domingo, agosto 20, 2006
Férias...
As actualizações durante o que resta deste infernal mês de Agosto serão escassas. A todos os que por cá passam, o nosso obrigado mas também as nossas desculpas.
domingo, agosto 13, 2006
Como é que este gajo...
... é pago para ser actor? Lorenzo Lamas, Steven Seagal, Keanu Reeves, Peter Saarsgard, Ben Affleck ou Ben Stiller ao pé de Adam Sandler são verdadeiros monstros do cinema. As mesmas expressões, os mesmos tiques, a mesma voz irritante e as mesmas personagens esteriotipadas, seja em que filme fôr, comédia, romance ou drama. Uma verdadeira aberração que irei manter longe sempre que possível. Mesmo que o filme seja bom. Não vale a pena o sacrifício, pois Sandler é uma autêntica poia fedorenta!
sábado, agosto 12, 2006
Rankings CN: Jack Nicholson
Considerado pela revista Empire como o Sexto Melhor Actor de todos os tempos, Jack Nicholson é um autêntico mito vivo de Hollywood. Com o cognome de "Bad Boy" e obrigando todos os seus realizadores a darem-lhe folga em dia de jogo dos Los Angeles Lakers, Nicholson diz ainda estar à procura do filme perfeito. Afirma que ter rejeitado o papel de Michael Corleone em "The Godfather" foi o maior erro da sua magnífica carreira, carreira essa sempre conturbada pelo seu mau feitio e ideologias controversas, como por exemplo, a sua adoração pública por Fidel Castro, o qual, numa das raras entrevistas que concedeu durante a sua vida, considerou de "génio".
Com 3 óscares para Melhor Actor na estante, Jack brinca com o facto de em todas as vitórias, as suas companheiras de filme nomeadas para Melhor Actriz terem ganho também. Já entregou o galardão da Academia de Hollywood para Melhor Filme por seis vezes, mais do que qualquer outra pessoa. E sabiam que ele e Danny deVito são donos de um cabeleireiro? Não é para uso próprio certamente...
Com 3 óscares para Melhor Actor na estante, Jack brinca com o facto de em todas as vitórias, as suas companheiras de filme nomeadas para Melhor Actriz terem ganho também. Já entregou o galardão da Academia de Hollywood para Melhor Filme por seis vezes, mais do que qualquer outra pessoa. E sabiam que ele e Danny deVito são donos de um cabeleireiro? Não é para uso próprio certamente...
sexta-feira, agosto 11, 2006
quinta-feira, agosto 10, 2006
Miami Vice (2006)
Michael Mann. Só ele poderia resistir ao derivado nostálgico deixado por “Miami Vice” na memória e intelecto de milhares de fãs. Sem receios, Mann consegue fugir ao nível frequente deste género de adaptações e transformar a obra televisiva de todas as idades, num filme negro, irrequieto e cheio de classe, apenas acessível a alguns. Longe de chegar ao nível de “Heat” ou “Collateral”, “Miami Vice” é, ainda assim, um autêntico poço de oxigénio, no que toca a adaptações cinematográficas de conceituadas séries de outros tempos.
Mann acaba mesmo por ser o maior trunfo de toda esta história. Cheio de pujança e com uma resistência inolvidável às exigências de Hollywood, Mann filma “Miami Vice” com um estilo inconfundível e acrescenta-lhe pormenores absolutamente brilhantes e subtis, invés das já famosas cenas memoráveis de outros filmes. Das lágrimas de Gong Li durante o acto sexual, à animosidade espelhada através do olhar da personagem de José Yero, Mann recria-se de uma forma controlada, mas também limitada de movimentos. Porque o nome “Miami Vice” acarreta também algumas obrigações e restrições a nível argumental. E é o conceito argumentativo que acaba por “cortar as pernas” a Mann.
Sonny (Farrell) e Ricardo (Foxx) são uma dupla de polícias de Miami que se vê forçada a trabalhar como agentes infiltrados para vingar a morte de um amigo, e recuperar uma missão do FBI que parecia ter ido por água abaixo, quando uns quantos agentes são descobertos e assassinados. A trama simples não permite muita margem de manobra na qualidade intrínseca do filme, mas Mann salva “Miami Vice” do rótulo de banal, com a sua apurada, mas despreocupada técnica de filmagem, e um maravilhoso trabalho na criação de ambientes e atmosferas. Infelizmente, e cada vez mais comum nas obras deste, os diálogos são algo inábeis e inócuos. Só que a filmar “acção”, ninguém o faz como Mann.
No que toca ao elenco, tanto Colin Farrell como Jamie Foxx cumprem o que lhes é pedido, mas ficam muito aquém do que poderiam ter feito. A surpresa é mesmo Gong Li, que numa personagem bem distante da sua personalidade, consegue com simples olhares transmitir um “camião” de emoções e sentimentos. Mais era difícil pois todas as personagens são pouco aprofundadas e previsíveis.
“Miami Vice” é, então, um filme com as mais variadas falhas. Das cenas despropositadas (a sequência inicial por exemplo), passando pelo fraco estudo das personagens e terminando no argumento limitado, “Miami Vice” é, mesmo assim, um filme acima das espectativas, muito devido à classe de Michael Mann. Um risco aceitável, mas que fica claramente atrás do seu anterior filme, “Collateral”, em que este dividia tarefas com um magnífico Tom Cruise.
Mann acaba mesmo por ser o maior trunfo de toda esta história. Cheio de pujança e com uma resistência inolvidável às exigências de Hollywood, Mann filma “Miami Vice” com um estilo inconfundível e acrescenta-lhe pormenores absolutamente brilhantes e subtis, invés das já famosas cenas memoráveis de outros filmes. Das lágrimas de Gong Li durante o acto sexual, à animosidade espelhada através do olhar da personagem de José Yero, Mann recria-se de uma forma controlada, mas também limitada de movimentos. Porque o nome “Miami Vice” acarreta também algumas obrigações e restrições a nível argumental. E é o conceito argumentativo que acaba por “cortar as pernas” a Mann.
Sonny (Farrell) e Ricardo (Foxx) são uma dupla de polícias de Miami que se vê forçada a trabalhar como agentes infiltrados para vingar a morte de um amigo, e recuperar uma missão do FBI que parecia ter ido por água abaixo, quando uns quantos agentes são descobertos e assassinados. A trama simples não permite muita margem de manobra na qualidade intrínseca do filme, mas Mann salva “Miami Vice” do rótulo de banal, com a sua apurada, mas despreocupada técnica de filmagem, e um maravilhoso trabalho na criação de ambientes e atmosferas. Infelizmente, e cada vez mais comum nas obras deste, os diálogos são algo inábeis e inócuos. Só que a filmar “acção”, ninguém o faz como Mann.
No que toca ao elenco, tanto Colin Farrell como Jamie Foxx cumprem o que lhes é pedido, mas ficam muito aquém do que poderiam ter feito. A surpresa é mesmo Gong Li, que numa personagem bem distante da sua personalidade, consegue com simples olhares transmitir um “camião” de emoções e sentimentos. Mais era difícil pois todas as personagens são pouco aprofundadas e previsíveis.
“Miami Vice” é, então, um filme com as mais variadas falhas. Das cenas despropositadas (a sequência inicial por exemplo), passando pelo fraco estudo das personagens e terminando no argumento limitado, “Miami Vice” é, mesmo assim, um filme acima das espectativas, muito devido à classe de Michael Mann. Um risco aceitável, mas que fica claramente atrás do seu anterior filme, “Collateral”, em que este dividia tarefas com um magnífico Tom Cruise.
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