quarta-feira, janeiro 31, 2007
O teu voto conta!
Não, não falo do referendo de dia 11 de Fevereiro. Tal como no ano passado, altura em que "Sin City" foi eleito o "Melhor Filme de 2005" por vós leitores deste meu humilde espaço, está aberto durante todo o mês de Fevereiro - na barra lateral direita, um pouco lá mais para baixo - um espaço onde podem votar nas melhores obras estreadas em Portugal durante o ano transacto. Exactamente como em 2006, podem e devem escolher cinco filmes. Se alguma das vossas escolhas não estiver presente na lista dos 30 pré-seleccionados, façam o favor de deixar as vossas escolhas no espaço de comentários da própria votação. Porque o Cinema Notebook é vosso também!
7 Blogues, 6 Estreias, 5 Estrelas? Janeiro 2007
Fevereiro será um mês bombástico em termos de estreias. De "Bobby" e "Little Children" já no primeiro dia do mês, ao aclamado "El Labirinto del Fauno" no dia 22, serão várias as obras de relevo a passar pelos cinemas nacionais neste mês que bate à porta. Entre elas:
Dia 1 de Fevereiro - Bobby, Little Children e The Pursuit of Happyness.
Dia 8 de Fevereiro - Harsh Times, Hollywoodland e Rocky Balboa.
Dia 15 de Fevereiro - Half Nelson, The Last King of Scotland e Letters from Iwo Jima.
Dia 22 de Fevereiro - The Good Shepard, Smokin Aces e El Labirinto del Fauno.
"Kate" cumprimenta "The Others"
Ou na vida real, Evangeline Lilly felicita os seus "amigos" paparazzi.
terça-feira, janeiro 30, 2007
Rankings CN: Só mesmo no Cinema... (I/IV)
"Eish que granda tanga!", "Tá bem tá!" ou "Porra, que enorme palhaçada!" são apenas algumas das expressões usadas por todos nós quando damos de cara com algumas daquelas situações que só acontecem mesmo no cinema. O Cinema Notebook, após uma intensa pesquisa cinematográfica, elaborou um top com 16 desses momentos clássicos, divididos em quatro partes. O desafio que vos deixo - de forma a provar que todos já reparamos nestas incongruências - é o de deixarem exemplos, nos comentários, de obras em que ocorreram cada uma das vicissitudes listadas.
16. Estacionamento Garantido. É impressionante e raramente falha em qualquer filme. Do herói ao vilão, qualquer personagem tem sempre um lugarinho de estacionamento mesmo em frente ao hotel, clube de strip ou casa do amigo que pretende visitar. O resto da rua pode estar atabalhoada de trânsito, que nunca falta um "spot" perfeito para parar o carro à larga e à vontade, sem grandes manobras de estacionamento a complicar a vida à personagem. E se não houver o lugarinho do costume, não faz mal, entra-se pelo edifício a dentro com o carro! O condutor também nunca se aleija...
15. Efeito Betadine. Com a breca! Podem ter levado um tareão da equipa toda de Rugby lá da zona que nunca deram um pio. Podem ter sido atingidos por duas balas perdidas, uma em cada ombro, que nunca expressam um semblante de dor. Mas quando chega o momento da jeitosa do filme limpar as feridas, minha nossa, é o fim! De gemidos angustiantes a gritos amargurados, vemos de tudo um pouco. Já dizia o poeta: é ferida que dói mas não se sente!
14. Síndroma Microsoft Flight Simulator. Pode não ter o 12º ano completo e ser aquela a primeira vez que viaja pelo ar. A verdade é, que em caso de necessidade, qualquer passageiro aterra um Boeing 747 ou outra qualquer avionete com a simples ajuda de um controlador de tráfego aéreo. E nem precisa de chegar ao aeroporto. Uma auto-estrada é mais do que suficiente. Já ligar o intercomunicador para falar com as hospedeiras é bastante mais complicado...
13. Destino Desnudado (a.k.a Efeito Demi Moore). É uma daquelas leis indesmentíveis da sétima arte. Sempre que uma investigação policial está encravada, uma simples ida ao clube de strip local resolve e esclarece aquela peça do puzzle que tardava em ser explicada. Seja o barman, o proprietário, o mafioso rebarbado, ou uma das dançarinas de seios avantajados, o polícia/investigador encontra sempre alguém que o permite dar o próximo passo.
16. Estacionamento Garantido. É impressionante e raramente falha em qualquer filme. Do herói ao vilão, qualquer personagem tem sempre um lugarinho de estacionamento mesmo em frente ao hotel, clube de strip ou casa do amigo que pretende visitar. O resto da rua pode estar atabalhoada de trânsito, que nunca falta um "spot" perfeito para parar o carro à larga e à vontade, sem grandes manobras de estacionamento a complicar a vida à personagem. E se não houver o lugarinho do costume, não faz mal, entra-se pelo edifício a dentro com o carro! O condutor também nunca se aleija...
15. Efeito Betadine. Com a breca! Podem ter levado um tareão da equipa toda de Rugby lá da zona que nunca deram um pio. Podem ter sido atingidos por duas balas perdidas, uma em cada ombro, que nunca expressam um semblante de dor. Mas quando chega o momento da jeitosa do filme limpar as feridas, minha nossa, é o fim! De gemidos angustiantes a gritos amargurados, vemos de tudo um pouco. Já dizia o poeta: é ferida que dói mas não se sente!
14. Síndroma Microsoft Flight Simulator. Pode não ter o 12º ano completo e ser aquela a primeira vez que viaja pelo ar. A verdade é, que em caso de necessidade, qualquer passageiro aterra um Boeing 747 ou outra qualquer avionete com a simples ajuda de um controlador de tráfego aéreo. E nem precisa de chegar ao aeroporto. Uma auto-estrada é mais do que suficiente. Já ligar o intercomunicador para falar com as hospedeiras é bastante mais complicado...
13. Destino Desnudado (a.k.a Efeito Demi Moore). É uma daquelas leis indesmentíveis da sétima arte. Sempre que uma investigação policial está encravada, uma simples ida ao clube de strip local resolve e esclarece aquela peça do puzzle que tardava em ser explicada. Seja o barman, o proprietário, o mafioso rebarbado, ou uma das dançarinas de seios avantajados, o polícia/investigador encontra sempre alguém que o permite dar o próximo passo.
segunda-feira, janeiro 29, 2007
24 - Quinta Temporada
Passaram dezoito meses desde que Jack Bauer simulou a sua própria morte para escapar à vingança de um considerável número de chineses bastante irritados com o assassinato de um dos seus embaixadores. A viver sob outra identidade, o seu disfarçe parece acabar quando todos aqueles que sabem do seu “pequeno” segredo começam a levar com uma bala na cabeça. E é ai que começa mais um dia infernal na vida de Bauer.
A quinta temporada de “24” é, sem dúvida alguma, a mais excitante, provocadora e intensa série de acção dos últimos anos. Quando pensávamos que seria impossível fazer mais e melhor do que nas quatro primeiras épocas, eis que somos atingidos por uma temporada que alcança picos de frenesim nunca antes vistos. Vale tudo. Tudo mesmo. E é tão chato ter que resumir esta temporada com este “vale tudo”, mas tal como nas temporadas anteriores, não quero nem posso correr o risco de estragar as inúmeras e saborosas reviravoltas do argumento.
Bauer, Chloe, Bill, Andrew e companhia proporcionam-nos algumas das mais emocionantes horas jamais produzidas para televisão. Tudo numa sintonia perfeita, que conjuga de forma ímpar, uma tensão crescente com a acção e surpreendentes desenvolvimentos no argumento. Sempre com o relógio a avançar, Kiefer Sutherland consolida, cada vez mais, uma personagem que por certo deixará saudades no dia em que desaparecer. Felizmente, os cinco Emmys ganhos por este quinto “dia” parecem prometer muito mais “Bauer” nos próximos anos. Assim espero.
Nota de Redacção: Apesar de menos enérgica, a primeira temporada continua a ser a minha favorita. Porque não há amor como o primeiro.
A quinta temporada de “24” é, sem dúvida alguma, a mais excitante, provocadora e intensa série de acção dos últimos anos. Quando pensávamos que seria impossível fazer mais e melhor do que nas quatro primeiras épocas, eis que somos atingidos por uma temporada que alcança picos de frenesim nunca antes vistos. Vale tudo. Tudo mesmo. E é tão chato ter que resumir esta temporada com este “vale tudo”, mas tal como nas temporadas anteriores, não quero nem posso correr o risco de estragar as inúmeras e saborosas reviravoltas do argumento.
