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Com o apoio financeiro da família, mas com poucos recursos – Shyamalan escreve, produz, protagoniza e realiza a sua estreia -, lança aos vinte e dois anos a sua primeira longa-metragem: “Praying with Anger”, uma fita baseada na sua própria visita à Índia enquanto miúdo, foi o primeiro passo para aquela que ainda hoje é uma temática central nos seus filmes: a exploração religiosa. Em “Wide Awake”, o seu primeiro filme de estúdio, o agora Night – alcunha que guarda no seu nome artístico, proveniente dos tempos universitários – segue um jovem rapaz que procura por Deus após a morte do seu avô. Uma história serena, dominada pelos diálogos inteligentes do indiano que abordam crises de fé, assuntos sobrenaturais e o factor cada vez mais raro na altura, mas que se tornaria a sua imagem de marca premium: o twist final, que atira a narrativa para um caminho completamente oposto ao que havia sido desenhado para o espectador. No entanto, “Wide Awake” foi um flop que custou sete milhões de dólares à Miramax, para apenas render trezentos mil dólares na bilheteira. “E agora?”, terá pensado Shyamalan. (continua...)
N.d.r: Artigo publicado em Agosto na Revista Take.
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