Uma amizade pouco provável nasce entre Fergus, um voluntário do IRA, e um soldado britânico raptado, Jody, que foi atraído pela implacável Jude a uma armadilha montada pelo IRA. Mas quando o plano acaba de um modo terrível e inesperado, Fergus foge para Londres. Adoptando o nome Jimmy, ele arranja um novo emprego e começa a encontrar-se com Dil, a amante de Jody, que não sabe nada do seu passado perigoso. Mas há algo sobre Dil que Fergus também não sabe...
O que eu não sabia é que este filme era sobrevalorizado até às ventas! Mau, inconstante, e completamente centrado na sua “reviravolta”, que pouco traz à acção e razão da narrativa. E eram tantos os lugares da capa do DVD que mencionavam este “segredo” , inclusivé citações de Ebert, que a mesma acaba por desapontar e cheirar a “banalidade”. Realizado por Neil Jordan (Interview with the Vampire, este sim um bom filme), “Jogo de Lágrimas” foi galardoado com o Óscar de Melhor Argumento Original. Algo exagerada a distinção, visto “Unforgiven” de Clint Eastwood estar, na altura, entre os mesmos nomeados e ser, claramente, uma obra superior, com principio, meio e fim. E podemos usar esta mesma classificação, para dizer que “The Crying Game” é um filme em que só existe um meio, com a “famosa” surpresa e que a partir daí afunda-se completamente.
“Jogo de Lágrimas” não sabe se quer ser um thriller de acção, uma obra sobre racismo, um filme sobre violência e opções sexuais ou pura e simplesmente uma pequena mistura de tudo isto, que funciona como azeite sobre água, ou seja, que não mistura e que não serve para nenhuma delas. Só mesmo o facto de invocar um assunto sensível e polémico como as acções da organização republicana militar irlandesa (IRA) explica a sua popularidade e sobrevalorização. A interpretação de Forest Whitaker é forçada e de certo modo, amadora e só a excelente prestação do até então desconhecido Sthepen Rea equilibra o elenco. Dispensável!
Nota de Redacção: Felizmente, “The Crying Game” foi a única desilusão que apanhei nestes últimos dias de descanso carnavalesco. Peço perdão pela curta ausência mas, esta não foi em vão. E até foi bastante merecida, modéstia à parte! A actualização diária continua de agora em diante!
terça-feira, fevereiro 28, 2006
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Quiz Cinematográfico... para cinéfilos leves.
Aqui podem encontrar um quiz cinematográfico de dificuldade reduzida, pois concentra-se principalmente em obras mais do que conhecidas do público comum. Como tal, se tiverem menos de 20 respostas certas, não merecem visitar o Cinema Notebook!
Passem por lá e deixem aí nos comentários os vossos resultados. Vamos lá ver se mereçem a camisola que vestem... (se falharem todas mas conhecerem uma ou outra loira de metro e 80, então podem continuar a visitar o CN!)
Para o registo, fica que eu acertei 27/30 e as que não consegui identificar foram a 21, a 23 e a 26.
Passem por lá e deixem aí nos comentários os vossos resultados. Vamos lá ver se mereçem a camisola que vestem... (se falharem todas mas conhecerem uma ou outra loira de metro e 80, então podem continuar a visitar o CN!)
Para o registo, fica que eu acertei 27/30 e as que não consegui identificar foram a 21, a 23 e a 26.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Masters of Horror
"Masters of Horror é uma antologia de 13 telefilmes de 60 minutos cada. Tudo começou devido a um documentário com o mesmo nome. Também conhecido por "Boogeymen II: Masters of Horror", este documentário foi realizado em 2002 por Mike Mendez e Dave Parker. Com a apresentação de Bruce Campbell, este trabalho contém entrevistas a realizadores como Dario Argento, David Cronenberg, George A. Romero, John Carpenter, Wes Craven, Tobe Hooper, John Landis e Guillermo del Toro. Mike Garris decidiu então convidar todos estes realizadores para um jantar e discutir algumas ideias. Vários jantares depois nascia a série "Masters of Horror".
Um dos grandes problemas em que muitos cineastas se vêm envolvidos é o facto de estarem sujeitos às vontades dos produtores. Sirva isto, ou não, de desculpa para os muitos maus resultados, o certo é que limitam muito a sua criatividade. Algo que não irá acontecer nesta série. Os produtores por detrás desta antologia garantem o máximo de liberdade artística e garantem ainda que todos os episódios vão ser exibidos sem qualquer interrupção ou censura.
