segunda-feira, agosto 31, 2020

12 Feet Deep (2017)

Matt Eskandari, o iraniano emigrado nos Estados Unidos da América que recentemente comprou o monopólio como realizador de filmes com o Bruce Willis em estado vegetativo no papel principal, consegue aqui o mais difícil: convencer o espectador que a sua premissa aparentemente absurda de alguém ficar preso debaixo da cobertura de uma piscina pública pode, de facto, acontecer. Juntemos a isso uma história familiar de fundo entre duas irmãs com algum peso - um pai abusivo e um incêndio que mudou a vida de ambas - e, quem diria, podíamos até ter aqui um bom filme. Mas depois damos conta do acting: terrível; da vilã inesperada - uma empregada de limpeza sem plano, sem nexo, sem perfil para sustentar a figura maquiavélica e desequilibrada que lhe confiam; das acções sem qualquer sentido naquela situação; de tudo o que teríamos feito que nenhuma das personagens acabou por fazer. Enfim, não percam o próximo filme de Eskandari, uma epopeia sobre duas miúdas que acabam presas dentro de um frigorífico por acidente.

domingo, agosto 30, 2020

Porra para estas apps!

sábado, agosto 29, 2020

Villains (2019)

Não há review deste "Villains" que não refira "Bonnie & Clyde", pelo que... feito. Entretenimento eficaz, sem medo de arriscar, que oscila entre a comédia negra e uma violência atípica, num (des)equilíbrio divertido entre dois casais sem escrúpulos que se encontram na mais peculiar das maneiras. Nem sempre acerta o tom, nem sempre acerta sequer nas piadas, mas ninguém se queixa de noventa minutos despretensiosos e desvairados no meio deste coronapocalipse. Belíssimas prestações de Maika Monroe e Bill Skarsgård - ninguém chegava a essa carinha, Pennywise -, competência mais contida de Kyra Sedgwick e Jeffrey Donovan - há vida após "Burn Notice" - e, tudo somado, mesmo aquele final meio pateta, meio lamechas, fica uma sugestão cinéfila excêntrica, de requinte próprio.

sexta-feira, agosto 28, 2020

Chadwick Boseman (1977-2020)

quinta-feira, agosto 27, 2020

Glass (2019)

Sempre fui fã confesso de Shyamalan. Mais de "Unbreakable" do que de "Split", que ainda assim me convenceu, nem que fosse pela irreverência multifacetada de James McAvoy. E, por isso mesmo, vê-lo banalizar - até me arrisco a usar a expressão MARVELizar - o seu próprio trabalho num produto de super-heróis de execução segura e certinha, sem alma nem chama, sem sombras nem fantasmas, sem capacidade de explorar o potencial quase ilimitado de personagens outrora complexas, agora trivializadas em rasgos de parábolas simples, que prometem muito mas cumprem pouco - a própria ideia de um finale em apoteose na inauguração de um edifício não passa disso, uma ideia por concretizar -, todo um conceito e universo que Shyamalan não só não deixa ver mais que a superfície, como arrasa propositadamente qualquer regresso a ele. O talento está lá, a vontade nem por isso.

quarta-feira, agosto 26, 2020

Nalgas Flash Review: The Keep

terça-feira, agosto 25, 2020

Tokyo Tribe (2014)

Mas o que é que foi isto? Um musical rap japonês repleto de luzes néon, conceitos misóginos, ideias interessantes perdidas no meio de tanto estilo e tão pouca história - na verdade estou apenas a ser simpático, já que não encontrei por lá história nenhuma que não uma em torno da importância do tamanho de um pénis -, com malta que não sabe cantar nem interpretar. Não percebi sequer se eram rappers transformados em actores ou vice-versa. Coreografias impressionantes - de rua e de pancadaria - desperdiçadas num vazio irritante de raps consecutivos sem conteúdo nem musicalidade, uma confusão total que pode ter feito muito sentido enquanto nona arte (anime) mas nenhuma enquanto sétima. Fica a velhota DJ e "yo, nada mais, dreads, que isto não merece mais threads". Rima ao nível deste "Tokyo Tribe" de Sion Sono.

