segunda-feira, novembro 30, 2009
domingo, novembro 29, 2009
Antevisão: Sherlock Holmes
A personagem mais famosa de Arthur Conan Doyle está de volta à ribalta, naquela que tudo indica será uma reinvenção ousada, divertida e complexa do detective britânico Sherlock Holmes e do seu fiel parceiro Watson. Ícone de gerações, o detective mais famoso do mundo irá aparentemente mostrar na tela de cinema dotes físicos tão excêntricos e eficazes como a sua brilhante inteligência, sempre atenta ao mais pequeno dos detalhes. Baseada num livro de banda desenhada ainda por publicar de Lionel Wigram – apostamos que sairá quase ao mesmo tempo que o filme -, a história da película do também britânico Guy Ritchie irá colocar Holmes e Watson numa batalha contra uma conspiração diabólica que poderá destruir o Reino Unido de norte a sul.
Muitos certamente não saberão, mas Sherlock Holmes é a personagem fictícia mais interpretada na história da indústria televisiva e cinematográfica mundial. Quem o diz é o livro do Guinness, que aponta para mais de setenta actores em cerca de duzentos filmes e séries de televisão. No entanto, certamente nunca nenhum actor o terá feito com o enquadramento que Robert Downey Jr. viu-se obrigado a transportar para o famoso detective. Além deste factor representar um sinal claro de originalidade e uma abordagem agradavelmente inesperada, certamente que o resultado da curiosidade de milhões de admiradores das “short stories” de Doyle significará muitos mais milhões nas bilheteiras de todo o mundo. Sim, porque Holmes é uma personagem cujas aventuras literárias quebraram fronteiras.
Mas será esta minha reacção de satisfação consensual? Obviamente que não. Um pouco por todo o lado, fãs da personagem acusam Ritchie de blasfémia. Ver Holmes de peito à mostra, ensanguentado, a correr entre explosões, certamente que não poderia agradar a gregos e troianos. “Não é essa a sua natureza”, diz a maioria. Mas não será mesmo?
Uma leitura atenta e cuidada a todas as obras de Holmes escritas por Doyle descrevem um detective adepto do boxe, mestre em várias artes marciais e especialista em lutas de espadas. Porque temos quase todos então uma imagem de Holmes vestido com um sobretudo, calmo e sereno, de cachimbo na boca e que, quanto muito, andará a cavalo na sua mais louca investigação? A resposta parece-me estar nas tais centenas de adaptações cinematográficas e televisivas que o rotularam dessa maneira. Por isso, e seguindo a audácia de Holmes, resta afirmar: elementar, caro Ritchie.
sábado, novembro 28, 2009
sexta-feira, novembro 27, 2009
quinta-feira, novembro 26, 2009
quarta-feira, novembro 25, 2009
The Damned United (2009)
Afinal, Mourinho não foi o primeiro a revolucionar o futebol com o seu estilo arrogante e resultados inquestionáveis nos primeiros anos de carreira. O já falecido, hoje lendário treinador inglês Brian Clough, será para sempre relembrado entre os fanáticos do futebol como o jovem treinador que, num par de anos, pegou em duas equipas da segunda divisão inglesa (Derby County e Nottingham Forest), trouxe-as à liga principal inglesa e, no mesmo ano, conquistou o título máximo do futebol britânico, surpreendendo tudo e todos. Não fosse isso suficiente para a glória eterna, levou ainda o Forest a duas vitórias consecutivas na Taça dos Campeões Europeus. Anteriormente, com o Derby County, tinha-se ficado pela Juventus, nas meias-finais – culpa talvez do Leeds United, que lesionara alguns jogadores fulcrais da equipa alguns dias antes, com o seu jogo “porco e feio”.
Apesar de todos estes feitos monstruosos, “Maldito United” foca-se na curta experiência de Clough no “Dirty Leeds”, em 1974 a grande potência do futebol inglês, em substituição do seu arqui-rival, aquele que o tinha desprezado no primeiro encontro de ambos, Don Revie. Revie tinha sido contratado pela selecção inglesa e, numa jogada arriscada – devido ao ódio que Clough sempre havia admitido pelos jogadores e pelo estilo de jogo dos então homens de Revie -, a direcção decide ir buscar o jovem “especial” – é assim que se descreve, muito antes de Mourinho -, recém-desempregado por exigir um melhor ordenado ao pequeno clube de Derby – apesar do filme relatar que a sua saída deveu-se a outros factores.
