sábado, novembro 30, 2013

1 (2013)

Graham Hill, Jackie Stewart, Niki Lauda, James Hunt ou Emerson Fitiipaldi, apenas para referir alguns. Todos estrelas deste documentário sobre a época dourada da Fórmula 1, aquela que entre meados dos anos sessenta e as primeiras temporadas da década de oitenta provocou profundas alterações num dos desportos mais glamorosos, mas também mais perigosos e mortíferos dos tempos modernos. Sim, há pouco mais de trinta anos, a morte era um factor comum nos perigosos "Grand Prix", circuitos onde a inexistência de regras, barreiras, protecções e limites tanto para os pilotos como para o público tornavam a Fórmula 1 num verdadeiro circo desportivo e emocional, onde tudo valia desde atropelamentos a embates contra árvores, a carros em chamas com condutores lá dentro sem um único extintor ou socorrista por perto a corridas que não paravam mesmo que tivessem cinco ou seis carros completamente destroçados na pista. Esta é a história de como alguns carismáticos pilotos enfrentaram o poder e obrigaram quem de direito a tornar mais seguro - apesar de menos interessante - o desporto motorizado que mais paixões - e dinheiro - movimenta em todo o mundo.

Acredito numa máxima crítica: um documentário é bom quando gera interesse e capta a nossa atenção para um tema para o qual somos, à partida, indiferentes. Nunca fui fã de qualquer desporto motorizado e apenas segui a Fórmula 1 quando Ayrton Senna acelerava em manhãs épicas na RTP Açores. Não vejo, aliás, uma única corrida de F1 desde 1994, ano em que o brasileiro faleceu no Grande Prémio de San Marino, e de automóveis e motores em geral pouco percebo - até o facto de gastar aqui e ali uma pipa de massa num carro novo é, para mim, um fenómeno que não compreendo na totalidade. Dito isso, terminado "1", de Paul Crowder, fiquei cheio de vontade de trocar as tardes de fintas, defesas e remates na televisão por umas ultrapassagens e colisões em circuitos como o de Mónaco ou o de Monza.

Moldado numa estrutura narrativa muito mais cinematográfica do que documental, onde a perspectiva humana triunfa sobre o carácter técnico que justifica a sua importância enquanto relato de uma época, Paul Crowder domina de forma excelsa os timings de cada "capítulo", conseguindo manter-se interessante mesmo em períodos em que tanto enfoque na segurança e não tanto na adrenalina em si poderiam ter colocado em risco a ligação com o espectador. A narração começa por estranhar-se - apenas para mais tarde entranhar-se -, sendo os contributos regulares de lendas como Jacky Stewart ou Niki Lauda decisivos para apimentar certas histórias. Justa homenagem a lendas que deram a sua vida pelo desporto, o excelente trabalho de pesquisa de imagens e gravações é adornado com uma banda sonora electrizante que catapulta a fita para uma atmosfera magnetizante, cativante tanto para o mais acérrimo fã de duelos épicos como os de Lauda e Hunt, como para os ignorantes que desconheciam o lado boémio e playboy deste último. E porque é impossível exemplificar o progresso na segurança sem demonstrar alguns dos acidentes mais polémicos e famosos da F1, somos muitas vezes afogados em imagens desconfortáveis onde pilotos a arder sem salvação possível invadem a nossa zona de conforto e fazem-nos perceber o carácter informativo, pedagógico e provocador deste documentário.

sexta-feira, novembro 29, 2013

Paul Walker (1973-2013)

quinta-feira, novembro 28, 2013

Il divo (2008)

Giulio Andreotti, sete vezes Primeiro-Ministro italiano, oito vezes Ministro da Defesa e cinco vezes responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, entre muitos outros cargos que ocupou durante cerca de cinquenta anos de actividade partidária. Sem dúvida alguma uma das figuras políticas mais importantes e controversas do pós-Guerra em Itália, o "divino" é relembrado agora após o seu falecimento pelo seu sentido de humor e carisma, mas também pelas acusações e suspeitas de ligações à Máfia e a diversos crimes cometidos em prol de uma governabilidade sustentável. "Il divo", realizado pelo excêntrico Paolo Sorrentino, recria em tom satírico-biográfico o seu sétimo e último mandato enquanto Primeiro-Ministro, aquele em que enfrentou a justiça, perdeu a eleição a Presidente da República de forma contundente e viu a sua credibilidade ser totalmente devastada pela imprensa e pelo Senado.