Bauer, Chloe, Bill, Andrew e companhia proporcionam-nos algumas das mais emocionantes horas jamais produzidas para televisão. Tudo numa sintonia perfeita, que conjuga de forma ímpar, uma tensão crescente com a acção e surpreendentes desenvolvimentos no argumento. Sempre com o relógio a avançar, Kiefer Sutherland consolida, cada vez mais, uma personagem que por certo deixará saudades no dia em que desaparecer. Felizmente, os cinco Emmys ganhos por este quinto “dia” parecem prometer muito mais “Bauer” nos próximos anos. Assim espero.
Nota de Redacção: Apesar de menos enérgica, a primeira temporada continua a ser a minha favorita. Porque não há amor como o primeiro.
domingo, janeiro 28, 2007
Tom Cruise é igual a... Jesus Cristo?
"Tom has been told he is Scientology’s Christ-like figure. Like Christ, he’s been criticized for his views. But future generations will realize he was right."
David Miscavige, líder da Igreja da Cientologia, em entrevista ao tablóide inglês Sun. Nem é preciso traduzir esta verdadeira pérola pois não? É que segundo os últimos rumores vindos de Hollywood, "ser Jesus Cristo" não foi sequer suficiente para garantir a presença da sua amada na próxima sequela de Batman. E olhem que eu até gosto do rapazinho enquanto actor!
sábado, janeiro 27, 2007
Rankings CN: One is Enough... (III/III)
Chegou o momento mais esperado do ano (ou talvez não). A crónica que revelará o trio finalista de um top entusiástico, digno de ser admirado tanto por terroristas como por militantes do Bloco de Esquerda. Porque a vida foi demasiado curta para quem enfrentou estes beligerantes seres humanos, e isso deve servir de lição para qualquer um! Sem mais burocracias, apresento-vos os três finalistas!
3. John Rambo em "Rambo I", "Rambo II" e "Rambo III". Violento e sem piedade. Sylvester Stallone é Rambo mas Rambo também é Stallone. E é este aspecto cada vez mais raro no cinema moderno que credibilizou, tanto a personagem, como o filme. Porque a fraca eloquência pertence a ambos e fosse no rio, ou em terra firme, o que realmente interessava era a frieza daquele braço direito cruel e imparável. E aquela fitinha vermelha na cabeça...
Arma de Destruição Maciça: Facalhão de Mato
Arma de Destruição Maciça: Facalhão de Mato
2. John McClane em "Die Hard I", "Die Hard II" e "Die Hard III" (e ainda este Verão em Die Hard IV). Foi com "Assalto ao Arranha-Céus" que Bruce Willis se tornou uma das estrelas mais solicitadas de Hollywood. McClane era possuidor de um charme e carisma petulante e insolente. Mas acima de tudo, McClane era dono de um sentido de humor refinadissímo, que mesmo perante explosões, lutas ou cenas de acção incessantes, sobressaía gloriosamente. Diversão pura, abrilhantada por um "yipee-kiyay motherfucker" eterno.
Arma de Destruição Maciça: Espiríto Natalício
Arma de Destruição Maciça: Espiríto Natalício
1. Jack Bauer em "24". Noventa e três (93!) vítimas nas quatro primeiras temporadas. Neste momento, 1.6 biliões de chineses estão completamente fulos com Bauer, e para ser honesto, parece ser uma luta equilibrada. Porque matar Jack não o mata realmente. Apenas o deixa furioso. Porque Bauer já vai em cinco temporadas sem beber água ou comer uma sandes. Meus amigos, o Super Homem tem pijamas do Jack Bauer. Ele é a razão pela qual o Wally ainda hoje se esconde. Aliás, só falta mesmo Bauer ir a Marte, para termos a certeza que deixará de existir qualquer tipo de vida lá. É por ele que Locke, Jack e Sawyer rezam. Porque Bauer saía daquela ilha em menos de 24 horas. Obrigado Kiefer Sutherland!
Arma de Destruição Maciça: Sentimento de Culpa pela Morte da Mulher
Arma de Destruição Maciça: Sentimento de Culpa pela Morte da Mulher
sexta-feira, janeiro 26, 2007
Flags of Our Fathers (2006)
Uma fotografia. Efígie indestrutível da Guerra do Pacífico, o momento em que cinco soldados norte-americanos erguem a bandeira americana no monte Suribachi, na ilha japonesa de Iwo Jima. Para os homens que a ergueram, a bandeira era a mais fácil e vulgar tarefa no seio de um conflito sanguinolento. Mas para quem, na sua terra-mãe assistia a uma guerra que parecia perdida e sem fim, esta era um símbolo imediato de esperança e o renascimento dos heróis que tudo davam pela sua pátria. Era a reaparição do desejo forte e ardente de todas as mães: aquele que lhes confiava que um dia os seus filhos iam voltar, ou que, pelo menos não iriam morrer em vão.
“As Bandeiras dos Nossos Pais” é desolador, imoderadamente demonstrativo e durante vários períodos, fastidioso. Não existe – à excepção dos últimos quinze minutos – uma articulação equilibrada entre as histórias das três personagens, e passamos o filme todo a ser bombardeados com cenas desordenadas, numa estrutura narrativa tristemente mal montada, em que é dada especial proeminência ao aspecto crú do campo de batalha e não à faceta emocional do espectador.
O facto de “Flags of Our Fathers” ser esteticamente magistral não esconde o completo falhanço apelativo da obra. As personagens são inócuas e o principal culpado foi, na minha opinião, um desastroso processo de casting. Ryan Phillippe e Jesse Bradford não possuem qualquer estaleca para este tipo de papel e apenas Adam Beach nos faz, por alguns momentos, acreditar que existem realmente consequências funestas e profanas em participar numa guerra sangrenta.
Felizmente, e porque Clint Eastwood é, e sempre foi, mago em encerrar histórias muitas vezes banais em finais comoventes e imponentes, o último quarto de hora de “As Bandeiras dos Nossos Pais” é, ele mesmo, suficiente para travar a grave hemorragia que pronunciava uma morte lastimosa. Finalmente virado para o coração do espectador e não para a frieza da propaganda norte-americana, Clint acaba por conseguir criar uma leve esperança que “Letters from Iwo Jima” continue com o ritmo final de “Flags of Our Fathers” e seja o que este raramente foi: um bom filme.
“As Bandeiras dos Nossos Pais” é desolador, imoderadamente demonstrativo e durante vários períodos, fastidioso. Não existe – à excepção dos últimos quinze minutos – uma articulação equilibrada entre as histórias das três personagens, e passamos o filme todo a ser bombardeados com cenas desordenadas, numa estrutura narrativa tristemente mal montada, em que é dada especial proeminência ao aspecto crú do campo de batalha e não à faceta emocional do espectador.
O facto de “Flags of Our Fathers” ser esteticamente magistral não esconde o completo falhanço apelativo da obra. As personagens são inócuas e o principal culpado foi, na minha opinião, um desastroso processo de casting. Ryan Phillippe e Jesse Bradford não possuem qualquer estaleca para este tipo de papel e apenas Adam Beach nos faz, por alguns momentos, acreditar que existem realmente consequências funestas e profanas em participar numa guerra sangrenta.
Felizmente, e porque Clint Eastwood é, e sempre foi, mago em encerrar histórias muitas vezes banais em finais comoventes e imponentes, o último quarto de hora de “As Bandeiras dos Nossos Pais” é, ele mesmo, suficiente para travar a grave hemorragia que pronunciava uma morte lastimosa. Finalmente virado para o coração do espectador e não para a frieza da propaganda norte-americana, Clint acaba por conseguir criar uma leve esperança que “Letters from Iwo Jima” continue com o ritmo final de “Flags of Our Fathers” e seja o que este raramente foi: um bom filme.
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Rankings CN: One is Enough... (II/III)
Depois de Max Rockatansky, Jack Burton e Paul Kersey, chegou a hora de dar-vos a conhecer a segunda parte de um top, no minímo, explosivo.
