
Foi na Universidade de Londres que Nolan viria a conhecer Jeremy Theobold, um jovem colega com muito dinheiro no bolso que acabaria por financiar e produzir a sua estreia enquanto realizador de longas-metragens – já anteriormente Theobold havia protagonizado a única curta-metragem da carreira de Nolan. Theobold entrou assim com o dinheiro e apenas pediu a Nolan que este o tornasse a estrela do filme, a cara principal do elenco, fazendo com que toda a história rodasse à sua volta. Nolan aceitou e escreveu “Following”, uma obra onde nunca descobrimos o nome das personagens, que desfilam numa história onde um escritor desinspirado – o tal amigo Theobold – persegue completos desconhecidos na esperança de encontrar uma história com potencial. Com claras artimanhas “noir” e repleto saltos temporais – os chamados flashbacks e flashforwards, tão na moda devido à série “Perdidos” -, Nolan foi aplaudido pela crítica e pelo público que, pouco a pouco, descobria esta película marginal. Como se de marketing viral se tratasse, “Following” chegou a quem de direito e foi galardoado em vários festivais europeus independentes, catapultando o quase trintão de uma vez por todas para o caminho que tão cedo havia traçado: o de Hollywood.
N.d.r: Artigo publicado em Junho na Revista Take.
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