Vencedor do Prémio do Júri no Festival de Cannes de 2008, "Il Divo - A Vida Espectacular de Giulio Andreotti" condensa o bem e o mal de uma personalidade singular num retrato de estilo caricato, que arranca em dificuldade - muitas personagens e demasiados simbolismos dificultam a compreensão do contexto e da narrativa a quem é apresentado pela primeira vez a todo este "circo" sociopolítico - mas termina em beleza, com magníficos diálogos - destaque para o duelo entre o fruto do acaso e a vontade de Deus -, provocações ao espectador e várias zonas cinzentas na história de um Homem cujo poder se alimentava na sombra. Sorrentino brinca com os planos e com a respectiva sonoplastia, toma partido em enigmas ainda hoje factualmente misteriosos - como o encontro d'O Papa Negro com "A Besta" - e choca o espectador contrariando imagens a desmentidos verbais. Andreotti acaba por servir a Sorrentino enquanto espelho ustório de uma Itália cujo sistema político continua autista, fechado em si próprio, acima da justiça e dos tribunais; prova disso mesmo foi Andreotti, condenado posteriormente aos acontecimentos relatados no filme a mais de vinte anos de prisão pelo envolvimento com a Máfia em vários crimes, mas que acabaria no entanto por ver a sua sentença ser anulada pelo Senado, que o considerou intocável. Destaque final para o papelão de Toni Servillo, napolitano cuja carreira neste género criminal tem-se revelado intocável.

quarta-feira, novembro 27, 2013

terça-feira, novembro 26, 2013

segunda-feira, novembro 25, 2013

My Cousin Vinny (1992)

Bill Gambini (Ralph Macchio) e Buddy Stan (Mitchell Whitfield) são dois amigos que, numa road trip pelos Estados Unidos num descapotável clássico, acabam por ser errada e inesperadamente acusados de homicídio. Várias confusões após terem sido detidos, uma mão cheia de coincidências infelizes e o facto de terem abandonado a área de serviço onde o funcionário foi assassinado à pressa – porque deram conta que trouxeram uma lata de atum sem pagar – acabam por torná-los nos principais suspeitos e, sem dinheiro para melhor, na necessidade de recorrer à ajuda do único advogado que conhecem: Vinny Gambini (Joe Pesci), familiar nova-iorquino de Bill que nunca defendeu ninguém em tribunal e chumbou por cinco vezes no exame da ordem. O seu jeito pouco convencional numa Alabama muito conservadora, aliado às roupas de cabedal da sua noiva (Marisa Tomei) e à atenção aos procedimentos do carrancudo juiz do caso, vai tornar este julgamento num verdadeiro circo de tentativa e erro.

Qual a relação directa de "O Meu Primo Vinny" com a máfia? Absolutamente nenhuma. Perguntam então os leitores qual a razão da sua inclusão nesta secção. Bem, a verdade é que Vinny Gambino tem todos os trejeitos de um mafioso divertido e foi o mais próximo que o pequeno grande Pesci teve de juntar dois amores e talentos cinematográficos: a comédia e a máfia. Com um elenco de suporte fenomenal – do xerife Bruce McGill ao juiz frankenstein Fred Gwynne, sem esquecer a talentosa Marisa Tomei que com a sua Mona Lisa arrecadou uma das mais inesperadas (e provavelmente injustificadas) conquistas da história dos Óscares -, "My Cousin Vinny" é uma das comédias obrigatórias dos anos noventa e sem dúvida alguma uma das mais eficazes no uso do estilo gingão italiano da Casa Nostra.