7. Harry Callahan, em "Dirty Harry", "Magnum Force", "The Enforcer", "Sudden Impact" e "The Dead Pool". Dirty Harry, como era conhecido, foi e ainda é hoje uma das figuras máximas de culto dentro do mundo policial. A célebre "You've got to ask yourself a question: Do I feel lucky? Well, do ya, punk?" expressa sucintamente todo o espiríto revolucionário e indomável de Clint Eastwood na saga. Arma de Destruição Maciça: Magnum
6. John Matrix, em "Commando". Sempre com falas curtas (a sua eloquência assim o obrigava) e cara pintada, Arnold Schwarzenegger é o espelho perfeito de um filme de acção pura. Estúpido, barulhento, violento mas extremamente competente na arte de entreter, "Commando" foi o ponto alto da carreira de um realizador (Mark Lester) que prometeu muito mas acabou por cair na desgraça e de lá nunca mais saiu. De resto, podem encontrar nesta personagem de Arnold alguns dos melhores "one-liners" da história do cinema de acção. Sem qualquer exagero. Arma de Destruição Maciça: Metrelhadora M-60
5. Bud Spencer e Obelix. A parelha surpresa que ninguém esperava neste ranking. Mas o que é que querem. Eu sempre fui doido pelo estilo desengonçado e desarticulado destes dois "buchas" que com cada marrada faziam os seus desafiadores voarem - sim, voarem - uns bons metros. Com a ajuda, respectivamente de Terrence Hill e Asterix, ninguém os parava. Só mesmo um bom bife! Arma de Destruição Maciça: Falta de Dieta Cuidada
4. Beatrix Kiddo, em "Kill Bill Vol.1" e "Kill Bill Vol.2". Haverá personagem feminina melhor do que uma noiva assassina, com um samurai às costas? A resposta é não! Uma Thurman, a musa de Quentin Tarantino, interpreta de forma fria e eficaz uma mulher que faz da vingança a sua forma de sobreviver. E acreditem, vale tudo. Até arrancar olhos! Uma personagem brilhante numa obra bipartida absolutamente majestosa. Arma de Destruição Maciça: Samurai Hattori Hanzo
7. Harry Callahan, em "Dirty Harry", "Magnum Force", "The Enforcer", "Sudden Impact" e "The Dead Pool". Dirty Harry, como era conhecido, foi e ainda é hoje uma das figuras máximas de culto dentro do mundo policial. A célebre "You've got to ask yourself a question: Do I feel lucky? Well, do ya, punk?" expressa sucintamente todo o espiríto revolucionário e indomável de Clint Eastwood na saga. Arma de Destruição Maciça: Magnum
6. John Matrix, em "Commando". Sempre com falas curtas (a sua eloquência assim o obrigava) e cara pintada, Arnold Schwarzenegger é o espelho perfeito de um filme de acção pura. Estúpido, barulhento, violento mas extremamente competente na arte de entreter, "Commando" foi o ponto alto da carreira de um realizador (Mark Lester) que prometeu muito mas acabou por cair na desgraça e de lá nunca mais saiu. De resto, podem encontrar nesta personagem de Arnold alguns dos melhores "one-liners" da história do cinema de acção. Sem qualquer exagero. Arma de Destruição Maciça: Metrelhadora M-60
5. Bud Spencer e Obelix. A parelha surpresa que ninguém esperava neste ranking. Mas o que é que querem. Eu sempre fui doido pelo estilo desengonçado e desarticulado destes dois "buchas" que com cada marrada faziam os seus desafiadores voarem - sim, voarem - uns bons metros. Com a ajuda, respectivamente de Terrence Hill e Asterix, ninguém os parava. Só mesmo um bom bife! Arma de Destruição Maciça: Falta de Dieta Cuidada
4. Beatrix Kiddo, em "Kill Bill Vol.1" e "Kill Bill Vol.2". Haverá personagem feminina melhor do que uma noiva assassina, com um samurai às costas? A resposta é não! Uma Thurman, a musa de Quentin Tarantino, interpreta de forma fria e eficaz uma mulher que faz da vingança a sua forma de sobreviver. E acreditem, vale tudo. Até arrancar olhos! Uma personagem brilhante numa obra bipartida absolutamente majestosa. Arma de Destruição Maciça: Samurai Hattori Hanzo
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Rankings CN: One is Enough... (I/III)
Podem ser gangs organizados, mafiosos repletos de metralhadoras, forças militares especializadas ou terroristas com tendências suícidas. Não interessa. Quando se encontram frente a frente com um destes guerreiros notáveis, a sua esperança é a primeira a morrer. O Cinema Notebook apresenta, em primeira e última mão, a primeira parte de um ranking que ficará para sempre nos anais (atenção às piadinhas!) blogosféricos de cinema.
10. Max Rockatansky, mais conhecido por Mad Max. A força máxima de um futuro sujo e corrupto, onde antes da sua ascensão, quem tivesse a placa dentária mais barata e esburacada dominava. Poliu o seu cabedal durante três filmes, onde entre muitos outros, enfrentou uma Tina Turner maquiavélica. Solitário mas nunca sozinho, fazia-se acompanhar pelo seu cão rafeiro e pelo seu Ford "preto-terra" para reforçar a Lei numa sociedade em queda livre. Uma personagem que catapultou Mel Gibson para o estrelato.
Arma de Destruição Maciça: Carripana Ford Preta
9. Jack Burton em Big Trouble in Little China. O típico camionista americano, interpretado por Kurt Russell, num filme mágico de aventura que dificilmente será esquecido por todos aqueles que o viram enquanto miúdos. Talvez o filme mais unânime e aceite de John Carpenter, e porque não, a sua obra de culto máximo. Com diálogos de banda desenhada e excelentes momentos de acção nas garras do Mandarim, Jack Burton é uma presença inquestionável neste top. Porque despachar monstros, mágicos travessos e personagens de olhos verdes também conta!
Arma de Destruição Maciça: Sarcasmo
8. Paul Kersey em Death Wish I, II, III, IV e V. Com um inconfundível estilo, cara de poucos amigos e sorriso ainda menos constante do que o de Miranda Priestly, Charles Bronson é um arquitecto dotado de características invulgares na profissão, bem expostas após o assassinato da mulher e a violação da filha por alguns rufias de Nova Iorque. E porque a vingança é um prato que se serve frio, Kersey arranja um pistola de calibre 32 e... o resto é fácil de adivinhar.
Arma de Destruição Maciça: Bigodinho bem afiado
10. Max Rockatansky, mais conhecido por Mad Max. A força máxima de um futuro sujo e corrupto, onde antes da sua ascensão, quem tivesse a placa dentária mais barata e esburacada dominava. Poliu o seu cabedal durante três filmes, onde entre muitos outros, enfrentou uma Tina Turner maquiavélica. Solitário mas nunca sozinho, fazia-se acompanhar pelo seu cão rafeiro e pelo seu Ford "preto-terra" para reforçar a Lei numa sociedade em queda livre. Uma personagem que catapultou Mel Gibson para o estrelato.
Arma de Destruição Maciça: Carripana Ford Preta
9. Jack Burton em Big Trouble in Little China. O típico camionista americano, interpretado por Kurt Russell, num filme mágico de aventura que dificilmente será esquecido por todos aqueles que o viram enquanto miúdos. Talvez o filme mais unânime e aceite de John Carpenter, e porque não, a sua obra de culto máximo. Com diálogos de banda desenhada e excelentes momentos de acção nas garras do Mandarim, Jack Burton é uma presença inquestionável neste top. Porque despachar monstros, mágicos travessos e personagens de olhos verdes também conta!
Arma de Destruição Maciça: Sarcasmo
8. Paul Kersey em Death Wish I, II, III, IV e V. Com um inconfundível estilo, cara de poucos amigos e sorriso ainda menos constante do que o de Miranda Priestly, Charles Bronson é um arquitecto dotado de características invulgares na profissão, bem expostas após o assassinato da mulher e a violação da filha por alguns rufias de Nova Iorque. E porque a vingança é um prato que se serve frio, Kersey arranja um pistola de calibre 32 e... o resto é fácil de adivinhar.
Arma de Destruição Maciça: Bigodinho bem afiado
Continua amanhã...
terça-feira, janeiro 23, 2007
Little Miss Sunshine repleto de nomeações!
Melhor Filme, Melhor Actriz Secundária (Abigail Breslin com 10 anos de idade), Melhor Actor Secundário (Alan Arkin) e ainda Melhor Argumento. Já tenho o meu favorito para os Óscares.
Scoop, Liliana Neves, Stallone e Stewart
"Scoop", o mais recente filme de Woody Allen atingiu em apenas 4 dias de exibição nos cinemas nacionais, o fantástico número de 35.000 espectadores, quebrando assim o recorde do realizador por terras lusas que pertencia a "Match Point". Digamos que a fraca concorrência na semana de estreia ajudou um pouco, mas ninguém pode negar que depois da obra supracitada, as expectativas sobre os próximos trabalhos de Woody eram enormes.
