Depois de um início auspicioso de carreira, descoberta para o cinema por Wim Wenders e elevada ao estrelato por Roman Polanski, Nastassja Kinski desapareceu do radar nos últimos quinze anos, traindo as expectativas de inúmeros críticos cinematográficos e fãs que lhe previram um futuro imparável. Comparada no final dos anos setenta a divas como Ingrid Bergman ou Audrey Hepburn, a sua escolha arriscada de projectos controversos após dar nas vistas em "
Tess" acabou por ditar o seu estatuto de ave tão rara quanto bela em Hollywood. "
Uma grande actriz num filme medíocre que aproveita-se da sua imagem" tornou-se quase um lema de carreira da filha do não menos polémico actor alemão Klaus Kinski. Com quinze anos namorou com o quarentão Polanski (velhos hábitos nunca mudam) e aos vinte tirou uma foto que entrou para a história, mostrando que, para Nastassja, não havia limites nem barreiras perante uma câmara: nua, envolta numa cobra pitão gigantesca. "
Para entender Nastassja, têm que perceber quem são os seus pais: a mãe uma poeta, o pai um lunático", afirmou Werner Herzog um dia. Apaixonou-se inúmeras vezes nos sets, com actores (Marcello Mastroianni) e realizadores (Milos Forman), e na sua loucura irreverente perdeu-se uma deusa. Regresse ou não à ribalta, ninguém apagará da história interpretações portentosas como no já citado "
Tess", "
Cat People" ou "
Paris, Texas".
2 comentários:
A extravagância e a loucura de Nastassja Kinski não é de estranhar porque ela herdou os genes do seu pai, o alucinado Klaus Kinski, um homem que "papou" todas as mulheres que lhe atravessaram no caminho, segundo a sua autobiografia! De salientar que Klaus Kinski teve alguns desempenhos geniais em inúmeros weesterns-spaghetti nos anos 60 e 70.
Sem dúvida Emanuel. Um génio louco. Segundo relatos da própria, é dito ainda que abusou sexualmente de uma das suas filhas, irmã de Nastassja. Faltavam-lhe alguns parafusos. Abraço.
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