sexta-feira, setembro 30, 2011

quinta-feira, setembro 29, 2011

Novidades TCN (III)

Faz-me alguma confusão ver alguns fantásticos blogues de cinema ou televisão que sobrevivem e brilham do trabalho de uma só pessoa irem a votos em categorias colectivas, mas as regras são para ser cumpridas: se na sua ficha técnica estão lá dois ou mais nomes, alguma razão deve existir. Ou não.

quarta-feira, setembro 28, 2011

10 filmes tão maus que são... hilariantes!


Hilariously bad, but endlessly enjoyable. These are movies I can watch over and over again, preferably in a group of like-minded friends.

terça-feira, setembro 27, 2011

Novidades TCN (II)

Já tenho aqui um ficheiro de excel com todos os nomeados arranjadinhos. Não concordo com todos, mas provavelmente serão os mais justos. Espero que este sistema de candidaturas e nomeações "à le Academie" seja uma evolução positiva e natural para uma edição ainda mais renhida que a do ano passado. O método foi simples: ficaram nomeados os mais escolhidos pelos bloggers para cada categoria; entre os empatados, quase sempre com um ou dois votos, decidiu o júri.

segunda-feira, setembro 26, 2011

The poor die young!

domingo, setembro 25, 2011

Novidades TCN (I)

O ano passado foram 7 nomeados por categoria. Este ano são 8. Em tempos de crise nacional, a inflação é que manda na blogosfera cinematográfica.

PS: A categoria de "Melhor Blogger" continuará com 10 nomeados, tal como na primeira edição.

sábado, setembro 24, 2011

Pouca luz é mau sinal

via Play it for me, Sam

sexta-feira, setembro 23, 2011

Sim, afinal vale a pena

Ultrapassam já as duas dezenas de e-mails na caixa postal com nomeações e candidaturas aos TCN Blog Awards 2011. Hoje é último dia para receber as mesmas e, mesmo que não venha mais nenhuma, o saldo é para já positivo. No entanto, fica o sabor algo agridoce que alguns dos mais nomeados em várias categorias serem exactamente os mesmos que ainda não deram sinal de vida - ou de interesse - nesta fase de "recrutamento". Espero que depois não surjam "gritos" de revolta com a ausência de um ou outro artigo de qualidade entre os nomeados, bem como que não se esqueçam que um dos factores de avaliação na categoria de "Blogger do Ano", é, nem mais nem menos, a preocupação e o envolvimento nas mais variadas iniciativas cinematográficas blogosféricas. Esta inclusive. Não percam novidades sobre este assunto nos próximos dias.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Billy Wilder dixit

"A director must be a policeman, a midwife, a psychoanalyst, a sycophant and a bastard."

quarta-feira, setembro 21, 2011

Come fly with me

terça-feira, setembro 20, 2011

segunda-feira, setembro 19, 2011

Cartazes: Zombieland Rules

domingo, setembro 18, 2011

Vergonha

sábado, setembro 17, 2011

13.000... and counting!

sexta-feira, setembro 16, 2011

quinta-feira, setembro 15, 2011

Blogue da Semana (#74)

quarta-feira, setembro 14, 2011

Woody Allen dixit

"If my film makes one more person miserable, I’ve done my job."

terça-feira, setembro 13, 2011

Ai se fosse eu...

segunda-feira, setembro 12, 2011

Regresso ao Futuro


Vamos lá esclarecer a questão do momento em vários comentários: não, o Cinema Notebook não entrou numa máquina do tempo, ou dando razão ao título, num qualquer DeLorean mágico. Não, apesar de estar perdido no meio do Oceano Atlântico, não estou perdido no tempo - ainda. A razão das entradas estarem neste momento datadas de Setembro é simples: este blogue é, desde o seu primeiro dia, um diário aberto. E, como em qualquer diário que se preze, não há dias em branco. Por isso, e até estar de Regresso ao Presente, se vos faz confusão, não liguem às datas.

domingo, setembro 11, 2011

9/11

sábado, setembro 10, 2011

Zombieland... a série?


