domingo, agosto 31, 2008

Desafio: Tarantino vs The Fat Lady


De que lado está a razão? No realizador violento ou na entrevistadora em busca de protagonismo? Será "Kill Bill" aconselhado a menores? Ou Tarantino um artista sem alma?

sábado, agosto 30, 2008

Quando a ficção choca com a realidade

David Duchovny foi internado numa clínica de reabilitação para se curar do seu vício por sexo, segundo declarou o advogado do actor à revista norte-americana People. "Eu entrei voluntariamente num centro para me tratar do meu vício por sexo", declarou o actor num comunicado. "Eu peço respeito e privacidade pela minha mulher e pelos meus filhos enquanto estivermos a lidar com esta situação", concluiu. Hank Moody? [F]

sexta-feira, agosto 29, 2008

quinta-feira, agosto 28, 2008

MOTELx - 3 a 7 de Setembro no São Jorge

O MOTELx é um festival não competitivo criado com o intuito de revelar em Portugal o melhor do Cinema de Terror de todo o mundo e em todas as suas variantes: das grandes produções aos independentes, do clássico ao experimental, do culto às novas tendências. Este ano, o Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa decorre no Cinema São Jorge, entre 3 e 7 de Setembro, e da programação destacam-se "Diary of the Dead", de George Romero, "Stuck", de Stuart Gordon, "Doomsday", de Neil Marshall, "Teeth", de Mitchell Lichenstein e "Hiss", de Fahim Hashimy, considerado o primeiro filme de terror feito no Afeganistão. Para mais informações, consultem o site oficial.

quarta-feira, agosto 27, 2008

This city deserves a better class of criminal


"Hot Toys is releasing a 1/6th scale figure of The Joker in “Bank Robber” mode. The figure stands 12-inches tall, features 32-points of articulation, and comes with a choice of two removable heads, one with a huge grin, the other with the slicked back hair. Accessories include a removable clown mask, handgun, a bigger gun, duffle bag, smoke and fragmentation grenades, playing cards, gotham city money and more.". [F]

terça-feira, agosto 26, 2008

Musicais na Bilheteira: Fórmula Incerta



A vermelho claro, os valores em milhões de dólares do fim-de-semana de estreia de cada filme, nos Estados Unidos. A vermelho escuro, as quantias totais de exibição. Uma conclusão imediata: a influência de uma nomeação aos óscares - e consequente vitória. Com "Mamma Mia!" prestes a chegar a Portugal, será que Meryl Streep, Pierce Brosnan e companhia conseguirão ultrapassar os 119 milhões de "Hairspray"? E, quem sabe, aproximar-se dos 170 de "Chicago"? O fim-de-semana de estreia não foi nada mau: 30 milhões de dólares, o melhor resultado recente dentro do género cinematográfico.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Take - Promo

domingo, agosto 24, 2008

Será que Disney rima com Sin City?

