sábado, junho 30, 2012
Pormenores
Receber um e-mail a dizer que a nossa encomenda da Amazon foi enviada por Royal Mail e não através da MRW é quase tão gratificante quanto entrar no Portal das Finanças e ver que o IRS já está, finalmente, em "processo de reembolso". E, tendo em conta o estado das coisas, sei bem o que vai chegar primeiro. Mais rápido, só mesmo uma licenciatura na Lusófona.
sexta-feira, junho 29, 2012
The Dictator (2012)
O General Almirante Shabazz Aladeen é considerado um dos mais cruéis, preconceituosos, ignorantes e excêntricos ditadores que o mundo já conheceu. Entre as famosas que colecciona na cama e as políticas extremamente machistas que pratica na sua nação, Aladeen encontra-se nos holofotes da atenção internacional devido a algumas fugas de informação relativas aos seu secreto e assustador programa nuclear. Pressionado pelas Nações Unidas a emitir um esclarecimento sobre as suas intenções, Aladeen desloca-se a Nova Iorque, mas, após uma tentativa de assassinato falhada, acaba por encontrar-se sozinho, sem dinheiro e sem poder nas ruas de Manhattan, irreconhecível devido à carecada que a sua mítica barba sofreu. Agora, custe o que custar, há que recuperar o lugar e afastar a maldita democracia do seu belo país oprimido.
Longe do formato irresistível e original de "Borat", onde a realidade e a ficção jogavam de forma hilariante entre si, "O Ditador" é uma comédia hollywoodesca como tantas outras, onde a ausência do estilo de apanhados a que Sacha Baron Cohen nos habituou nos últimos anos provoca grande mossa, não só no impacto da fita no espectador, como também na imagem rebelde do humorista, reciclada em "The Dictator" de forma quase hipócrita e banal. Caindo em armadilhas comuns do género e cometendo os mesmos erros de sátiras como "Scary Movie" ou "Not Another Teen Movie" - entre eles, o de escolher a abominavelmente irritante Anna Farris para o papel feminino principal -, "O Ditador" consegue, ainda assim, arrancar duas ou três gargalhadas inesperadas - e outras duas ou três esperadas, ou não tivesse o trailer revelado as mesmas logo à partida. No fim, fica a sensação de que a fórmula de sucesso de "Borat" secou completamente depois do agridoce "Bruno", tendo definitivamente chegado a hora do conceituado Larry Charles procurar inspiração noutro pateta qualquer que não Baron Cohen.
Longe do formato irresistível e original de "Borat", onde a realidade e a ficção jogavam de forma hilariante entre si, "O Ditador" é uma comédia hollywoodesca como tantas outras, onde a ausência do estilo de apanhados a que Sacha Baron Cohen nos habituou nos últimos anos provoca grande mossa, não só no impacto da fita no espectador, como também na imagem rebelde do humorista, reciclada em "The Dictator" de forma quase hipócrita e banal. Caindo em armadilhas comuns do género e cometendo os mesmos erros de sátiras como "Scary Movie" ou "Not Another Teen Movie" - entre eles, o de escolher a abominavelmente irritante Anna Farris para o papel feminino principal -, "O Ditador" consegue, ainda assim, arrancar duas ou três gargalhadas inesperadas - e outras duas ou três esperadas, ou não tivesse o trailer revelado as mesmas logo à partida. No fim, fica a sensação de que a fórmula de sucesso de "Borat" secou completamente depois do agridoce "Bruno", tendo definitivamente chegado a hora do conceituado Larry Charles procurar inspiração noutro pateta qualquer que não Baron Cohen.
quinta-feira, junho 28, 2012
quarta-feira, junho 27, 2012
Norris, o Conspirador
O actor de filmes de acção Chuck Norris acusa a administração Obama de pagar a James Turley, membro da administração nacional dos Escuteiros, para tentar suprimir a política da organização de proibir escuteiros e monitores homossexuais. Num texto de opinião publicado no site sobre armas AmmoLand.com na terça-feira, o actor, cujo verdadeiro nome é Carlos Ray Norris, questiona se Turley, que recentemente afirmou que irá trabalhar "por dentro" para anular o «veto» aos gays nos escuteiros, estará a gir por iniciativa própria ou se estará a ser apoiado pela Casa Branca com "favores e privilégios". Mais tarde, Chuck Norris recorreu ao Facebook e ao Twitter para esclarecer que não estava a "criticar a comunidade gay". [F]
terça-feira, junho 26, 2012
segunda-feira, junho 25, 2012
domingo, junho 24, 2012
sábado, junho 23, 2012
Miss TVDependente 2012
Faltam a Nikita e a Rachel Zane no quadro dos oitavos-de-final, mas mesmo assim temos alguns duelos interessantes. Para a grande final, este blogue deseja a Sarah ou a Alex - que provavelmente competem já uma com a outra nos quartos. Leitor, ide já votar... mas em consciência, não vá alguma delas levar a mal!
