quinta-feira, novembro 30, 2017

Entrevista ao Mundo de Cinema

O Gonçalo Sousa, do Mundo de Cinema, convidou-me para inaugurar uma série de entrevistas a bloggers que pretende efectuar no seu espaço. Aceitei o desafio e aproveitei para deixar algumas das minhas ideias em relação não só ao Cinema Notebook, mas também à blogosfera em geral. Podem ler tudo, aqui.

quarta-feira, novembro 29, 2017

Danny DeVito & Man on the Moon

terça-feira, novembro 28, 2017

American Playboy: The Hugh Hefner Story (S1/2017)

Nesta série documental de dez episódios produzida pela Amazon, Richard Lopez examina mais de dezassete mil horas de imagens de arquivo e cerca de dois mil e quinhentos cadernos de apontamentos dos arquivos pessoais de Hugh Hefner para recriar a sua vida, bem como a história da marca que criou e levou a transformações radicais na cultura norte-americana. Da inocência da década de cinquenta à revolução sexual dos anos setenta, a Playboy usou a sua habilidade única em entregar uma mensagem e criar debate público em torno dela, permitindo que o "sexo" saísse do armário através da exploração máxima dos direitos atribuídos através da primeira emenda da constituição. As amizades que sacrificou para proteger o império, os assassinatos e os suícidios de pessoas próximas, a luta com a sem excrúpulos Penthouse, o amor e o sucesso em Hollywood, as drogas para aguentar o ritmo, o uso das palavras na revista para lutar por direitos civis e combater as repressões do Governo, as tão famosas entrevistas - de Malcolm X às últimas palavras de Martin Luther King, publicadas já após a sua morte -, os clubes privados e a criação da "coelhinha", as regalias de fazer parte do grupo e a oportunidade de tornar problemas sociais - como o racismo ou a SIDA - em tópicos de discussão na sociedade, eis a vida do homem e de uma das marcas mais icónicas do planeta. Porque Hefner era muito mais do que um simples playboy.

segunda-feira, novembro 27, 2017

This is just WOW!

domingo, novembro 26, 2017

Amanda & Lily

sábado, novembro 25, 2017

Meghan Markle

sexta-feira, novembro 24, 2017

Jim & Andy (2017)

"Será isto mesmo verdade?" terá sido provavelmente uma das perguntas mais vezes feita por todos aqueles que seguiram a carreira do alternativo Andy Kaufman, tanto em palco como num ringue. Ora bem, quase tudo o que sai deste documentário fascinante em torno das filmagens do belíssimo "Man on the Moon", o último grande filme do fabuloso realizador checo Milos Forman, cai também nesse grau de estupefacção, um verdadeiro testamento de entrega de um actor que, afinal de contas, sempre funcionou com uns parafusos a menos - algo que os estúdios e os responsáveis pela sua carreira tentaram esconder o máximo tempo possível para benefício próprio. Articulando imagens de arquivo com uma entrevista no presente a Jim Carrey, o canadiano insiste que não interpretou Kaufman mas foi, sim, possuído pelo mesmo. Telepatias e golfinhos à parte, acredite-se ou não em Carrey, a verdade é que não só o resultado final como todo o processo que levou ao mesmo é tão delicioso quanto irresistível para qualquer cinéfilo que tenha, pelo menos uma vez na vida, admirado a carreira daquele que já foi o actor mais bem pago do planeta. Agora será este um génio incompreendido ou um mero idiota? Provavelmente um pouco de cada. Mas não perguntem ao Danny DeVito que ele ainda não percebeu o que é que se passou ali.

quinta-feira, novembro 23, 2017

Nem os thumbnails quero ver

Trailers dos próximos episódios de "Black Mirror" estão proibidos nesta casa. Não quero saber nada, nem o título dos mesmos. Sejam espertos, façam o mesmo!

quarta-feira, novembro 22, 2017

Pedro Rolo Duarte (1964-2017)