Boa ou má notícia? Por um lado, fico contente pelo divertido conceito continuar em série, mas por outro algo triste por esta notícia muito provavelmente significar que não haverá uma sequela cinematográfica - merecida e esperada pelos fãs - para a comédia apocalíptica de Ruben Fleischer. Either way, something is better than nothing.

sexta-feira, setembro 09, 2011

You've been Trumped


The billionaire property developer Donald Trump has bought up hundreds of acres on the northeast coast of Scotland, best known to movie-lovers as the setting for the 1983 classic film “Local Hero.” And like the American oil tycoon played by Burt Lancaster, he needs to buy out a few more locals to make the deal come true. In a land swimming with golf courses, Trump is going to build two more – alongside a 450-room hotel and 1,500 luxury homes. The trouble is, the land he purchased occupies one of Europe’s most environmentally sensitive stretches of coast, described by one leading scientist as Scotland’s Amazon rain forest. And the local residents don’t want it destroyed.

quinta-feira, setembro 08, 2011

TCN Blog Awards 2011: Valerá mesmo a pena?


Com a preciosa ajuda do Samuel Andrade, pedi a várias dezenas de bloggers nacionais que me ajudassem com as nomeações para a 2ª edição dos TCN Blog Awards, de modo a que o sucesso da primeira experiência não ficasse sem sucessão. Em três semanas, recebi... três e-mails. Questiono-me se valerá a pena continuar com o planeamento de uma nova edição. Os próximos dias assim o dirão.

quarta-feira, setembro 07, 2011

Yes, it's Penn.


Cheyenne, a wealthy former rock star (Sean Penn), now bored and jaded in his retirement embarks on a quest to find his father’s persecutor, an ex-Nazi war criminal now hiding out in the U.S. Learning his father is close to death, he travels to New York in the hope of being reconciled with him during his final hours, only to arrive too late. Having been estranged for over 30 years, it is only now in death that he learns the true extent of his father’s humiliation in Auschwitz at the hands of former SS Officer Aloise Muller – an event he is determined to avenge. So begins a life-altering journey across the heartland of America to track down and confront his father’s nemesis.

terça-feira, setembro 06, 2011

Same zip code, new hot girl

segunda-feira, setembro 05, 2011

Quentin Tarantinto dixit

"If a million people see my movie, I hope they see a million different movies."

domingo, setembro 04, 2011

Duplos (V/V) - Entrevista Zoe Bell


Regina, em “Lost”. Uma participação especial certamente invejada por muitos actores de grande calibre, que já expressaram o seu desejo em entrar na série. Como é que apareceu essa oportunidade? Eras fã da série?

Eles contactaram o meu agente na altura e perguntaram se eu estaria interessada. Eu disse logo que sim e tive uns dias fantásticos a filmar com aquela equipa maravilhosa. Faria muito mais episódios se quisessem.

Vais ser protagonista de “Whip It” e “Gamer”. O que nos podes dizer sobre os dois filmes?

“Whip It” vai ser uma comédia de acção para um público feminino. Conta com a estrela de “Juno”, a Ellen Page, e é a estreia na realização da Drew Barrymore. A minha personagem é uma jogadora de roller derby a quem chamam Bloody Holly. O “Gamer” é um thriller de acção passado num futuro próximo, quando os jogos de computador desenvolveram-se para um assustador novo território de interactividade. Eu interpreto uma “escrava” de um jogo. O nome da personagem é Sandra e vou estar lado a lado com o Gerard Butler.

E depois destes dois filmes, o que vem a seguir na tua carreira?

Participei num projecto online da Sony chamado “Angel of Death”. A lenda da banda desenhada Ed Brubaker narra a história de Eve – interpretada por mim -, uma assassina estóica cuja vida sofre uma grande reviravolta quando uma missão corre mal e acaba com 15 cm de metal espetados no crânio. Esteve online durante algum tempo, vai ser transmitida nas próximas semanas pela Spike TV e será lançada em DVD em Agosto. Foi uma aventura fantástica e tenho os dedos cruzados para que a série volte para uma segunda temporada. Também tenho um western em perspectiva, realizado e escrito pelo neo-zelandês Andrew McKensie. Adoro trabalhar no meu país. Espero conseguir fazê-lo muito mais no futuro.

Que realizadores mais admiras – para além do Tarantino, certamente? E um, acima de todos, com quem gostarias de trabalhar.

Peter Jackson, Paul Greengrass, James Cameron… bem a lista seria muito longa. Não consigo escolher um só nome.

