reconheço essas imagens (dos previews que passam na TV) de que falas, mas nunca vi o filme. Dá dia sim dia não no Hollywood, mas ainda não lhe apanhei a jeito. Um grande abraço!
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