Cada realizador terá ao seu dispor o orçamento de um milhão e meio de dólares para fazerem o seu episódio. Esta é uma quantia muito acima do que alguns estão habituados a terem para realizarem as suas longas-metragens. Em contrapartida, eles têm apenas 10 dias para as filmagens e terão de o fazer obrigatoriamente em Vancouver. A equipa técnica com quem irão trabalhar será a mesma e, por fim, terão de ser "iguais a si próprios", o que fará com que os episódios mantenham o mesmo estilo que caracteriza cada um dos realizadores."
Um dos grandes problemas em que muitos cineastas se vêm envolvidos é o facto de estarem sujeitos às vontades dos produtores. Sirva isto, ou não, de desculpa para os muitos maus resultados, o certo é que limitam muito a sua criatividade. Algo que não irá acontecer nesta série. Os produtores por detrás desta antologia garantem o máximo de liberdade artística e garantem ainda que todos os episódios vão ser exibidos sem qualquer interrupção ou censura.
Cada realizador terá ao seu dispor o orçamento de um milhão e meio de dólares para fazerem o seu episódio. Esta é uma quantia muito acima do que alguns estão habituados a terem para realizarem as suas longas-metragens. Em contrapartida, eles têm apenas 10 dias para as filmagens e terão de o fazer obrigatoriamente em Vancouver. A equipa técnica com quem irão trabalhar será a mesma e, por fim, terão de ser "iguais a si próprios", o que fará com que os episódios mantenham o mesmo estilo que caracteriza cada um dos realizadores."
Introdução por: c7nema Fantástico
Em breve podem então contar com uma análise, episódio a episódio, deste aliciante projecto. Por enquanto, posso-vos adiantar que o primeiro episódio foi uma tremenda desilusão. Mas pelos vistos é considerado por todos os critícos como o pior da série, e como tal, pode ser que boas surpresas ainda ai apareçam.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Sweet November (2001)
O Pedro é um abafa-a-palhinha, abécula, abelhudo, abichanado, abutre, agarrado, agiota, agressivo, alarve, alcouceiro, alcoviteiro, aldrabão, aleivoso, amalucado, amarelo, amaneirado, amaricado, amigo-da-onça, analfabeto, analfabruto, animal, anjinho, anormal, apanhado do clima, aparvalhado, apóstata, arrelampado, arrogante, artolas, arruaceiro, aselha, asno, asqueroso, assassino, atarantado, atrasado mental, atraso de vida, avarento, avaro, ave rara, aventesma e azeiteiro.
O Miguel é cabeça de abóbora, cabeça-de-alho-chôcho, cabeça-de-vento, cabeça no ar, cabeça oca, cabeçudo, cabotino, cabrão, cábula, caceteiro, cachorro, cacique, caco, cadela, caga-leite, caga-tacos, cagão, caguinchas, caixa de óculos, calaceiro, calão, calhandreira, calhordas, calinas, caloteiro, camafeu, camelo, campónio, canalha, canastrão, candongueiro, cão, caquética, cara-de-cu-à-paisana, caramelo, carapau de corrida, careca, careta, carniceiro, carraça, carrancudo, carroceiro, casca grossa, casmurro, cavalgadura, cavalona, cegueta, celerado, cepo, chalado, chanfrado, charlatão, chatarrão, chato, chauvinista, chibo, chico-esperto, chifrudo, choné, choninhas, choramingas, chulo, chunga, chupado das carochas, chupista, cigano, cínico, cobarde, cobardolas, coirão, comuna, cona-de-sabão, convencido, copinho de leite, corcunda, corno, cornudo, corrupto, coscuvilheiro, coxo, crápula, cretino, cromo, cromaço, criminoso, cunanas e cusco.
A Mónica é debochada, delambida, delinquente, demagoga, demente, demónia, depravada, desajeitada, desastrada, desaustinada, desavergonhada, desbocada, desbragada, descabelada, desdentada, desengonçada, desgraçada, deshumana, deslavada, desleal, desmancha prazeres, desmazelada, desmiolada, desengonçada, desenxabida, desonesta, despistada, déspota, destrambelhada, destravada, destroça, desvairada, devassa, diaba, ditadora, doidivanas, doida varrido, dondoca, doutora da mula russa e drogada.
Chumpem meus bisbilhoteiros!
