terça-feira, fevereiro 28, 2006

The Crying Game (1992)

Uma amizade pouco provável nasce entre Fergus, um voluntário do IRA, e um soldado britânico raptado, Jody, que foi atraído pela implacável Jude a uma armadilha montada pelo IRA. Mas quando o plano acaba de um modo terrível e inesperado, Fergus foge para Londres. Adoptando o nome Jimmy, ele arranja um novo emprego e começa a encontrar-se com Dil, a amante de Jody, que não sabe nada do seu passado perigoso. Mas há algo sobre Dil que Fergus também não sabe...

O que eu não sabia é que este filme era sobrevalorizado até às ventas! Mau, inconstante, e completamente centrado na sua “reviravolta”, que pouco traz à acção e razão da narrativa. E eram tantos os lugares da capa do DVD que mencionavam este “segredo” , inclusivé citações de Ebert, que a mesma acaba por desapontar e cheirar a “banalidade”. Realizado por Neil Jordan (Interview with the Vampire, este sim um bom filme), “Jogo de Lágrimas” foi galardoado com o Óscar de Melhor Argumento Original. Algo exagerada a distinção, visto “Unforgiven” de Clint Eastwood estar, na altura, entre os mesmos nomeados e ser, claramente, uma obra superior, com principio, meio e fim. E podemos usar esta mesma classificação, para dizer que “The Crying Game” é um filme em que só existe um meio, com a “famosa” surpresa e que a partir daí afunda-se completamente.

“Jogo de Lágrimas” não sabe se quer ser um thriller de acção, uma obra sobre racismo, um filme sobre violência e opções sexuais ou pura e simplesmente uma pequena mistura de tudo isto, que funciona como azeite sobre água, ou seja, que não mistura e que não serve para nenhuma delas. Só mesmo o facto de invocar um assunto sensível e polémico como as acções da organização republicana militar irlandesa (IRA) explica a sua popularidade e sobrevalorização. A interpretação de Forest Whitaker é forçada e de certo modo, amadora e só a excelente prestação do até então desconhecido Sthepen Rea equilibra o elenco. Dispensável!



Nota de Redacção: Felizmente, “The Crying Game” foi a única desilusão que apanhei nestes últimos dias de descanso carnavalesco. Peço perdão pela curta ausência mas, esta não foi em vão. E até foi bastante merecida, modéstia à parte! A actualização diária continua de agora em diante!

5 comentários:

Anónimo disse...

Where did you find it? Interesting read ticket broker Suggestive jewelry True ice makers diamond jewelry diamond poker.com Free little girls upskirts weight gain from zyrtec Scholarships for aspiring teachers film diamonds are forever Install voice over ip

Cataclismo Cerebral disse...

Considero este The Crying Game um filme inteligente; acho que o cruzamento entre o lado policial e o tema da identidade sexual está muito conseguido. Claro que o "segredo" é o ponto fulcral do filme, mas não consegue abafar a qualidade das personagens e da narrativa. É um filme irónico (veja-se o genérico inicial) e imparcial em termos de juízos de valor. As interpretações acabam também por resgatar o argumento do mero policial inconsequente.

Abraço

Carlos M. Reis disse...

É um ponto de vista diferente. Eu detestei, confesso. Talvez não fosse o dia certo para o ver, não sei. Dificilmente o revisionarei!

Um abraço CC!

Anónimo disse...

Respeito opiniões divergentes da minha, mas este filme foi muito falado, até e principalmente pela Academia e revelou-se uma boa merda de filme, perdoem-me o francês!

Anónimo disse...

Ah fui eu que disse isso aí em cima
Jorge MArques ;)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...