segunda-feira, agosto 24, 2020

Gleeson's Trump

domingo, agosto 23, 2020

Time Trap (2017)

Sci-fi de meios modestos mas de conceito ousado, que tem dificuldades em arrancar mas que acaba por convencer quando percebemos a potencialidade da ideia e todo o "novo" mundo por explorar fora daquela gruta. Hora e vinte - que maravilha - que passa rápido, sem se perder nas armadilhas da sua complexidade espaciotemporal, sem estrelas no elenco mas também sem aquele feeling amador que constantemente destrói tantas boas intenções que no papel soavam bem. Injustamente escondido no meio do, chamemos-lhe, complicado catálogo da Netflix, eis uma sugestão interessante para os maluquinhos do género.

sábado, agosto 22, 2020

50 Shades of Sushi

sexta-feira, agosto 21, 2020

Cold Pursuit (2019)

Hans Petter Moland, o intitulado Ridley Scott norueguês, pega na persona justiceira de Liam Neeson e mete-lhe a espalhar sangue e tripas de vilões pela neve. Estilo peculiar, substância vulgar, eis mais um capítulo do arquétipo vingador do actor norte-irlandês que não consegue fazer justiça ao Pai Nosso idealizado em "Taken", por mais irresistível que seja vê-lo num bruto limpa-neves a enrolar corpos em redes de galinheiro. Tom Bateman revela-se uma surpresa agradável enquanto vilão ao mesmo tempo que Laura Dern aparece e desaparece do ecrã sem qualquer preponderância na história. Desperdício de talento sustentado por um elenco secundário sem chama nem alma. Como a "apoteótica" cena final, diga-se.

quinta-feira, agosto 20, 2020

Nas Nalgas do Mandarim - S07E12

quarta-feira, agosto 19, 2020

Robin's Wish

terça-feira, agosto 18, 2020

Hard Eight (1996)

Muitos consideram a obra de estreia de Paul Thomas Anderson na cadeira de realizador como o seu filme menos brilhante; não podia discordar mais. O que lhe falta em aparato é compensado por uma sensação tão estranha quanto irresistível de mistério, de um perigo sedutor em torno de uma personagem maravilhosamente interpretada por Phillip Baker Hall, no papel de uma carreira - mais ainda que em "Magnolia" -, que enche o ecrã e o filme, com a sua frieza de coração quente, entre o calculista implacável e o pai adoptivo carinhoso de frágeis figuras aparentemente desconexas na sua vida. Um noir moderno, onde o destino de cada um depende frequentemente de outros - e tudo começa com uma aposta de muitos milhares de dólares numa jogada de dados de outro jogador -, num ambiente repleto de fumo, bares duvidosos e hóteis de segunda. Os close-ups, os movimentos de câmara, as cores, a sonoplastia, tantos elementos-chave de PTA, todos bem presentes logo na estreia com vinte e poucos anos. Não é para qualquer um.

segunda-feira, agosto 17, 2020

Gadot on the Nile

domingo, agosto 16, 2020

Nas Nalgas do Mandarim - S07E11

sábado, agosto 15, 2020

Mas vocês querem ver que afinal...

sexta-feira, agosto 14, 2020

Diner (1982)

"Diner" vive dos seus diálogos, com todas as virtudes e defeitos que tal acarreta. Um filme dos anos oitenta, contextualizado no fim dos cinquentas, sobre um grupo de jovens adultos que se encontram regularmente num "diner" para comer, beber e discutir engates. Um elenco que o tempo provou ser de respeito - Steve Guttenberg, Daniel Stern, Mickey Rourke, Paul Reiser, Kevin Bacon e Timothy Daly, este último talvez o melhor do filme de Barry Levinson, mas também o que acabou por desaparecer mais cedo dos holofotes de Hollywood - numa mão-cheia de personagens que procura evitar as responsabilidades da vida adulta o maior tempo possível, cada um à sua maneira. Entre a nostalgia de uma era dourada e a objectificação desavergonhada das mulheres - a cena das pipocas com Rourke é talvez o melhor exemplo dessa dualidade, desse choque cultural que envelheceu (e bem) mal -, "Diner" arrisca pouca além do conforto do círculo de amigos semi-patetas que não ata nem desata.