sexta-feira, agosto 22, 2008

Escrever sobre Cinema: Lauro António


"(...) O que é um crítico? É alguém a quem, por uma razão ou por outra, foi dada a possibilidade de falar em público ou de escrever num qualquer meio de comunicação social sobre determinada matéria, fornecendo informações, desenvolvendo considerandos sobre a matéria versada, emitindo opiniões, mesmo formulando juízos. Mas, como já foi dito, julgo que um crítico é apenas um espectador, se bem que deva ser um espectador mais avisado, sobretudo mais informado. Não apenas informado no acessório, mas culturalmente informado, esteticamente motivado. Se possível com alguma capacidade de comunicação que o torne legível ou audível pelos outros. Quero com isto dizer que um crítico não é ninguém de particularmente respeitável pelo simples facto de ser crítico. O que não impede de haver críticos particularmente respeitáveis. Essa respeitabilidade irá consolidar-se ao longo da sua actividade, no confronto, diário ou semanal, com o seu público. E quando afirmo que um crítico tem um público estou já a definir-lhe um estatuto de respeitabilidade. Há dezenas, creio que mesmo centenas de pessoas a escrever e a falar sobre cinema, neste momento, em Portugal. Só algumas conseguem ter um público fiel. Quer dizer que a sua personalidade, que tem a ver com sua formação, valores, cultura, etc., foi aceite por um grupo mais ou menos vasto de pessoas que com ele se identifica, ou que acha particularmente produtivo com ele dialogar, ainda que por interposto meio de comunicação social, mesmo que não seja para com ele concordar sempre. Um crítico fala sobre um filme não para emitir um argumento de autoridade, mas para colocar em confronto, em diálogo, a sua opinião, com a dos leitores ou a dos ouvintes. A importância maior do crítico nos meios de comunicação social é, primeiramente, alertar para certas obras que de outra forma passariam despercebidas; seguidamente, informar sobre o realizador, as condições em que a obra foi realizada, enfim tudo o rodeou a concretização da obra e que possa ter algum significado para a sua interpretação; finalmente, questionar essas e outras obras numa perspectiva pessoal e colocar essa opinião em diálogo com os seus leitores. (...) Qual a razão porque escolhi ser, além de tudo o mais, crítico de cinema? Essencialmente porque desenvolvi, desde muito cedo, uma paixão pelo cinema. Por isso gosto de ver filmes e de escrever sobe eles. Não para impor uma opinião, mas para levar os meus leitores ou ouvintes a ver os filmes que amo, e se possível, a amar os filmes que me apaixonam. A crítica é um exercício de amor. Amor pelo cinema que se procura trocar com os outros. Como em qualquer outro acto de amor, o que se procura é dar e receber. Aqui o prazer de ver um filme, que se procura transmitir ao maior número possível de pessoas. Ao contrário do amor entre pessoas, que é possessivo, queremos a pessoa amada só para nós, a crítica é dádiva: o ideal será distribuir, difundir o objecto do nosso amor por todos. Um crítico, como qualquer outro espectador, lê o filme numa perspectiva eminentemente pessoal. Quando escreve ou fala de um filme, filtra-o pela sua personalidade. Lê-o através da sua visão muito particular, que está enformada por uma formação cultural e estética, por uma vivência humana, social, política, por obsessões e fantasmas pessoais. Por isso, as análises críticas de um mesmo filme divergem de crítico para crítico. Não há que ficar surpreendido com essa divergência de critérios. A crítica é tudo menos científica. A crítica ou é paixão, e por isso mesmo, subjectiva, ou não é crítica. A leitura de cada obra é também a leitura de que a faz. Lê-se um filme “através” de quem o lê. Descobre-se o filme e descobre-se igualmente o leitor dessa obra."

Breve excerto de "Escrever sobre cinema", de Lauro António, publicado na Revista de Cinema Online Take, nº 6. Delicioso como se consegue dizer exactamente o mesmo que outros críticos há anos apregoam com tanto azedume - talvez com razão para tal, já que muitos continuam a pensar serem senhores da razão, quando esta é puramente subjectiva -, de forma apaixonadíssima. Sem ataques nem caprichos de estrela.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Wanted (2008)

Acção explosiva e uma chuva de balas que contrariam todas as leis científicas. Um destino glorioso como prerrogativa, o estilo hiperbolizado sobre a substância como conceito. “Wanted”, o primeiro desafio norte-americano do realizador russo Timur Bekmambetov – responsável pelo refrescante e vampiresco blockbuster “Night Watch” – é entretenimento cru e puro sem segundas intenções que não satisfazer os desejos mais primários de fuga à realidade e ao conformismo de grande parte dos cinéfilos deste planeta que desejam ser algo mais do que simples transeuntes numa existência efémera. Ao criar uma estrutura que permite à audiência identificar-se com a personagem interpretada pelo escocês James McAvoy, “Wanted” cumpre meio caminho para a aceitação enquanto filme de massas.

Baseado na obra de banda desenhada de Mark Millar, “Wanted” conta a história de um contabilista falhado sem um tostão no bolso, com um emprego que odeia - e uma chefe que abomina – e que, maravilha das maravilhas, sabe que o seu melhor amigo tem um caso com... a sua própria namorada. Como se não bastasse, julga ainda ter problemas de ansiedade que, afinal de contas, são apenas o mais leve indício do potencial assassino que existe dentro de si. Introdução feita a Wesley Gibson, Bekmambetov não tarda a levar a narrativa para o local onde esta se sente mais à vontade: a escaramuça visual desenfreada. Matar um para salvar mil, como defende a Fraternidade.

