sexta-feira, janeiro 31, 2020

Video World (2013)

Documentário de quinze minutos que segue os últimos quarenta e cinco dias de "vida" de um clube de vídeo independente numa terriola nos arredores de Nova Iorque. Quase trinta anos depois, o dono rende-se ao inevitável e decide fechar portas: ficam as infinitas histórias em torno de tantos filmes, primeiro em VHS, depois em DVD e Blu-ray, os clientes que nunca o deixaram de ser, os que ainda acham que o negócio vai à vida devido à concorrência ou às televisões passarem muitos filmes, enfim, todos os infoexcluídos que por essa mesma razão continuavam a fazer do videoclube a sua segunda casa. Uma curta, rápida e doce carta de amor a uma época e a um estilo de vida que marcou gerações, que ironicamente todos nós só conseguimos descobrir graças às mesmas tecnologias que acabaram com ela. Que saudades daquele cheiro, daquelas capas que valiam tanto como os filmes.

quinta-feira, janeiro 30, 2020

Nas Nalgas do Mandarim - S06 Extra

quarta-feira, janeiro 29, 2020

You wanna play games, motherf**ker?

terça-feira, janeiro 28, 2020

Green Book (2018)

Melhor filme, melhor guião e melhor actor secundário (Mahershala Ali). "Green Book" saiu dos óscares bem tratado e é fácil perceber porquê: um feel-good movie repleto de charme, em que os opostos se atraem numa narrativa equilibrada e ritmada (ainda que previsível) que aponta sem grande espalhafato (mas bastante pertinência) para um passado recente da história norte-americana cujas lições e repercussões são cada vez mais importantes. Peter Farrelly deixa a química entre Mortensen e Ali guiar um filme que se alimenta de si mesmo com a força irresistível de uma história verídica que merecia os holofotes da fama. Aquece o coração e, quando isso acontece, desculpa-se tudo o resto que podia ter sido melhor.

segunda-feira, janeiro 27, 2020

Nas Nalgas da Academia

Cliquem aqui para criar um cartão aleatório.

domingo, janeiro 26, 2020

Nalgas Flash Review: Parasite

sábado, janeiro 25, 2020

What Did Jack Do? (2017)

Vamos imaginar o seguinte cenário: cem tipos, sem qualquer ligação, são colocados um a um, separadamente, numa sala de cinema para ver uma curta-metragem realizada por um tipo misterioso, que ninguém sabe quem é, sobre um macaco que fala suspeito de assassinar o amante da sua apaixonada, que é uma galinha. A principal testemunha é um orangotango. O macaco canta e dança. O detective entrevista-o numa longa conversa sem qualquer tipo de interesse. A pós-produção é tão fraquinha que vê-se claramente a boca (e os dentes) de um humano na cara do macaco. Acaba a experiência e todos dizem: "Mas que merda foi esta? Ao menos vão pagar-me alguma coisa pelo tempo perdido? Por esta curta cheia de nada?"; ao que o responsável responde: "É a mais recente curta-metragem do David Lynch". "Ah, tomem lá então cinco euros e muito obrigado pela oportunidade. Foi maravilhoso". E assim vamos nós, seguindo a máxima de Tolstoi que em arte tudo está naquele nada.

sexta-feira, janeiro 24, 2020

Rewriting History

quinta-feira, janeiro 23, 2020

Magnet Plane

quarta-feira, janeiro 22, 2020

Shazam! (2019)

Este "Shazam!" é um pouco como o Sporting. Tem um jogador dos diabos (Mark Strong) com dificuldades inexplicáveis em arranjar melhor clube (filme), putos nas camadas jovens com muito potencial (Jack Dylan Grazer e Asher Angel) e um ponta-de-lança (Zachary Levy) que funcionava bem no Paços de Ferreira ("Chuck") mas que em Alvalade não passa de um trapalhão. O presidente (David F. Sandberg) era um bom médico (filmes de terror), mas não tem audácia suficiente para matar as saudades que o Bruno de Carvalho ("Deadpool") deixou, num contexto semelhante, mas para adultos. O Sporting ("Shazam!") não é um mau clube (filme); mas tinha que brilhar muito mais para sair da sombra de Benfica (Marvel) e Porto (DC para graúdos).

terça-feira, janeiro 21, 2020

Nas Nalgas do Mandarim - S06E17

segunda-feira, janeiro 20, 2020

Stewart & Carell

domingo, janeiro 19, 2020

Terminator: Dark Fate (2019)