domingo, novembro 24, 2013

Maminhas e Rammstein, meu Deus!

sábado, novembro 23, 2013

sexta-feira, novembro 22, 2013

JFK


"President Kennedy was a transformational leader, and it's hard to imagine what it felt like to hear of his assassination 50 years ago today. Kennedy was shot as the Boston Symphony Orchestra was about to begin its regular Friday afternoon concert. When word of his death reached the hall a few minutes later, the audience was already seated, oblivious to the world-changing events happening in Dallas. In a powerful — and stunningly level-headed — decision, the orchestra's music director, Erich Leinsdorf, sent librarian William Shisler to get the music for the funeral march from Beethoven's "Eroica" symphony. Shisler quickly distributed the music onstage, letting the musicians know what had happened. This recording, from WGBH in Boston, begins when Leinsdorf takes the stage to announce the terrible news to the audience and captures the BSO's heart-rending performance of the Beethoven symphony — a work they found out they were playing only minutes before." [F]

quinta-feira, novembro 21, 2013

La siciliana ribelle (2008)

"La siciliana ribelle" narra a história verídica de Rita Atria, uma rapariga cujo testemunho e diários de adolescência foram fundamentais para colocar atrás das grades dezenas dos mais influentes mafiosos sicilianos, naquela que foi até hoje uma das operações antimáfia de maior sucesso em Itália, decorria o ano de 1992. O que começou como uma demanda por vingança de uma jovem rapariga cujo pai e irmão - também eles mafiosos respeitados no meio - tinham visto o feitiço virar-se contra o feiticeiro em disputas locais, acaba por acompanhar o crescimento interior e exterior de Rita, contra tudo e contra todos - inclusive família, amigos e namorado - até o único objectivo em vista ser a justiça e o desmantelamento de um mal que a sociedade sempre tomou como inevitável.

Aparentemente bastante fiel à história que lhe dá origem, "The Sicilian Girl" revela-se uma experiência cinematográfica que presta tributo de forma muito competente à curta mas significativa vida de uma heroína para muitos desconhecida. Partindo de um documentário do final dos anos noventa também realizado por Marco Amenta, o realizador italiano oferece agora uma versão ficcionada de uma epopeia judicial e criminal que comoveu um país, dando tempo às personagens para criar laços com a audiência, focando-se sempre no ponto de vista de Rita, deixando quase todos os crimes relatados pela mesma ao critério da imaginação do espectador. Não há distracções com planos violentos ou chocantes, deixando toda a atenção numa mão cheia de interpretações fenomenais, como as dos experientes Gerard Jugnot ou Marcello Mazzarella. Curiosamente, acaba por ser a protagonista Veronica D'Agostino a deixar algo a desejar, muitas vezes num overacting desnecessário pouco adequado à fragilidade emocional em que a sua personagem se encontrava. Ainda assim, nada que o deva afastar de um relato fidedigno obrigatório para qualquer curioso sobre a relação desavergonhada entre a máfia siciliana e o estado italiano.

quarta-feira, novembro 20, 2013

CCOP - Top de Outubro de 2013

A liderar o Top de Outubro surge Noah Baumbach e Greta Gerwig, no filme Frances Ha. O filme, que recebeu recentemente uma edição em Blu-ray da Criterion, foi classificado com a nota média de 8,38 em 10. Esta nota permite-lhe a entrada directa na terceira posição do top do ano, ex-aequo com o romeno Para Lá das Colinas. A segunda posição é ocupada por um dos filmes mais comentados do ano e que agradou também aos críticos do CCOP: Gravidade, de Alfonso Cuarón recebeu a nota média de 8,22 e um lugar directo na oitava posição do top anual. Já a finalizar o pódio, dois filmes surgem lado a lado, com uma classificação de 8: Raptadas, de Denis Villeneuve e Capitão Phillips, de Paul Greengrass. Apesar da nota, não conseguiram figurar no top 10 do ano, cujo último lugar está agora ocupado por Branca de Neve e O Outro Lado do Coração, ambos com uma classificação média de 8,10.