quinta-feira, agosto 13, 2020

Vote the way you see it

quarta-feira, agosto 12, 2020

Nalgas Flash Review: The Black Hole

terça-feira, agosto 11, 2020

And you came anyway?

segunda-feira, agosto 10, 2020

The Ruins (2008)

Um filme sobre heras assassinas e um grupo de turistas norte-americanos no México burros que nem uma porta. Personagens uni-dimensionais, processos de decisão ridículos e plantas que imitam sons de telemóveis para atrair vítimas. É o que é amigos. Um grupo de malta de uma aparente civilização Maia aparece no percurso da turistada mas, em vez de impedir que estes cheguem ao templo maldito, lá esperam que não haja volta a dar. Sabe-se lá porquê, talvez porque estavam com vontade de ficar uma semana de plantão a controlar qualquer saída possível da zona. Nada, quase nada que se aproveite, nem o raio daquele final que não é aberto nem fechado, apenas disparatado.

domingo, agosto 09, 2020

Nalgas Flash Review: Cure

sábado, agosto 08, 2020

John Saxon (1936-2020)

sexta-feira, agosto 07, 2020

I'm coming for you

quinta-feira, agosto 06, 2020

Space Force (S1/2020)

Quando as ideias patetas de Trump enquanto presidente dão azo a uma série de comédia da Netflix. O recém-criado sexto ramo das Forças Armadas norte-americanas é satirizado nesta produção para a Netflix sob os comandos de Steve Carell, numa primeira temporada que sabe a pouco. Boas ideias no papel, boa execução visual, uma dupla irresistível no ecrã - Carell e Malkovich - e a saborosa última aparição do recém-falecido Fred Willard. Tudo o resto diverte mas não assombra, faz sorrir mas não chega para as gargalhadas, dá ares de sátira mas quase nunca é crítica assaz aos poderes instalados nos EUA. Dez episódios bons que nunca são geniais, num conjunto de valores que chega para vencer mas não consegue convencer como "The Office" ou "Veep" fizeram na sua estreia.

quarta-feira, agosto 05, 2020

Nalgas Flash Review: Holiday

terça-feira, agosto 04, 2020

segunda-feira, agosto 03, 2020

Born to Scheme

domingo, agosto 02, 2020

Doctor Sleep (2019)

Há algo em Mike Flanagan que o diferencia dos demais. Provou isso mesmo recentemente na maravilhosa adaptação televisiva de "The Haunting of Hill House" e fá-lo aqui também, por mais elevadas e exigentes que fossem as expectativas em torno de uma sequela para a irrepreensível obra de culto da parelha King/Kubrick, com todas as suas diferenças entre a versão escrita e cinematográfica. Tarefa difícil, perto do impossível, numa sequela para ambas as versões que acaba por safar-se com engenho e alguma mestria, rejeitando parte do passado, impondo a sua própria identidade, as suas ideias, com energia (Rebecca Ferguson) e eficácia (Ewan McGregor). Dificilmente o poderemos catalogar como filme de terror, mas sim como um thriller que evoca os melhores elementos criativos de Stephen King, numa combustão segura que não tem medo de dar tempo à história para assim proporcionar um mais detalhado background às personagens. Quase tudo bem feito até ao terceiro acto que, no regresso ao mítico Hotel Overlook, acaba por não ser mais do que uma recriação em tom de homenagem saudosista ao trabalho de Kubrick, meia hora repleta de estilo, cores e pormenores deliciosos de realização que fazem brilhar os olhos dos fãs ao mesmo tempo que aniquilam a personalidade e congruência narrativa isolada de "Doctor Sleep".

sábado, agosto 01, 2020

Ultraviolet & Cameron Bright @ VHS