No dia 12 de Fevereiro, à 00:30, o AXN irá transmitir em directo a cerimónia de entrega dos Grammy Awards, que premeia os melhores no mundo da música. A apresentação estará a cargo de... Liliana Neves, a mesma dos Globos de Ouro. Está bem, no que toca a esta notícia, ficamos por aqui.
"Muitos atletas fazem-no. Ouvi dizer que Beckham era a excepção". Parece que Sylvester Stallone esteve em plena abstinência sexual durante as filmagens do novo "Rocky Balboa", - que estreia entre nós no próximo dia 8 de Fevereiro - de forma a poupar energias e credibilizar a personagem. É caso para dizer... será que foi suficiente?
A isto, meus caros leitores, eu chamo uma "enorme ensaboadela" de um dos humoristas mais notáveis e avultados dos Estados Unidos da América. Sem medo, e de uma frontalidade atroz e lancinante, John Stewart enfrenta a dupla de apresentadores que o acusam de favorecer com o seu humor o partido democrático. Como disse Ricardo Araújo Pereira recentemente na "Grande Entrevista", o humor não tem que ser imparcial. Obrigado ao Elite Criativa pelo vídeo.
No dia 12 de Fevereiro, à 00:30, o AXN irá transmitir em directo a cerimónia de entrega dos Grammy Awards, que premeia os melhores no mundo da música. A apresentação estará a cargo de... Liliana Neves, a mesma dos Globos de Ouro. Está bem, no que toca a esta notícia, ficamos por aqui.
"Muitos atletas fazem-no. Ouvi dizer que Beckham era a excepção". Parece que Sylvester Stallone esteve em plena abstinência sexual durante as filmagens do novo "Rocky Balboa", - que estreia entre nós no próximo dia 8 de Fevereiro - de forma a poupar energias e credibilizar a personagem. É caso para dizer... será que foi suficiente?
A isto, meus caros leitores, eu chamo uma "enorme ensaboadela" de um dos humoristas mais notáveis e avultados dos Estados Unidos da América. Sem medo, e de uma frontalidade atroz e lancinante, John Stewart enfrenta a dupla de apresentadores que o acusam de favorecer com o seu humor o partido democrático. Como disse Ricardo Araújo Pereira recentemente na "Grande Entrevista", o humor não tem que ser imparcial. Obrigado ao Elite Criativa pelo vídeo.
Pescas Pamela?
"Foi um grande erro. Mas estava em St.Tropez. Teria casado até com o pescador da esquina."
Esta declaração de Pamela Anderson sobre o seu efémero casamento com Kid Rock comprova e valoriza finalmente aquele velho ditado: "Não ofereças um peixe a um esfomeado, mas antes ensina-lhe a pescar". Agora sim, faz sentido!
Esta declaração de Pamela Anderson sobre o seu efémero casamento com Kid Rock comprova e valoriza finalmente aquele velho ditado: "Não ofereças um peixe a um esfomeado, mas antes ensina-lhe a pescar". Agora sim, faz sentido!
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Este DVD em Portugal? Era bom era...
Todos sabemos que existem algumas lacunas aberrantes no mercado de DVD's nacional. O desafio que vos deixo é o de nomearem alguns dos títulos que gostavam de ter na vossa colecção, mas que, infelizmente não possuem distribuição nacional. Eu deixo alguns, para dar o exemplo:
Bananas, de Woody Allen;
Crimes and Misdemeanors, de Woody Allen;
The Cook the Thief His Wife & Her Lover, de Peter Greenway;
Ladri di biciclette, de Vittorio de Sica;
Four Rooms, de Quentin Tarantino, entre outros;
Il Postino, de Michael Radford;
The Pretender, série televisiva de Steven Mitchell.
Bananas, de Woody Allen;
Crimes and Misdemeanors, de Woody Allen;
The Cook the Thief His Wife & Her Lover, de Peter Greenway;
Ladri di biciclette, de Vittorio de Sica;
Four Rooms, de Quentin Tarantino, entre outros;
Il Postino, de Michael Radford;
The Pretender, série televisiva de Steven Mitchell.
domingo, janeiro 21, 2007
Citação da Semana (X) - Especial Woody Allen
“Não quero alcançar a imortalidade através do meu trabalho. Quero atingi-la não morrendo.”
“Basicamente sou uma pessoa pouco culta. Prefiro ver basebol com uma cerveja e algumas almôndegas.”
“Se o meu filme fizer mais alguém miserável, sinto que fiz o meu trabalho.”
“Por alguma razão sou mais apreciado em França do que na minha terra. As legendas devem ser incrivelmente boas.”
“Os dois maiores mitos sobre mim são que sou um intelectual, porque uso estes óculos, e que sou um artista, porque os meus filmes perdem dinheiro.”
“O meu único arrependimento na vida é não ser outra pessoa.”
“O homem foi feito à semelhança de Deus. Acredita realmente que Deus tem cabelo ruivo e óculos?”
“Basicamente sou uma pessoa pouco culta. Prefiro ver basebol com uma cerveja e algumas almôndegas.”
“Se o meu filme fizer mais alguém miserável, sinto que fiz o meu trabalho.”
“Por alguma razão sou mais apreciado em França do que na minha terra. As legendas devem ser incrivelmente boas.”
“Os dois maiores mitos sobre mim são que sou um intelectual, porque uso estes óculos, e que sou um artista, porque os meus filmes perdem dinheiro.”
“O meu único arrependimento na vida é não ser outra pessoa.”
“O homem foi feito à semelhança de Deus. Acredita realmente que Deus tem cabelo ruivo e óculos?”
sábado, janeiro 20, 2007
Open Water 2 - Adrift (2006)
Um grupo de amigos reúne-se ao fim de cinco anos para comemorar o aniversário de um deles. A convite do próprio aniversariante, decidem ir passar o fim-de-semana num luxuoso iate, suposta propriedade deste. Mas rapidamente a viagem torna-se num pesadelo, quando estes decidem dar um mergulho em alto mar mas não baixam as escadas. O barco é impossível de escalar (não, não é, mas para termos hora e meia de filme, lá teve que ser) e para piorar a situação, um deles tem de lidar com a sua fobia de água (o pai morreu a brincar com a personagem dentro de água). E não, não é tudo. Como um mal nunca vem só, esta pobre rapariga ainda tem que confrontar-se com o pânico de ter deixado a sua filha bebé a bordo, no iate, sozinha. À medida que a exaustão e o medo os consomem, cada minuto torna-se uma luta pela sobrevivência.
“Armadilha em Alto Mar” é daquelas raras excepções em que a sequela é ligeiramente superior ao seu filme de origem. Mas esta é também daquelas escassas ocasiões em que isso não significa absolutamente nada em termos de qualidade, pois “Open Water 2 – Adrift” apesar de superior ao abominável “Open Water”, não é nada de singular ou extraordinário. Apenas mais uma tragédia marítima, que apesar de rotulada de “Baseada em Acontecimentos Reais”, é claramente reconstruída e adaptada às necessidades patentes e intuitivas do cinema convencional. É “A Rima do Velho Marinheiro”, amoldurada ao grande ecrã, em que “com tanta água em redor, não encontramos uma única gota para beber”, mas a duplicar. Porque ao contrário da primeira obra, a salvação está mesmo ali ao lado, no inalcançável iate.
No entanto, são de louvar em “Adrift” alguns poucos apontamentos que o diferenciam e o engrandecem em relação a “Em Águas Profundas”. Primeiramente, a não necessidade de recorrer ao cliché típico do cenário: a presença assustadora e intimidatória de tubarões. De seguida, a real sensação de mau-estar criada no espectador – que nunca existiu na obra de estreia – provocada pela inocência e fragilidade do bebé abandonado. Finalmente, um elenco bastante mais competente e profissional do que no filme anterior, com especial destaque para a semi-desconhecida Susan May Pratt (10 Things I Hate About You).
“Armadilha em Alto Mar” é daquelas raras excepções em que a sequela é ligeiramente superior ao seu filme de origem. Mas esta é também daquelas escassas ocasiões em que isso não significa absolutamente nada em termos de qualidade, pois “Open Water 2 – Adrift” apesar de superior ao abominável “Open Water”, não é nada de singular ou extraordinário. Apenas mais uma tragédia marítima, que apesar de rotulada de “Baseada em Acontecimentos Reais”, é claramente reconstruída e adaptada às necessidades patentes e intuitivas do cinema convencional. É “A Rima do Velho Marinheiro”, amoldurada ao grande ecrã, em que “com tanta água em redor, não encontramos uma única gota para beber”, mas a duplicar. Porque ao contrário da primeira obra, a salvação está mesmo ali ao lado, no inalcançável iate.