Top de Outubro de 2013

1. Frances Ha, de Noah Baumbach | 8,38
2. Gravidade, de Alfonso Cuarón | 8,22
3. Raptadas, de Denis Villeneuve | 8,00
3. Capitão Phillips, de Paul Greengrass | 8,00
5. Reino Animal, de David Michôd | 7,86
6. Fuga, de Jeff Nichols | 7,78
7. Quatro Leões, de Chris Morris | 7,25
8. Eu e Tu, de Bernardo Bertolucci | 7,17
9. Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta | 7,00
9. Rush - Duelo de Rivais, de Ron Howard | 7,00
9. Dá Tempo ao Tempo, de Richard Curtis | 7,00
12. O Sentido do Amor, de David Mackenzie | 6,50
13. Isto é o Fim!, de Evan Goldberg e Seth Rogen | 6,40
13. Don Jon, de Joseph Gordon-Levitt | 6,40
15. A Chamada, de Brad Anderson | 5,83

terça-feira, novembro 19, 2013

TCN 2013: Data, Local e Reservas

É com imensa satisfação que anuncio que a quarta edição dos TCN Blog Awards irá realizar-se no próximo dia 21 de Dezembro de 2013, Sábado, pelas 15:00, no Auditório Rainha Santa Isabel, no Centro Cultural Casapiano. Situado em Lisboa, na Rua dos Jerónimos, Nº7, por trás do Mosteiro dos Jerónimos, o CCC acolhe pelo segundo ano consecutivo este evento. Tal como o ano passado, para garantir um lugar na cerimónia de entrega dos TCN Blog Awards 2013, terão que enviar um e-mail para tcnblogawards@gmail.com com os seguintes dados:

Título da mensagem
- Reserva de Lugar TCN 2013

Corpo da mensagem
- Primeiro e último nome, bem como primeiro e último nome de convidados/acompanhantes;
- Blogues/sites que representam.


Devido à limitação de lugares (115 sentados) do Auditório Rainha Santa Isabel, voltam a haver algumas regras na distribuição dos convites:

- Cada blogger nomeado (inclusive de blogues colectivos) tem direito a um convite para si próprio, bem como para dois acompanhantes/convidados com lugar garantido. Os restantes pedidos para outros convidados será considerado, mas só mais perto do dia da cerimónia será ou não confirmada a reserva, de acordo com a disponibilidade de lugares.

- Nomeados ou não, todos os que querem estar presentes no CCC dia 21 de Dezembro têm que enviar este e-mail. Neste momento, não há qualquer lugar guardado ou reservado.

- No caso da lotação ser ultrapassada, a admissão terá em conta a data de recepção do e-mail.

segunda-feira, novembro 18, 2013

Que bem vai ficar na prateleira

domingo, novembro 17, 2013

Não sejam robofóbicos!

sábado, novembro 16, 2013

sexta-feira, novembro 15, 2013

The Freshman (1990)