“Wanted” não é um filme fácil de analisar, pois a sua interpretação depende dos filtros de seriedade colocados de início pelo espectador. Aceitar a ideia de uma máquina de tear que decide quem morre e quem vive, bem como a noção de balas que percorrem trajectórias curvilíneas não são certamente pontos de partida de fácil assunção. No entanto, a verdade é que “Wanted” acaba por desenvolver e concluir todos os pressupostos que irrisoriamente apresenta, brindando ainda a audiência com algumas reviravoltas inesperadas. Vendido como um filme dominado pela exótica Angelina Jolie – só esta consegue trazer tanta sensualidade a uma fisionomia anorética -, é, no entanto, McAvoy quem leva o filme às costas. Convincente tanto como herói como enquanto anti-herói, o jovem actor soube transformar-se de forma equilibrada durante as várias fases de transição do filme. Divertido, assustado ou com espírito vingador, McAvoy superou as melhores expectativas e fez de “Wanted” um respeitável sucessor na categoria de “brainless action” de “Shoot ‘em Up”. O final, com coragem suficiente para escapar ao final feliz e à sequela óbvia, é a prova disso mesmo.

quarta-feira, agosto 20, 2008

AC/DC em digressão e Veronica Mars em filme!


Há dias assim. Dias em que tudo corre bem e somos presenteados com a melhor notícia dos últimos meses. E há dias, como o de hoje, em que tudo corre bem e somos presenteados com as duas melhores notícias dos últimos tempos. Cá vão elas:

AC/DC lançam DVD em Setembro e Álbum em Outubro

O novo disco dos AC/DC, Black Ice, chega às lojas no próximo dia 20 de Outubro. O primeiro álbum dos australianos em oito anos terá 15 músicas, sendo "Rock'n'Roll Train" o título do primeiro single, a editar no final de Agosto. Recentemente, a banda realizou um vídeo para este single, contando para o efeito com a participação dos seus fãs, em Londres. A 8 de Setembro, os AC/DC editam também "No Bull: The Director's Cut", um DVD com um concerto filmado em Madrid, há 12 anos. Em Outubro, a banda de "Highway To Hell" dá começo a uma digressão mundial que deverá demorar 18 meses, ou seja, um ano e meio. Até ao momento, não são conhecidas as paragens desta aguardada tournée dos AC/DC. [F]

Filme sobre Veronica Mars

Eu adoro “Veronica Mars”. E não conheço ninguém que não se apaixone à primeira vista por Kristen Bell e a fantástica personagem que a mesma desempenhou, durante três anos, com tanta vivacidade e alento. Por isso, quando alguém relata que Bell e Rob Thomas, o criador da série, foram vistos juntos no mesmo espaço, e, ainda para mais, que estiveram a conversar sobre a possibilidade de transpor a série para o grande ecrã, o meu coração acelera de emoção.(...) Thomas considera mesmo o projecto como prioritário, assim que tenha a sua agenda menos ocupada, e até revela que já teve algumas conversas com Joel Silver, o produtor executivo da série, sobre o assunto. [F]

terça-feira, agosto 19, 2008

Nightmare Before Christmas - Edição Especial


Extras:

- What s This? Jack s Haunted Mansion Holiday Tour
- Frankenweenie (Uncut Version) with new introduction by Tim Burton
- Vincent short film
- Tim Burton s original poem narrated by Christopher Lee
- All-New Audio Commentary by Tim Burton, Director Henry Selick and Music Designer Danny Elfman
- Behind-the-scenes making of Tim Burton s The Nightmare Before Christmas
- The worlds of Tim Burton s The Nightmare Before Christmas Halloween Town, Christmas Town, The Real World
- Deleted Scenes
- Storyboard To Film Comparison
- Original Theatrical Trailers and Posters

segunda-feira, agosto 18, 2008

domingo, agosto 17, 2008

Bikinis? Quem precisa deles?


Entre o poster mais vendido de sempre nos Estados Unidos - doze milhões de cópias oficiais - e a série de televisão mais vista em todo o planeta - detém ainda o recorde de transmissão em cento e quarenta países, quarenta e cinco dos quais com versões dobradas, o que nos leva a outra marca ainda por bater -, ocorre uma justaposição que os une, no mínimo curiosa: ambos ostentam em si um fato-de-banho encarnado. O primeiro, no corpo de Farrah Fawcett, foi lançado em 1974 e encantou os homens norte-americanos. Desconhecida na altura, a rapariga mistério era o sonho de milhões. A fama do seu cartaz atingiu um histerismo tal que Aaron Spelling, um dos mais notáveis produtores norte-americanos e amigo do marido da modelo loira e detentora de um sorriso único, decidiu contratá-la dois anos passados para um dos três papéis principais em "Os Anjos de Charlie", uma série que, como todos sabem, acabou por ser um sucesso estrondoso. A segunda, foi "Marés Vivas". Com uma média de 1,2 mil milhões de espectadores por episódio em todo o mundo, a série que lançou nomes como Pamela Anderson, Carmen Electra ou Krista Allen para o estrelato dispensa apresentações. Fica a memória de uma época onde todos queríamos ser nadadores-salvadores.

