Bill Gambini (Ralph Macchio) e Buddy Stan (Mitchell Whitfield) são dois amigos que, numa road trip pelos Estados Unidos num descapotável clássico, acabam por ser errada e inesperadamente acusados de homicídio. Várias confusões após terem sido detidos, uma mão cheia de coincidências infelizes e o facto de terem abandonado a área de serviço onde o funcionário foi assassinado à pressa – porque deram conta que trouxeram uma lata de atum sem pagar – acabam por torná-los nos principais suspeitos e, sem dinheiro para melhor, na necessidade de recorrer à ajuda do único advogado que conhecem: Vinny Gambini (Joe Pesci), familiar nova-iorquino de Bill que nunca defendeu ninguém em tribunal e chumbou por cinco vezes no exame da ordem. O seu jeito pouco convencional numa Alabama muito conservadora, aliado às roupas de cabedal da sua noiva (Marisa Tomei) e à atenção aos procedimentos do carrancudo juiz do caso, vai tornar este julgamento num verdadeiro circo de tentativa e erro.
Qual a relação directa de "O Meu Primo Vinny" com a máfia? Absolutamente nenhuma. Perguntam então os leitores qual a razão da sua inclusão nesta secção. Bem, a verdade é que Vinny Gambino tem todos os trejeitos de um mafioso divertido e foi o mais próximo que o pequeno grande Pesci teve de juntar dois amores e talentos cinematográficos: a comédia e a máfia. Com um elenco de suporte fenomenal – do xerife Bruce McGill ao juiz frankenstein Fred Gwynne, sem esquecer a talentosa Marisa Tomei que com a sua Mona Lisa arrecadou uma das mais inesperadas (e provavelmente injustificadas) conquistas da história dos Óscares -, "My Cousin Vinny" é uma das comédias obrigatórias dos anos noventa e sem dúvida alguma uma das mais eficazes no uso do estilo gingão italiano da Casa Nostra.
Sem comentários:
Enviar um comentário