No entanto, são de louvar em “Adrift” alguns poucos apontamentos que o diferenciam e o engrandecem em relação a “Em Águas Profundas”. Primeiramente, a não necessidade de recorrer ao cliché típico do cenário: a presença assustadora e intimidatória de tubarões. De seguida, a real sensação de mau-estar criada no espectador – que nunca existiu na obra de estreia – provocada pela inocência e fragilidade do bebé abandonado. Finalmente, um elenco bastante mais competente e profissional do que no filme anterior, com especial destaque para a semi-desconhecida Susan May Pratt (10 Things I Hate About You).
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Fantasporto 2007
"A abrir, El Laberinto del Fauno, a última aventura de Guillermo Del Toro. A Alice do País das Maravilhas encontra a depressão pós-guerra civil espanhola na sexta-feira, 23 de Fevereiro, às 21h15, no Grande Auditório do Rivoli – Teatro Municipal.E, a fechar, The Fountain de Darren Aronofksy. É o mais pessoal de todos os seus filmes, um poema de amor e morte na definição do próprio realizador. Filme apresentado na sessão inaugural do Festival de Veneza 2006, The Fountain vai encerrar o Fantasporto 2007 no sábado, 3 de Março, às 21h15, no Grande Auditório do Rivoli – Teatro Municipal. A oscarizada Rachel Weisz (The Constant Gardner) e Hugh Jackman (X-Men) são os protagonistas de uma bela história de amor que atravessa séculos."
Programação provisória e tudo o que precisa de saber sobre a 27ª Edição do Fantasporto no seu site oficial.
Chaos (2006)
Conners (Statham) é um polícia problemático, que faz tudo à sua maneira e responde torto a qualquer um. Ao ser responsável pela morte de uma rapariga inocente que estava sobre uma situação de sequestro, é suspenso por algum tempo e para regressar ao activo, é obrigado a trabalhar com Shane (Phillippe), um novato na profissão mas reconhecido entre os seus por ser o filho de uma lenda da profissão. Juntos, são chamados para resolver um assalto a um banco, comandado por Lorenz (Snipes). Mas este está longe de ser um assaltante com métodos ortodoxos e muitos mais peões podem estar em jogo sem sequer terem noção disso. Tudo envolto numa sequência de acontecimentos bastante semelhantes aos descritos na Teoria do Caos.
“Caos” é o mais recente thriller de acção do ainda desconhecido Tony Giglio e, sem dúvida alguma, o seu filme com maior projecção comercial até ao momento. Com um elenco carismático composto por Jason Statham, Wesley Snipes e Ryan Phillippe, Giglio possuia pela primeira vez na sua carreira de nomes suficientemente fortes para vender a sua obra. E apesar de ter ficado longe de quebrar os convencionalismos habituais do género, “Chaos” está longe de roçar a debilidade argumentativa pós-tiroteios do costume neste tipo de cinema de acção de baixos custos.
A reviravolta final do argumento, quando a acção em cena já era, acaba mesmo por ser o maior trunfo de um filme que flui aos solavancos e necessita do twist para sobreviver a uma intriga que desfalecia a olhos vistos, depois um promissor prelúdio. Com muita classe – como sempre - de um dos melhores actores de acção do momento, Statham e um Ryan Phillippe cumpridor, só deixa alguma tristeza no espectador a confirmação da inumação de Snipes, que filme após filme, piora o seu registo e deixa saudades dos tempos de “U.S. Marshals”, “Demolition Man” ou “Passenger 57”. E foi óptimo rever uma provocadora Jessica Steen (“Armageddon” e “Trial and Error”), mesmo que tenha sido apenas por alguns momentos. Uma actriz que tinha tudo para dar certo mas inexplicavelmente ficou por episódios soltos em carradas de séries televisivas e participações insignificantes como esta em “Caos”. Em suma, um filme que surpreende perto do final, mas que nunca deixa de saber a pouco.
“Caos” é o mais recente thriller de acção do ainda desconhecido Tony Giglio e, sem dúvida alguma, o seu filme com maior projecção comercial até ao momento. Com um elenco carismático composto por Jason Statham, Wesley Snipes e Ryan Phillippe, Giglio possuia pela primeira vez na sua carreira de nomes suficientemente fortes para vender a sua obra. E apesar de ter ficado longe de quebrar os convencionalismos habituais do género, “Chaos” está longe de roçar a debilidade argumentativa pós-tiroteios do costume neste tipo de cinema de acção de baixos custos.
A reviravolta final do argumento, quando a acção em cena já era, acaba mesmo por ser o maior trunfo de um filme que flui aos solavancos e necessita do twist para sobreviver a uma intriga que desfalecia a olhos vistos, depois um promissor prelúdio. Com muita classe – como sempre - de um dos melhores actores de acção do momento, Statham e um Ryan Phillippe cumpridor, só deixa alguma tristeza no espectador a confirmação da inumação de Snipes, que filme após filme, piora o seu registo e deixa saudades dos tempos de “U.S. Marshals”, “Demolition Man” ou “Passenger 57”. E foi óptimo rever uma provocadora Jessica Steen (“Armageddon” e “Trial and Error”), mesmo que tenha sido apenas por alguns momentos. Uma actriz que tinha tudo para dar certo mas inexplicavelmente ficou por episódios soltos em carradas de séries televisivas e participações insignificantes como esta em “Caos”. Em suma, um filme que surpreende perto do final, mas que nunca deixa de saber a pouco.
quinta-feira, janeiro 18, 2007
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Scoop (2006)
“O homem perfeito. A história perfeita. O homicídio perfeito”. Esta é a “tagline” de uma das comédias mais deliciosas que chegaram ao cinema nos últimos tempos. Isto porque além do que é descrito, temos ainda um realizador quase perfeito e um actor (também ele, o inevitável Woody Allen) primoroso. A história essa, envolve um jornalista recentemente falecido que consegue comunicar do além (Ian McShane de “Deadwood”), um assassino em série (cabe a vocês mais tarde descobrir), uma ainda estudante de jornalismo (Scarlett Johansson), um mágico divinalmente bem-disposto (Woody Allen) e um aristocrata bom vivant (Hugh Jackman) pelo qual a estudante se apaixona.
O humor de Allen tem tanto de culto como de desesperado. A despreocupada ansiedade sobre a vida e a morte espelhada em cada diálogo de “Scoop” irá certamente angustiar e aborrecer uma grande maioria da crítica nacional – tal como o fez lá por fora, onde tão facilmente saíram notas nulas como notas máximas -, mas deliciar os verdadeiros admiradores da genialidade de Allen. Menos tradicional do que é hábito, e mesmo sem se aproximar de algumas das suas comédias mais ousadas, “Scoop” é, digam o que disserem, uma obra pecaminosamente inteligente e recheada de valentes gargalhadas. A culpa? De Allen, não só como realizador, mas principalmente como actor.
Mas “Scoop” é uma comédia, no verdadeiro sentido da palavra, e tem sido injustamente criticado por falhar “escandalosamente” no suspanse e no mistério em volta da intriga. E não faz qualquer sentido, pois o mistério e o suspanse imaginados por Allen são apenas suplementos de base para a existência de toda a linha cómica que invade “Scoop” do ínicio ao fim. E a escrever humor, poucos o fazem como Allen. Ainda hoje. Mesmo quando não é brilhante, é melhor do que o resto que apodera-se do mercado semana após semana. E neste seu mais recente filme, somos agraciados com algums pormenores verdadeiramente encantadores e inigualáveis. Desde das duas primeiras falas da personagem de Allen que servem para elogiar Londres e Scarlett, à sua visão do purgatório e da própria morte, sem esquecer claro as suas fantásticas “one-liners”, temos em “Scoop” a faceta light e descontraída de um realizador sumptuoso, notável.
Assim, “Scoop” é uma comédia tonta e Allen é o primeiro a confirmá-lo em todas as entrevistas que concedeu sobre o filme. Chegou a afirmar que só por isso entrou no filme, porque se fosse para levar a sério, teria contratado outro para o seu papel. É um filme para aliviar a tensão criada em volta do mesmo devido a “Match Point” e que originou um grau de exigência elevadissímo por parte do público. E como diz Woody a certa altura no seu filme, “Se todos tivessem o meu sentido de humor, o mundo não estava assim.”. Era bem capaz.