sábado, agosto 16, 2008

Funny Games US (2007)

Brincadeiras Perigosas” é um objecto raro e estranho. Um jogo provocatório de Haneke, que usa o espectador como um elemento indefeso e impotente que nada pode fazer perante as suas escolhas narrativas. A narrativa, bem como a audiência, são manipuladas de forma escandalosa e é esse desejo de poder do sexagenário realizador alemão – autor de “Caché” e de “La Pianiste” – que acaba por destituir “Funny Games US” de qualquer credibilidade enquanto obra cinematográfica. O que não invalida que enquanto jogo de expectativas e experiência artística, este remake homónimo de Haneke não seja uma sugestão portentosa para fugir às regras argumentativas tão banais quanto repetitivas do cinema moderno.

A premissa é tão simples como chocante: dois jovens rapazes – interpretados magníficamente por Michael Pitt e Brady Corbet – decidem torturar, por puro prazer, um grupo de famílias que passam férias nas suas afastadas casas junto a um belo lago. Longe da cidade e sem fuga possível, este é um espectáculo de intrépida violência, moldado segundo as regras do realizador – e não as da audiência – que aproveita, segundo alguns dos mais reputados analistas cinematográficos, para criticar de forma pungente o desejo comum e trivial das audiências por violência gratuita. Mas fará sentido censurar um determinado contexto, utilizando a mesma fórmula que se repudia?

No meio de tantas questões controversas e, porque não, contraditórias, existem aspectos técnicos que, no entanto, merecem ser enaltecidos e glorificados. A realização de Michael Haneke, apesar de obsessiva, é tremendamente eficaz e segura, sabendo o alemão escolher sempre o plano mais eficaz para transmitir a sua mensagem, ocultando a irascibilidade sem encobrir o pânico e todos os sentimentos adjacentes aos actos tirânicos de Pitt e Corbet. As interpretações de todo o elenco, sem excepção nem privilégio individual, são convincentes e exímias. Escolhas que, tal como o propósito da obra, não são inocentes: poucas dúvidas há que o facto de nomes como Tim Roth ou Naomi Watts já nada terem a provar ao público de todos os quadrantes certamente serviu para “comercializar” o intelectualismo de Haneke.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Rob Schneider: Save Miguel

quinta-feira, agosto 14, 2008

Debates em directo: Será que vai pegar?

Arriscadíssimo. Será muito provavelmente o maior fracasso da blogosfera, mas serei ousado o suficiente para tentar o impossível: organizar debates cinematográficos no chat aqui da barra lateral direita, todos os dias por volta das 22h00. Depois de ontem - dia de estreia do chat - ter passado umas boas duas horas a discutir os mais diversos temas com alguns clientes regulares cá da casa - que passaram desde o Zeitgeist até ao The Dark Knight -, achei que não tinha nada a perder em tentar isto. Se a moda pega, seremos todos pioneiros.

Tentarei cá estar a maior parte das vezes mas, como é normal, falharei algumas. A minha presença não é obrigatória, apenas recomendável, de modo a banir algum visitante inoportuno. Os temas de debate são completamente flexíveis e apenas sugestões. Como é óbvio, pode-se falar de tudo e mudar de assunto ao final de algum tempo. Eis as recomendações para esta semana:

14/08 - Shyamalan: Génio Incompreendido?
15/08 - The Dark Knight: Melhor Comic de sempre?
16/08 - Há vida depois de Indy IV?
17/08 - Óscares 1994: Duelo de Titãs
18/08 - Filmes subestimados
19/08 - Michael Moore: Propaganda moderna?
20/08 - Isto dava um bom filme...