sexta-feira, junho 22, 2012
quinta-feira, junho 21, 2012
1001 filmes para NÃO ver antes de morrer #7
"This one never hit theaters; it was made for ABC Television. But its cult reveres it mostly because of its idiotic premise (and admittedly amazing title, complete with superfluous exclamation point). And what a Grade A idiot premise it is: a meteorite with strange powers lands on Earth. When a work crew tries to move it with a bulldozer, the heavy shoveling equipment is possessed by the alien boulder’s power and goes on a killing rampage. And then it just dissipates. Biggest disappointment: thanks to its TV movie status there was never a cool poster created to trumpet its arrival on the junk culture scrapheap."
quarta-feira, junho 20, 2012
terça-feira, junho 19, 2012
segunda-feira, junho 18, 2012
Thor (2011)
Em Asgard, reino imaginário do Universo Marvel, Thor (Chris Hemsworth) é o filho guerreiro tão intenso e corajoso quanto arrogante e imprudente do Deus-rei Odin (Anthony Hopkins). Sem receio das consequências das suas acções, Thor acaba por revoltar-se contra a paz podre existente entre os seus e uma outra raça ancestral e desencadeia uma guerra, contra a vontade de Odin, que coloca o seu povo em perigo. O pai, desiludido e revoltado com Thor, decide banir-lhe do seu reino e envia-o para a “nossa” Terra, onde será obrigado a conviver entre os humanos e aprender, com humildade e algum amor à mistura, o que é realmente necessário para ser um verdadeiro herói.
Com realização do multifacetado Kenneth Branagh, actor em filmes de sucesso como “Harry Potter and the Chamber of Secrets” ou “Valkyrie” e realizador de películas classicamente britânicas como “Much Ado About Nothing” ou “Hamlet”, ambas inspiradas em obras de William Shakespeare, “Thor”, o filme, foi talvez o mais conseguido blockbuster de 2011. Mais do que um simples espectáculo visual com sequências de acção bem conseguidas, “Thor” conquista a audiência através do humor ocasional que proporciona, da sólida linha narrativa que apresenta e, surpreendentemente, através de bons desempenhos de grande parte do seu elenco. Hemsworth e Natalie Portman convencem o público enquanto par romântico improvável e até o veterano Hopkins, mesmo de pala no olho, consegue ser um Deus credível.
Infelizmente, nem tudo são rosas – martelos talvez seja o termo mais apropriado neste caso. O vilão volta a ser, uma vez mais nestas aventuras cinematográficas da Marvel, completamente desprovido de profundidade e personalidade. Além disso, não há ponta de imprevisibilidade nas suas acções nem um pingo de emotividade exacerbada nas suas atitudes. O incómodo “product placement”, típico no género, acaba por aborrecer o mais atento espectador, mas é compensado por uma banda-sonora excepcional, com várias composições originais à mistura. Em suma, “Thor” acaba por provar-se como entretenimento de excelência para os fãs de banda-desenhada, e isso, nos dias que correm, já não é mau de todo.
Com realização do multifacetado Kenneth Branagh, actor em filmes de sucesso como “Harry Potter and the Chamber of Secrets” ou “Valkyrie” e realizador de películas classicamente britânicas como “Much Ado About Nothing” ou “Hamlet”, ambas inspiradas em obras de William Shakespeare, “Thor”, o filme, foi talvez o mais conseguido blockbuster de 2011. Mais do que um simples espectáculo visual com sequências de acção bem conseguidas, “Thor” conquista a audiência através do humor ocasional que proporciona, da sólida linha narrativa que apresenta e, surpreendentemente, através de bons desempenhos de grande parte do seu elenco. Hemsworth e Natalie Portman convencem o público enquanto par romântico improvável e até o veterano Hopkins, mesmo de pala no olho, consegue ser um Deus credível.