Clark Kellogg (Matthew Broderick) é um jovem finalista do secundário que abandona a pacata terriola onde morava com a mãe e o pai adoptivo para começar um curso de cinema na majestosa e sumptuosa Manhattan. Com pouco dinheiro no bolso e completamente perdido na azáfama nova-iorquina de hora de ponta, decide aceitar a ajuda de um motorista com origens italianas, que por uns míseros dez dólares aceita levá-lo até às residências universitárias onde vai ficar a morar nos próximos anos. Sorte madrasta a de Clark, ou não fosse o sacana que lhe deu boleia e posteriormente roubou-lhe as malas e todo o dinheiro que tinha, o sobrinho do maior mafioso da cidade, o "padrinho" Carmine "Tucano" Sabatini (Marlon Brando). Volta e reviravolta, Kellogg vê-se sem outra hipótese que não aceitar uma proposta de part-time irrecusável de Sabatini para conseguir juntar algum dinheiro. Será, claro, o início de uma autêntica alhada que envolverá o FBI, a filha do "Tucano", um dragão de Komodo e um grupo mafioso inimigo. Tornar-se-á este "caloiro da máfia" fiel à sua nova figura paternal ou colaborá ele com o governo no esquema que está montado para o prender?

Realizado por Andrew Bergman, que alguns anos depois viria a realizar o afamado "Striptease" com Demi Moore ou o simpático "It Could Happen to You" com Nicolas Cage e Bridget Fonda, "O Caloiro da Máfia" marcou em 1990 o regresso de Marlon Brando ao grande ecrã dez anos após o seu último papel cinematográfico. Dizem as más línguas que tal aconteceu devido a problemas financeiros do lendário actor norte-americano, que precisava de pagar aos advogados do seu filho Christian, acusado na altura do assassinato do seu cunhado - crime pelo qual viria a declarar-se culpado mais tarde. Independentemente das suas motivações, a verdade é que Brando, recriando de forma leve aquela que foi a sua personagem mais famosa na Sétima Arte, o temível Vito Corleone, obteve aqui uma das performances mais aplaudidas da sua carreira, um regresso muito ansiado por gerações de cinéfilos que lamentaram durante uma década a ausência de um génio ímpar da representação. A química entre Broderick e Penelope Ann Miller convence - pudera, não fossem eles namorados na altura - e a narrativa, mesmo sem provocar grandes gargalhadas ou momentos românticos de relevo, acaba por revelar-se no final intrigamente inteligente, justificando quase um revisionamento instantâneo para dar valor a vários pormenores que momentos antes tinham parecido injustificados ou absurdos. Como que um "Ferris Buller meets The Godfather", para ser visto sem grandes expectativas mas com muito interesse pelo carisma de Brando.

quinta-feira, novembro 14, 2013

quarta-feira, novembro 13, 2013

Long Live the DVD

"In the same way, these DVD cases and Blu-ray slipcovers, these flimsy cardboard boxes and essay-filled inserts, become as much a part of the movie experience as the films themselves. These objects become things we put on shelves, that we pack into boxes and move to new houses and unpack all over again, that we stack and shuffle and maybe pass down. There are collector’s editions, special releases, out-of-print titles, Criterion packages, thrift-store finds, personal favorites, treasured oddities. The discs themselves become part of the autobiographical experience of being a movie lover (...) In the way books become dog-eared and cracked after years of love, discs become worn and scuffed and decorated with the marks of their own journeys. When I run my fingers along the movies on my shelf, I don’t just remember the films, or the individual viewing experiences that might stand out. I remember buying this or that disc, or sharing a movie with a friend, or how I loaned this particular copy to someone hoping they’d love it, only to be crestfallen when they didn’t. There are discs I’ve bought from friends, discs I’ve borrowed and forgotten to return, and the ghosts of those discs I’ve either lost or misplaced along the way. And these things — these physical, fleeting things — matter. The movies in my hand bring with them the memories of my time with them. That’s something digital streaming content just can’t replace. You have to feel it." [Pajiba]