quarta-feira, agosto 13, 2008

Novidades no Cinema Notebook


Hoje pela primeira vez em algumas semanas tive algum tempo livre para cuidar do estaminé. Depois da pneumonia grave que este blogue apanhou - sem aparente explicação, já que nunca saiu à rua desagasalhado -, que lhe levou as extensas listagens de blogues, entre outros gadgets jeitositos que por aqui andavam, finalmente voltei a recompor a barra lateral direita com algumas ferramentas úteis e vantajosas para a interacção "peer-2-peer", digamos assim. Primeiro, os leitores podem agora ficar rapidamente informados das últimas análises que por cá passaram, com uma olhadela instantânea ao separador "Últimas Críticas". De seguida, comecei a restaurar as listagens de blogues. Ainda estão muito vazias - aliás, ainda nem sequer peguei nos blogues não-cinematográficos - e conto com a vossa ajuda para o preenchimento de espaços. Por fim, aquela que será a ferramenta mais arriscada de sempre do Cinema Notebook: um "Live Chat". O objectivo é organizar debates quinzenais sobre algum assunto cinéfilo em voga nesse determinado momento. O resultado provavelmente será catastrófico, mas quem não arrisca não petisca. Além disso, podem sempre conversar comigo quando me apanharem online. Terei todo o gosto. Se virem que alguém com o nick Knoxville está a dizer tamanhas barbaridades, peçam um comprovativo. Se a pessoa em causa for mesmo eu, efectuarei um comentário neste post. Caso não o faça, é porque algum engraçadinho decidiu brincar com o meu nick. Até já!

terça-feira, agosto 12, 2008

Rei de Espanha vs Homer Simpson


Uma moeda de um euro, no mínimo singular, foi encontrada ontem numa pequena vila espanhola. Enquanto contava os trocos na sua caixa de supermercado, Jose Martinez deu de caras com... Homer Simpson. Nem mais, nem menos. Em vez do Rei Juan Carlos, era Homer e os seus olhos gigantes que ocupavam uma das faces de uma moeda de um euro. Segundo uma fonta citada pela Reuters, a "moeda só pode ter sido trabalhada por um profissional, visto que possui pormenores impressionantes". Esta é a primeira e única moeda conhecida com estes moldes. Amigo Martinez, isso é peça para render uns milhares de euros em leilão. Aproveite.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Take 6 - Wall-E, Chris Carter, Shyamalan...

Uma odisseia. Cada mês que passa, crescem as expectativas em relação à revista, aumentam as responsabilidades dos seus colaboradores e o número de visitantes duplica. Vontade dos Deuses ou não, entre complicações e problemas de última hora, o incansável José Soares, director e mentor deste projecto, consegue publicar continuamente este erário cinematográfico. Sempre melhor, sempre mais bonito, sempre mais completo. Agosto, mês de férias para muitos - mas não para a malta da redacção - não foi excepção. Eis a Take 6, com entrevistas exclusivas em Portugal a Chris Carter, criador da série de culto "X-Files" e a M. Night Shyamalan, sobre o qual também falo na secção "Jovens Realizadores Hoje, Lendas Amanhã". Entre especiais "Wall-E" e "Hellboy", reportagens na Festa do Cinema Italiano, no 24º Festroia, em Vila do Conde ou no Porto 7, esta é uma edição imperdível. A nossa parte está feita, uma vez mais. Faça a sua e fale da revista aos seus amigos e/ou colegas de trabalho. Essa continua a ser a melhor forma de nos pagar.

sábado, agosto 09, 2008

Bernie Mac (1957 - 2008)


Sem vontade de escrever... nada, deixo-vos com alguém que apenas não teve paciência para escrever um título.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Jovens Realizadores: Christopher Nolan (II/II)

Entretanto, os saltos temporais tornaram-se uma imagem de marca do realizador. Com “Memento”, um dos mais aclamados filmes de culto deste novo milénio, Nolan orquestrou uma intrigante e original narrativa do seu irmão, onde um homem com um tipo de amnésia que o impedia de formar memórias recentes, procurava a verdade sobre a morte e a violação da sua mulher. Usando o corpo do protagonista como um bloco de notas, Nolan cria um gigantesco e vertiginoso quebra-cabeças no qual o espectador é convidado a montar todas as peças do estranho puzzle. Fascinante e complexo, “Memento” foi um sucesso estrondoso tanto na Europa como além-fronteiras e o primeiro passo sério para o reconhecimento mediático internacional. Nas bocas do mundo, Nolan foi rapidamente capturado pela Warner Brothers, que lhe propôs um contrato de exclusividade que ainda hoje se mantém e que encetou com o “remake” de um dos maiores sucessos cinematográficos a nível comercial norueguês: “Insomnia”. O britânico contou pela primeira vez com três nomes consagrados no elenco – Al Pacino, Robin Williams e Hillary Swank – mas a recepção ao filme foi mista e confusa. Sem surpresas, a previsão de várias nomeações aos Óscares da Academia saiu furada e “Insomnia” não levou com uma única. No entanto, a Warner Brothers continuava a acreditar no engenho e no talento de Nolan e entregou-lhe o ressuscitamento de um herói defunto: Batman. Em boa hora o fez.