Conheci o Pedro Rolo Duarte aquando dos "TCN Blog Awards 2012". O seu currículo enquanto homem da cultura falava por si. Já tinha feito de tudo um pouco e, uns meses antes, fez uma referência muito simpática ao meu blogue no seu programa de então na Antena 1, "Janela Indiscreta". Com essa recomendação, juntei-me a outros incontáveis jovens a quem o Pedro deu uma oportunidade de destaque na rádio, televisão ou em papel. Queria-o, por isso, muito nos TCN. Convidei-o então a apresentar o prémio de Melhor Entrevista dessa edição - categoria mais adequada seria difícil -, convite ao qual respondeu rapidamente com uma cordialidade e uma disponibilidade rara, para mim, que estava habituado a tantas não-respostas de figuras públicas com mais que fazer que passar uma tarde com bloggers de cinema. Visito agora os e-mails que trocámos na altura e relembro a sua simpatia e educação nestas palavras guardadas para a eternidade: "Caro Carlos", em todos eles; "conte comigo"; e, pela primeira vez, e que me lembre a única e última, um interesse verdadeiro nos prémios e nos nomeados, de modo a fazer mais em palco do que simplesmente atirar o tradicional "e os nomeados são".
O dia dos TCN chegou e o Pedro comprovou, em pessoa, toda a sua categoria, classe, charme e polidez. No palco - disponível no YouTube graças aos registos do Nuno Reis, a partir do minuto trinta e um - e fora dele. Foi a primeira vez que entregou um prémio, confessou. Tamanha honra. Para mim, claro. A sua voz, inconfundível, falou um dia sobre mim e para mim. Nunca me esquecerei disso. Até sempre e obrigado Pedro. Caro Pedro.

terça-feira, novembro 21, 2017

Dezembro na Netflix

segunda-feira, novembro 20, 2017

American Vandal (S1/2017)

Não se deixem enganar pela aparentemente patética premissa desta suposta true-crime docuseries; "Quem desenhou as pilas?", uma pergunta que dá origem a uma sátira trabalhada e pensada ao pormenor sobre um género catapultado pela própria Netflix nos últimos anos. Oito episódios de meia hora, onde o feeling inicial de "isto é bom demais para ser verdade" passa rapidamente para um sentimento de deleite quase infantil do que vai ser inventado para revolucionar um crime e uma narrativa sem limites ou fronteiras do real. O equilíbrio notável entre o humor e o mistério aguenta-se firme até muito perto do fim - fim esse algo decepcionante na forma quase trivial como o vilão é desmascarado -, justificando esta experiência arriscada e original da plataforma que está a revolucionar a indústria.

domingo, novembro 19, 2017

There's a murderer among us

sábado, novembro 18, 2017

Outra irritação dos coleccionadores

A falta de noção da malta que vende dvds em segunda mão na internet roça o hilariante. Nas séries, então, chega a ficar 70/80% mais barato encomendar novo de sites como a Amazon, já com portes incluídos. Salvam-se as raridades que muitos nem percebem que têm.

sexta-feira, novembro 17, 2017

The 5th Wave (2016)

Boooooring. O fim da humanidade transformado em mais uma saga - ou tentativa de - cinéfila para adolescentes, em que tudo o que acontece é extremamente fácil de antecipar, tanto a nível de sobrevivência das personagens, desenvolvimento narrativo ou até no que toca às inevitáveis paixonetas disparatadas. Demasiado limpinho para tanto caos, totalmente insignificante perante tamanho cocktail de ideias e oportunidades extraterrestres. Uma pena, ainda para mais logo agora que já não é crime encher os pulmões e dizer à Chloë Grace Moretz que se estivesse no lugar dela, tinha sexo comigo na boa. Ao bom estilo Weinstein.

quinta-feira, novembro 16, 2017

Grace

quarta-feira, novembro 15, 2017

terça-feira, novembro 14, 2017

Slasher (S1/2016)

