
No entanto, seria ainda assim a sua segunda fita cinematográfica, já com um considerável apoio financeiro de suporte, que o levaria às bocas de todo o mundo. Justamente, diga-se de passagem, já que “A Descida” levou o cinema fantástico de terror a outro nível, sendo considerado de forma unânime, tanto pelo público como pela crítica, como um dos melhores filmes do género jamais feitos, cometendo ainda a proeza de arrasar por completo com o tipo instituído de camaradagem feminina afectiva tão comum em premissas como a de “The Descent”. Adepto de sequências alucinantes - com pouca luz e mosqueadas de humor negro - e reviravoltas tão inesperadas como chocantes, Neil Marshall não ficará, certamente, por muito mais tempo na escuridão da ignorância e da ingratidão dos grandes estúdios. E como não há duas sem três, o melhor mesmo é esperar que “Doomsday” chegue a Portugal... pela porta grande e não lançado directamente para o mercado de DVD.
N.d.r: Artigo publicado em Fevereiro na Revista Take.
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