O Miguel é cabeça de abóbora, cabeça-de-alho-chôcho, cabeça-de-vento, cabeça no ar, cabeça oca, cabeçudo, cabotino, cabrão, cábula, caceteiro, cachorro, cacique, caco, cadela, caga-leite, caga-tacos, cagão, caguinchas, caixa de óculos, calaceiro, calão, calhandreira, calhordas, calinas, caloteiro, camafeu, camelo, campónio, canalha, canastrão, candongueiro, cão, caquética, cara-de-cu-à-paisana, caramelo, carapau de corrida, careca, careta, carniceiro, carraça, carrancudo, carroceiro, casca grossa, casmurro, cavalgadura, cavalona, cegueta, celerado, cepo, chalado, chanfrado, charlatão, chatarrão, chato, chauvinista, chibo, chico-esperto, chifrudo, choné, choninhas, choramingas, chulo, chunga, chupado das carochas, chupista, cigano, cínico, cobarde, cobardolas, coirão, comuna, cona-de-sabão, convencido, copinho de leite, corcunda, corno, cornudo, corrupto, coscuvilheiro, coxo, crápula, cretino, cromo, cromaço, criminoso, cunanas e cusco.
A Mónica é debochada, delambida, delinquente, demagoga, demente, demónia, depravada, desajeitada, desastrada, desaustinada, desavergonhada, desbocada, desbragada, descabelada, desdentada, desengonçada, desgraçada, deshumana, deslavada, desleal, desmancha prazeres, desmazelada, desmiolada, desengonçada, desenxabida, desonesta, despistada, déspota, destrambelhada, destravada, destroça, desvairada, devassa, diaba, ditadora, doidivanas, doida varrido, dondoca, doutora da mula russa e drogada.
Chumpem meus bisbilhoteiros!
domingo, fevereiro 19, 2006
Rankings CN: Spielberg
Quinto Lugar: Jurassic Park
Quarto Lugar: Indiana Jones and the Last Cruzade
Terceiro Lugar: E.T
Segundo Lugar: Schindler's List
Primeiro Lugar: Indiana Jones and the Raiders of the Lost Ark
sábado, fevereiro 18, 2006
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Bowling for Columbine (2002)
Vivem-se tempos conturbados em todo o Mundo e as decisões tomadas nos EUA, enquanto maior potência militar e económica no nosso planeta, afectam não só a sua população mas também todas as outras à escala global. Galardoado com o Óscar na categoria de Melhor Documentário em 2002, bem como com o César de Melhor Filme Estrangeiro, “Bowling for Columbine” foi ao mesmo tempo aplaudido tanto pela crítica, como pelo público em geral, abordando e investigando o fascínio dos americanos pelas armas de fogo.
Michael Moore, director e narrador do filme, questiona a origem dessa cultura bélica e busca respostas visitando pequenas cidades dos Estados Unidos, onde a maior parte dos moradores guarda uma arma em casa. Entre essas cidades está Littleton, no Colorado, onde fica o colégio Columbine, local onde os adolescentes Dylan Klebold e Eric Harris pegaram em armas dos pais e mataram 14 estudantes e um professor no refeitório. Moore faz ainda uma visita ao actor Charlton Heston, presidente da National Rifle Association (Associação Nacional de Espingardas).
Um dos temas centrais de Bowling for Columbine envolve esta mesma associação, e a sua influência na legislação existente no que concerne ao porte de armas em território americano. A NRA foi criada em Nova Yorque, no ano de 1871 e é considerada por muitos como o mais poderoso organismo americano, sendo referida diversas vezes pelos seus membros como a mais antiga organização de direitos civis dos EUA, definindo na Constituição Americana a licença de porte de arma como um direito civil. Esta associação é considerada por muitos com sendo um dos mais influentes lobbies nos EUA devido à sua capacidade de entregar um número considerável de votos nos diversos actos eleitorais. Algumas pessoas atribuem mesmo crédito à NRA pela forte campanha levada a cabo nos estados do Arkansas e do Tennessee nas semanas que precederam as eleições presidenciais em 2000, que acreditam ter levado o candidato democrata Al Gore a perder as eleições nesses mesmos estados. Esta ideia é fortalecida por diversos discursos proferidos pelo ex-presidente Bill Clinton, que tinha ganho os dois estados nas suas corridas vitoriosas à Casa Branca em 1992 e 1996, em que refere que a NRA alertou a população de que uma vitória do candidato democrata significaria que as suas armas lhes seriam tiradas.