terça-feira, novembro 12, 2013

segunda-feira, novembro 11, 2013

Take 33 - Máfia

SAY HELLO TO OUR LITTLE MAGAZINE

Caro leitor, vamos-lhe fazer uma proposta que não pode recusar: uma edição minimalista sobre organizações criminosas no cinema e na televisão, com especial enfoque na Máfia. Porque, desde que nos conseguimos lembrar, sempre quisemos ser uns gangsters neste nosso meio. Não, não somos tão rijos como queríamos - desta vez não conseguimos, por exemplo, entrevistas de relevo para abrilhantar a patifaria que aqui vai - mas ainda assim acreditamos ter orquestrado um crime suficientemente complexo para suscitar o interesse destes detectives cinéfilos que nos acompanham regularmente. Não compensamos pecados na igreja mas sim na redacção, pelo que tentámos não deixar de fora os mais óbvios - de Bogart a De Niro, dos Corleones aos Sopranos. Mas visitámos também os criminosos mais ofuscados, os de leste e os do sol nascente, os que fazem rir e os que só se entendem (ou desentendem) em italiano. Goste-se ou não, nós dizemos o que queremos e fazemos o que dizemos. E, no meio de tanta citação infame que foi recriada neste editorial, aqui vem a dor: toca a mudar o chip e preparar não só a quarta edição dos TCN Blog Awards (21 de Dezembro), como a próxima revista (Janeiro 2014). Gostavam de ver a Take abordar um tema em específico do vosso agrado? Disparem sugestões na nossa página do Facebook.

http://www.take.com.pt/

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domingo, novembro 10, 2013

Now, that's coolness!

sábado, novembro 09, 2013

Rankings CN: Gangsters Quotes

#10
"I ain’t so tough." | The Public Enemy (1931)

#9
"Fear will kill you faster than a bullet" | Carlito's Way (1993)

#8
"No matter how big a guy might be, Nicky would take him on. You beat Nicky with fists, he comes back with a bat. You beat him with a knife, he comes back with a gun. And you beat him with a gun, you better kill him, because he’ll keep comin’ back and back until one of you is dead." | Casino (1995)

#7
"Morning, gentlemen. Nice day for a murder." | Angels with Dirty Faces (1938)

#6
"When you decide to be something, you can be it. That’s what they don’t tell you in the church. When I was your age they would say we can become cops, or criminals. Today, what I’m saying to you is this: when you’re facing a loaded gun, what’s the difference?" | The Departed (2006)

#5
"You don’t make up for your sins in church. You do it in the streets. You do it at home. The rest is bullshit and you know it." | Mean Streats (1973)

#4
"If you hold back anything, I’ll kill ya. If you bend the truth or I think you’re bending the truth, I’ll kill ya. If you forget anything, I’ll kill ya. In fact, you’re gonna have to work very hard to stay alive, Nick. Now do you understand everything I’ve said? Because if you don’t, I’ll kill ya." | Lock, Stock and Two Smoking Barrels (1998)

#3
"As far back as I can remember I always wanted to be a gangster." | Goodfellas (1972)

#2
"I'm reloaded! Okay? Come on in here, you mother fuckers! Come on, I'm waitin' for ya! What, you ain't comin' in? Okay, I'm comin' out! Oh, you up against me now, mother fuckers! I'm gonna blow your fuckin' brains out! You think you're big time? You gonna fuckin' die big time! You ready? Here comes the pain!" | Carlito's Way (1993)

#1
"I'm gonna make him an offer he can't refuse" | The Godfather (1972)

sexta-feira, novembro 08, 2013

Blogue da Semana (#92)

quinta-feira, novembro 07, 2013

Retreat (2011)

Kate (Thandie Newton) e Martin (Cillian Murphy) são um casal em dificuldades matrimoniais, que decide passar uma temporada numa pequena mas acolhedora casa de férias da família, localizada num ilhéu remoto e deserto a algumas milhas da costa do Reino Unido. Um aborto recente e a descoberta de um diário com confissões inadequadas sobre a relação faz com que o ambiente não seja o melhor entre os dois, algo que passará para segundo plano quando um militar ferido (Jamie Bell) aparece na ilha, falando de um vírus que se propaga pelo ar, que está a aniquilar toda a população humana. Em dúvida quanto à sanidade do rapaz mas com medo que tal seja verdade, barricam-se na casa, tapando todas as entradas de ar, isolando-se completamente do mundo exterior. A dúvida e o passar dos dias irá levar o casal à loucura, tornando-os reféns na sua própria casa. Alguém vai ter que ceder, mas é o "maluco" quem está armado.