O humor de Allen tem tanto de culto como de desesperado. A despreocupada ansiedade sobre a vida e a morte espelhada em cada diálogo de “Scoop” irá certamente angustiar e aborrecer uma grande maioria da crítica nacional – tal como o fez lá por fora, onde tão facilmente saíram notas nulas como notas máximas -, mas deliciar os verdadeiros admiradores da genialidade de Allen. Menos tradicional do que é hábito, e mesmo sem se aproximar de algumas das suas comédias mais ousadas, “Scoop” é, digam o que disserem, uma obra pecaminosamente inteligente e recheada de valentes gargalhadas. A culpa? De Allen, não só como realizador, mas principalmente como actor.
Mas “Scoop” é uma comédia, no verdadeiro sentido da palavra, e tem sido injustamente criticado por falhar “escandalosamente” no suspanse e no mistério em volta da intriga. E não faz qualquer sentido, pois o mistério e o suspanse imaginados por Allen são apenas suplementos de base para a existência de toda a linha cómica que invade “Scoop” do ínicio ao fim. E a escrever humor, poucos o fazem como Allen. Ainda hoje. Mesmo quando não é brilhante, é melhor do que o resto que apodera-se do mercado semana após semana. E neste seu mais recente filme, somos agraciados com algums pormenores verdadeiramente encantadores e inigualáveis. Desde das duas primeiras falas da personagem de Allen que servem para elogiar Londres e Scarlett, à sua visão do purgatório e da própria morte, sem esquecer claro as suas fantásticas “one-liners”, temos em “Scoop” a faceta light e descontraída de um realizador sumptuoso, notável.
Assim, “Scoop” é uma comédia tonta e Allen é o primeiro a confirmá-lo em todas as entrevistas que concedeu sobre o filme. Chegou a afirmar que só por isso entrou no filme, porque se fosse para levar a sério, teria contratado outro para o seu papel. É um filme para aliviar a tensão criada em volta do mesmo devido a “Match Point” e que originou um grau de exigência elevadissímo por parte do público. E como diz Woody a certa altura no seu filme, “Se todos tivessem o meu sentido de humor, o mundo não estava assim.”. Era bem capaz.
terça-feira, janeiro 16, 2007
Globos de Ouro 2007
Não faço comentários, pois estou fraco. Iniciei uma greve de fome em forma de protesto pelo elenco escolhido para apresentar os Globos de Ouro no AXN. Futilidades, gaguejos, repetições constantes, perguntas completamente parvas e descabidas, curiosidades que não interessam ao arco da velha a interromperem discursos brilhantes como o de Streep ou Beatty, e por aí adiante. Tudo isto obra de uma apresentadora que tão cedo não deve meter os pés noutro programa de televisão. O seu ponto alto foi sem dúvida interromper o discurso de Baldwin para atirar este pedregulho: "Baldwin refere no discurso uma hérnia que tinha. Esperemos que não tenha sido consequência do jantar." Aliás, suspeito que o mais importante nesta gala para a apresentadorazeca tenha sido mesmo o jantar. Porque a certa altura lançou também este desafio ao seu convidado: "Vamos ver se vemos quais os vestígios de comida nos pratos dos actores". Enfim. Os apresentadores dos Óscares da Academia na TVI ao pé desta dupla de ontem merecem um distinção do Presidente da República.
CINEMA
MELHOR DRAMA - Babel
MELHOR COMÉDIA/MUSICAL - Dreamgirls
MELHOR REALIZADOR - Martin Scorsese, por The Departed
MELHOR ACTRIZ DRAMA - Helen Mirre, por The Queen
MELHOR ACTOR DRAMA - Forest Whitaker, por The Last King of Scotland
MELHOR ACTRIZ COMÉDIA/MUSICAL - Meryl Streep, por The Devil Wears Prada
MELHOR ACTOR COMÉDIA/MUSICAL - Sascha Baron Cohen, por Borat
MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIO EM CINEMA - Jennifer Hudson, por Dreamgirls
MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO EM CINEMA - Eddie Murphy, por Dreamgirls
MELHOR FILME ANIMADO - Cars
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA - Letters from Iwo Jima
MELHOR ARGUMENTO - The Queen
MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL - The Painted Veil
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL - Happy Feet
TELEVISÃO
MELHOR DRAMA - Grey's Anatomy
MELHOR COMÉDIA/MUSICAL - Ugly Betty
MELHOR ACTRIZ DRAMA - Kyra Sedgwick, por The Closer
MELHOR ACTOR DRAMA - Hugh Laurie, por House M.D
MELHOR ACTRIZ COMÉDIA/MUSICAL - America Ferrera, por Ugly Betty
MELHOR ACTOR COMÉDIA/MUSICAL - Alec Baldwin, por 30 Rock
MELHOR DRAMA - Babel
MELHOR COMÉDIA/MUSICAL - Dreamgirls
MELHOR REALIZADOR - Martin Scorsese, por The Departed
MELHOR ACTRIZ DRAMA - Helen Mirre, por The Queen
MELHOR ACTOR DRAMA - Forest Whitaker, por The Last King of Scotland
MELHOR ACTRIZ COMÉDIA/MUSICAL - Meryl Streep, por The Devil Wears Prada
MELHOR ACTOR COMÉDIA/MUSICAL - Sascha Baron Cohen, por Borat
MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIO EM CINEMA - Jennifer Hudson, por Dreamgirls
MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO EM CINEMA - Eddie Murphy, por Dreamgirls
MELHOR FILME ANIMADO - Cars
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA - Letters from Iwo Jima
MELHOR ARGUMENTO - The Queen
MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL - The Painted Veil
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL - Happy Feet
TELEVISÃO
MELHOR DRAMA - Grey's Anatomy
MELHOR COMÉDIA/MUSICAL - Ugly Betty
MELHOR ACTRIZ DRAMA - Kyra Sedgwick, por The Closer
MELHOR ACTOR DRAMA - Hugh Laurie, por House M.D
MELHOR ACTRIZ COMÉDIA/MUSICAL - America Ferrera, por Ugly Betty
MELHOR ACTOR COMÉDIA/MUSICAL - Alec Baldwin, por 30 Rock
Actualização de última hora, com mais algumas pérolas apanhadas por essa internet fora:
Convidado: O Babel fala de grandes questões relacionados com diferenças culturais..(interrompido)
Apresentadora: Ó Dário, as estatuetas tém um sitio para se gravar qualquer coisa?
Convidado: Vai agora começar a cerimónia, mais uma para a história longa do cinema de hollywood com grandes filmes hoje nomeados como..(interrompido)
Apresentadora: Eu quero é ver se o Jack Nicholson vem de oculos de sol, o que é que tu achas?
Convidado: A Meryl Streep merece sempre qualquer prémio que receba, até porque este trabalho dela ..(interrompido)
Apresentadora: Mas tu gostaste do vestido dela?
Convidado: Penso que neste prémio tivemos mais uma surpresa, porque..(interrompido)
Apresentadora: Eu gostava era de saber como é que eles têm tempo para comer, é que vejo muitas mesas mas não vejo pratos nenhuns !
A senhora tem de nome Liliana Neves e se não tiver cuidado, ainda se torna num fenómeno de culto.
segunda-feira, janeiro 15, 2007
É já mais logo...
Jack Bauer ou Gregory House? Di Caprio ou O'Toole? Kate ou Meredith? Penélope ou Mirren? Depp ou "Borat"? Streep ou Benning? Nicholson ou Pitt? Estas e muitas mais decisões nos fantásticos Globos de Ouro, que aliam cinema e televisão como nenhuma outra cerimónia. 00:30 no AXN. A não perder!
Nota de Redacção: Pessoalmente, só desejo uma vitória em especial: a de Jeremy Piven como melhor actor secundário, pelo seu trabalho em "Entourage - Vidas em Hollywood". E o galardão para Cohen ("Borat") seria um forte murro no estômago para muita gente!
Actualização 00:57: E eu que estava completamente convencido que pior que a usual locução e apresentação da TVI dos Óscares da Academia era impossível. Esta rapariga do ANX quebra recordes: gagueja, repete as mesmas piadas e frases de 2 em 2 minutos, faz perguntas ao convidado completamente descabidas (do género "Acha que X comprou o Smoking só para esta gala?" e "Quem é que acha que vai aparecer a seguir na passadeira vermelha?") e fala com uma arrogância tal de superioridade para o convidado, corrigindo-o e dando-lhe dicas, que até chateia. Eu já tirei o som... agora que começe a cerimónia.