Com “Batman Begins”, Nolan reinventou o Cavaleiro das Trevas, explorando as suas origens e as suas motivações enquanto vingador mascarado que aniquila as forças sinistras de Gotham City. Da excelsa prestação de Bale – que é, de longe, o melhor Batman cinematográfico desde a criação da personagem – ao restante elenco de excepção constítuido por lendas como Gary Oldman, Michael Caine, Morgan Freeman ou Tom Wilkinson, tudo em “Batman – O Início” é articulado de forma equilibrada e sóbria, deixando a nítida e satisfatória sensação de que nunca o homem por dentro da capa negra havia sido tão importante para o desenrolar da trama. Uma rotação de cento e oitenta graus em relação à miserável herança deixada por Joel Schumacher e os seus vilões de plástico. Mas 2006 não tinha ainda acabado para Nolan. Amizade feita com Bale e Caine, Christopher convenceu-os a serem as estrelas, juntamente com Hugh Jackman, de “O Terceiro Passo”, uma história sobre a rivalidade entre dois dos mais conceituados ilusionistas da Inglaterra vitoriana. A forma como “The Prestige” é narrado é, em si mesma, uma ilusão dividida em três passos. Somos presenteados, tal como nas artes mágicas, com um início que se parece vulgar mas não o é. De seguida, somos durante mais de hora e meia ludibriados com uma actuação fantástica que torna extraordinário o vulgar. Por fim, e tal como obedece o mágico terceiro passo, o clímax, em que o efeito da ilusão é produzido e o espectador finalmente bate palmas. Considerado por muitos – e eu fui um deles – como o melhor filme dessa temporada, “O Terceiro Passo” é uma deliciosa tragédia obsessiva. Quando a febre actual de "The Dark Knight" passar, logo se verá o que será feito de Christopher Nolan. Mesmo que pare por alguns anos, o seu sabre já é suficientemente luminoso para combater um duelo interessante com Lucas.

N.d.r: Baseado no artigo publicado em Junho na Revista Take.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Jovens Realizadores: Christopher Nolan (I/II)

Filho de pai inglês e de mãe americana, Christopher Nolan nasceu em Londres a 30 de Julho de 1970. Como uma grande maioria dos mais notáveis jovens realizadores da actualidade, Nolan apaixonou-se pelo cinema quando colocou as mãos, ainda muito novo, numa Super 8mm do pai. Com sete anos apenas, ele e o irmão Matt começaram a elaborar pequenos vídeos caseiros de guerra, onde dispunham de forma estratégica alguns dos seus brinquedos de personagens de acção. E foi nessa mesma altura que o jovem Christopher foi com o pai e o irmão ver a estreia daquele que ainda hoje é considerado um marco da história do cinema: “Guerra das Estrelas”. Conta o pai que Christopher mal saíu do cinema, prometeu a pés juntos que um dia seria como George Lucas. Hoje, trinta anos depois, Lucas é passado e Nolan o presente e o futuro.

Foi na Universidade de Londres que Nolan viria a conhecer Jeremy Theobold, um jovem colega com muito dinheiro no bolso que acabaria por financiar e produzir a sua estreia enquanto realizador de longas-metragens – já anteriormente Theobold havia protagonizado a única curta-metragem da carreira de Nolan. Theobold entrou assim com o dinheiro e apenas pediu a Nolan que este o tornasse a estrela do filme, a cara principal do elenco, fazendo com que toda a história rodasse à sua volta. Nolan aceitou e escreveu “Following”, uma obra onde nunca descobrimos o nome das personagens, que desfilam numa história onde um escritor desinspirado – o tal amigo Theobold – persegue completos desconhecidos na esperança de encontrar uma história com potencial. Com claras artimanhas “noir” e repleto saltos temporais – os chamados flashbacks e flashforwards, tão na moda devido à série “Perdidos” -, Nolan foi aplaudido pela crítica e pelo público que, pouco a pouco, descobria esta película marginal. Como se de marketing viral se tratasse, “Following” chegou a quem de direito e foi galardoado em vários festivais europeus independentes, catapultando o quase trintão de uma vez por todas para o caminho que tão cedo havia traçado: o de Hollywood.