Estreia absoluta do desconhecido Carl Tibbetts na realização, "Retreat" é um filme intimista dentro da catástrofe global que lhe dá razão de ser, que vive e sobrevive da credibilidade das performances de um trio de actores com provas dadas no cinema britânico e mundial. Thriller psicológico puro, "A Recuperação" não teve estreia comercial em Portugal - nem está disponível no mercado de vídeo -, mas merece um visionamento do leitor, não fosse ele um objecto curioso e ambíguo recheado de talento teatral, com um twist narrativo final muito interessante. Arranca de forma lenta, é verdade, mas deixa-nos constantemente intrigados sobre o passo seguinte, num ping-pong constante de poder entre as personagens. A fotografia e a realização não deslumbram, mas a escrita e as interpretações vendem bem o peixe - ou, melhor dizendo, a pandemia - até ao último plano.

quarta-feira, novembro 06, 2013

A ideia não foi minha, juro!

terça-feira, novembro 05, 2013

Mads & Wood

segunda-feira, novembro 04, 2013

O Bieber é que não!

domingo, novembro 03, 2013

World War Z (2013)

Gerry Lane está parado, como em tantos outros dias, numa fila de trânsito nova-iorquina com a sua família. De repente, sem aviso, a multidão entra em histeria, não se sabe bem porquê. Carros fora de controlo, pessoas a atacarem outras sem aparente razão, gritos ensurdecedores que anunciam o fim do mundo. Graças às suas ligações na ONU, onde havia trabalhado durante vários anos, consegue escapar de helicóptero com os seus entes queridos para um porta aviões livre do vírus que tem transformado milhões de seres humanos um pouco por todo o planeta em zombies agressivos e esfomeados. Agora, para manter a família a salvo, terá que colaborar com o governo norte-americano e viajar à volta do globo à procura de uma cura para a pandemia.

Realizado pelo competente Marc Forster, "World War Z" manifesta-se um thriller apocalíptico estruturalmente sólido e artisticamente convincente - os efeitos secundários, como se esperava de resto devido ao seu budget, são de topo - que, infelizmente, não teve coragem para arriscar algo mais na sua narrativa de maneira a explorar de forma mais intensa e fértil as possibilidades infinitas que uma premissa deste calibre oferecia. Não há momentos que causem arrepios na espinha ao espectador - tanto a nível de terror como num plano emocional e familiar -, nem tão pouco nos façam sentir desesperados graças a uma desejável - mas ignorada - ligação com a personagem de Pitt. Felizmente todo o elenco arranca interpretações minimamente convincentes em ambiente tão controverso e difícil (o famoso ecrã verde) - o problema é mesmo o insípido guião que lhes é dado - e, ao que parece, a obra literária de Max Brooks terá outra oportunidade para brilhar no grande ecrã numa sequela que está a ser planeada pela Paramount Pictures, desta vez com Pitt mas sem Forster, tranquilizando assim os espectadores mais curiosos insatisfeitos com o final algo aberto da fita. Algures entre os clássicos de zombies de George Romero e o "28 Days Later" de Danny Boyle, "WWZ: Guerra Mundial" não aquece nem arrefece, ficando o visionamento sem grandes expectativas num Sábado à noite ao critério do leitor.

sábado, novembro 02, 2013

Em pulgas

sexta-feira, novembro 01, 2013

Andreotti tinha mais piada

"Isto é um filme sobre o Penguin de Batman - o actor Toni Servillo faz com o seu corpo o que Danny deVito fez para ser Penguin."

Vasco Câmara no Ípsilon aquando da estreia nacional do admirável "Il Divo", de Paolo Sorrentino.