Diversas sondagens efectuadas na população americana sugerem que a maioria defende uma maior rigidez nas leis respeitantes ao manuseio e licenças de porte de armas, tendo-se vindo a verificar a criação de nova legislação nesse sentido em diversas regiões do país, sendo estas sempre fortemente contestadas pela NRA e os seus apoiantes. Essas leis variam desde a quase total proibição do porte de armas, como por exemplo em Washington, até à quase liberalização completa de diversas classes de armas de fogo em diversos estados, chegando mesmo a nível Federal. A NRA, perante esta nova legislação, contrapõe com o reforço na aplicação das leis existentes que proíbem pessoas condenadas e criminosos violentos de serem portadoras de armas, bem como a extensão das sentenças nos crimes relacionados com o uso de armas.
Na sua constante luta neste lobby pelos direitos de armas, a NRA defende que a Segunda Emenda garante o direito ao cidadão comum de posse e manuseio de armas de fogo, "right to keep and bear arms", bem como o direito à privacidade desses mesmos cidadãos. Alguns críticos da associação referem que o conteúdo da Segunda Emenda são restos de uma época dirigida por revolucionários que não faz sentido nos dias que correm, especialmente com o actual estado da tecnologia utilizada nas armas que os percursores da Segunda Emenda nunca poderiam ter imaginado na altura da sua criação. No entanto, algumas críticas direccionadas a este organismo vêm de defensores de que o uso e licença de porte de armas de fogo é um direito absoluto, que argumentam que o apoio dado pela NRA a algumas leis neste contexto vão contra esse direito, ou seja, de certa forma esta estará a agir contra os seus próprios princípios.
Michale Moore, é, por assim dizer, um “justiceiro”, que assalta os malfeitores com uma camerâ e os enfrenta destemidamente, num fascinante modo, que quebra todas as barreiras, politicamente correctas e que avança com informações potencialmente chocantes sobre o comércio de armas nos Estados Unidos. É ainda um estudo devastador e cáustico sobre a cultura do medo que aterroriza toda uma nação e que intencionalmente descrimina toda a raça negra, comandada pelos meios de comunicação social, num estilo de transmissão de mensagens semelhante a uma propaganda nazi, devidamente situada.
“Bowling for Columbine” é assim uma obra que toca em vários pontos fracos da sociedade e democracia americana, num estilo sensacionalista, popular e ao contrário do que seria aceitável, parcial. Mas, nada aqui é fictício, e tudo aquilo que vemos é a vida real, mesmo se pela percepção de Moore. E o grande mérito deste é não cair em simplismos e facilitismos, e atribuir a culpa da violência americana ao cinema ou aos video-jogos. Porque só se dispara sobre alguém se tivermos uma pistola nas nossas mãos.
Um filme divertido, empenhado, polémico, corajoso e original, em que não é necessário ter as convicções políticas do realizador, nem acreditar nas suas teses para o apreciar. E isso é uma enorme qualidade.
Nota de Redacção: Informação e excerto do artigo sobre a NRA retirado da Wikipédia.
Michael Moore, director e narrador do filme, questiona a origem dessa cultura bélica e busca respostas visitando pequenas cidades dos Estados Unidos, onde a maior parte dos moradores guarda uma arma em casa. Entre essas cidades está Littleton, no Colorado, onde fica o colégio Columbine, local onde os adolescentes Dylan Klebold e Eric Harris pegaram em armas dos pais e mataram 14 estudantes e um professor no refeitório. Moore faz ainda uma visita ao actor Charlton Heston, presidente da National Rifle Association (Associação Nacional de Espingardas).
Um dos temas centrais de Bowling for Columbine envolve esta mesma associação, e a sua influência na legislação existente no que concerne ao porte de armas em território americano. A NRA foi criada em Nova Yorque, no ano de 1871 e é considerada por muitos como o mais poderoso organismo americano, sendo referida diversas vezes pelos seus membros como a mais antiga organização de direitos civis dos EUA, definindo na Constituição Americana a licença de porte de arma como um direito civil. Esta associação é considerada por muitos com sendo um dos mais influentes lobbies nos EUA devido à sua capacidade de entregar um número considerável de votos nos diversos actos eleitorais. Algumas pessoas atribuem mesmo crédito à NRA pela forte campanha levada a cabo nos estados do Arkansas e do Tennessee nas semanas que precederam as eleições presidenciais em 2000, que acreditam ter levado o candidato democrata Al Gore a perder as eleições nesses mesmos estados. Esta ideia é fortalecida por diversos discursos proferidos pelo ex-presidente Bill Clinton, que tinha ganho os dois estados nas suas corridas vitoriosas à Casa Branca em 1992 e 1996, em que refere que a NRA alertou a população de que uma vitória do candidato democrata significaria que as suas armas lhes seriam tiradas.