São, aliás, estas incongruências factuais, certamente ponderadas e deliberadas, que acabam por prejudicar a apreciação do filme. Os exemplos mais flagrantes e graves desta adulteração histórica, que retiram credibilidade a uma vida que não precisava de retoques ficticíos, envolvem, por exemplo, o facto de Clough ter sido treinador do Brighton, com muito pouco sucesso, depois de sair de Derby e antes de ir para o Leeds, sendo que no filme é relatado que foi contratado quando tinha saído de Derby e ainda não tinha treinado o Brighton, apesar da existência de um pré-acordo. Outro caso, facilmente detectado pelas gravações existentes no Youtube, são as falsas provocações do famoso debate televisivo que colocou Clough e Revie frente-a-frente, no dia em que o primeiro foi despedido do United. As reais acabam por ser mais polémicas que as criadas para o filme, pelo que não se percebe a opção narrativa de Peter Morgan, experiente guionista da fita, habituado à fidelidade destes cenários, como o provou em “Frost/Nixon”. De resto, excelente trabalho de articulação de prolepses e analepses do realizador Tom Hooper e brilhante – mais uma, depois de Blair e Frost – interpretação de Michael Sheen.
Apesar de todos estes feitos monstruosos, “Maldito United” foca-se na curta experiência de Clough no “Dirty Leeds”, em 1974 a grande potência do futebol inglês, em substituição do seu arqui-rival, aquele que o tinha desprezado no primeiro encontro de ambos, Don Revie. Revie tinha sido contratado pela selecção inglesa e, numa jogada arriscada – devido ao ódio que Clough sempre havia admitido pelos jogadores e pelo estilo de jogo dos então homens de Revie -, a direcção decide ir buscar o jovem “especial” – é assim que se descreve, muito antes de Mourinho -, recém-desempregado por exigir um melhor ordenado ao pequeno clube de Derby – apesar do filme relatar que a sua saída deveu-se a outros factores.
São, aliás, estas incongruências factuais, certamente ponderadas e deliberadas, que acabam por prejudicar a apreciação do filme. Os exemplos mais flagrantes e graves desta adulteração histórica, que retiram credibilidade a uma vida que não precisava de retoques ficticíos, envolvem, por exemplo, o facto de Clough ter sido treinador do Brighton, com muito pouco sucesso, depois de sair de Derby e antes de ir para o Leeds, sendo que no filme é relatado que foi contratado quando tinha saído de Derby e ainda não tinha treinado o Brighton, apesar da existência de um pré-acordo. Outro caso, facilmente detectado pelas gravações existentes no Youtube, são as falsas provocações do famoso debate televisivo que colocou Clough e Revie frente-a-frente, no dia em que o primeiro foi despedido do United. As reais acabam por ser mais polémicas que as criadas para o filme, pelo que não se percebe a opção narrativa de Peter Morgan, experiente guionista da fita, habituado à fidelidade destes cenários, como o provou em “Frost/Nixon”. De resto, excelente trabalho de articulação de prolepses e analepses do realizador Tom Hooper e brilhante – mais uma, depois de Blair e Frost – interpretação de Michael Sheen.
terça-feira, novembro 24, 2009
Correio do Leitor
Caro Nuno Pedro Fernandes,
Tem toda a razão no que me escreve. Digo-lhe isto com a máxima honestidade. Usando as suas palavras, "tudo isto são factos, tudo isto são histórias". Acima de tudo, tudo isto é cansativo e tudo isto não nos leva a lado nenhum. Em respeito a si e a todos os outros, acabaram-se as provocações da nossa parte. De agora em diante, em bom português, é "comer e calar".
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Reis.
segunda-feira, novembro 23, 2009
Take 20 - Novembro de 2009
Coppola é um enigma, um homem enérgico cuja mestria do seu trabalho na trilogia O Padrinho e em Apocalypse Now foi mais do que suficiente para o colocar num pedestal onde contam-se pelos dedos os que lá chegaram após décadas e décadas de carreira. Tal como Ford ou Capra, Coppola sempre soube que eram as pessoas – os actores com quem trabalhava e o público a quem se dirigia – que realmente interessavam para criar obras geniais e intemporais. Levá-los aos extremos era uma necessidade e não um risco. Com a antestreia nacional absoluta de Tetro, a sua mais recente experiência cinematográfica, na edição de 2009 do Estoril Film Festival – 5 a 14 de Novembro -, a Take decidiu oferecer-lhe a sua capa, bem como algumas páginas sobre a sua vida e os seus filmes.