N.d.r: Artigo publicado em Junho na Revista Take.

quarta-feira, agosto 06, 2008

Inglorious Bastards: Pitt, Pegg, Kinski e Novak


Primeiro surgiram Stallone e Bruce Willis como os grandes nomes que Quentin Tarantino iria recrutar para o seu épico sobre a Segunda Guerra Mundial. Nas últimas semanas, Leonardo DiCaprio foi também muito falado mas acabou por ser Brad Pitt a estrela escolhida. Qualquer um deles seria uma escolha hábil, mas Pitt talvez traga mais segurança a Tarantino que DiCaprio. Esta semana tem sido, aliás, repleta de novidades sobre "Inglorious Bastards" - obra que, durante anos, não passou de uma promessa por cumprir -, que parece já ter juntado a Pitt o britânico Simon Pegg, a desaparecida Nastassja Kinski e B.J Novak, conhecido entre nós pelo seu trabalho em "The Office". Tudo parece estar no bom caminho. Resta esperar que Eli Roth, mesmo como actor, não melindre o génio inquietante de Tarantino.

terça-feira, agosto 05, 2008

Pepsi vs Coca-Cola vs Padrinho

segunda-feira, agosto 04, 2008

Woody... sem óculos.


"People keep stealing the glasses. They're welded on. Guys come with blow torches at night and they take the glasses off and steal them." (Woody Allen)

A estátua de Woody Allen na cidade de Oviedo, em Espanha, está nas bocas do mundo. Infelizmente, não pelas melhores razões. Ao que parece, não há semana em que os óculos tão característicos do realizador nova-iorquino não desapareçam da estátua. Isto não seria nada de extraordinário... caso os óculos não tivessem soldados e não fizessem parte do próprio monumento. A mesma estátua que Woody, bem-disposto como sempre, afirmou ser "um dos maiores mistérios da civilização moderna", por não ter nenhuma ligação pessoal ou profissional a Oviedo.

domingo, agosto 03, 2008

sábado, agosto 02, 2008

The Dark Knight + Hancock = ?


Eis o que acontece quando uma sala de cinema troca de super-herói...

sexta-feira, agosto 01, 2008

Jovens Realizadores: Neil Marshall (II/II)

Tudo começa então em Newcastle, numa escola de cinema, onde Neil orquestra um par de curtas-metragens que rapidamente apaixonam tanto os colegas, como professores e profissionais do ramo. Rapidamente contratado por diversas produtoras britânicas independentes para alguns pequenos e modestos trabalhos de escrita e edição de imagem, Marshall acaba por dar o salto para o estrelato em 2002, com o seu “Lobos Assassinos”, uma caricata obra de estreia de baixo orçamento, que narra a história de um esquadrão de oficiais do exército que, durante uma missão de treino nas montanhas escocesas, é confrontado com uma raça destruidora e subversiva de lobos gigantes. Com um estilo de montagem similar ao de Bogdanovich, onde o take intermédio é muitas vezes suprimido em benefício do suspense e do mistério, “Dog Soldiers” foi considerado por alguns dos mais conceituados críticos de cinema como uma reinvenção extravagante e brilhante do conceito “lobisomem”.

No entanto, seria ainda assim a sua segunda fita cinematográfica, já com um considerável apoio financeiro de suporte, que o levaria às bocas de todo o mundo. Justamente, diga-se de passagem, já que “A Descida” levou o cinema fantástico de terror a outro nível, sendo considerado de forma unânime, tanto pelo público como pela crítica, como um dos melhores filmes do género jamais feitos, cometendo ainda a proeza de arrasar por completo com o tipo instituído de camaradagem feminina afectiva tão comum em premissas como a de “The Descent”. Adepto de sequências alucinantes - com pouca luz e mosqueadas de humor negro - e reviravoltas tão inesperadas como chocantes, Neil Marshall não ficará, certamente, por muito mais tempo na escuridão da ignorância e da ingratidão dos grandes estúdios. E como não há duas sem três, o melhor mesmo é esperar que “Doomsday” chegue a Portugal... pela porta grande e não lançado directamente para o mercado de DVD.

N.d.r: Artigo publicado em Fevereiro na Revista Take.