Diversas sondagens efectuadas na população americana sugerem que a maioria defende uma maior rigidez nas leis respeitantes ao manuseio e licenças de porte de armas, tendo-se vindo a verificar a criação de nova legislação nesse sentido em diversas regiões do país, sendo estas sempre fortemente contestadas pela NRA e os seus apoiantes. Essas leis variam desde a quase total proibição do porte de armas, como por exemplo em Washington, até à quase liberalização completa de diversas classes de armas de fogo em diversos estados, chegando mesmo a nível Federal. A NRA, perante esta nova legislação, contrapõe com o reforço na aplicação das leis existentes que proíbem pessoas condenadas e criminosos violentos de serem portadoras de armas, bem como a extensão das sentenças nos crimes relacionados com o uso de armas.
Na sua constante luta neste lobby pelos direitos de armas, a NRA defende que a Segunda Emenda garante o direito ao cidadão comum de posse e manuseio de armas de fogo, "right to keep and bear arms", bem como o direito à privacidade desses mesmos cidadãos. Alguns críticos da associação referem que o conteúdo da Segunda Emenda são restos de uma época dirigida por revolucionários que não faz sentido nos dias que correm, especialmente com o actual estado da tecnologia utilizada nas armas que os percursores da Segunda Emenda nunca poderiam ter imaginado na altura da sua criação. No entanto, algumas críticas direccionadas a este organismo vêm de defensores de que o uso e licença de porte de armas de fogo é um direito absoluto, que argumentam que o apoio dado pela NRA a algumas leis neste contexto vão contra esse direito, ou seja, de certa forma esta estará a agir contra os seus próprios princípios.
Michale Moore, é, por assim dizer, um “justiceiro”, que assalta os malfeitores com uma camerâ e os enfrenta destemidamente, num fascinante modo, que quebra todas as barreiras, politicamente correctas e que avança com informações potencialmente chocantes sobre o comércio de armas nos Estados Unidos. É ainda um estudo devastador e cáustico sobre a cultura do medo que aterroriza toda uma nação e que intencionalmente descrimina toda a raça negra, comandada pelos meios de comunicação social, num estilo de transmissão de mensagens semelhante a uma propaganda nazi, devidamente situada.
“Bowling for Columbine” é assim uma obra que toca em vários pontos fracos da sociedade e democracia americana, num estilo sensacionalista, popular e ao contrário do que seria aceitável, parcial. Mas, nada aqui é fictício, e tudo aquilo que vemos é a vida real, mesmo se pela percepção de Moore. E o grande mérito deste é não cair em simplismos e facilitismos, e atribuir a culpa da violência americana ao cinema ou aos video-jogos. Porque só se dispara sobre alguém se tivermos uma pistola nas nossas mãos.
Um filme divertido, empenhado, polémico, corajoso e original, em que não é necessário ter as convicções políticas do realizador, nem acreditar nas suas teses para o apreciar. E isso é uma enorme qualidade.
Nota de Redacção: Informação e excerto do artigo sobre a NRA retirado da Wikipédia.
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
The Fog (2005)
Em pleno século XIX, uma misteriosa e sinistra névoa surge após quatro homens cometerem um crime horrendo num veleiro ao largo da ilha de António Bay. Todos os seus tripulantes e passageiros perdem a vida, os seus nomes são esquecidos, as suas histórias ficam por contar enquanto um impenetrável nevoeiro oculta o segredo dos assassinos por várias gerações. Agora, no presente, os espíritos do antigo veleiro estão determinados a contar e a revelar o que realmente aconteceu naquela noite, e regressam envoltos num denso e arrepiante nevoeiro, aterrorizando todos os residentes locais. Um horrível mistério de vingança, sem piedade, que os habitantes da ilha terão de deslindar antes que seja tarde de mais... ou não, ou não e o filme é simplesmente um daqueles “cash-remakes”, que aproveita o sucesso do original para ganhar uns trocos e arruinar toda e qualquer reputação.
Mas pior que isto ainda, é saber que este mesmo fracasso é produzido, nada mais nada menos, do que pelo realizador e autor da obra pioneira, John Carpenter, que se associa assim, sabe-se lá porquê, a esta desgraça monumental, que inclui o próprio elenco reconhecido pelo seu trabalho na televisão.
As representações de Tom Welling (Clark Kent em “Smallville”) e de Maggie Grace (da soberba “Lost”) são horrendas, conseguindo, durante toda a obra, não transmitir por uma única vez, qualquer emoção ou sentimento de medo, de pânico ou pura e simplesmente angústia. Foi piloto automático, acelerar um pouquinho de nada o passo nas supostas cenas de fuga e correria, e... nem vou falar mais sobre estes. Ainda estou enjoado. A realização em termos técnicos não compromete, mas já nada poderia salvar esta suposta obra de terror psicológico, que, do mesmo, não tem absolutamente nada. E aquele final... que idiotice pegada.