Infelizmente, nem tudo são rosas – martelos talvez seja o termo mais apropriado neste caso. O vilão volta a ser, uma vez mais nestas aventuras cinematográficas da Marvel, completamente desprovido de profundidade e personalidade. Além disso, não há ponta de imprevisibilidade nas suas acções nem um pingo de emotividade exacerbada nas suas atitudes. O incómodo “product placement”, típico no género, acaba por aborrecer o mais atento espectador, mas é compensado por uma banda-sonora excepcional, com várias composições originais à mistura. Em suma, “Thor” acaba por provar-se como entretenimento de excelência para os fãs de banda-desenhada, e isso, nos dias que correm, já não é mau de todo.
domingo, junho 17, 2012
North Atlantic
"North Atlantic was just launched as one of YouTube's 50 semi-finalists @ yourfilmfestival. The 10 most voted will then be screened at the Venice Film Festival, where a winner will be picked and given the opportunity to shoot a feature. You can vote once a day until July, 13th." Os cinquenta semi-finalistas a votos, aqui.
sábado, junho 16, 2012
PlanetAxel.com is no more!
sexta-feira, junho 15, 2012
quinta-feira, junho 14, 2012
Suits - Primeira Temporada
Apesar de ser um estudante fora-de-série, com um QI brilhante e uma memória fotográfica imbatível, Mike Ross (Patrick J. Adams) desistiu da sua carreira universitária e encontra-se no início do primeiro episódio em fuga devido a um negócio de droga do seu melhor amigo que correu mal. Entre felizes coincidências e algumas opções fora-do-comum, acaba por ir parar a uma entrevista de emprego para assistente do respeitado e excêntrico advogado Harvey Specter (Gabriel Macht), provando através da sua inteligência e do seu talento para se relembrar de frases específicas entre milhares de páginas de manuais de advocacia que, mesmo sem nenhuma qualificação universitária ou sucesso no exame da Ordem dos Advogados, dois dos requisitos indispensáveis para a empresa recrutar, merece ficar com a vaga. E, mesmo correndo o risco deste segredo ser descoberto e custar-lhe o lugar de sócio na conceituada Pearson Hardman, o indisciplinado Harvey decide contratá-lo. Com esta oportunidade caída do céu, Mike irá tentar dar um rumo à sua vida, na companhia de Jessica Pearson, a presidente da firma de advogados, de Louis, o arqui-vilão de Harvey no que concerne a uma promoção, de Donna, a sexy e intrigante secretária de Harvey, e, entre outros, da bonita e atraente Rachel, uma outra assistente de advocacia da empresa que irá colocar o seu coração num dilema.
Série de advocacia ao bom estilo da saudosa "Boston Legal", a primeira temporada de "Suits" mostrou-nos um produto televisivo inteligente, mordaz, arriscado, sofisticado e, acima de tudo, imensamente divertido, não fosse a tripla Harvey/Mike/Louis uma digna sucessora, mesmo que através de modos menos espalhafatosos, da dupla Shore/Crane. Adaptado e moldado a uma Nova Iorque contemporânea, o episódio piloto alargado revela-se excepcional a vários níveis, construindo solidamente no espectador o carácter e as intenções de cada personagem, com caminhos narrativos diversos a interligarem-se aos poucos, suportados de forma excelsa por um elenco tão carismático quanto competente. Mais do que um drama criminal fechado em si num qualquer tribunal, "Defesa à Medida" foca grande parte do seu engenho na complicada teia relacional das suas complexas personagens chave, ostentando pequenos mas fascinantes conflitos entre eles. Considerada a segunda melhor nova série de 2011 pelos críticos da BuddyTV, tendo sido batida apenas pela magia de "Game of Thrones", "Suits" conta com uma cinematografia fora-do-comum no pequeno ecrã - vistas magníficas da cidade que nunca cansa, Nova Iorque, claro -, com diálogos hábeis e ousados e um humor subtil, que aliado a uma narrativa criativa e entusiástica, faz com que até a arrogância de Harvey seja confundida com compaixão e a competitividade de Louis seja tomada como jogo sujo e malandrice.