Mas este vigésimo take – a brincar, já lá vão quase dois anos – não fica por aqui, obviamente. Entrevistas exclusivas ao realizador Fernando Lopes ou a Moran Atias, entre outras, ficam por descobrir nos próximos minutos, quando folhear virtualmente – ou não, caso tenha uma impressora na sua empresa e o patrão não esteja por perto – a nossa revista. E quando digo nossa, digo vossa, digo de todos. Dos quase dois mil que já nos seguem no Facebook, dos outros milhares registados na newsletter e de todos aqueles que passam pelo site da Take por pura carolice. A nossa vontade é continuar a servir todos, fazendo não o que melhor sabemos fazer, mas o que mais gostamos de fazer. E por vezes, basta isso para orquestrar todos os meses a melhor revista de cinema em Portugal. Ou, pelo menos, a mais esforçada. Não nos contentamos com as traduções, com o simples e automático, com a falta de criatividade e a chapa três mês após mês. Ao bom estilo de Coppola, aqui na Take adoramos o cheiro a napalm pela manhã. Agora, só falta receber uma proposta que não dê para recusar.
domingo, novembro 22, 2009
Nas Nuvens
Melhor Filme do ano para a norte-americana National Board of Review, o aplauso de pé da crítica em geral, um trailer fantástico... e a estreia em Portugal só a 11 de Fevereiro do próximo ano.
sábado, novembro 21, 2009
sexta-feira, novembro 20, 2009
Triste Fado
"Dos 300 sócios actuais do Cineclube (do Porto) apenas 12 têm as quotas em dia". Manifesto aqui e blogue acolá. Futuro? Who knows.
quinta-feira, novembro 19, 2009
52,5 milhões de telespectadores
6 de Maio de 2004. Seis amigos, décima e última temporada, episódio final. 52,5 milhões de telespectadores. O episódio mais visto "on the moment" da década. Saudades. Muitas.
quarta-feira, novembro 18, 2009
terça-feira, novembro 17, 2009
segunda-feira, novembro 16, 2009
domingo, novembro 15, 2009
Ainda a FNAC online portuguesa
Fica, para memória futura, que o mesmo produto ao qual a FNAC Online portuguesa prometeu uma entrega de dois dias durante cerca de duas semanas, só para depois a encomenda ser cancelada por e-mail sem qualquer explicação aparente, demorou uns míseros três dias a chegar cá a casa, da longínqua CD WOW! Wow para a vossa fantástica incompetência e Wow para o vosso atencioso serviço de apoio ao cliente.
sábado, novembro 14, 2009
O costume
sexta-feira, novembro 13, 2009
Filhos do Coração
Em 2007, a TVI acompanhou o resgate, no Lago do Inferno, no Gana, de três crianças que os pais tinham vendido por menos de 30 euros. Essas crianças eram apenas algumas das que, dia e noite, são ainda hoje obrigadas a trabalhar para sobreviverem, em forma de escravatura. Dois anos depois, a TVI volta ao Gana para resgatar mais dez crianças e assegurar-lhes um futuro melhor. Fantástica reportagem da jornalista Alexandra Borges.
quinta-feira, novembro 12, 2009
quarta-feira, novembro 11, 2009
O drama canino
Lisa Schwarzbaum levantou a questão. O nosso homem da TV na Take concordou. E eu aproveito para assinar por baixo.
terça-feira, novembro 10, 2009
Há tanto para oferecer, se ao menos dessem a oportunidade.
O Ante-Cinema entrevistou em exclusivo o realizador de "Moon", o britânico Duncan Jones. Para ler com atenção. Que tenha sido a primeira de muitas dos nossos colegas blogosféricos, que nós na Take não damos para todas e a "outra" prefere traduzi-las.
segunda-feira, novembro 09, 2009
IMDB versão Portuguesa
Parece que o IMDB vai ter uma versão portuguesa. Dificilmente não continuarei a utilizar a versão original - até porque sou membro pagante do modelo profissional e não me parece que este venha a ser traduzido - mas pode nascer aqui uma oportunidade única para uma plataforma dinâmica e profissionalizada de cinema em Portugal. Ou não. O tempo dirá.