Se precisavam de mais provas da crise acentuada de que vive este género nos nossos dias (salva pontualmente por uma ou outra obra como o recente “The Descent”), “The Fog” é o melhor exemplo. Com a agravante que ao mesmo tempo “ridicularizam” clássicos de outrora. E com permissão máxima! Será que Carpenter está assim tão necessitado de dinheiro?
Mas pior que isto ainda, é saber que este mesmo fracasso é produzido, nada mais nada menos, do que pelo realizador e autor da obra pioneira, John Carpenter, que se associa assim, sabe-se lá porquê, a esta desgraça monumental, que inclui o próprio elenco reconhecido pelo seu trabalho na televisão.
As representações de Tom Welling (Clark Kent em “Smallville”) e de Maggie Grace (da soberba “Lost”) são horrendas, conseguindo, durante toda a obra, não transmitir por uma única vez, qualquer emoção ou sentimento de medo, de pânico ou pura e simplesmente angústia. Foi piloto automático, acelerar um pouquinho de nada o passo nas supostas cenas de fuga e correria, e... nem vou falar mais sobre estes. Ainda estou enjoado. A realização em termos técnicos não compromete, mas já nada poderia salvar esta suposta obra de terror psicológico, que, do mesmo, não tem absolutamente nada. E aquele final... que idiotice pegada.
Se precisavam de mais provas da crise acentuada de que vive este género nos nossos dias (salva pontualmente por uma ou outra obra como o recente “The Descent”), “The Fog” é o melhor exemplo. Com a agravante que ao mesmo tempo “ridicularizam” clássicos de outrora. E com permissão máxima! Será que Carpenter está assim tão necessitado de dinheiro?
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Rankings CN: Remakes
Quinto Lugar: Ocean's Eleven
Quarto Lugar: Heat
Terceiro Lugar: True Lies
Segundo Lugar: Sweet November
Primeiro Lugar: Scarface
Quarto Lugar: Heat
Terceiro Lugar: True Lies
Segundo Lugar: Sweet November
Primeiro Lugar: Scarface
domingo, fevereiro 12, 2006
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
O Meu Blog Dava Um Programa De Rádio
A Rádio Comercial, primeira estação portuguesa a emitir em directo na Internet, é agora a primeira a trazer o fenómeno dos blogs para o éter. O que lhe propomos é transformar o seu blog numa hora de rádio. Nós pegamos nas suas palavras e juntamos a música, dando uma vida nova ao seu refugio na Internet. Damos-lhe a gravação, para mais tarde recordar, e uma semana de link directo a partir do nosso site. E atenção: além de poder ouvir o seu Blog na rádio, você habilita-se ao prémio de Melhor Blog do ano! O Meu Blog dava um programa de rádio, brevemente, ao fim de semana, na Rádio Comercial.
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
The Family Stone (2005)
É Natal e Everett (Dermot Mulroney), o filho perfeito, aproveita a oportunidade para apresentar à família a sua namorada nova-iorquina, a inflexível e dominadora Meredith (Sarah Jessica Parker). Muito seguros da sua intimidade, ideais e modelos de namorada perfeita, os membros da família Stone decidem odiar Meredith assim que a vêm pela primeira vez... criando mais uma vez no cinema um caso de confrontos entre casal e sogros. Ou será que não?
É nesta questão que reside todo o problema de “The Family Stone”, não saber se quer ser uma comédia, um drama, um romance ou pura e simplesmente uma lição de vida. Tenta ser um pouco de todas e perde por isso, não conseguindo assim basear os seus acontecimentos numa estrutura sóbria e pré-definida. Não impede isto que toda a obra tenha os seus mais diversos momentos altos em cada uma das categorias atrás citadas, mas não passa disso: um conjunto de bons momentos, afloreados com uma relação de quatro vértices mal estudada e elaborada e que têm a sua principal vitória em dois gestos simples e familiares.
O primeiro, e numa altura em que muito é discutida em Portugal a questão da homosexualidade, demonstrando que as opções sexuais de um filho não o devem tornar menos amado pelos seus pais. Que ser homosexual não é uma doença. Numa questão que se podia basear na afirmação “Todos se riem de mim porque sou diferente. Eu rio-me de vós todos porque são todos iguais.”. A segunda, mais tocante e emocional, que a familía deve ser sempre o nosso maior bem, e, sendo a vida efémera, não devemos perder uma única oportunidade de amar aqueles que sempre nos amaram. Nestas duas questões humanas, “The Family Stone” triunfa de uma forma arrebatadora. No capítulo romântico-dramático, falha catastróficamente.