Com produção a cargo dos conhecidos Doug Liman (a trilogia "Bourne", "Mr. and Mrs. Smith" ou "The O.C.") e David Bartis ("Covert Affairs" e "The O.C"), ao criador Aaron Korsh coube assegurar a Gabriel Macht e Patrick J. Adams duas personagens com uma identidade muito própria, que os colocasse num espectro raro de advogados televisivos, aqueles que nos convencem não só com o seu talento profissional, mas também com a sua personalidade atrevida. Seja a engatar empregadas de bar, a aceitar casos pró-bono ou a ameaçar poderosíssimas figuras da sociedade, ficamos com a sensação de que a justiça, afinal, é doce. Os fatos estilosos que dão nome à série estão longe de estar vazios, apesar de aqueles que os vestem serem emocionalmente despidos pelos guionistas episódio atrás de episódio. Numa série com um ritmo perfeito que merecia ser um autêntico sucesso entre público e crítica - e que não o é apenas porque passou ao lado de muito boa gente -, fica o desejo de que a segunda temporada que regressa hoje, dia 14 de Junho, na USA Network, desta vez com dezasseis episódios, seja tão acutilante e enérgica quanto a temporada de estreia.
Artigo publicado originalmente a convite da rubrica "Blogger Convidado", do TVDependente.
Série de advocacia ao bom estilo da saudosa "Boston Legal", a primeira temporada de "Suits" mostrou-nos um produto televisivo inteligente, mordaz, arriscado, sofisticado e, acima de tudo, imensamente divertido, não fosse a tripla Harvey/Mike/Louis uma digna sucessora, mesmo que através de modos menos espalhafatosos, da dupla Shore/Crane. Adaptado e moldado a uma Nova Iorque contemporânea, o episódio piloto alargado revela-se excepcional a vários níveis, construindo solidamente no espectador o carácter e as intenções de cada personagem, com caminhos narrativos diversos a interligarem-se aos poucos, suportados de forma excelsa por um elenco tão carismático quanto competente. Mais do que um drama criminal fechado em si num qualquer tribunal, "Defesa à Medida" foca grande parte do seu engenho na complicada teia relacional das suas complexas personagens chave, ostentando pequenos mas fascinantes conflitos entre eles. Considerada a segunda melhor nova série de 2011 pelos críticos da BuddyTV, tendo sido batida apenas pela magia de "Game of Thrones", "Suits" conta com uma cinematografia fora-do-comum no pequeno ecrã - vistas magníficas da cidade que nunca cansa, Nova Iorque, claro -, com diálogos hábeis e ousados e um humor subtil, que aliado a uma narrativa criativa e entusiástica, faz com que até a arrogância de Harvey seja confundida com compaixão e a competitividade de Louis seja tomada como jogo sujo e malandrice.
Com produção a cargo dos conhecidos Doug Liman (a trilogia "Bourne", "Mr. and Mrs. Smith" ou "The O.C.") e David Bartis ("Covert Affairs" e "The O.C"), ao criador Aaron Korsh coube assegurar a Gabriel Macht e Patrick J. Adams duas personagens com uma identidade muito própria, que os colocasse num espectro raro de advogados televisivos, aqueles que nos convencem não só com o seu talento profissional, mas também com a sua personalidade atrevida. Seja a engatar empregadas de bar, a aceitar casos pró-bono ou a ameaçar poderosíssimas figuras da sociedade, ficamos com a sensação de que a justiça, afinal, é doce. Os fatos estilosos que dão nome à série estão longe de estar vazios, apesar de aqueles que os vestem serem emocionalmente despidos pelos guionistas episódio atrás de episódio. Numa série com um ritmo perfeito que merecia ser um autêntico sucesso entre público e crítica - e que não o é apenas porque passou ao lado de muito boa gente -, fica o desejo de que a segunda temporada que regressa hoje, dia 14 de Junho, na USA Network, desta vez com dezasseis episódios, seja tão acutilante e enérgica quanto a temporada de estreia.
Artigo publicado originalmente a convite da rubrica "Blogger Convidado", do TVDependente.