domingo, novembro 08, 2009
sábado, novembro 07, 2009
School for Scandal
A revista britânica de moda Tatler ganhou um novo admirador, graças a esta foto revivalista. Sabem quem é, não sabem?
sexta-feira, novembro 06, 2009
Grupo Lego comemora 10º aniversário da "Força"
Lançada em 1999, a primeira linha Lego de construção temática autorizada, combina uma das mais amadas e intemporais franchises de cinema com o brinquedo mais famoso do mundo, cativando tanto crianças como adultos. Para comemorar o décimo aniversário, três cenários inspirados na saga terão um packaging exclusivo. Em 2008, cerca de 15 milhões de Lego Star Wars foram vendidos em todo o mundo, o que equivale a uma média de 28 caixas por minuto. Até 2009, foram criados cerca de 182 cenários Star Wars para a Lego.
quinta-feira, novembro 05, 2009
quarta-feira, novembro 04, 2009
FNAC Online, nunca mais!
Primeira tentativa, primeiro e último fracasso. A primeira vez que encomendo algo online de uma loja portuguesa - depois de anos e anos a encomendar das mais variadas lojas inglesas, norte-americanas e canadianas, sem nunca ter tido uma encomenda cancelada - eis que a FNAC portuguesa decide, após esta minha última entrada, enviar-me um e-mail a informar-me do cancelamento do meu pedido e a avisar que iriam reembolsar o que já tinha sido pago. That's just how the portuguese do it.
terça-feira, novembro 03, 2009
The Final Destination (2009)
Nas bancadas de uma corrida Nascar, Nick O'Bannon tem uma medonha premonição que lhe mostra a sua morte e a de todos os seus colegas na sequência de uma cadeia de acontecimentos bizarros causados por um acidente na pista. Quando acorda desta premonição, minutos antes da suposta altura fatídica, consegue levar alguns dos espectadores para fora do recinto, que escapam assim por pouco a uma morte, no mínimo, extravagante. No entanto, um a um, todos os sobreviventes começam a morrer das formas mais estranhas possíveis. Antes que lhe calhe a fava a si e aos seus amigos, Nick tem de descobrir rapidamente uma forma de enganar a morte.
“The Final Destination” é o primeiro filme de terror integralmente filmado em 3D a ser lançado em Portugal. O resultado técnico do formato é bastante positivo, chegando a ser primoroso por um par de vezes, em que o espectador sente mesmo que alguns objectos saltaram do ecrã e deslocam-se na sua direcção - o melhor exemplo é, sem dúvida alguma, o da fagulha, já perto do final do filme. A nível narrativo, “O Último Destino 3D” é mais do mesmo. Com a mesma ideia central, o que muda deste para os restantes três capítulos da saga são as personagens e os modos sempre criativos, originais e, até, divertidos, que a morte arranja para apanhar quem lhe escapou à primeira. Destaque para a beleza de Shantel VanSanten e Haley Webb, já que, a nível interpretativo, nem a experiente Krista Allen consegue dar uma volta à banalidade intrínseca das personagens da fita.
“The Final Destination” é o primeiro filme de terror integralmente filmado em 3D a ser lançado em Portugal. O resultado técnico do formato é bastante positivo, chegando a ser primoroso por um par de vezes, em que o espectador sente mesmo que alguns objectos saltaram do ecrã e deslocam-se na sua direcção - o melhor exemplo é, sem dúvida alguma, o da fagulha, já perto do final do filme. A nível narrativo, “O Último Destino 3D” é mais do mesmo. Com a mesma ideia central, o que muda deste para os restantes três capítulos da saga são as personagens e os modos sempre criativos, originais e, até, divertidos, que a morte arranja para apanhar quem lhe escapou à primeira. Destaque para a beleza de Shantel VanSanten e Haley Webb, já que, a nível interpretativo, nem a experiente Krista Allen consegue dar uma volta à banalidade intrínseca das personagens da fita.
segunda-feira, novembro 02, 2009
Back in time
A FNAC portuguesa é a nova Amazon? Já lá vão duas semanas para receber um produto assinalado no site com o rótulo "entrega em 2 dias". O discurso memorizado do serviço de apoio ao cliente é: "será enviado o mais tardar até amanhã". Estamos a voltar atrás no tempo?
domingo, novembro 01, 2009
Why not?
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