Ninguém merece ouvir o Figo a falar espanhol durante hora e meia, ainda para mais quando o entrevistador faz-lhe todas as perguntas em português. Na verdade, ninguém merece ouvir o Figo a falar seja que língua for durante hora e meia, mas ultrapassemos isso. Futre a ser Futre - e eu gosto muito que Futre seja Futre - na maneira como conta o seu papel na transferência, vários detalhes até agora secretos de um negócio que chocou o mundo - não só pelos valores envolvidos mas principalmente pelo salto entre rivais futebolísticos, políticos e territoriais -, a clara noção de que Florentino Pérez comeu Joan Gaspart de cebolada e a mesma conclusão com que tinha ficado há mais de vinte anos: Figo disse um nim muito parecido com sim a toda a gente, tanto no anterior conflito entre Parma e Juventus em 1994 como nesta polémica de 2000. E depois, caldo entornado, a culpa era de todos menos dele. Algo que continua hoje a defender, de forma tão pouco credível que até José Veiga parece um tipo honesto. E aquela Helen nos seus vintes, amigos? Pelo que se conta daquela chamada telefónica, com bem mais juízo que o marido. Normal, toda a gente sabe que o juízo é inversamente proporcional ao tamanho do nariz.
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