Que filme viste mais vezes na tua vida e quem foi a tua primeira paixão cinematográfica?


Como grande parte das raparigas, provavelmente foi o “Dirty Dancing” que vi mais vezes. Tantas que podia fazer carreira disso. Quanto à primeira paixão, essa tem que ser sem dúvida alguma o River Phoenix no “Stand By Me”.

Qual é o DVD mais embaraçoso da tua colecção?


Bem… um qualquer de Pilates.

Imagina que estás num karaoke: que música escolhes?


No dia em que alguém me apanhar no karaoke, é porque o mundo está para acabar.

Qual o melhor rumor que já ouviste sobre ti própria?


Que eu e o Quentin andávamos enrolados um com o outro.

Já alguma vez estiveste em Portugal?


Nunca estive, mas adorava ir um dia.

Três coisas que te venham imediatamente à cabeça quando pensas em Portugal?


1) Tenho 2) que 3) visitar!

Queres deixar alguma mensagem aos nossos leitores?


Queria apenas agradecer a todos aqueles que seguem a minha carreira e apoiam-me.

Artigo publicado na Take 17.

sábado, setembro 03, 2011

Duplos (IV/V) - Entrevista Zoe Bell


O teu historial em ginástica e artes marciais certamente ajudou-te a estabeleceres-te enquanto uma das mais talentosas e bem pagas duplas de cinema do mundo. No entanto, a natureza do trabalho certamente fez-te passar por algumas situações complicadas. Podes contar-nos alguma história curiosa de género? Já tiveste alguma lesão profissional grave na tua carreira?

Sim, já estive em várias situações pouco comuns na minha carreira, e sim, já tive uma ou outra lesão muito grave. A primeira foi mesmo no primeiro ano de “Xena”, nas costas. Foi bastante grave e fiquei tremendamente desapontada por descobrir que era humana – com as respectivas limitações humanas – e estava longe de ser invencível. Mesmo assim, ainda não estou convencida a 100% disso (risos)! Também tive uma lesão muito grave num pulso no final das gravações do Kill Bill. Esta foi ainda mais séria que a primeira e tive que abandonar a minha carreira durante um ano. Foi o ano mais complicado da minha vida.

Uma última questão antes de passarmos para outro tema: achas que o trabalho e o futuro dos duplos está ameaçado pela evolução dos efeitos especiais criados por computador?


Essa é uma questão muito interessante. Existem definitivamente várias coisas que podem ser feitas agora sem a gravação de um único take que, antigamente, tinha obrigatoriamente de passar por um duplo de cinema. Mas também acontecem agora coisas numa tela de cinema que sem CGI jamais seriam possíveis. Mas isso é algo que não me preocupa: as audiências hoje em dia são exigentes e têm um olho crítico e atento para tudo o que pareça demasiado artificial. Há algo místico e único na acção real que a CGI não consegue dar. Por isso acho que há espaço para ambas e, se tudo for bem pensado, podem complementar-se e oferecer ao público algo fantástico.

Agora, Hollywood. Que grande estreia em “Death Proof”. Como é que foi estar à frente das câmaras com nomes como Kurt Russell ou Rosario Dawson? E, mais uma vez, como é que arranjaste o papel?


Quentin é a razão pela qual acabei em “Death Proof”. Segundo o que ele me disse, mal começou a pensar no projecto pensou em mim. Mas eu não sabia de nada, aliás só soube quando ele pediu para se encontrar comigo e trouxe o guião consigo. Fiquei chocada mas senti-me honrada ao mesmo tempo. Que experiência fantástica que viria a ser. Trabalhar com o Kurt, a Ro e todos os outros foi uma bênção. Verdadeiros profissionais, sem manias de estrelas.

A interpretação é o teu futuro agora? Colocaste de parte de uma vez por todas o trabalho de dupla, ou vais articular as duas coisas?

Ser actriz é definitivamente o meu novo desejo. Mas não posso, em boa consciência, virar as costas ao mundo dos duplos, já que a minha carreira enquanto dupla é como uma melhor amiga. Ajudou-me e levou-me a sítios que nunca pensei visitar. Fez-me conhecer pessoas inacreditáveis e ensinou-me e deu-me tanta coisa ao longo dos anos. Em suma, vou tentar fazer alguns trabalhos de dupla para os melhores, por diversão. Para o Quentin, por exemplo, ou relacionados com as minhas personagens.