Com um elenco de luxo, constituído por nomes como os de Sarah Jessica Parker, Dermot Mulroney, Claire Danes, Diane Keaton, Luke Wilson e a espetacularmente bela Rachel McAdams, “A Jóia da Família” poderia ter alcançado muito mais. E só não o fez por pura imcompetência de um argumentista indeciso, que neste caso, era Thomas Bezucha, o próprio realizador. “The Family Stone”, é assim, uma obra que não fosse pelo elenco e pelas duas importantes mensagens atrás mencionadas, provavelmente teria passado despercebido nas bilheteiras mundiais. E permitam-me terminar com a seguinte afirmação de frustração: “Ai Rachel Rachel, não fosse eu um rapaz comprometido e...”. Pronto, esqueçam. Lá tou eu a viajar!
É nesta questão que reside todo o problema de “The Family Stone”, não saber se quer ser uma comédia, um drama, um romance ou pura e simplesmente uma lição de vida. Tenta ser um pouco de todas e perde por isso, não conseguindo assim basear os seus acontecimentos numa estrutura sóbria e pré-definida. Não impede isto que toda a obra tenha os seus mais diversos momentos altos em cada uma das categorias atrás citadas, mas não passa disso: um conjunto de bons momentos, afloreados com uma relação de quatro vértices mal estudada e elaborada e que têm a sua principal vitória em dois gestos simples e familiares.
O primeiro, e numa altura em que muito é discutida em Portugal a questão da homosexualidade, demonstrando que as opções sexuais de um filho não o devem tornar menos amado pelos seus pais. Que ser homosexual não é uma doença. Numa questão que se podia basear na afirmação “Todos se riem de mim porque sou diferente. Eu rio-me de vós todos porque são todos iguais.”. A segunda, mais tocante e emocional, que a familía deve ser sempre o nosso maior bem, e, sendo a vida efémera, não devemos perder uma única oportunidade de amar aqueles que sempre nos amaram. Nestas duas questões humanas, “The Family Stone” triunfa de uma forma arrebatadora. No capítulo romântico-dramático, falha catastróficamente.
Com um elenco de luxo, constituído por nomes como os de Sarah Jessica Parker, Dermot Mulroney, Claire Danes, Diane Keaton, Luke Wilson e a espetacularmente bela Rachel McAdams, “A Jóia da Família” poderia ter alcançado muito mais. E só não o fez por pura imcompetência de um argumentista indeciso, que neste caso, era Thomas Bezucha, o próprio realizador. “The Family Stone”, é assim, uma obra que não fosse pelo elenco e pelas duas importantes mensagens atrás mencionadas, provavelmente teria passado despercebido nas bilheteiras mundiais. E permitam-me terminar com a seguinte afirmação de frustração: “Ai Rachel Rachel, não fosse eu um rapaz comprometido e...”. Pronto, esqueçam. Lá tou eu a viajar!
domingo, fevereiro 05, 2006
sábado, fevereiro 04, 2006
Bravo Dooby Doo (1999)
Se acompanham aqui o Cinema Notebook regularmente, já devem ter reparado que fui, enquanto miúdo, um completo viciado da série animada da Cartoon Network, "Johnny Bravo". Ora bem, melhor ainda que um Johnny, é ter um Bravo e um Scooby-Doo no mesmo elenco. E não é que isso aconteceu mesmo, decorria o ano de 1999 (já era maiorzito e já só queria era farra) e eu nunca tinha dado conta? Pois bem, mal soube deste extraordinário acontecimento no outro dia, tratei logo de o arranjar, custasse o que custasse. E lá consegui!
Esta curta-metragem de 11 minutos, realizada então para o mesmo canal de televisão atrás referido, conta o encontro de Mr. Johnny (e é para não ser Sir!) com o "gang" do Scooby-Doo. Quando o carro de Bravo avaria a meio-caminho da casa da sua tia Jebidissa, lá teve este de apanhar boleia do bando da Velma e do Fred. Estes, mal reparam que a casa da tia de Johnny tem um ar assustador e assombrado, colam-se logo e lá vão todos que nem ratos. Depois... bem depois é uma mistura de humor das duas séries, que resultou na perfeição. Pouco mais se pode dizer, isto é material infantil mas que toca à saudade. O melhor será mesmo deixar-vos com algumas imagens e esperar que a verdadeira transposição para o cinema de Johnny Bravo, agendada para Novembro deste ano, não desiluda muito. O que será difícil, visto que a personagem branca e de largo cabelo louro será interpretada, nem mais nem menos, por... "The Rock". Raios parta a isto tudo, depois do David Hasselhoff aparecer ai a cantar que nem o Marco Paulo, lá se vai outro idolo de infância pela água abaixo.