A temporada de estreia de "Slasher" parece ter sido feita por mim. Ou seja, por um tipo que não sabe filmar, editar, escrever um guião para televisão ou sequer fazer de árvore no teatro da escola. Tudo muito previsível - até o raio do assassino, a não ser que tivesse a usar botas com um palmo de salto, só poderia ser uma das personagens conhecidas dada a estatura -, tudo aos soluços na narrativa, tudo demasiado pateta e amador para ser levado com alguma emoção. Para a segunda temporada não me apanham; até porque já só faltam uns mesinhos para a estreia de terceira temporada de "Scream" e, mesmo sem ter feito nada por isso, essa parece-me agora uma muito melhor opção no género.

segunda-feira, novembro 13, 2017

Because maybe I'm good

domingo, novembro 12, 2017

Don’t believe the sales - DVDs are thriving!

"According to the accountants’ ledgers, DVDs are dying. Sales of those shiny discs, along with their shinier sibling the Blu-ray, amounted to £894 million last year, which is almost a fifth lower than in 2015 and less than half of what was achieved a decade ago. And last week we finally said goodbye to the postal DVD service Lovefilm, too. The explanation for this decline is the explanation for many modern declines: digital is taking over. Nowadays, downloads and streaming services make more money than the old physical formats. But accountants don’t know everything. From a different perspective, through the bloodshot eyes of a cinephile, DVDs are thriving — and they’re doing better in Britain than in most other countries. This success is measured in quality rather than quantity. A smallish band of homegrown distributors is working to make more films available in ever more wondrous editions. Labels such as Eureka’s Masters of Cinema, Arrow Video and Second Run are now familiar to movie fans all over the world. Strangely, the decline of physical media is helping to sustain these distributors. There was a time — sometimes referred to as ‘the Golden Age of DVD’ by weirdos like me, who have collected thousands of discs — when the big studios brought their archives to home-video wholesale. Digital streaming and downloads could be just as democratic as DVD — maybe more so. But they’re not there yet. (...) This will surely change. The accountants will make sure that digital delivers and, when they do, it will be a moment of joy for cinephiles, but also of sadness. Some boutique labels will find that their small niche within the entertainment industry has become too small to support them. Some major films — perhaps including Erich von Stroheim’s Greed (1924) — will never get the DVD releases they deserve. For now, however, this old format keeps on keeping on. The most legendary label of all, the Criterion Collection, has recently expanded into Britain from its home in New York. Others, such as Powerhouse Film’s Indicator series, are starting up for themselves. More items keep on being added to the list of amazing forthcoming releases: new restorations of Buster Keaton movies, a Sacha Guitry collection, The Colour of Pomegranates (1968) in high definition. If only all deaths were so full of life." [Spectator]

sábado, novembro 11, 2017

Dark Tower meets Disney

sexta-feira, novembro 10, 2017

The Big Sick (2017)

Abro o Citador. Um gesto tão simples quanto esta doce história de amor inspirada na vida do comediante paquistanês Kumail Nanjiani. E, com o mesmo ritmo calmo e tranquilo com que "Amor de Improviso" flui, deixo de agora em diante frases soltas por lá encontradas numa tentativa inocente de enobrecer alguns dos seus méritos. Porque a simplicidade é a consequência natural da elevação dos sentimentos, e amar é sofrer. Para evitares sofrer, não deves amar. Mas, dessa forma vais sofrer por não amar. Então, amar é sofrer, não amar é sofrer, sofrer é sofrer. Ser feliz é amar, ser feliz, então, é sofrer, mas sofrer torna-nos infelizes, então, para ser infeliz temos que amar, ou amar para sofrer, ou sofrer de demasiada felicidade - espero que estejas a perceber. Diz-me o Citador, esse espécime útil encontrado num lugar malvado - a internet - onde as pessoas detestam o "Forest Gump", que foi Woody Allen o autor desta divagação sobre o amor. Não haja dúvidas: se fosse paquistanês, este poderia também ser um dos seus filmes. Restam-me duas menções obrigatórias: Ray Romano e Holly Hunter. Como nos bons velhos tempos. O filme? Esse fica, não se sabe bem porquê nem como. Como o amor, aliás. E esta foi minha, porque o Citador, esse, já ficou para trás.