Continua...

Artigo publicado na Take 17.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Duplos (III/V) - Entrevista Zoe Bell


Zoë Bell ficou conhecida do grande público quando Quentin Tarantino fez dela uma das divas rebeldes e corajosas de “Death Proof”. Naquela que foi a sua auspiciosa estreia enquanto actriz, Zoë esteve pendurada no capot de um carro em alta perseguição durante largos minutos de fita, provando que a alcunha “Zoë the Cat” não lhe foi dada por mera brincadeira. Poucos sabiam, no entanto, que Zoë era já nessa altura uma das mais conceituadas duplas de cinema em todo o mundo, com direito a documentário e tudo sobre a sua vida nesse mundo. Dupla de Uma Thurman no díptico “Kill Bill” e de Xena – naquele que foi o seu primeiro trabalho – em “Xena: Warrior Princess”, Zoë abriu o jogo com a Take e falou-nos de tudo um pouco. Da sua infância nas artes marciais ao futuro enquanto actriz, sem esquecer o seu papel em “Gamer”, um filme que estreia em Setembro em Portugal.

Zoë, antes de mais, obrigado pela entrevista. O que fazes para te distrair quando não estás a trabalhar?

Consigo oscilar entre ser demasiado activa e impressionantemente preguiçosa. O meu hobby favorito é surfar. Mas o que mais gosto de fazer é estar às refeições com os meus amigos. Além disso, ando de bicicleta e skate, leio um livro de vez e quando e vou, sempre que posso, ao cinema. Mas tenho dias em que não tiro o pijama o dia todo (risos). Depende da vontade com que acordo.

Começaste na indústria como dupla de cinema da Lucy Lawless, na série “Xena: Warrior Princess”. Como é que foste lá parar? Foi algo inesperado ou planeaste desde sempre trabalhar nesse meio?

Eu era uma ginasta de alguma categoria entre os meus nove e os meus quinze anos. Além disso, comecei a praticar Tae Kwon Do aos dezasseis anos. Quando cheguei aos dezoito, descobri através do meu pai, que conhecia um dos mais conceituados duplos na Nova Zelândia, que podia fazer vida enquanto dupla de cinema, pois tinha todas as características chave para a profissão. Era uma ideia única e estranha, mas que ficou presa na minha cabeça. Arrisquei e acabei por ser escolhida para substituir a dupla original da “Xena”. Foi uma surpresa, daquelas que mudam uma vida. Quase sem dar conta, acabei por ficar encarregue dessa função por três anos. Talvez os mais importantes a nível pessoal e profissional da minha vida.

Continua...

Artigo publicado na Take 17.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Duplos (II/V)


ESTRELAS QUE DISPENSAM DUPLOS

Muitos são os protagonistas do cinema americano e mundial que dispensam duplos, já que fazem por sua conta e risco as cenas mais arriscadas e complicadas dos seus filmes. Charlie Chaplin e Buster Keaton foram alguns dos nomes mais conceituados a fazê-lo primeiro. No entanto, rapidamente a indústria limitou essa liberdade a todos os que gostavam de se aventurar: a maior parte deles eram pouco atléticos e os seus seguros elevadíssimos. Os riscos de algo correr mal e todo o projecto ficar pendurado por uma lesão – ou até algo mais grave – de uma das estrelas não justificava nem permitia mania nenhuma. Ainda hoje, essa “regra invisível” aplica-se. No entanto, há quem recuse proeminentemente ser substituído por um duplo, por casmurrice ou simplesmente para agradar aos fãs, e tenha criado grande parte da sua fama à volta disso. Entre eles, o insubstituível e inimitável Jackie Chan, Igor Breakenback ou Phanon Yeerum, especialista em Muay Thai. Entre as grandes estrelas de Hollywood, especial destaque para Tom Cruise e Viggo Mortensen, clientes habituais de algumas das cenas mais arriscadas dos seus filmes.

MORTOS E FERIDOS

Segundo dados que circulam em sites da especialidade na internet, cerca de metade dos filmes que usam duplos acabam com pelo menos lesões para um dos profissionais envolvidos. A média de mortes é de 5 para cada 2.000 profissionais que sofrem lesões. Há estatísticas que demonstram que entre 1980 e 1990, morreram 37 profissionais em acidentes durante filmagens. Dessas 37 mortes, 24 estavam relacionadas com cenas de helicópteros.