Actualização 01:33: Estou quase a desistir. De pérolas como "O preço de cada cadeira é X dólares" a "Vamos ver se vemos quais os vestígios de comida nos pratos dos actores", já não sei o que fazer mais para evitar ouvir os comentários desta apresentadorazinha irritante. Vou buscar algodão. Eu bem que só tiro o "mute" quando parece que ela não está a falar, mas é inevitável. Mas bem, falando do que interessa, Piven já perdeu para Irons, mas para compensar, o meu amigalhaço Doutor House já conquistou o seu globozito pelo segundo ano seguido e ainda mandou umas piadas pelo meio. Por falar em piadas... o que dirá "Borat" se ganhar?
Actualização 02:20: Dificilmente algum discurso irá superar o de Meryl Streep. De resto, "Dreamgirls" anda a limpar quase todas as categorias, bem como tudo o que é actor ou actriz de origem britânica. Até Eddie Murphy, do filme atrás referido, sacou o globo a Nicholson e companhia. Será assim tão bom?
Actualização 02:25: Pronto, a apresentadora disse algo que resume a sua essência: "Baldwin referiu no discurso uma hérnia que tinha. Esperemos que não tenha sido consequência do jantar." Não, camandro. Não vou comentar.
Actualização 02:47: Não aguento mais. Esta mulher estoirou-me os miolos de uma vez por todas. Tanta asneira e futilidade junta, ao fim deste tempo todo, tornou-se insuportável. Amanha quando acordar, hei-de saber os restantes vencedores. Obrigado AXN. Mereciam um globo para melhor elenco! Ou não, ou não...
Nota de Redacção: Pessoalmente, só desejo uma vitória em especial: a de Jeremy Piven como melhor actor secundário, pelo seu trabalho em "Entourage - Vidas em Hollywood". E o galardão para Cohen ("Borat") seria um forte murro no estômago para muita gente!
Actualização 00:57: E eu que estava completamente convencido que pior que a usual locução e apresentação da TVI dos Óscares da Academia era impossível. Esta rapariga do ANX quebra recordes: gagueja, repete as mesmas piadas e frases de 2 em 2 minutos, faz perguntas ao convidado completamente descabidas (do género "Acha que X comprou o Smoking só para esta gala?" e "Quem é que acha que vai aparecer a seguir na passadeira vermelha?") e fala com uma arrogância tal de superioridade para o convidado, corrigindo-o e dando-lhe dicas, que até chateia. Eu já tirei o som... agora que começe a cerimónia.
Actualização 01:33: Estou quase a desistir. De pérolas como "O preço de cada cadeira é X dólares" a "Vamos ver se vemos quais os vestígios de comida nos pratos dos actores", já não sei o que fazer mais para evitar ouvir os comentários desta apresentadorazinha irritante. Vou buscar algodão. Eu bem que só tiro o "mute" quando parece que ela não está a falar, mas é inevitável. Mas bem, falando do que interessa, Piven já perdeu para Irons, mas para compensar, o meu amigalhaço Doutor House já conquistou o seu globozito pelo segundo ano seguido e ainda mandou umas piadas pelo meio. Por falar em piadas... o que dirá "Borat" se ganhar?
Actualização 02:20: Dificilmente algum discurso irá superar o de Meryl Streep. De resto, "Dreamgirls" anda a limpar quase todas as categorias, bem como tudo o que é actor ou actriz de origem britânica. Até Eddie Murphy, do filme atrás referido, sacou o globo a Nicholson e companhia. Será assim tão bom?
Actualização 02:25: Pronto, a apresentadora disse algo que resume a sua essência: "Baldwin referiu no discurso uma hérnia que tinha. Esperemos que não tenha sido consequência do jantar." Não, camandro. Não vou comentar.
Actualização 02:47: Não aguento mais. Esta mulher estoirou-me os miolos de uma vez por todas. Tanta asneira e futilidade junta, ao fim deste tempo todo, tornou-se insuportável. Amanha quando acordar, hei-de saber os restantes vencedores. Obrigado AXN. Mereciam um globo para melhor elenco! Ou não, ou não...
Richard Ringheim
A SIC Notícias passou numa destas madrugadas, no programa Toda a Verdade, a história de Richard Ringheim, um adolescente, que com apenas 19 anos, já contava com um extraordinário currículo em matéria de crimes de colarinho branco. Desde ordenar a evacuação de plataformas petrolíferas, a contactar Embaixadas dos Estados Unidos em países europeus, fazendo-se passar por senador e pedindo favores imobiliários, Ringheim registou um sem-número de vigarices notáveis que fizerem dele uma lenda. Será que falta muito até chegar a Hollywood?
domingo, janeiro 14, 2007
Já agora... qual o melhor de David Fincher?
"Misoginia, misantropia, violência, bizarria, niilismo, sacrifício e expiação: é uma lista (pouco exaustiva) de algumas das palavras que são invariavelmente utilizadas quando se fala no cinema de David Fincher."
Com "Zodiac" a estrear este ano, qual é para vocês, meus caros leitores, a melhor obra deste kafkiano assumido?
Filmografia:
Panic Room (2002) Sala de Pânico
Fight Club (1999) Clube de Combate
Game, The (1997) O Jogo
Se7en (1995) Sete Pecados Mortais
Alien 3 (1992) Alien 3 - A Desforra
Com "Zodiac" a estrear este ano, qual é para vocês, meus caros leitores, a melhor obra deste kafkiano assumido?
Filmografia:
Panic Room (2002) Sala de Pânico
Fight Club (1999) Clube de Combate
Game, The (1997) O Jogo
Se7en (1995) Sete Pecados Mortais
Alien 3 (1992) Alien 3 - A Desforra
sábado, janeiro 13, 2007
The Prestige (2006)
A rivalidade entre dois ilusionistas na Inglaterra vitoriana ganha proporções preocupantes. Na ânsia de desmascarar os truques um do outro - em forma de vingança pessoal por alguns acontecimentos trágicos - e de apresentar números cada vez mais impressionantes, os mágicos colocam em perigo a vida de todos os que os rodeiam. O poder da obessesão como ele muitas vezes é: trágico.
A forma de narrar de “O Terceiro Passo” é, em sim mesma, um truque dividido em três passos. Somos presenteados, tal como nas artes mágicas, com um início que se parece vulgar mas não o é. De seguida, somos durante mais de hora e meia ludibriados com uma actuação fantástica que torna extraordinário o vulgar. Por fim, e tal como obedece o mágico terceiro passo, o clímax, em que o efeito da ilusão é produzido e o espectador finalmente bate palmas.
Como habitualmente em Nolan, a narrativa não se desenrola de forma cronologicamente ordenada. Deixando pistas aqui e ali para desnortear o espectador, só o mais atento, tal como perante um truque de magia, percebe o que é “fogo de artifício” e o que é realmente importante e essencial. Repleto de reviravoltas e com um argumento excelentemente bem trabalhado, “The Prestige” acaba mesmo por alcançar o estatuto de filme de veneração dupla. Isto porque deixa aquela necessidade e vontade no cinéfilo de rever novamente toda a intriga, desta vez sabendo as artimanhas usadas.
Com um elenco severamente minuncioso, acaba por ser difícil destacar um nome em particular. Tanto Hugh Jackman como Christian Bale cumprem com mestria o que lhes é pedido e Michael Caine acaba por ser a balança despretenciosa entre a dupla. Mas como diz o ditado, no final a balança nunca resiste a pender para um dos lados. Scarlett Johansson continua a sua epopeia quantitativa, aceitando papéis secundários que ofuscam a sua qualidade representativa. Esperemos que “Scoop”, do meu muito respeitado Woody Allen, inverta novamente uma tendência que parece não ter fim: para 2007, Scarlett já tem presença marcada em quase meia dúzia de obras de qualidade duvidosa.
Mas o que mais destaco em “O Terceiro Passo” é a homenagem justa e merecida, baseada em factos reais, a um dos maiores e mais incompreendidos génios que este planeta já viu. Falo de Nikola Tesla (interpretado por um excelso David Bowie e que acaba por ser a maior e superior surpresa do filme), perseguido durante décadas por ser demasiado visionário e que quando apresentou a tecnologia de radar e de corrente alternada, completamente inovadoras na sua época, foi perseguido por Edison e restantes membros científicos da altura, que o acharam lunático e um risco para a ciência. E porque o conhecimento nunca é demasiado, sigam este endereço para saberem um pouco mais sobre a vida de Tesla.