Cinema Notebook: TV.com: 8.9 (1020 votos) Média dos Leitores CN:
quarta-feira, junho 13, 2012
terça-feira, junho 12, 2012
segunda-feira, junho 11, 2012
domingo, junho 10, 2012
sábado, junho 09, 2012
Tentáculos Inofensivos
O novo anúncio da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) contra a pirataria que antecede agora todas as estreias cinematográficas em território nacional, animado a partir de um guião elaborado por uma turma da terceira classe de um colégio qualquer, é tão infantil - daahh, óbvio -, irritante e repetitivo - para além de estupidamente longo -, que pela primeira vez na minha vida tive vontade de pegar no telemóvel, filmar o filme, colocá-lo na net e, no dia seguinte, ainda montar uma bancada na Feira da Ladra com cópias gratuitas do mesmo. Se a IGAC pensa que é através de um discurso básico e de ensino primário que vai convencer milhares de adolescentes e jovens adultos - aqueles que, segundo vários estudos internacionais, representam a maior fatia dos "piratas" - ou educar desde cedo as crianças para um futuro livre do bicho do download, está tudo dito sobre a eficácia e autoridade da mesma na matéria. Autoridade essa que deveria ser mostrada de forma fiscalizadora e não educativa. Porque usar dinheiros públicos para uma falsa acção de sensibilização - quando, no fundo, o objectivo é defender interesses de privados, que não colocam um tostão neste projecto, mesmo sendo parceiros - é criticável nesta altura de crise para todos os portugueses. Em altura de Europeu de futebol, fica o apelo: volta polvo Paul, estás perdoado, mas livrai-nos dos intermináveis minutos do polvo infantil da pirataria.
sexta-feira, junho 08, 2012
1001 filmes para NÃO ver antes de morrer #6
"If the story isn't bad enough, the acting is even worse. The only conclusion I can reach is that it was a conscious decision made in order to distract people from the script. Mariah's idea of acting consists of opening her eyes as wide as she can and delivering her lines with an emotion and depth usually only heard during dinnertime telemarketing calls. The rest of the cast is just as bad if not worse. I mean, we know that Mariah got the part because of who she is, but what about the others? Were there even auditions or did someone randomly pick people out of league night at the local bowling alley and give them parts? I've seen better acting on public access. Glitter is simply not worth seeing. Not even to impress your buddies or to cash in on irony points. Without a doubt, it's the worst movie I've ever seen, making Dirty Work look like Lawrence of Arabia. Just stay away. And if people mention it to you, pretend it doesn't exist."
quinta-feira, junho 07, 2012
Outsourced - Primeira Temporada
Todd Dempsy acabou de ser promovido a gestor de call center de uma empresa norte-americana de venda online e telefónica de... bugigangas. Por bugigangas entendam produtos diversos de utilização duvidosa, mas diversão assegurada, entre almofadas de ar para colocar em cadeiras e simular traques e t-shirts com frases de cariz altamente sexual. Ao chegar ao emprego no seu primeiro dia enquanto gestor, o presidente da empresa informa-lhe que, devido a questões económicas, o call center foi transferido para a Índia e que Todd terá que começar lá a sua carreira, caso não queira ser despedido como quase todos os restantes trabalhadores. Ao chegar a Bombaim, Todd vai encontrar uma equipa com costumes e tradições completamente diferentes dos seus e que, só por si, chocam completamente com o tipo de mercadoria que é vendida, o que vai colocar em causa a eficácia das vendas, bem como desencadear situações hilariantes entre Todd e trabalhadores como Manmeet, um garanhão por sair da casa, a bela mas conservadora Asha ou o rígido assistente Rajiv, sempre pronto a tratar a equipa abaixo de escravos.
Baseado no filme homónimo de 2006 e na sitcom britânica que lhe sucedeu "Mumbai Calling", "Outsourced" provou numa só temporada ser um produto televisivo sólido no seu género, apenas derrotado pelas avassaladoras críticas de racismo, abuso de estereótipos e de, numa altura de crise, incentivar ao despedimento de trabalhadores norte-americanos em troco de trabalho precário de outros, o que fez com que, ainda muito antes dos seus ratings de audiência serem preocupantes, a série fosse cancelada pela patriótica e arrependida NBC. Opiniões à parte, fica uma questão já partilhada noutro local: o que seria do clássico "Modern Times" de Charlie Chaplin se tivesse sido boicotado nos anos trinta por demonstrar, de forma divertida e hiperbolizada, uma realidade em que a mão-de-obra humana era substituída em massa pelo aparecimento das máquinas automatizadas?