O primeiro duplo a falecer durante as gravações de um filme foi Ormer Locklear, em 1920, quando pilotava um avião no filme “The Skywayman”. Em 1928, nas filmagens de “Noah’s Ark”, vários foram os que morreram – entre outros tantos feridos graves, que resultaram na imputação de pernas – numa cena que envolvia várias centenas de duplos a serem “apanhados” pela grande enchente. Foi resultado desta tragédia que em 1929 foram introduzidas várias regras de segurança em Hollywood.

No clássico “The Wizard of Oz”, no final da década de 30, a actriz Margaret Hamilton ficou gravemente queimada durante uma cena de incêndio. Um atraso na abertura de uma porta escondida no cenário fez com que Margaret e a sua dupla fossem parar ao hospital em péssimo estado. Na década de 60, o duplo Paul Mantz faleceu quando o avião que dá nome ao filme “The Flight of the Phoenix” falhou o local de aterragem previsto e chocou contra uma duna. Em 1979, nas filmagens de “Steel”, o conceituado duplo A.J. Bakunas também faleceu quando um salto de um prédio em construção, com 91 metros de altura, saiu furado. Literalmente. O airbag que aparava a queda rebentou com o impacto e Bakunas teve morte imediata.

Mas seria a década de 80 a mais terrível na história da profissão. Logo no início, uma tragédia ainda hoje relembrada marcou a história de “Twilight Zone: The Movie”: numa sequência realizada por John Landis, a 23 de Julho de 1982, o actor Vic Morrow e as jovens estrelas My-Ca Dinh Le e Renee Shin- Yi Chen, com sete e seis anos respectivamente, morreram num acidente que envolvia um helicóptero em estúdio. Sem ninguém estar à espera, perdeu-se o controlo sobre a máquina e as hélices decapitaram a cabeça de Morrow e de uma das crianças. A outra criança morreu esmagada pelo helicóptero. Em 1984, a legendária dupla Heidi van Beltz ficou paraplégica depois de um acidente de carro mal planeado, nas filmagens de “Cannonball Run II”. Dois anos passados, foi o duplo e piloto Art Scholl que faleceu num acidente de avião em “Top Gun”, filme que popularizou um Tom Cruise em início de carreira.

Nem o mítico Jackie Chan escapou a um grande susto. Nesse mesmo ano, em “Armour of God”, Chan caiu inesperadamente de uma janela a 5 metros de altura. Nada de muito grave, não tivesse caído sobre a sua cabeça. Parte do cérebro ficou à vista e só depois de oito horas de cirurgia é que o actor e duplo ficou fora de perigo. Desde esse dia, que Chan não ouve de um dos ouvidos e tem uma protecção de plástico interna a revestir parte do cérebro.

Mas a mais famosa das tragédias em rodagem aconteceu em 1993. Uma pistola que deveria conter apenas cartuxos vazios foi disparada na direcção do actor principal, então fenómeno, Brandon Lee. Uma bala real encravada no cano da pistola foi disparada juntamente com o cartuxo vazio, provocando a morte do actor, que faleceu a caminho do hospital.

RECONHECIMENTO

Os duplos em Hollywood são vistos actualmente como os patinhos feios da indústria. A Academia Norte-Americana de Artes e Ciências Cinematográficas recusou até hoje, por várias vezes, a criação de uma categoria para “Best Stunts” nos Óscares. Os seus salários são absurdamente reduzidos quando comparados aos dos que dão a cara. Felizmente, e tendo noção de tamanha injustiça, apareceu em 2001 o “World Stunt Awards”, organizado pela Taurus World Stunt Academy, uma associação constituída por mais de 1500 empresas dedicadas em exclusivo ao stuntworking. Além do “Lifetime Achievement”, o galardão mais especial da cerimónia, são distinguidas ainda outras oito categorias: Best Fight, Best Fire Stunt, Best High Work, Best Overall Stunt by a Stunt Man, Best Overall Stunt by a Stunt Woman, Best Speciality Stunt, Best Work with a Vehicle e Best Stunt Coordinator.

Continua...

Artigo publicado na Take 17.