Dificilmente haverá pior sensação cinéfila do que aquela de sentirmos que já vimos um certo filme "n" vezes quando, na verdade, o vemos pela primeira vez. Mudam as caras, os lugares e as formas, mantém-se a ideia, o conceito, os ganchos e reviravoltas, tudo o que pode surpreender a nível narrativo. A Skynet agora é Legion, o T-800 um REV-9, o John Connor a Dani, e por aí adiante. Uma sequela que não é mais do que um reciclar de ideias do melhor capítulo da saga (o segundo), com desculpas pobríssimas para certas presenças e efeitos especiais tão refinados e modernos que são uma desilusão quando comparados com os de Cameron nos longínquos anos noventa, muito mais palpáveis. Enfim, esperemos que cumpram com o "I'll not be back" do Arnie e acabem com o sofrimento de uma vez por todas.

sábado, janeiro 18, 2020

Terry Jones (1942-2020)

sexta-feira, janeiro 17, 2020

Quem é o Bruno Aleixo?

quinta-feira, janeiro 16, 2020

Evil Dead II (1987)

Talvez a primeira sequela de sempre em forma de remake, reboot e continuação que ignorou - ao mesmo tempo que homenageou nas suas cenas iniciais - os acontecimentos do primeiro capítulo, "A Morte Chega de Madrugada" revela-se um filme infinitamente superior à aventura low-budget de estreia de Sam Raimi em praticamente todas as vertentes. Melhor interpretado, igualmente criativo na realização e com um guião tremendamente melhor trabalhado e fundamentado, o resultado é um festival delicioso de gore muito mais engraçado (e assustador) que mostra bem a diferença que uma mala cheia de dinheiro pode fazer em Hollywood. Bruce Campbell arrasa com uma performance de uma entrega física e energia memorável ao mesmo tempo que efeitos especiais tão bregas quanto eficazes e palpáveis fazem o resto da magia nas mãos e na mente de Raimi. Uma espécie de desenho animado que ganha vida, sem limites nem grande nexo, apenas pura diversão.

quarta-feira, janeiro 15, 2020

Sr. Joaquim no Passos no Escuro


Quarta-feira, 22/01, 21:00
Cinema Passos Manuel @ Porto

terça-feira, janeiro 14, 2020

Nikita Lively

segunda-feira, janeiro 13, 2020

You (S2/2019)

A segunda temporada da série inspirada na obra literária de Caroline Kepnes mantém o ritmo, a identidade e o interesse narrativo em torno de um dos anti-heróis mais complexos da televisão actual. Perde, no entanto, atenção aos detalhes, aos passos chatos mas necessários em torno de cada crime - o que é feito ao corpo, às infinitas pistas provavelmente deixadas, de impressões digitais a cabelos, entre tantos outros - que, na primeira temporada, tinham de algum modo credibilizado a história. Mas, pior que tudo, Joe deixa de ser um vilão por quem estranhamente torcemos, que mata simplesmente porque alguém não gosta dele, para passar a ser uma espécie de Dexter, um justiceiro de rua que só despacha quem merece. A cativante Elizabeth Lail é substituída com classe pela singular Victoria Pedretti, que depois de brilhar em "The Haunting of Hill House" volta em grande forma ao pequeno ecrã. A terceira temporada, já confirmada pela Netflix, promete um triângulo amoroso complicado. Lá estarei.

domingo, janeiro 12, 2020

Nalgas Flash Review: Star Wars IX

sábado, janeiro 11, 2020

De Pablo a Sergio

sexta-feira, janeiro 10, 2020

The Evil Dead (1981)

Filme que catapultou o então jovem Sam Raimi para as bocas do mundo, "A Noite dos Mortos-Vivos" continua nos dias de hoje a passar a vibe de um filme idiota - o acting é terrível e as reacções iniciais das personagens a todos os fenómenos sobrenaturais que as rodeavam totalmente incoerentes e incompreensíveis - repleto de energia, entusiasmo e uma visceralidade gore deliciosamente crua, num género que vivia dias de glória com slashers atrás de slashers onde o implícito dominava sobre o visual. Com um orçamento modesto, uma, chamemos, shakycam em vez da caríssima steadycam que conquistara Hollywood uns anos antes e muita criatividade artística de Raimi, "The Evil Dead" talvez não mereça todo o hype que ainda hoje goza mas foi, sem qualquer dúvida, um dos projectos, pela sua audácia e por todas as histórias de bastidores que posteriormente foram reveladas, que mais inspirou gerações e gerações de realizadores do género.