Polémicas à parte, "Outsourced" deixa connosco algumas das mais hilariantes one-liners dos últimos anos, bem como um par de personagens inesquecíveis, com especial destaque para o absurdamente perfeito timing cómico de Rizwan Manji, que já teve oportunidade de o demonstrar posteriormente numa só cena de "The Dictator", de Sacha Baron Cohen (a do teste do HIV, para os mais curiosos) e para a inocência fingida de Parvesh Cheena, que com o seu Gupta proporcionou momentos inolvidáveis de televisão. Não tão feliz foi o desenvolvimento do triângulo amoroso entre Todd, Tonya e Asha, com desenlace e destino mais do que óbvio, por mais inesperados e complicados caminhos que os guionistas tentassem desenhar. Em suma, para a história fica um elenco tão diferente quanto talentoso, que tinha merecido mais duas ou três temporadas para dar o salto definitivo em Hollywood.
Baseado no filme homónimo de 2006 e na sitcom britânica que lhe sucedeu "Mumbai Calling", "Outsourced" provou numa só temporada ser um produto televisivo sólido no seu género, apenas derrotado pelas avassaladoras críticas de racismo, abuso de estereótipos e de, numa altura de crise, incentivar ao despedimento de trabalhadores norte-americanos em troco de trabalho precário de outros, o que fez com que, ainda muito antes dos seus ratings de audiência serem preocupantes, a série fosse cancelada pela patriótica e arrependida NBC. Opiniões à parte, fica uma questão já partilhada noutro local: o que seria do clássico "Modern Times" de Charlie Chaplin se tivesse sido boicotado nos anos trinta por demonstrar, de forma divertida e hiperbolizada, uma realidade em que a mão-de-obra humana era substituída em massa pelo aparecimento das máquinas automatizadas?
Polémicas à parte, "Outsourced" deixa connosco algumas das mais hilariantes one-liners dos últimos anos, bem como um par de personagens inesquecíveis, com especial destaque para o absurdamente perfeito timing cómico de Rizwan Manji, que já teve oportunidade de o demonstrar posteriormente numa só cena de "The Dictator", de Sacha Baron Cohen (a do teste do HIV, para os mais curiosos) e para a inocência fingida de Parvesh Cheena, que com o seu Gupta proporcionou momentos inolvidáveis de televisão. Não tão feliz foi o desenvolvimento do triângulo amoroso entre Todd, Tonya e Asha, com desenlace e destino mais do que óbvio, por mais inesperados e complicados caminhos que os guionistas tentassem desenhar. Em suma, para a história fica um elenco tão diferente quanto talentoso, que tinha merecido mais duas ou três temporadas para dar o salto definitivo em Hollywood.
Cinema Notebook: TV.com: 8.0 (483 votos) Média dos Leitores CN:
quarta-feira, junho 06, 2012
terça-feira, junho 05, 2012
segunda-feira, junho 04, 2012
Selos da Pixar
domingo, junho 03, 2012
Inteligências de Siegel
"Os opostos podem reconciliar-se, o maior dos bens abraçar o maior dos males e o seu oposto, só a mediocridade, arrivismo, hipocrisia, demagogia, é que não? Que acabe agora este mundo, já, porque de certeza começa outro. Tal como o jocoso e muito sério: “Do I feel lucky? Well, do ya, punk?” a roda da vida e a bomba do coração tanto tanto dependem. Um novo filme ou uma nova vida estão prestes a (re) começar; ou então não, pois tais como certos anticlímaxes ou certos animais persistentes e de hábitos feitos dificilmente mutáveis, há também tipos que nunca quebram. Inteligências de Siegel." [F]
sábado, junho 02, 2012
sexta-feira, junho 01, 2012
Convencer é enfraquecer
Passei as últimas horas a responder a dezenas de comentários que estavam sem resposta neste blogue. Pode parecer estupidez, mas não gosto de deixar ninguém que se deu ao trabalho de comentar alguma entrada no Cinema Notebook, de forma construtiva ou não, sem resposta. À excepção de insultos, obviamente, e daqueles que não concordam com alguma análise minha a um filme ou a uma série, aos quais nunca me sinto inclinado a explicar-lhes porque estão errados... simplesmente porque não estão. Citando o escritor espanhol Baltasar Gracián y Morales, "a opinião é livre, não pode nem deve ser violentada".
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