
A norte-americana LIFE lançou online uma galeria fotográfica com trinta e três fotos marcantes da vida e carreira de Clint Eastwood, ícone de Hollywood que comemora hoje oitenta anos de vida. Happy Birthday Dirty Harry.



O livro de Alice Sebold, autora que se deu a conhecer ao mundo com “Lucky”, um relato autobiográfico da sua própria violação e que em muito explica a narrativa de Visto do Céu, foi considerado na altura do seu lançamento um romance fantástico e surpreendente sobre a vida e a morte, o perdão e a vingança. A adaptação cinematográfica de Peter Jackson, essa, é a estocada final em quem duvidava que existem palavras que não devem ser, de forma alguma, transpostas para imagens. Porque nem um realizador do calibre do neozelandês conseguiu resolver o problema cinematográfico eterno de tornar real algo tão subjectivo e imaginativo como o Céu ou o purgatório. O resultado técnico final acaba por ser algo ridículo, sendo que a narrativa em si perde todo o sentido prático e existencialista do livro. No final, tudo leva-me a acreditar que nem Jackson fazia ideia do que estava a tentar transmitir.



Eric Bishop – o notável Steve Evets, ex-membro dos The Fall – é um carteiro de Manchester com a vida a cair aos pedaços: os dois enteados adolescentes só lhe dão problemas em casa, sendo que um deles está mesmo envolvido com um grupo mafioso da zona; a ex-mulher, que abandonou cobardemente quando esta teve a primeira filha do casal, ainda muito novos, começa a reaparecer na sua vida; e como se tudo isto não bastasse, teve ainda um ataque de pânico que lhe desfez o carro e atirou-o para o hospital. Felizmente, Bishop tem um novo anjo da guarda, que lhe aparece para o aconselhar sempre que precisa: nada mais nada menos do que o seu herói de sempre, o polémico e controverso Eric Cantona.


"The Cove – A Baía da Vergonha" acompanha a odisseia de redenção do mais conhecido treinador de golfinhos do planeta, o norte-americano Ric O’Barry em Taiji, Japão, onde milhares de golfinhos são encurralados e assassinados de forma absolutamente chocante às escondidas do mundo e, quem diria, dos próprios japoneses. Responsável pelo enclausuramento e treino dos golfinhos da aclamada série "Flipper" nos anos sessenta, O’Barry prometeu lutar pela liberdade destes a partir do momento em que a estrela televisiva animal mais famosa do planeta deixou voluntariamente de respirar nos seus braços, tal a depressão que enfrentava. Com problemas com as autoridades em todos os cantos do mundo – a certa parte do filme diz já ter perdido a conta à quantidade de vezes que já foi preso por tentar libertar golfinhos de piscinas naturais ou aquários -, Ric juntou-se ao realizador Louis Psihoyos e à Ocean Preservation Society para revelar ao mundo a “verdade escondida”. O que se passa nos meses seguintes é uma verdadeira tour de force de espionagem e cinema eco-verité. No seu melhor.






Quando até a luta entre anjos e demónios – ou, neste caso, entre um anjo com problemas de consciência e outro que simplesmente cumpre as ordens do Grande lá de cima, transformando em zombies os seus "seguidores" – decide-se através de um arraial de metralhadoras e outras armas automáticas do género, tudo está dito sobre o enredo absolutamente desprezível e grosseiramente irrelevante de um filme. Entre mil e uma incoerências situacionais, que aparentemente apenas acontecem por darem algum jeito ao guionista para esticar a história durante quase duas horas, “Legion” é, mais do que um péssimo filme, um exercício patético sobre a ira divina e a fé humana. Não admira pois que esta estreia na realização de Scott Stewart, um dos elementos responsáveis pelos efeitos especiais de grandes blockbusters como “Iron Man”, “Pirates of the Caribbean” ou “Sin City”, não deixe nenhuma ansiedade nem as melhores perspectivas para a sua próxima fita, “Priest”, com estreia agendada para 2011 e que conta novamente no elenco com o oscilante Paul Bettany – que foi, mesmo assim, o menos mau de uma obra que não tem ponta por onde se pegue. Destaque apenas para a jovem Willa Holland, mais pela sua beleza do que pela sua interpretação, que andava desaparecida do grande público desde a sua participação na série “The O.C.”. Em suma, “Legion” é para evitar, a todo o custo. Quo vadis Dennis Quaid?