quinta-feira, janeiro 09, 2020

quarta-feira, janeiro 08, 2020

Como a cronologia influencia a forma

terça-feira, janeiro 07, 2020

Ready or Not (2019)

Comédia negra de terror que não se leva - e bem - a sério, "Ready or Not - O Ritual" revela-se mais uma experiência do género que entrega muito menos do que aquilo que prometia - tanto no conceito como no próprio trailer. Ainda assim, hora e meia (duração perfeita de qualquer filme, dirá a maioria) que entretém de forma tão macabra quanto descontraída, numa construção irreverente de um jogo de infância que é transformado numa caça mortífera a uma pobre e inocente noiva. Realizado a quatro mãos por uma dupla de newcomers que ninguém fazia ideia quem eram - e assim vão continuar -, ficará sempre a dúvida do que teria sido este "ritual" nas mãos mais experientes de um Edgar Wright, Wes Craven, De Palma ou outro qualquer velho matreiro da lide. Destaque para a australiana Samara Weaving, que não se intimida perante Henry Czerny ou Andie MacDowell. Filme perfeito para mostrarem às vossas mulheres a sorte que tiveram com as sogras que lhes calharam.

segunda-feira, janeiro 06, 2020

Nas Nalgas do Mandarim - S06E16

domingo, janeiro 05, 2020

Alguém chame o Blade sff

sábado, janeiro 04, 2020

Angel Has Fallen (2019)

O vilão "surpresa" é oferecido ao fim de cinco minutos; as reviravoltas narrativas, inclusive a final, tão previsíveis que doem; o presidente Morgan Freeman, infelizmente, não passa de um boneco sem margem para brilhar e a idade já começa a pesar a Gerard Butler - não vamos sequer falar do Nick Nolte. "Assalto ao Poder", o terceiro capítulo de uma saga que pelos vistos pode chegar aos seis filmes, esgotou-se de ideias e criatividade, sobrevivendo às custas de uma mão cheia de cenas de acção bem filmadas, com uma identidade própria e característica que enche salas ao mesmo tempo que esvazia cérebros e cartuchos. Sem as estrelas do cartaz e os quarenta milhões de orçamento, seria um série-B de acção, lançado directamente para vídeo. Assim, enquanto render quatro vezes o que custa, não há ruga nem artrose que vá parar Butler de proteger presidentes de tipos com muito mau feitio.

sexta-feira, janeiro 03, 2020

Afinal o Cinema não está a morrer

2019 foi o melhor ano de sempre - desde que há registo deste tipo de dados - das salas de cinema em Portugal. 83 milhões de euros de receita bruta de bilheteira (mais 5% do que em 2018), que correspondem a cerca de 15,5 milhões de espectadores (também um aumento de 5% relativamente a 2018). A nível global, o mesmo: 42,5 biliões de dólares superam aquele que também já tinha sido valor recorde em 2018 (41,7 biliões). Só os EUA contrariaram esta tendência positiva, com um decréscimo de 8,9% de receita bruta. O streaming afinal de contas não matou o Cinema. Moneywise, i mean.

quinta-feira, janeiro 02, 2020

Nalgas Flash Review: The Lighthouse

quarta-feira, janeiro 01, 2020

Gisaengchung (2019)

Comédia negra, drama, thriller e uns salpicos até de momentos de puro terror - aquela imagem do "fantasma" que traumatizou o miúdo quase fez o mesmo comigo. Um cocktail de géneros e emoções numa fábula maravilhosa em torno do choque de classes e de hierarquias sociais, com uma cinematografia ímpar de um realizador virtuoso no auge da sua carreira e uma narrativa tão imersiva quanto - e este quanto é fundamental para o seu impacto - credível. Sátira social em que quase tudo o que acontece nos apanha desprevenidos, num constante ping-pong entre estilos e expectativas, numa epopeia de acontecimentos tão estranhos quanto deliciosos. Um daqueles raros filmes em que sentimos aquela necessidade, qual mecenas ou pastor evangélico, de avisar o mundo da sua existência. Num mundo onde somos obrigados a ter dinheiro e poder para viver - e não apenas sobreviver -, é uma chatice que não existam planos infalíveis. Porque a vida, tal como aprendemos aqui, não pode ser planeada. Remake americanizado quase certo, para mal dos nossos pecados.