quinta-feira, novembro 09, 2017

Letterman & Depp

quarta-feira, novembro 08, 2017

Irritações de coleccionador

Capas e contracapas de DVDs nacionais onde só se encontra, nas letrinhas pequeninas, o ano de produção física do disco e não, também, o ano de estreia original do filme. Custava assim tanto fazer como se faz lá fora?

terça-feira, novembro 07, 2017

Shiuuu!

segunda-feira, novembro 06, 2017

The 100 (S4/2017)

A quarta temporada da série pós-apocalíptica da CW arranca mal - ao nível do atabalhoamento conceptual do ano anterior -, embala num ritmo frenético no último terço, qual drama portentoso de acção repleto de questões morais complexas, para finalmente terminar num misto de boas ideias, maus timings e péssimas decisões narrativas. Vamos por partes: um novo arco no espaço de algumas personagens e tudo o que leva ao processo de metamorfose de Octavia em "chefe maior" é fenomenalmente bem executado e pensado; mas quando esperávamos que tudo tivesse sido feito para dar material para uma nova temporada, eis que um salto temporal de seis anos mata dois arcos tão opostos - o caos tão diverso num bunker vs a solidão de meia dúzia no espaço - com tanto para explorar pela primeira vez. Em vez disso, eis que os cabecilhas por detrás de "The 100" carregam no botão de reset e lá vamos nós explorar os mesmíssimos temas pela enésima vez. Ao menos que a coisa volte ao nível da segunda temporada, sff.

domingo, novembro 05, 2017

Based on a true st... yeah right.

sábado, novembro 04, 2017

A blogosfera já era?

Impressão minha ou durante os últimos dois anos dezenas de blogues de cinema deixaram de ser actualizados numa base regular e constante? Corro a lista de blogues da barra lateral e encontro meia-dúzia activos - uma entrada de quando em vez não vale, bem como só estreias da semana, trailers ou copypaste de e-mails. Um blogue, para o ser, tem que ter personalidade própria, uma opinião vincada nas palavras que o enchem. Por isso, obrigado Miguel, José, Pedro, Hugo, Aníbal, João e malta do TVD por manterem a chama viva e o meu feed reader acalorado. Esqueci-me de algum? Posso andar desactualizado. É favor usarem a caixa de comentários - se ainda souberem como.

sexta-feira, novembro 03, 2017

quinta-feira, novembro 02, 2017

Jigsaw (2017)

John Kramer teima em morrer. Ou não, afinal não. Esperem, estou todo baralhado. Ok, é esse o objectivo, got it. A dupla alemã de irmãos gémeos que nos trouxe "Daybreakers" e "Predestination" aproveita a fama do franchise de terror mais lucrativo do novo milénio para encher os bolsos e oferecer um novo capítulo - o oitavo se não falhei as contas - tão desnecessário como inevitável. Ainda assim, uma ou outra manha que resulta no meio de muita previsibilidade e pouquinho gore, tudo para encerrar no já tão esperado twist final, imagem de marca da saga que, verdade seja dita, acaba por arrancar o filme da miséria e colocá-lo apenas na mediocridade. O que é um perigo, pois deixa muitas portas abertas para uma nona experiência, desta vez com o Jigsaw Kramer em espírito ou fantasma falante.

quarta-feira, novembro 01, 2017

Soderbergh Experience

"Soderbergh's latest project—an interactive smartphone app called Mosaic—required covering most of the walls in a Chelsea loft with color-coded cards and notes. The app contains a 7-plus-hour miniseries about a mysterious death, but because viewers have some agency over what order they watch it in and which characters' stories they follow, each scene—and the point at which it should be introduced—had to be meticulously planned so that no detail was revealed too late or too soon. The script for it is more than 500 pages long and was written after most of the story was laid out using all of those notecards. Soderbergh and his team have been working on it for years. Turns out it takes a lot of work to overhaul TV as we know it." [Wired]