domingo, novembro 03, 2013

World War Z (2013)

Gerry Lane está parado, como em tantos outros dias, numa fila de trânsito nova-iorquina com a sua família. De repente, sem aviso, a multidão entra em histeria, não se sabe bem porquê. Carros fora de controlo, pessoas a atacarem outras sem aparente razão, gritos ensurdecedores que anunciam o fim do mundo. Graças às suas ligações na ONU, onde havia trabalhado durante vários anos, consegue escapar de helicóptero com os seus entes queridos para um porta aviões livre do vírus que tem transformado milhões de seres humanos um pouco por todo o planeta em zombies agressivos e esfomeados. Agora, para manter a família a salvo, terá que colaborar com o governo norte-americano e viajar à volta do globo à procura de uma cura para a pandemia.

Realizado pelo competente Marc Forster, "World War Z" manifesta-se um thriller apocalíptico estruturalmente sólido e artisticamente convincente - os efeitos secundários, como se esperava de resto devido ao seu budget, são de topo - que, infelizmente, não teve coragem para arriscar algo mais na sua narrativa de maneira a explorar de forma mais intensa e fértil as possibilidades infinitas que uma premissa deste calibre oferecia. Não há momentos que causem arrepios na espinha ao espectador - tanto a nível de terror como num plano emocional e familiar -, nem tão pouco nos façam sentir desesperados graças a uma desejável - mas ignorada - ligação com a personagem de Pitt. Felizmente todo o elenco arranca interpretações minimamente convincentes em ambiente tão controverso e difícil (o famoso ecrã verde) - o problema é mesmo o insípido guião que lhes é dado - e, ao que parece, a obra literária de Max Brooks terá outra oportunidade para brilhar no grande ecrã numa sequela que está a ser planeada pela Paramount Pictures, desta vez com Pitt mas sem Forster, tranquilizando assim os espectadores mais curiosos insatisfeitos com o final algo aberto da fita. Algures entre os clássicos de zombies de George Romero e o "28 Days Later" de Danny Boyle, "WWZ: Guerra Mundial" não aquece nem arrefece, ficando o visionamento sem grandes expectativas num Sábado à noite ao critério do leitor.

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