PS: Senti-me por curtos minutos, novamente um rapazinho de doze anos. E foi óptimo!
Esta curta-metragem de 11 minutos, realizada então para o mesmo canal de televisão atrás referido, conta o encontro de Mr. Johnny (e é para não ser Sir!) com o "gang" do Scooby-Doo. Quando o carro de Bravo avaria a meio-caminho da casa da sua tia Jebidissa, lá teve este de apanhar boleia do bando da Velma e do Fred. Estes, mal reparam que a casa da tia de Johnny tem um ar assustador e assombrado, colam-se logo e lá vão todos que nem ratos. Depois... bem depois é uma mistura de humor das duas séries, que resultou na perfeição. Pouco mais se pode dizer, isto é material infantil mas que toca à saudade. O melhor será mesmo deixar-vos com algumas imagens e esperar que a verdadeira transposição para o cinema de Johnny Bravo, agendada para Novembro deste ano, não desiluda muito. O que será difícil, visto que a personagem branca e de largo cabelo louro será interpretada, nem mais nem menos, por... "The Rock". Raios parta a isto tudo, depois do David Hasselhoff aparecer ai a cantar que nem o Marco Paulo, lá se vai outro idolo de infância pela água abaixo.
PS: Senti-me por curtos minutos, novamente um rapazinho de doze anos. E foi óptimo!
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Rankings CN: Séries de Televisão
Tendo em conta a nossa mais recente sondagem de Fevereiro (que já está disponível, lá em baixo na coluna do lado direito), o Cinema Notebook decidiu elaborar o seu Top 10 das séries de televisão que mais saudades deixaram, ou que, ainda hoje, marcam afincadamente a história da "pequena caixa". Não pretende este ranking demarcar patamares de qualidade televisiva, mas sim uma ordem de significado individual e de preferência pessoal.
Estas foram as minhas escolhas para a sondagem de Fevereiro. Talvez injustas, pois de fora ficam muitas outras séries que marcaram toda a minha infância, e até mesmo, a minha vida. Deixar séries como "The X-Files", "The A-Team", "Knight Rider", "Mission: Impossible" entre tantas outras de fora é complicado e até talvez injusto. Agora é a vossa vez! Vamos lá todos votar para em Março o CN publicar a lista das 10 melhores séries de sempre, de acordo com as vossas escolhas
Décimo Lugar: M*A*S*H
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Nono Lugar: Sliders
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Oitavo Lugar: Seinfeld
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Sétimo Lugar: Desperate Housewives
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Sexto Lugar: MacGyver
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Quinto Lugar: Lost
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Quarto Lugar: The Pretender
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Terceiro Lugar: Cheers
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Segundo Lugar: Baywatch
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Primeiro Lugar: 24
Estas foram as minhas escolhas para a sondagem de Fevereiro. Talvez injustas, pois de fora ficam muitas outras séries que marcaram toda a minha infância, e até mesmo, a minha vida. Deixar séries como "The X-Files", "The A-Team", "Knight Rider", "Mission: Impossible" entre tantas outras de fora é complicado e até talvez injusto. Agora é a vossa vez! Vamos lá todos votar para em Março o CN publicar a lista das 10 melhores séries de sempre, de acordo com as vossas escolhas
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Sondagem de Janeiro: Filme do Ano de 2005
Ora bem, segundo a sondagem que esteve em aberto durante todo o mês de Janeiro, os cinco melhores filmes estreados em Portugal durante o ano de 2005, para os visitantes do Cinema Notebook, foram:
Quinto Lugar:
Quarto Lugar:
Terceiro Lugar:
Segundo Lugar:
Primeiro Lugar:
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Ou seja, o filme do ano de 2005 para os visitantes do CN foi o mesmo que foi galardoado com o Óscar de Prata CN para melhor filme, em Dezembro. Em perfeita sincronia... diz-me com quem andas, que eu digo-te quem tu és! Obrigado a todos quantos votaram (um total de 195 votos, ou seja 39 eleitores) e ficam já a saber que em breve estará on-line a sondagem de Fevereiro.
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