Em suma, “The Prestige” é uma obra que não merece escapar dos cinemas sem um visionamento. Apesar de perder alguma notoriedade e fulgor por não tocar emocionalmente o espectador, é portentosamente bem estruturado e um verdadeiro doce de reviravoltas inesperadas. E com um elenco destes, “O Terceiro Passo” só poderia ser mesmo entretenimento garantido.
A forma de narrar de “O Terceiro Passo” é, em sim mesma, um truque dividido em três passos. Somos presenteados, tal como nas artes mágicas, com um início que se parece vulgar mas não o é. De seguida, somos durante mais de hora e meia ludibriados com uma actuação fantástica que torna extraordinário o vulgar. Por fim, e tal como obedece o mágico terceiro passo, o clímax, em que o efeito da ilusão é produzido e o espectador finalmente bate palmas.
Como habitualmente em Nolan, a narrativa não se desenrola de forma cronologicamente ordenada. Deixando pistas aqui e ali para desnortear o espectador, só o mais atento, tal como perante um truque de magia, percebe o que é “fogo de artifício” e o que é realmente importante e essencial. Repleto de reviravoltas e com um argumento excelentemente bem trabalhado, “The Prestige” acaba mesmo por alcançar o estatuto de filme de veneração dupla. Isto porque deixa aquela necessidade e vontade no cinéfilo de rever novamente toda a intriga, desta vez sabendo as artimanhas usadas.
Com um elenco severamente minuncioso, acaba por ser difícil destacar um nome em particular. Tanto Hugh Jackman como Christian Bale cumprem com mestria o que lhes é pedido e Michael Caine acaba por ser a balança despretenciosa entre a dupla. Mas como diz o ditado, no final a balança nunca resiste a pender para um dos lados. Scarlett Johansson continua a sua epopeia quantitativa, aceitando papéis secundários que ofuscam a sua qualidade representativa. Esperemos que “Scoop”, do meu muito respeitado Woody Allen, inverta novamente uma tendência que parece não ter fim: para 2007, Scarlett já tem presença marcada em quase meia dúzia de obras de qualidade duvidosa.
Mas o que mais destaco em “O Terceiro Passo” é a homenagem justa e merecida, baseada em factos reais, a um dos maiores e mais incompreendidos génios que este planeta já viu. Falo de Nikola Tesla (interpretado por um excelso David Bowie e que acaba por ser a maior e superior surpresa do filme), perseguido durante décadas por ser demasiado visionário e que quando apresentou a tecnologia de radar e de corrente alternada, completamente inovadoras na sua época, foi perseguido por Edison e restantes membros científicos da altura, que o acharam lunático e um risco para a ciência. E porque o conhecimento nunca é demasiado, sigam este endereço para saberem um pouco mais sobre a vida de Tesla.
Em suma, “The Prestige” é uma obra que não merece escapar dos cinemas sem um visionamento. Apesar de perder alguma notoriedade e fulgor por não tocar emocionalmente o espectador, é portentosamente bem estruturado e um verdadeiro doce de reviravoltas inesperadas. E com um elenco destes, “O Terceiro Passo” só poderia ser mesmo entretenimento garantido.
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Live Free... or Die Hard.
Espero que Len Wiseman não se tenha esquecido que "Die Hard" é muito mais do que pura acção e adrenalina. É classe e um humor inconfundível. É o estilo único de um carismático John McClane. É vê-lo a falar consigo próprio - "Why the fuck didn't you stop them, John? Because then you'd be dead, too, asshole." - como várias vezes o fez durante a triologia. E tenho medo... tenho medo porque "Underworld" enquanto filme de acção é bom, mas não passa disso. Não tem nada que o faça destinguir do resto. E "Die Hard" sempre teve esse dom maravilhoso.
Post Scriptum: cliquem na imagem para acederem ao trailer oficial.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Será que algum dia chegará cá...
God Grew Tired of Us: The Story of Lost Boys of Sudan, narrado por Nicole Kidman e que relata a história veridíca de quatro rapazes sudaneses que conseguiram embarcar em direcção aos Estados Unidos e lá sobreviveram sozinhos. Estreia esta semana nas terras do Tio Sam. Veremos se algum dia chegará a Portugal.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
O melhor filme de Night Shyamalan é...
Vi esta pergunta no fórum Peeping Tom e fiquei curioso sobre a vossa preferência. O meu voto está dividido entre "O Protegido" e o "Sexto Sentido". Não gostei por aí além de "Sinais" e "A Senhora da Água", apesar de possuir vários momentos brilhantes, não chega ao nível dos meus eleitos. "A Vila" não tive ainda a oportunidade de dar uma olhadela. Agora, digam lá de vossa justiça.
terça-feira, janeiro 09, 2007
The Devil Wears Prada (2006)
É tirânica, tem o cabelo prateado e usa roupas e acessórios carissímos. Em “The Devil Wears Prada”, de David Frankel (responsável por alguns episódios de Sexo e a Cidade e Vidas em Hollywood), Meryl Streep é a glacial Miranda Priestly, a poderosa editora da revista de moda Runway, e uma mulher que nunca diz obrigada nem se faz favor. O modelo para este retrato é Anna Wintour, a editora da Vogue norte-americana, famosa, entre muitas outras coisas, por usar micro-mini-saias Chanel quando estava grávida. “The Devil Wears Prada” é uma adaptação do best-seller escrito em 2003 por Lauren Weisberger sobre a sua experiência como assistente pessoal de Wintour (no filme, Anna Hathaway faz o papel da ingénua, e aterrorizada assistente).
“O Diabo Veste Prada” é um conto-de-fadas moderno sobre o patinho feio que se torna num cisne elegante. Nas mãos desumanas e muitas vezes gratuitamente atrozes de Miranda, Andy Sachs (Hathaway) ganha a feminilidade e o desenbaraço que nunca teve, sendo o preço deste pacto a sua inocência. Um filme sobre o mundo da moda e os custos pessoais e intímos que uma carreira de topo exige.
Mas nem tudo são rosas e “O Diabo Veste Prada” acaba por ter uma visão demasiado moralista e leviana sobre tudo o que abrange. Apesar de visualmente aparatosa, e com a presença nobre de uma das mais fantásticas actrizes da actualidade (Streep), que ocupa espaços que nem uma rainha e que apenas pela sua presença altera o ambiente de cada cena, a obra de Frankel é demasiado inócua e vulgar. Não causa danos nem choques profundos e é pautada por uma previsibilidade tremenda.
Felizmente, e para compensar, o trabalho de “casting” foi exemplar, e, além de Streep e Hathaway, primorosas nos seus papéis, temos um fantástico Stanley Tucci, um carismático Adrian Grenier e uma promissora Emily Blunt que fazem o filme sobreviver devido ao seu glamour, classe e poder de criar uma relação de amor, ódio e simpatia com o espectador. Mesmo com a fórmula mais do que usada da intriga e com o seu desfecho mais do que previsível.
“O Diabo Veste Prada” é um conto-de-fadas moderno sobre o patinho feio que se torna num cisne elegante. Nas mãos desumanas e muitas vezes gratuitamente atrozes de Miranda, Andy Sachs (Hathaway) ganha a feminilidade e o desenbaraço que nunca teve, sendo o preço deste pacto a sua inocência. Um filme sobre o mundo da moda e os custos pessoais e intímos que uma carreira de topo exige.
Mas nem tudo são rosas e “O Diabo Veste Prada” acaba por ter uma visão demasiado moralista e leviana sobre tudo o que abrange. Apesar de visualmente aparatosa, e com a presença nobre de uma das mais fantásticas actrizes da actualidade (Streep), que ocupa espaços que nem uma rainha e que apenas pela sua presença altera o ambiente de cada cena, a obra de Frankel é demasiado inócua e vulgar. Não causa danos nem choques profundos e é pautada por uma previsibilidade tremenda.
Felizmente, e para compensar, o trabalho de “casting” foi exemplar, e, além de Streep e Hathaway, primorosas nos seus papéis, temos um fantástico Stanley Tucci, um carismático Adrian Grenier e uma promissora Emily Blunt que fazem o filme sobreviver devido ao seu glamour, classe e poder de criar uma relação de amor, ódio e simpatia com o espectador. Mesmo com a fórmula mais do que usada da intriga e com o seu desfecho mais do que previsível.
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